Elements escrita por Jowlly


Capítulo 17
Encontro com Max


Notas iniciais do capítulo

Yeeey! Não atrasamos de novo :3
Esse capítulo, vocês podem reparar, está um tanto quanto... hm, piegas. Pode-se dizer que meu lado romântico se aflorou uehuehuah

Enfim, boa leitura!



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Não tardei em ir em direção ao meu quarto com um sorriso maior do que o meu rosto. Não era segredo para ninguém que eu me interessava pelo Max e, acontece que, nunca fui de me importar com a opinião dos outros então, por que não sorrir? Seria bom ter um tempo a sós com ele, haviam muitas coisas que me incomodavam e outras que me eram muito curiosas... Conversar com ele sem preocupações e nenhum incomodo seria maravilhoso! Lembrei-me de que Lauren havia me liberado pelo resto do dia, então considerei que ela já soubesse de alguma coisa... Não posso esquecer de agradece-la mais tarde.

Assim que cheguei em meu quarto senti saudades da Karen. Ela seria a primeira pessoa a revirar meu guarda-roupa e escolher o look perfeito para um encontro. Com certeza ela ficaria animada com a ideia mesmo sendo de pé atrás com o Max.

O ruim de tudo ter sido repentino, desde a aparição de meus poderes até o dia em que fui convocada para a Conventionis, é o fato de acabar abandonando muitas coisas. Havia pego somente o necessário e, com isso, muitas roupas ficaram para trás, o que me limitava bastante. Encarei meu guarda roupa desabastecido de roupas durante exatos três minutos e, por fim, separei uma blusa verde-água rendada que havia comprado com Karen alguns dias atrás, além de um short jeans e meu famoso all star. Deixei-os separado na beliche de baixo e fui tomar banho. Tomei um banho rápido e logo me aprontei. Meu cabelo não dava muito trabalho por causa de seu cumprimento e, por incrível que pareça, eu mal tinha maquiagem para me aprontar, mas de qualquer jeito, nunca fui de usar mesmo. Peguei uma bolsa pequena e coloquei algumas coisas dentro dela. Olhei-me no espelho e sorri, não haviam mais tantos arranhões em meu rosto quanto os do dia anterior. Fechei minha bolsa e desci para o terraço.

Quando cheguei Max estava encostado em uma das paredes totalmente distraído e, sinceramente, estava lindo. Quando ele me avistou, abriu um sorriso sincero e foi ao meu encontro elogiando-me. Tá, eu admito que eu também sou de fácil conquista.

– Vamos? – Perguntou.

– Sim, claro! – Respondi sorridente.

Depois de uma pequena caminhada pela trilha da floresta avistei um carro encostado a beira da estrada de terra, andamos até ele e, surpreendentemente, Max abriu a porta para mim. Um amor, não é? Logo estávamos a caminho do vilarejo. Não fui para lá muitas vezes, mas das poucas que estive, tipo duas, vi que sou completamente apaixonada pelo local. Demorava alguns minutos da montanha até a pequena cidade, a estrada de terra, totalmente cercada pela floresta, fazia com que o ambiente ficasse sempre fresco.

Max e eu conversamos durante todo o percurso (Eu disse que era ele quem estava dirigindo?). Contei sobre o resgate da Karen e ele pareceu impressionado com a história de Emma. Inevitavelmente, uma frase veio em minha cabeça. Bem, um de seus novos amigos me contratou para te matar e é isso que eu farei..., foi o que ela tinha me dito. Eu sabia, ou ao menos queria acreditar que era mentira, que ela só falava aquilo para mexer comigo, para que eu desconfiasse de todos, mas, não importa o que ela diga ou faça, jamais conseguira me convencer disso. De qualquer modo, não resolvi comentar isso com ele, na verdade, com ninguém. Chegamos a cidade e ele estacionou em frente a uma praça onde descemos. Parei um momento para analisar o local.

Nunca havia sido fã de locais grandiosos ou luxuosos, sempre me apetecera mais o confortável, simples e aconchegante... Quando observei o lugar, a praça... era exatamente isso que ela transmitia. Haviam muitas árvores na praça, principalmente salgueiros, um grande lago no meio onde alguns patinhos nadavam e ao longo dele muitos bancos de madeira onde pessoas de todas as idades sentavam para conversar, namorar, ou simplesmente relaxar. Em uma parte existia algumas mesinhas e cadeiras, pertencentes aos bares da frente, ainda era um pouco cedo, mas imaginava que aquilo enchesse de noite.

– Não é Lindo?

– Sim... Muito. – Sorri.

– Sempre que possível venho para a cidade, ela é muito aconchegante. – Ele também olhava o local.

– Sem dúvida...

Antes que eu pudesse petrificar enquanto meus olhos direcionavam-se a todos os pontos possíveis, Max me puxou até um dos barzinhos. Este era todo feito de pedras cinzas e tinha complementos em madeira. Interiormente, a iluminação era feita por candelabros e toda de velas que deixava um clima ótimo no local. Não existiam muitas pessoas lá ainda.

Fomos até uma área com tapetes e puffs, onde seria mais confortável para conversar. Tive a sensação de que Max já fora no local, pois um dos garçons pareceu reconhecê-lo e o cumprimentou com um toca aqui.

– E aí? – Seus olhos vermelhos me fitavam deixando-me sem jeito.

– Aqui é maravilhoso.

– É algo como casa, não é? Nos sentimos confortáveis, livres...

– É... Já faz tanto tempo que esses sentimentos me abandonaram... É ótimo tê-los por perto novamente. – ri timidamente e ele acompanhou, concordando. Resolvi dar início a conversa. Ainda existia muita coisa que eu não sabia sobre Max e aquele sem dúvida era o momento para descobrir tudo o que eu podia.

– Há quanto tempo está aqui em Conventionis? – Perguntei enquanto sentávamos nos puffs macios de frente para o outro.

– Devem fazer uns três anos.

– Uau... bastante tempo. – Ele concordou com a cabeça – E o que te fez ganhar os poderes? Quero dizer, se não se importa em responder... – Depois da história de Lauren e Karen, minha visão sobre o mundo havia mudado um pouco.

– Não tem problema. – ele sorriu com confiança para mim – Bem, eu ganhei com a morte do meu irmão. Nós dois havíamos sido raptados por alguns bandidos, eles queriam cobrar o resgate para ganhar dinheiro, mas em determinado momento consegui fugir. Prometi ao meu irmão que voltaria para ajuda-lo... E voltei. – Ele suspirou forte – Mas já era tarde demais, os bandidos haviam o desintegrado em ácido... – Senti meu coração engolir uma batida – Meus pais e eu já não tínhamos uma boa relação, e tudo só piorou, pois eles começaram a me culpar pela morte do meu irmão e... bem, eu também. Quando completei dezesseis anos ganhei meus poderes.

Fiquei um tempo em silêncio tentando digerir tudo. Um irmão desintegrado em ácido... isso era tão... tão desumano... Não conseguia acreditar que podia mesmo existir pessoas com a alma tão ruim para fazer isso. Deve ter sido tão difícil para ele...

– Não foi sua culpa. – Foi a única coisa que consegui dizer.

– Foi. Se eu não tivesse demorado tanto, ou se tivesse ficado com ele até o fim... as coisas seriam diferentes, entende?

– Não foi você que fez aquela atrocidade, Max. Não precisa se culpar.

Ele deu de ombros e sussurrou um obrigado, em resposta apenas sorri mostrando apoio.

Gostava de como a Conventionis dava-nos uma nova vida. Todos lá tiveram suas perdas e pareciam estar no fundo do poço, mas então uma nova oportunidade batia em suas portas, assim como foi comigo, e tudo começava a mudar para melhor. Tínhamos uma nova família, da qual não nos julgava ou rejeitava, e lá estávamos seguros... bem, teoricamente seguros.

– E quanto a você? O que houve? Se não se importar em responder, claro...

– Sem problemas. – Ainda era um assunto sensível, mas eu já conseguia falar sobre – Foi em um assalto armado, dois bandidos invadiram nossa casa durante uma noite e nos renderam, com um movimento descuidado de meu pai pensaram que ele reagiria e atiraram nele, minha mãe desesperada se jogou em cima do corpo dele e, bem, atiraram nela também. Eles morreram na minha frente e eu não pude fazer nada. Os homens fugiram com tudo que conseguiam levar antes que a polícia chegasse.

Também houve um momento de silêncio entre a gente. Eu olhava para o chão quando fui surpreendida com um forte abraço. Não tive como não abraçar de volta. Escondi meu rosto na curva de seu pescoço e, realmente, não sei quanto tempo ficamos daquele modo, só posso ter a certeza de que enquanto meu coração batia forte, ele também se acalmava. Max tinha esse efeito em mim.

– Sinto muito. – Sussurrou no meu ouvido.

– Obrigada. – Sussurrei de volta.

Ao nos separarmos, sorrimos. Por um momento ficamos perdidos nos nossos olhares, não falamos nada, mas o silêncio também era confortável. Um garçom se aproximou perguntando se queríamos beber alguma coisa ou nos sentar em uma das mesas. Max recusou a segunda opção, mas pediu um vinho depois de perguntar se eu bebia. Não tinha muito esse costume, mas gostava.

Conversamos um pouco sobre coisas aleatórias até o vinho chegar. E, uau, era realmente muito bom. Isso que é ter bom gosto.

– Sempre trás as garotas aqui quando está tentando impressioná-las? – Brinquei.

– Não faz ideia... – Brincou também, mas depois completou – Na verdade, você é a primeira... - Senti meu rosto esquentar com aquela afirmação e sorri novamente. Ás vezes Max fazia minhas bochechas doerem de tantos sorrisos. Tenho a impressão que ele sabe tudo sobre mim, que sabe sobre todo e qualquer detalhe de como me conquistar... Sabe-se lá a última vez que eu me apaixonei, nem sabia se estava apaixonada naquele momento, mas, de algo tinha certeza, se não estava, não faltava muito para ficar. Ele é tudo que sempre sonhei.

Conversamos muito sobre tudo. Falamos sobre nossa impressão do mundo, falamos sobre pessoas importantes para nós, sobre comidas e gostos musicais (que, a propósito, não eram tão diferentes do meu), e também comemos alguns petiscos antes de pagarmos a conta e voltarmos para a praça.

Fiquei um pouco surpresa ao ver que já estávamos no pôr do sol. Parecia que o tempo passava mais rápido quando eu estava com ele, mesmo que eu queria que fosse justamente o contrário.

Como em um consenso sem palavras, resolvemos andar pela cidade. A medida que anoitecia, as lâmpadas, em formato de lampiões, ligavam. As ruas eram feitas de paralelepípedo, o que deixava tudo ainda mais gracioso. Toda a cidade parecia não ter evoluído no tempo, apesar de estar bem cuidada. A arquitetura dos prédios e das casas era detalhada e parecia vir de outro mundo, algo meio conto de fadas. Os telhados das casinhas eram clássicos e cada vez mais perguntava-me como seria a vida por lá.

Fora todas essas peculiaridades, era uma cidade normal, não muito grande, mas bonita e charmosa do seu jeito. Andamos por sua parte central, passando até mesmo na frente de uma grande igreja e o obelisco em sua frente. Não fazia ideia de que dia da semana era, de qualquer modo, algumas pessoas se encontravam ao redor para alguma missa.

Continuamos perambulando enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias, várias vezes ficávamos rindo que nem dois bobos e atraíamos olhares curiosos até sairmos do local. Achava ótimo como a nossa conversa tomava rumo. Não precisávamos nos preocupar e ficar pensando no que dizer, saía tudo naturalmente e o assunto nunca faltava, já que um tema levava ao outro.

O céu escurecia cada vez mais e algumas estrelas começavam a aparecer.

– Você não se importa em ficar até muito tarde? – perguntei.

– Por mim não há problemas... Você quer voltar?

– Não! – Quando notei que respondi rápido demais fiquei envergonhada. – Não, quero dizer, aqui está bem... está ótimo. – Nossos olhares se encontraram e sorrimos, logo depois desviamos de novo e minhas bochechas voltaram a corar. Delicadamente, senti-o pegar na minha mão e entrelaçar nossos dedos. Não só deixei como segurei com firmeza, observei pelo canto do olho que ele sorriu. Então ficamos andando nesse estado, de mãos entrelaçadas, pela cidade, até, enfim, voltarmos para a primeira praça que vimos.

Como o esperado, os barzinhos estavam mais cheios, porém o resto do local vazio. Max me levou até um lugar um pouco mais afastado, perto do lago, de baixo de um belo salgueiro. Ficamos sorrindo que nem bobos, ouvindo as músicas dos bares distantes e curtindo o nosso silêncio. A movimentação das ruas e a iluminação ficaram para trás, mas eu conseguia enxerga-lo com perfeição graças à luz da lua. De repente ele se deitou na grama e fez sinal para que eu me deitasse também.

– Não sei não... pinica.

Ele soltou uma gargalhada, fazendo com que eu risse junto.

– Ah, vamos. Deixa de frescura.

– Hm, vou pensar no seu caso. – Dei um sorriso travesso que fez com que ele se levantasse.

– Ah, é? Vai ser assim? – Falava de modo ameaçador, mas segurava um sorriso nos lábios. Afirmei com a cabeça também segurando o riso. Ele se aproximou de mim e passou os braços ao redor de minha cintura, aproximando nossos corpos e, consequentemente, nossos rostos. Nossas bocas estavam a pouquíssimos centímetros de distância quando, de repente, ele me atacou. Com cócegas.

Comecei a rir desesperadamente tentando me livrar de seus braços, mas o desgraçado era mais forte. Nós dois riamos sem parar enquanto ele corria atrás de mim sem muitas dificuldades para fazer cócegas. Acabou que ele conseguiu até mais... me derrubou na grama.

– Idiota. – falei entre as risadas.

– Foi tão ruim assim? – fazia o possível para que seu sorriso não escapasse, mas mesmo assim não conseguia detê-lo. Ele deitou-se ao meu lado.

– Sim, agora por eu estar deitada na grama só tenho algumas horas de vida. – zombei.

– Então é melhor aproveitarmos essas horas. – ele lançou-me um olhar de segundas intenções e começamos a rir novamente.

Quando tivemos que buscar ar para nos acalmar, acabei reparando no céu... e, uau. Estava repleto de estrelas, simplesmente magnífico. Lembrei-me de quando era menor e ficava procurando constelações ou estrelas cadentes... Max estava fazendo com que eu voltasse para os melhores tempos de minha infância. Vi que ele também olhava para as estrelas e não deixei de comentar sobre.

– São lindas... – Comentei em um sussurro.

– Muito... Na cidade onde eu morava havia muita poluição, então era raro ver as estrelas brilhando no céu, mas sempre gostei delas. Quando eu vim para cá, essa foi a primeira coisa que notei. Considerei como meu novo lar no mesmo instante, foi como se naquele momento eu soubesse que aqui era o meu verdadeiro lugar.

Que lindo, pensei. Max acabou falando sobre seu lar aqui, o que fez com que eu lembrasse que ainda não sabia sobre a questão da pouca confiança que tinham nele. Não queria estragar o clima, mas estava receosa de que não tivesse outra oportunidade como essa, então fiz do mesmo jeito...

– Max... – Chamei-o.

– Diga... – Ele parecia tranquilo até agora.

– Eu... eu notei que lá na Conventionis algumas pessoas não confiam em você... – Comecei tentando ser sutil.

– Algumas? – Ele riu com sarcasmo. – Praticamente nenhuma pessoa confia em mim, Sofi. – Ele disse com tanta amargura que fez com que meu coração doesse.

Virei de lado olhando para o platinado.

– E por quê?

Ele se virou também e suspirou fundo. Acho que ele sabia que mais cedo ou mais tarde teria que me contar sobre.

– Foi em uma missão. – Começou e, em seguida, ficou um tempo em silêncio, como se escolhesse as palavras e os eufemismos, mas antes que eu pedisse para ele continuar, ele o fez – Os grupos da casa mudam de vez em quando, se alguém não se adapta, ou se chega pessoas novas, tem gente que entra e gente que sai.

Eu ouvia com atenção. Será que não ficaria sempre no mesmo grupo?

– Er... Sofia... Antes de eu contar, eu quero que prometa que não vai se afastar de mim, ou agir como os outros, ok? – Ele parecia realmente aflito.

– Sim, eu prometo. – não pensei duas vezes. Ele continuou.

– Meu primeiro grupo... era o mesmo que o da Lauren e do Ryan. - ele continuou – Na época, era composto também por outras duas pessoas que mudaram... E, bem... era nossa vez de irmos para uma missão... eu ainda não sabia direito o que era isso.

Engoli em seco. Não gostava de pensar sobre aquelas missões.

– Eu só fui descobri um pouco antes de chegarmos na cidade que ocorreria o plano. E bem... eu era totalmente contra. Não gostava da ideia, mas parecia que ninguém pensava como eu, e apesar de ter tentado discutir, não me deram ouvidos e mostraram também os seus pontos. Então eu tive um próprio plano que, infelizmente, se transformou em um desastre.

Não sabia o que sentir... No momento, estava tensa prestando atenção em cada uma de suas palavras, mas ao mesmo tempo fascinada por saber que ele não concordava com aquilo... Eu não estava sozinha!

– Iríamos assaltar um museu, roubando um objeto de valor e depois vendendo em algum tipo de mercado negro. Eu fiquei responsável por desativar a segurança, então nos separamos quando invadimos o local de madrugada. – Reparei que ele também estava tenso... não era algo que ele gostava de lembrar, sem dúvida. – Eu pensei em fazê-los mudar de opinião, pensei que se os alarmes disparassem rapidamente e logo depois eu os desligasse, sem que chamasse atenção ou prejudicasse nada, eles poderiam mudar de ideia e veriam que o que estavam fazendo era uma bobagem... mas não foi isso que aconteceu. - Sentia como se meu coração fosse pular para fora de meu peito a qualquer momento, estava muito ansiosa e tensa.

– Eu me enganei quanto aos botões e acabei não conseguindo desativar o alarme a tempo. A polícia logo veio e houve uma grande troca de tiros. Alguns de nós não podiam usar seus poderes por causa de que eram mais indiscretos, e tudo começou a piorar ainda mais. Ryan levou um tiro no ombro e outra pessoa levou um de raspão... mas uma garota... – sua voz falhou nesse momento, parecia que estava prestes a chorar e eu me senti automaticamente mal por isso – Ela não teve tanta sorte... e acabou morrendo. – um silêncio se fez para que ele recuperasse as palavras, eu via de longe o quanto era difícil para Max tudo isso. – Conseguimos fugir por um triz, mas nada voltou a ser como era antes. Obviamente, deixaram de confiar em mim, e eu não os julgo... Novamente, fui culpado por outra morte.

Quando eu vi, estava chorando. Rapidamente limpei as lágrimas de meus olhos e abracei-o. Ele correspondeu o abraço com força. Senti que ele precisava de apoio e não seria naquele momento que eu deixaria na mão. Jamais.

– Ah, Max... você sabe que não foi sua culpa... – ele iria me interromper, mas eu não deixei – Entendo seus motivos, principalmente porque penso igual. Também não concordo com esses roubos e vejo que você só queria fazer os outros enxergarem o que você já enxergava... Estamos juntos nessa, ok?

Afastamo-nos e ele balançou a cabeça afirmativamente enquanto seus lábios curvavam-se em um sorriso...

De repente, estávamos próximos demais e por um segundo eu senti que mesmo assim não era uma proximidade suficiente. Então acabei com minha vontade, selando nossos lábios, e, por sinal, foi um beijo muito bem recebido.

Não sei por quanto tempo ficamos nos beijando, a única coisa que vinha na minha mente era como aquilo estava bom. Nossos lábios pareciam feitos um pra o outro e se encaixavam perfeitamente, nossas línguas exploravam a boca do outro e tudo parecia um sonho de tão bom, mas ninguém é de ferro, então acabamos nos separando para que nossos corações voltassem aos batimentos normais.

Ele se levantou e me estendeu a mão.

– Acho que agora já está na hora de nós irmos. – disse sorrindo e eu concordei, levantando com a ajuda dele.

O caminho de volta foi feito normalmente e alguns minutos depois, recheados de conversas e risos, já estávamos em casa. Caminhamos pela trilha rapidamente, mas nem precisava de pressa, pois se eu soubesse o que me esperaria, teria demorado muito mais.

Vi através dos vidros da entrada que algo já não estava bem, devido a quantidade de pessoas e a confusão que se formava... e quanto mais eu me aproximava, menos me agradava. Era uma briga.

Uma briga entre Zack e Drake.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Vocês shippam a Sofia com quem?
E o que acham do passado de Max?

Próximo capitulo só quarta que vem :v

Queridos leitores fantasmas, nós também te amamos, não vamos te machucar se vocês comentarem, só vamos te amar ainda mais :3

Até breve! Bjim