Reflection. escrita por Chanel 2


Capítulo 18
Sorte, corajem, fuga.


Notas iniciais do capítulo

OI AMORES! VOLTEI! Estou em semana de provas, por isso demorei para postar, mas eu voltei babys.



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Os meus olhos quase saltaram dos seus lugares e eu me tremi de medo quando Henrique me disse aquelas palavras.

– Não. – Eu sussurrei, não querendo aceitar.

Henrique virou a cabeça para trás e deixou escapar um riso abafado, o seu peito vibrava contra o meu enquanto ele ria.

– Sim é verdade. Deus, Jadezinha, eu esperei por este momento durante meses. – Ele disse, e eu me encolhi com o apelido. – Eu só tinha que te trazer aqui, para a minha casa, mas precisava da sua confiança antes. E eu sabia que ia ter, eu tinha os meus olhos postos em você desde quando terminamos o namoro, desde quando chegou ao Muller. Você é tão linda com esse cabelo comprido. – Ele disse encantando, torcendo um fio do meu cabelo nos seus dedos.

Os meus lábios estavam trêmulos e meu corpo tremia, tentando me manter afastada dele enquanto ele permanecia como se eu nunca tivesse desafiado.

– Sua pele é tão adorável. – Henrique disse num sussurro.

Os seus dedos arrastaram-se levemente nos meus braços, depois no meu pescoço, e no meu rosto. Com cada arrasto do seu dedo, o meu coração começava a bater mais rápido e mais rápido, como se estivesse prestes a explodir no meu peito. Virei a minha cabeça para o lado mas isso apenas lhe permitiu mais acesso para o outro lado do meu rosto.

– O Sr. Gael disse que você tinha estado fora da cidade quando aquelas pessoas foram assassinadas. – Eu disse como se a afirmação fosse fazer algo de bom.

Lágrimas agora estavam caindo livremente dos meus olhos.

Recebi outra risada alta em resposta enquanto o seu dedo percorria a parte de baixo dos meus olhos para parar as lágrimas.

– Não é surpresa nenhuma ele ter dito isso. Quer dizer, é claro que meu próprio pai iria me proteger.

O Sr. Gael era seu pai.

– Mas chega de conversas por agora, querida. Vamos nos divertir. – Ele sussurrou, com a sua respiração descendo até o meu pescoço.

EU VOU MORRER.

Neste momento, eu pensei em Cobra. Ele tinha razão em relação a Henrique todo este tempo, eu devia tê-lo ouvido. Ele tinha perdido a Bélgica para este homem nojento e cruel que eu já pensei ser meu namorado, meu amigo. E agora ele iria me perder. Eu imaginei-o em sua cela, lágrimas caindo dos seus olhos enquanto ele se lamentava ainda mais pela morte de mais uma pessoa que se preocupava com ele, Mas não, eu não podia deixar isso acontecer. Ele não merecia isso. Eu tinha que sobreviver.

Esta nova descoberta misturou força com o meu medo e a adrenalina cresceu dentro de mim. Os meus músculos gritavam para eu fugir enquanto Henrique tirava uma faca de seu bolso.

Lancei o meu joelho até à sua virilha e imediatamente pisei-o com o meu sapato. Estava agradecida por tê-los calçados. Henrique grunhiu em dor enquanto se inclinava, me largando. Eu me virei e corri mas Henrique foi rápido em se recuperar. Ele correu atrás de mim e agarrou num livro grande na mesa de centro do meio da divisão, lançando-o para aminha cabeça. Ele acertou no seu alvo e o objeto me bateu, deixando minha cabeça rodando com o impacto. Se o objetivo era me deixar inconsciente, ele quase conseguiu.

Eu ainda conseguia pensar, a minha mente cambaleava enquanto o meu corpo cambaleava junto, Henrique caminhou até mim, com os seus olhos percorrendo pelo meu corpo em busca de movimento. Mas eu não me atrevi a mexer um músculo. Deixei-o pensar que eu estava inconsciente.

– Mmm. – Ele gemeu ou murmurou em aprovação.

Ouvi os seus passos desaparecerem pelo corredor, abrindo imediatamente os meus olhos para poder observar o local em busca de uma arma improvisada. Mas não havia nada para ser encontrado. Cedo o suficiente, ouvi Henrique voltando, tendo pegado seja o que fosse que ele precisasse. Eu tentava pensar rápido, mas eu não tinha tempo para pensar, por isso agarrei no primeiro objeto que eu vi, o objeto mais próximo; um pedaço de madeira para a lareira.

– Ahhh! Desgraçado! Infeliz! – Gritei, esmagando o pedaço de madeira na sua cabeça com máxima de força possível.

Assim que a minha arma temporária desceu, o corpo de Henrique caiu no chão imóvel. Não perdi tempo para ver se ele estava consciente ou não meus pés se carregaram de porta a fora. Corri pela relva, pelo jardim e pelo bosque, Corri o mais rápido que as minhas pernas conseguiam me levar, eu corri o mais rápido possível, deixando uma grande vantagem de caminho entre mim e Henrique.

Porque eu sabia e era óbvio que ele viria atrás de mim, e as possibilidades de eu sobreviver eram as menores a cada passo que eu dava.

VICKI POV;

Acordei assustada, um som parecido com uma batida na porta e me acordou do meu sono. Os meus olhos se abriram rapidamente enquanto eu inclinava a minha cabeça em direção à porta, ainda sonolenta e pouco consciente. Concentrei-me no barulho e tentei decifrar se o som era real ou se eu estava sonhando. Mas não ouvi nada, Tinha sido um sonho, eu decidi e me virei, tentando adormecer novamente.

Ouvi outra batida.

Sentei-me rapidamente, encarando a porta do meu quarto. Eu tinha definitivamente ouvido desta vez. Alguém estava na minha casa, eu puxei as minhas pernas para o lado da cama, me afastando do lençol quente. Espreitei apreensiva pela porta, abrindo-o mais silenciosamente possível.

– Quem está ai? – Eu perguntei. Não responderam.

Caminhei mais pela escuridão, prestes a entrar na cozinha até ouvir um barulho de respirações ofegantes, como o barulho de um peixe fora d’água. Acendi o interruptor da minha esquerda, revelando a fonte dos sons misteriosos.

– Meu Deus, o que aconteceu? Que diabos é isso? Jade! Você está bem? – Gritei.

Ela mal sacudiu a cabeça em resposta, como se não tivesse energia suficiente para isso, A sua garganta estava repleta de exaustão, respirando irregularmente. O seu coque que costumava estar no topo da cabeça tinha caído em ondas bagunçadas ao longo das suas feições, e o seu uniforme estava manchado de relva tal como o seu doce rosto. O seu joelho estava raspado e um pouco de sangue caía a sua ferida para o meu carpete.

– Alguém te machucou!? – Eu perguntei.

O seu corpo tremulo e as suas bochechas coradas cheias de lágrimas me diziam que um criminoso estava envolvido. A maneira cansada dela assentir com a cabeça me deu mais uma confirmação. Eu iria interroga-la mas, ela não estava muito pronto para uma conversa no momento.

– Ok. – Eu disse. – Vamos te levar para o sofá.

Fiz um chocolate quente na cafeteira em cerca de quatro minutos, dei para ela.

– Obrigada. – Ela disse claramente a sua voz apresentava uma rouquidão trêmula imensa.

Eu assenti e esperava pacientemente pela sua história me sentando no sofá, ao seu lado. Ela olhou para mim, um choque aparecendo nos seus olhos assustados.

– Aconteceu uma coisa horrível, você não vai acreditar. – Ela falou tremendo e choramingando.


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Notas finais do capítulo

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