Reflection. escrita por Chanel 2


Capítulo 10
Jade e Cobra resolvendo mistérios.


Notas iniciais do capítulo

Oi, Amores, obrigada por recomendaram e rumo aos 30 comentários.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/590224/chapter/10

Arrastei o meu corpo sonolento através das salas mal iluminadas, arrastando os meus pés como podia. Eu mal tinha energia pra andar, estava cansada e exausta. As teorias e o que Henrique disse tinham me deixado acordada até quatro horas da manhã. A Minha mente estava cheia de suposições indetermináveis e explicações.

O Que Henrique falou tinha todo o sentido. Cobreloa parecia estar sempre um passo a frente e parecia sempre saber o que estava subjacente a situação em mãos. Ele era inteligente, como se tivesse o poder. Até mesmo trancado em sua cela a maior parte do dia, ele sabia as coisas. Ele tinha descoberto o porão muito rapidamente durante a tempestade. E se ele tiver mesmo assassinado mais pessoas do que aqueles que alguma vez pensei, qual a melhor maneira de afastar a suspeita de si, se agisse como se tivesse tropeçado nos corpos?

Além disso, ele parecia aquele tipo de pessoa cuja mente podia ser manipuladora. Ele poderia de alguma maneira ter chantageado ou influenciado um guarda pra lhe dar a chave. Ele poderia trabalhar com o Renê. Só com uma maneira de como ele falou naquele condescende, como se ele tivesse algo que fizesse parecer o vilão. Ele é o assassino, depois de tudo isto, não é como se ele tivesse matado outras pessoas antes.

Todas essas coisas foram me explicadas por Henrique, quando veio me trazer em casa no fim do encontro, todas suas frases faziam sentido. Quanto mais ele falava, mais eu comecei a pensar que o assassino não era um empregado, de fato.

Mas por muito que quisesse acreditar que nós já tínhamos encontrado o assassino, simplesmente não caía bem. Algo estava errado e não era nas teorias de Henrique, mas no Cobra. Algo sobre toda esta situação simplesmente não estava certo. A minha intuição discutia com a minha consciência. Parte de minha acreditava que era o Cobra, outra parte sabia que não era.

Portanto agora, a minha mente estava todo e em nenhum lado, tentando juntar todas as peças destes acontecimentos. Eu precisava de respostas. Respostas sobre Alan, respostas pra saber o por quê que Vicki estar agindo de forma tão estranha. E As respostas se Ricardo Cobreloa era ou não o assassino. E Qual a melhor pessoa pra perguntar se não o próprio Cobra?

Eu sabia que isto era provavelmente uma estupidez, por que ele poderia se direcionar a mim se soubesse que eu estava acima dele. Mas de alguma maneira, eu não tinha medo. E Eu não queri mai saber disso, eu só queria saber o que estava acontecendo pelo menos uma vez. Por isso, entrei no refeitório e meus olhos percorreram a divisão. Tentando encontrar o garoto moreno com cabelo bagunçando e lábios deliciosos. Mas eu não encontrei nada, aspenas os desvairados corpos dos outros pacientes. Ele devia estar atrasado novamente.

Me sentei na mesa que tinha se tornado oficialmente nossa, deitando a minha cabeça nos meus braços e deixando os meus olhos fecharem. Eu iria descansar até ele chegar. Para pôr a minha mente afastada, pensei na última noite e na expressão preocupada de Henrique que ele fez quando explicou suas ideias, após pagar o nosso jantar. Quando saímos fiquei aliviada de ver que não havia mais nenhum persegudior atrás de nós. A Pessoa que nos seguiu nos deixou, provavelmente. Penseit ambém no abraço entre mim e Henrique depois de ele me deixar na minha residência, me lembrei do seu perfume. Com esses pensamentos calmos, levou apenas um minuto pra eua dormecer e ficar num estado de sonolência, eu estava dormindo até que minha cabeça selevantou quando ouvi alguém se aproximando.

– Alan... – A Voz rouca de Cobra falou, me retirando do meu estado de sono.

As suas sobrancelhas escuras foram juntas em um só pensamento, quando ele puxou uma cadeira pra sentar do meu lado.

– Sim? O Que é que tem? – Perguntei, esfregando os meus olhos.

Pisquei os olhos algumas vezes na tentativa de me acordar, enquanto olhava pra Cobra com expectativa. E Enquanto meus olhos percorreram a sua figura, eu poderia jurar que ele ficou mais atraente a cada segundo. Quando mais se olha pra ele, mais ele te seduz pra o seu mundo escuro e faz que você nunca mais queira sair. Sua pele ainda estava lisa e pálida já que não via o sol á meses. O Seu cabelo estava desarrumado jogado para o lado, longe dos seus olhos marcantes e dos seus lábios exuberante.

– Me diga novamente como ele se parece. – Disse ele.

– Cabelo desarrumado escuro, cerca de vinte e quatro anos, olhos castanhos escuros. Por quê? – Perguntei.

Cobreloa olhou sério pra mim, parecendo perdido em seus pensamentos.

– Eu acho que me lembro dele.

Aquilo me acordou.

– Sério? – Perguntei totalmente alerta agora. Ele assentiu.

– Sim, ele é muito sarado, certo? Ele sempre usa aquele relógio sob o pulso?

– Sim! – Exclamei. – É Ele! Graças a Deus, eu pensei que estava ficando doida.

Cobreloa riu da minha animação, com suas maçãs do rosto se formando.

– Você até se parece com ele. – Brinquei.

Ele riu e olhou pra mim.

– Você dormiu na noite passada?! – Ele perguntou, espantado.

– Não. – Reclamei balançando a cabeça negativamente. – Eu não conseguia dormir.– Falei.

Os olhos de Ricardo Cobreloa se arregalaram em choque, olhando pra mim com uma expressão surpresa.

– Henrique te manteve acordada até muito tarde, não foi? – Perguntou ele sugestivamente.

– Não! – Protestei, virando minha cabeça pra esconder a vermelhidão que subia ás minhas bochechas. – Nada disso aconteceu.

– Você está mentindo. – Cobra continuou, com a voz mais rouca do que habitual. – Eu aposto que você deu pra ele, não foi?

Eu só olhava para a parede, me recusando a lhe dar satisfação me ver corar com suas palavras, mais uma vez. Ele estava muito mais ousado do que eu estava habituada, me deixando chocada com o seu vocabulário bruto. E Se isso não fosse o suficiente pra me pegar de surpresa, eu pulei quando eu sentei muito mais perto mais perto do que eu estava esperando, os seus lábios macios sussurraram no meu ouvido.

– Eu não posso dizer que não estou com ciúmes. – Ele sussurrou me provocando arrepios devido ao seu hálito quente.

Pude sentir no meu corpo todo acender, como se estivesse se acabando em chamas. Cobra era tão sexy, a sua presença seduzia qualquer um ao seu redor. Isso era quase demais para suportar e não sabia como reagir. Eu devia empurrá-lo e golpeá-lo pelas suas posições incorretas, mas por algum motivo, não fiz. Ele me deixou tão confusa. Cobreloa era sarcástico arrogante e provocador num minuto, e em seguida, confessava os seus maiores medos e salvava a minha vida. Era como se o seu lado mais escuro fosse apenas uma espécie de frente, como uma máscara pra se esconder desse instinto doce. Ou pelo menos era isso que eu esperava, por que gostava muito mais do segundo Cobra.

Ele continuava sem mudar de posição, cada respiração dele, a pele do meu pescoço formigava e eu podia sentir o cheiro fraco de cigarros na sua respiração. Ele estava me fazendo me sentir desconfortável e confortável ao mesmo tempo. Esperei por ele para fazer alguma coisa, qualquer coisa. Mas ele ficou ali onde estava.

– Não vai sair? – Perguntei me referindo á sua proximidade.

– Você não? – Respondeu ele, ainda sussurrando sombriamente, e eu quase podia ouvir os seus lábios formarem um sorriso.

Certo. Eu devia me mover.

– Sobre Alan.. – Eu disse pra mudar de assunto rapidamente, fugindo dele.

Cobreloa riu sombriamente mas continou olhando pra mim com os olhos famintos, me lembrando a primeira vez que nos sentamos juntas. Quando ele arrastou a mão até a minha, e eu estava tremendo de medo. Eu já não tinha medo agora.

Parece ter sido a meses atrás. Posso odiá-lo depois de ter salvado a minha vida? Quer dizer, só de olhar para os seus profundos e lindos olhos.

– Estou ouvindo... – Disse Cobreloa na tentativa de continuar a conversa.

– Certo. – Eu disse, percebi que eu tinha estado ocupada demais olhando pra ela, em vez de acabar a frase. – Então você se lembra dele?

– Sim. – Ele disse. – Eu estava pensando na noite passada e a cara dele apareceu na minha mente. Eu acho que me lembro de o ouvir naquelas “sessões de grupo” Nós tinhamos aquilo todas as semanas, o que era estúpido com tudo. Nós chegamos a ir a uma terapia, isto não é como os estúpidos alcoolícos anônimos. Eu não entendo o objetivo de sentarmos em circuloe compartilharmos as nossas pequenas conversas.

– Sim, eu não quero saber de nada disso. – Respondi brutamente. – Eu só estou agradecida por alguém se lembra dele, afinal eu não estou ficando maluco.

– Mas como é que ninguém consegue se lembrar dele? Por que é que somos só nós? – Perguntou Cobra.

– Eu não sei. – Respondi. – Esta é a parte que eu não entendo. Por que a Karina iria mentir? Por que o Gael ia mentir? Por que a Vicki iria mentir?

– Talvez o Gael e a Karina saibam quem é o Alan e tenham feito a Vicki ficar calada. – Ele sugeriu.

– Sim, mas por que?

Cobreloa e eu ficamos lá sentados por um momenot, tentando descobir uma explicação razoável. As suas sobrancelhas se juntaram como se ele olhasse pro nada, imersa nos seus pensamentos como se quisesse mesmo ajudar. Há apenas um minuto antes, ele estava dizendo basicamente que queria fazer sexo comigo e agora nós estávamos tentando resolver um mistério.

– E Se... – Cobra começou, parecendo continuar a recolher os seus pensamentos. – E Se ele era tipo um teste? – Finalizou.

– Um teste?

– Sim, sim, um teste.

A Confusão podia ser evidente na minha cara enquanto Cobra continuava.

– Apenas escute.. Quando eu estava lá em baixo, no proão eu encontrei estes corpos e vi outras coisas. Eu vi todas aquelas diagramas e desenhos de cérebros humanos e dezenas de camas sangrentas. Foi estranho. Por isso, o que eu estou dizendo é que se eles estão executando testes em pacientes, olhando os seus cérebros? E Quando os testes dão errado ou alguma coisa, talvez eles se livram dos corpos e não querem que ninguém façam perguntas, para que o Sr. Gael possa agir de maneira a que todos acreditem que eles nunca existiram. Eu sei, é um grande tiro no escuro mais é a única explicação que eu consigo pensar.

Levei um minuto pra processar a sua teoria, e havia algo familiar naquilo. De repente me lembrei de que eu tinha encontrado durante a minha exploração a umas semanas atrás. Me lembrei de ver o nome de uma mulher e as palavra “ test #122 paciente 18” rabiscado numa caligrafia confusa, sobre uma folha de papel numa sala cheia de arquivos. A Sua teoria faz sentido. Aquilo me explicaria toda a questão de Alan e por que eu tinha visto aqueles desenhos.

– Cobra, eu acho que você tem razão. – Lhe disse com medo e em choque. – E Se eles fizerem cirurgias e tentarem alterar o cérebro das pessoas ou qualquer coisa assim?

– Wow, isso é genial. Quem me dera ter pensado nisso. – Cobra disse sarcasticamente. – Mas eu não tenho a certeza, isto é só uma ideia. Além disso, não é como se pudéssemos fazer alguma coisa sobre isso.

A Minha mente estava dando voltas, ainda mais desordenada do que antes.

– Bem, eu sou uma funcionária, por isso só posso esperar pra ouvir alguma coisa suspeita e investigar lá fora. Mas você, por outro lado, está aqui dentro. Você sabe provavelmente mais do que eu. Obtém tudo o que conseguir do assunto e pergunta por aí sobre o Gael e as cirurgias. Isso se quiser, quero dizer.

– Claro. – Ele me disse. – Eu quero saber o que aconteceu com esse menino tanto quanto você. É Estranho como apenas duas pessoas se lembram dele.

Assenti, agradecida por estarmos da mesma maneira. Ele podia ser uma bela ajuda.

– Você acha que estas cirugias podem ter alguma coisa haver com o assassino? – Perguntei.

– Não. – Ele me disse, abanando a sua cabeça. – Isso não faria sentido, eles não teriam que tirar a pele de pessoas uma vez que tenham feito aquilo com elas, Mas nós não vamos chegar muito á frente, nós não sabemos nada disso com certeza.

Assenti. Cobra era tão esperto, especialmente pra alguém que era suposto ser doido. Ele estava aqui por ter esfolado corpos e provavelmente matou ainda mais, mas confundo, ele queria me ajudar a descobrir o que aconteceu e ainda salvou a minha vida. Se ele conseguisse realmente matar pessoas como o juiz e o júri disseram, por que não me deixaram morrer naquela noite nas mãos do Duca?

– Mas falando do assassino... – Cobra continuou antes que eu conseguisse terminar os meus pensamentos. – Eu queria falar contigo sobre uma coisa.

– Ok. – Lhe disse, apressando a para continuar.

Ele olhou sério para mim, com os olhos escurecendo enquanto olhavam para os meus.

– Eu quero que fique afastada do Henrique.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixando claro que o capítulo ficou TÃO GRANDE que essa é só a primeira parte..
Obrigada por lerem meus amores.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reflection." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.