Hora de Aventura: Crise em todas as Terras escrita por Raoni Adigun


Capítulo 17
Capítulo Dezessete


Notas iniciais do capítulo

O confronto final se deu inicio quem se saíra vitorioso.



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.Após destruir o monstro completamente, Simon ajuda Fionna a se levantar. Ele a olha nos olhos e pergunta:

— Está bem Fionna?

— Estou. — Responde Fionna. — Só um pouco dolorida devido ao impacto.

— Consegue lutar? — Pergunta verificando o corpo e vendo se não tem algum ferimento mais sério.

— Claro que consigo. — Responde limpando o nariz e suspirando um pouco de ar.

— Ótimo! — Conclui Simon esticando o braço direito e fazendo a espada de Fionna “voar” para sua mão. — Tome. Vai precisar dele. — Entrega a espada para sua devida dona.

.Fionna pega a espada e já se posiciona para continuar o ataque. Rei de Marte consegue se livrar do amontoado de criaturas que estavam sobre ele, caminha e fica ao lado de Simon e Fionna. O trio observa a cama do Velho Homem enquanto mais criaturas das sombras são criadas uma atrás da outra, se tornando dezenas, algumas se fundindo e se tornando enormes.

— Qual o plano? — Pergunta Fionna.

— Eu e o Rei de Marte abriremos caminho para que você dê o golpe decisivo. — Diz Simon. Ele olha com o canto do olho para Fionna, mas olha de volta para o Velho e fica em silêncio por alguns segundos antes de dizer: — Queria poder conversar mais com você Fionna, mas temos que acabar logo com isso.

— Como criador do meu mundo, você é literalmente meu Deus. Não é sempre que o criador e a criatura lutam lado a lado. — Diz Fionna com um sorriso.

— Tem razão. Vamos deixar o papo sentimental e o momento filosófico para depois. Vamos resolver esse problema primeiro. — Diz Simon.

— Podemos avançar logo. — Diz Rei de Marte. — Eles não vão parar de aparecer só para deixar vocês falarem. — Conclui ele.

— Desculpe Rei de Marte. — Diz Fionna, e com um grito ela conclui: — Vamos pra cima desses caras!

.Fionna foi a primeira a avançar cortando o primeiro monstro que está a sua frente, em seguida, Simon congelava e destruía os grandões para abrir caminho à guerreira, Rei de Marte soca e chuta os menores, mas um dos grandões fica páreo a ele e lhe infligi um soco no rosto, mas o Rei se recupera do golpe e logo retribui o ataque do inimigo com um chute frontal no estômago, os dois começam a trocar golpes como dois lutadores experientes como se estivessem em um ringue. Fionna corta um atrás do outro e consegue ver a vista o Homem Velho, mas um grandão fica em seu caminho e avança com um soco em direção a guerreira, que recua para desviar, e com destreza e rapidez ela usa o braço do monstro para dar um impulso em seu pulo para poder ir em direção a cabeça cortando em horizontal o pescoço, decapitando-o e fazendo-o cair, ela cai junto com um dos joelhos no tórax do monstro. A guerreira corre em direção ao Homem Velho, mas uma das mãos do monstro caído agarra a perna da menina, fazendo-a cair de face no chão, a espada desliza para alguns centímetros dela. O monstro puxa a perna da menina para alcançar a parte superior de seu corpo, ela vira o corpo para poder chutá-lo com a sola de sua sapatilha, começa usar os cotovelos para se arrastar em direção a espada, mas as mãos da criatura se tornam garras afiadas e perfura a coxa direita da menina para puxá-la, ela grita com a dor, a guerreira começa a suar, alguns fios de seu cabelo loiro ficam em sua visão, a outra mão do monstro perfura a barriga, fazendo-a gritar novamente. A guerreira tenta alcançar a espada, mas está fora de seu alcance, de repente o monstro se torna gelo e é destruído, Simon corre na direção da menina para ajudá-la a levantar.

— Desculpe a demora. Estava apertado para mim lá trás. — lamenta Simon, ele olha para os ferimentos de Fionna. — Deixe que Rei de Marte cuid...

— Não precisa! — Grita Fionna interrompendo-o de terminar a fala. — O Rei de Marte está ocupado, você tem que congelar os ferimentos.

— Como assim?

— Crie uma camada de gelo no ferimento para que o sangramento pare de sair. Assim terei algum tempo até chegar ao Velho.

.Assim como ordenado, Simon com cuidado cria uma camada de gelo nos ferimentos de Fionna que grita devido à dor intensa no momento em que o gelo toca na ferida. Mesmo mancando, mas podendo andar, ela vai até a espada, com um olhar de determinação e ódio a guerreira diz ofegante olhando para as criaturas a sua frente:

— Estou cansada disso... — Faz uma pausa e se posiciona para atacar.

— Fionna... — Diz Simon em voz baixa.

— Vou acabar com todos vocês! — Ela corre em direção as criaturas e com uma força que viera do nada, começa a cortar um atrás do outro sem se importar no que estava atacando.

.Em meio à intensa luta, um gigante corre em direção à guerreira com um soco, ela tenta se defender com o braço esquerdo. Em meio segundo entre a colisão do soco e o braço de Fionna, Simon pensa:

— Ela vai quebrar o braço se continuar!

.Em uma ação desesperada, Simon lança um jato de gelo que rapidamente envolve Fionna, e em um movimento espiral se torna um escudo de gelo circular preso em seu braço esquerdo. O escudo de gelo salvará seu braço de ser esmagado, possibilitando que ela se defendesse do soco do gigante, o impacto a empurra para trás. O estrondo do choque foi tão grande que ecoa toda a sala e estremece o chão. Ao perceber que o escudo impedirá a ofensiva com sucesso, Fionna fica aliviada e olha para Simon com um sorriso, o mago não diz nada, apenas acena com a cabeça. Entendendo o gesto, ela se posiciona para voltar a atacar. Ela bate a espada no escudo como uma guerreira selvagem e amedrontadora, seu olhar fulminante encara o monstro, sem demora ela parte para cima. O monstro volta a atacar com o soco, aproveitando a vantagem do tamanho da criatura, Fionna se arrasta no chão, deslizando e desviando do ataque com precisão fazendo-a ficar atrás do oponente, ela se levanta girando o corpo para aplicar o golpe, saltando nas costas do monstro faz um corte em diagonal.

.O monstro com dor abriu os braços e anda para frente cambaleando até cair de joelhos e sumir como uma fumaça. Fionna aproveita a chance que tem e corre em direção ao Homem Velho que está a poucos metros. Quando ela se aproxima da cama, imediatamente ergue a espada para lhe aplicar o ultimo golpe, mas interrompe a ação repentinamente quando sente algo atravessar no meio de seu tórax fazendo-a tossir um pouco de sangue. Uma estaca vinda debaixo por uma sombra viva que se formará sob a cama do Homem Velho, Fionna baixa a cabeça e olha a criatura sorrir para ela ao ver que a atingirá. Ela cospe mais um pouco de sangue e cambaleia para trás, sua visão tornará turva e perdia o foco, mas ela força seu corpo a continuar, a sombra se move até ficar na altura da guerreira, fincando mais fundo a estaca que antes era sua mão e braço esquerdo no corpo dela, Fionna solta o escudo, mas não a espada, e continua de pé firme e segura o braço da sombra encarando-o nos olhos.

.Ao ver o que acontecerá com Fionna, Simon grita desesperado:

  — Fionna!

.Rei de Marte lutando contra uma dezena de criaturas após ouvir o grito desesperador de Simon, tenta localizar Fionna no campo de batalha, após conseguir encontrá-la e ver a estaca atravessada em seu corpo ele diz entristecido:

— Essa não...

.Simon corre para socorrê-la, mas é interrompido por cinco gigantes que bloqueiam seu caminho. Os cinco avançam com um soco, em resposta a ofensiva, Simon dispara com as duas mãos uma grande rajada de gelo, envolvendo-os numa grande nevoa congelante.

.Segurando o braço da criatura a sua frente e mesmo sentindo muita dor, Fionna não o solta, nem a espada, que segura com firmeza com os últimos resquícios de sua força. De repente num ato desesperado ela finca sua espada na criatura que grita de dor, ela então finca mais fundo, porém, em conseqüência o braço da criatura atravessará mais seu corpo, fazendo-a sentir uma dor infernal e excruciante. Ela transpira sem parar, a expressão de dor é evidente em seu rosto e em seu olhar, sangue não para de sair da enorme ferida onde se encontra o braço da criatura, e em sua boca sai sangue após cada tossida que é dada. Mesmo naqueles segundos que parece não haver fim, ela junta o máximo de forças que poderia juntar naquela situação e afunda mais a espada na criatura que grita novamente antes de desaparecer completamente. Ela anda cambaleante para frente e apóia seu corpo contra a cama do Homem Velho, sangue se espalha por toda a cama, pintando o lençol azul claro de vermelho. Tudo pareceu ficar lento quando Fionna fechou os olhos por alguns segundos e reabrir em seguida para olhar o Velho Homem que dormia parecendo afundar no lençol e no colchão. Sentindo sua vida saindo de seu corpo ela tenta juntar forças para terminar o serviço, com a luz saindo de seus olhos ela tenta erguer a espada, mas a força de seus músculos não responde mais a suas ordens.

.Ela debruça a cabeça sobre o corpo do Homem Velho, atrás dela Simon e Rei de Marte tentam desesperadamente chegar ao corpo de Fionna. Sentindo que a morte está se aproximando a guerreira subitamente fecha os olhos devagar e diz em sua mente já em luto:

— Eu... Tentei... Desculpe... Finn...

— Como assim vai desistir menina! — Grita uma voz na mente de Fionna.

.Fionna abre os olhos já reconhecendo aquela voz, era Cake, mas precisamente um fantasma que estava ao seu lado a poucos centímetros, seu corpo emitia uma fraca luz, mas dava para vê-la. Cake diz:

— Não acredito que vai deixar acabar assim?!

— Não tenho mais forças para continuar. — Diz Fionna com um tom de voz fraco e baixo, quase que sussurrando.

— Parece que não aprendeu nada que eu lhe ensinei. Só pare de lutar quando o último resquício de ar sair de seus pulmões e seus músculos não conseguirem mais responder, só depois disso você deve parar de lutar.

— Não consegui te proteger como prometi ao papai e a mamãe. Perdoe-me.

— Não se preocupe com isso. Vou te ajudar a terminar a missão. — Cake encosta na mão de Fionna, onde ela segura a espada e a ajuda a erguê-la para aplicar o último golpe.

.De longe no meio de um embate contra três dos cinco monstros que Simon derrotou há poucos minutos, ele olha Fionna erguendo a espada, mas não vê o espírito de Cake. Com a ponta da espada na direção do peito esquerdo do Homem Velho, Fionna enterra a lâmina devagar com o auxilio de Cake.

.No momento em que a lâmina é fincada, o Homem Velho acorda e tenta desesperadamente impedir que a espada continue sua trajetória, mas é uma tentativa em vão, pois ao perceber que o velho acordará Fionna força mais a penetração da lâmina até que o homem parou de se mexer. No momento em que o homem parou de respirar as criaturas ficam imóveis nos devidos lugares. Simon e Rei de Marte se entreolham em silêncio vendo as criaturas paradas, até que desaparecem como fumaça no ar. Simon é o primeiro a quebrar o silêncio:

— Conseguimos?!

— Parece que sim. — Concorda Rei de Marte.

.Fionna solta à espada após ver que conseguirá completar a missão e finalmente conseguiria descansar, ela olha para Cake que está parada ao seu lado, e antes de voltar para o mundo dos espíritos ela diz sussurrando para a irmã:

— Te vejo daqui a pouco mana.

— Conseguimos irmã. — Sussurra Fionna com suas últimas forças.

— Não irmã. Você conseguiu. — Diz Cake antes que uma luz mais forte começou a se formar e finalmente desaparecer.

.A guerreira finalmente descansa quando seu último ar é suspirado, fechando os olhos para ir atrás da irmã. Rei de Marte não quis comemorar, mas o sentimento de alegria foi mais forte e ficou amostra em seu rosto quando um sorriso se formou em seus lábios. Simon olhou para Fionna que estava de bruços imóvel com a cabeça sobre o corpo do Homem Velho. O mago corre em sua direção, mas de repente todo o salão começa a estremecer como se um terremoto atingisse o local. As paredes começam a rachar e grandes blocos de concreto começam a cair do teto, vendo o possível desabamento do lugar, Rei de Marte grita para Simon:

— Simon! Vamos fugir, vai tudo desmoronar!

.Ouvindo o chamado do Rei de Marte, Simon o olha em seguida para Fionna sem saber se está viva, e volta a olhar para o Rei de Marte.

— Pode ir Rei de Marte. Ficarei aqui.

— Como assim?

— Não posso ir. Preciso fazer uma coisa. Se salve!

.Rei de Marte pensou em tentar convencê-lo a partir junto a ele, mas o olhar decisivo daquele mago já o convenceu pela escolha que Simon tomará para si, ele olha para Fionna atrás do mago. Em resposta o Rei concorda com a cabeça e parti correndo para fora da sala. Vendo que o Rei de Marte está longe, Simon se vira para Fionna que continua imóvel no lugar, ele congela parte do teto para impedir de desmoronar, caminha em direção a menina. Quando finalmente se aproxima e percebe que a alma de Fionna já partirá de seu corpo, Simon segurou para não chorar, apenas cochichou agradecendo ao seu esforço e ajuda.

.Na sala de Prismo há alguns minutos antes, Finn e Coruja Cósmica desviam das ofensivas de Lich que viam um atrás do outro.

— Velocidade impressionante Finn e Coruja Cósmica. — Diz Lich impressionado.

— Você ainda não viu nada Lich! — Grita Finn.

— Se pensam que vão continuar ganhando tempo para que seus outros amigos acordem o Home Velho, estão muitos enganados. A essa altura já devem estar mortos. — Diz Lich com uma risada maléfica.

.Finn engoliu em seco, pois perceberá a demora de Fionna para cumprir a missão que lhe fora designada. Mas resolveu não demonstrar a insegurança para Lich e continuou firme para lutar. Coruja Cósmica avança contra Lich, que responde com contínuos golpes com os braços que vem de todas as partes da grande sala. A velocidade da Coruja Cósmica para desviar dos golpes foi benéfica para a dupla, a não ser pelo arranhão que Finn sofrerá no ombro esquerdo causado por um golpe de sorte. Parados um na frente do outro eles começam a se analisar na mente.

— Ele está ficando mais lento. — Analisa Lich.

— Se continuarmos apenas desviando vamos acabar sendo pegos por esses ataques. — Pensa Finn. — Não tem como atacar até que Fionna cumpra com sua parte da missão. Até ela conseguir, temos que ganhar tempo, mas até quanto tempo podemos agüentar? — Conclui Finn.

— Eles não podem me derrotar em meu estado atual. A não ser que consigam acordar o Velho, não poderão me fazer um arranhão. É só uma questão de tempo até a Coruja se cansar e eu finalmente atingi-lo e o esmagar como um inseto, eliminando meu último obstáculo para finalmente terminar de reconstruir os universos. — Diz Lich com um tom de triunfo em sua mente.

.Após alguns segundos se entreolhando, Coruja Cósmica finalmente se move. O desenrolar da ação não durou um minuto:

— Agora eu vou. — Faz uma pausa — Derrubá-los!

.A determinação de Lich aumentará com um único objetivo em mente: “Derrubar a Coruja Cósmica”. O que se resultou em uma rajada de milhares de golpes, mas foi ai que o momento chegou. Uma sensação tomou conta do corpo da Coruja. Uma sensação humana comum, mas desconhecida para uma criatura imortal. A sensação de cansaço. Após usar o corpo para agüentar os impactos de Lich e ganhar tempo para Fionna, esse objetivo já não seria mais possível. Um movimento errado de desvio foi o bastante para Lich atingir a Coruja em sua lateral e derrubá-la de um lado e jogando Finn de outro.

.Finn cai rolando, deixando a espada cair. Lich aproveita a oportunidade e ataca junto a um grito triunfante:

— Morra humano!

.Múltiplos punhos de todos os lados vindos das paredes vão para cima de Finn, o herói fecha os olhos para seu fim eminente, Coruja Cósmica apenas teve tempo de gritar:

— Finn!

.Percebendo que não partiu para o mundo dos espíritos, Finn abre os olhos e percebe que os múltiplos punhos de Lich estão imóveis em pleno ar a quase vinte centímetros dele. Ele olha para Lich que também está imóvel, de repente o grande monstro começa a gritar em um barulho ensurdecedor, fazendo-o tapar os ouvidos. Um brilho ofuscante se forma no tórax do monstro, ele caminha para trás se afastando de Finn.

— O que está acontecendo?! — Grita Finn olhando para a Coruja Cósmica.

.A Coruja olha para Lich e responde:

— Estou sentindo uma perturbação na energia de Lich! — Olha para Finn. — Ele está perdendo seus poderes.

.A imagem de Fionna veio subitamente na mente de Finn, então, ele disse com um sorriso:

— Fionna conseguiu.

— Parece que sim. — Confirma Coruja Cósmica.

— Meus poderes! — Grita Lich inúmeras vezes com tom de lamento.

.Finn recompõe sua vigorosidade e ergue sua espada para voltar ao combate.

— Não vamos desperdiçar a chance que a Fionna lançou para nós. Coruja! — Finn sobe sobre as costas da Coruja Cósmica que voa para cima e volta com um mergulho a toda velocidade em linha reta na direção de Lich.

.Percebendo a aproximação da Coruja Cósmica, Lich grita:

— Ainda tenho poder para acabar com seres insignificantes como vocês! — Ele estica um dos braços que se alonga e se divide em varias partes para atacar e derrubar a dubla.

.Coruja Cósmica desvia perfeitamente de todas as investidas, e com um grito Finn se prepara para dar um golpe definitivo. Como uma lança de luz, Coruja Cósmica e Finn atravessam o corpo de Lich, deixando um buraco no meio do tórax. A Coruja desacelera a alguns metros do monstro e se vira para vê-lo. O monstro começa a se inclinar dando sinal de que iria cair ao chão. Triunfante Finn apóia a espada no ombro e diz:

— Conseguimos.

.De repente um movimento rápido acerta Coruja Cósmica, fazendo-a cair no chão. Finn cai a poucos metros da Coruja, mas deixa a espada se afastar dele com a colisão repentina, o herói sente o braço esquerdo quebrar, o fêmur direito e uma das vértebras da coluna trincar, ele agoniza de dor no chão. Mesmo sendo quase derrotado, Lich sorri e se virá na direção de Finn.

— Antes de cair, irei levá-lo comigo garoto!

.Finn mesmo no chão olha para Lich, e com dor consegue dizer:

— Porque ele não foi derrotado? Ou desapareceu?

— O amuleto! — Responde Coruja Cósmica. — O amuleto da Noitosfera está gerando energia o suficiente para mantê-lo de pé e continuar lutando, apesar de estar sobrecarregado, pois tem que suportar a carga de energia do Prismo. — Olha para Finn. — Temos que atingi-lo de novo e destruir o amuleto.

.Lich aproxima as duas mãos a poucos centímetros uma da outra, deixando um pequeno espaço entre elas. No pequeno espaço uma esfera roxa começa a se formar, e começa a aumentar de tamanho. Coruja Cósmica e Finn olham sem poder fazer nada.

— Ele está concentrando a energia do amuleto em um único ponto. — Diz Coruja Cósmica. Olha para Finn. — Ele quer acabar com tudo com esse último golpe.

— Então voa e nos tira daqui! — Grita Finn.

.A Coruja tenta se mexer, mas percebe que suas asas estão quebradas.

— Não consigo voar. — Lamenta para Finn.

— Droga! — Diz Finn. Ele tenta levantar, mas a dor devido o fêmur e a vértebra trincadas o força a parar de se mexer e a continuar no chão. — Que merda! — Diz entre os dentes. Ele estica o braço direto na direção da espada, mesmo não estando muito longe, não consegue alcançar.

— Transformarei vocês dois em pó! Depois irei destruir aqueles que roubaram meu poder! — Grita Lich. Ele foca a visão em Finn. — Você será o primeiro, Finn o Humano!

.Segurando a esfera com uma das mãos, Lich dispara uma rajada de energia descomunal na direção de Finn. O herói usa o braço direito para cobrir o rosto e tentar se defender.

— Finn! Não! — Grita Coruja Cósmica.

.Ao ver que não fora atingido, Finn abre os olhos, diante dele, Fionna segura o golpe de Lich com uma das mãos, ela o olha com o canto do olho.

— Finn...

— Fionna?! Como?

— Antes de partir queria poder ajudá-lo aqui.

.Coruja Cósmica observa imóvel a aparição repentina e diz para si mesma:

— Fionna...

.Sentindo o que teria acontecido com ela, Finn diz com um pesar no coração:

— Fionna, você...

.Fionna não diz nada, apenas essas palavras saíram de sua boca:

— Diga a Simon “obrigada”...

.Com um movimento do braço Fionna faz a espada levitar até a mão direita de Finn.

— Use-a Finn. Esse é seu destino desde o começo. O motivo pelo qual você ganhou essa espada. Ela não despertou seu verdadeiro poder. Sinta-o e use-a!

.A esfera azul começa a emitir um brilho ofuscante que começa a aumentar cada vez mais até cobrir todo seu corpo. O corpo de Fionna desaparece com o clarão do golpe de Lich, mas antes de desaparecer por completo, Fionna grita para Finn:

— Agora Finn!

.O golpe de Lich é completamente absorvido pela esfera azul da espada de Finn. Após a absorção, Finn sente seu corpo se recuperando dos ferimentos, o mesmo começa a brilhar junto com a espada. Vendo que seu golpe foi absorvido Lich diz:

— Impossível!

.Coruja Cósmica observa perplexa com o evento que esta acontecendo diante de seus olhos.

— Finn... Que poder desconhecido é esse que emana de seu corpo? — Diz em sua mente preocupada.

.Observando seu corpo e sua espada emanando um brilho e sentindo uma energia estranha, mas ao mesmo tempo poderosa. Finn diz em seus pensamentos:

— Eu sinto... Todos eles... Eu sinto!

— Agora Finn... — Diz uma voz ao seu lado. Finn olha para o lado aonde vinha à voz. Era Fionna, uma imagem ofuscada e transparente da heroína, parecendo um fantasma. — Todos nós estamos do seu lado Finn. Se entregue a esse poder. — Conclui ela, colocando a mão esquerda sobre a mão direita de Finn, onde segura o cabo da espada.

.A luz que sai de seu corpo brilha mais forte cobrindo-o por completo. O brilho é tão intenso, que Lich cobre os olhos para protegê-los da luz. O brilho forma um Finn gigante feito de energia que é visualmente maior que o monstro. Sua aparência era uma versão mais jovem do herói, trajava uma camiseta azul-clara, short azul escuro, uma mochila verde circular, meias de cores brancas enroladas para baixo, e um par de sapatos pretos e um chapéu de urso polar, mas não empunhava espada.

.Coruja Cósmica fica estupefata com que vê. Localizado na cabeça do grande ser de energia, está Finn, que observa o que se transformou e sente a energia de suas versões que outrora foram derrotados ou absorvidos pelo amuleto, correrem por todo o seu corpo. Lich sem acreditar diz:

— Como pode controlar tanta energia?!

— O espírito da justiça não pode ser destruído. Quando o mal continuar a ficar mais forte, o brilho do bem continuara a crescer e ficar ainda mais forte e evoluir. É assim que são os heróis. — Diz Finn.

— E isso o levará a destruição... — Diz Lich enquanto crescia de tamanho até ficar do mesmo tamanho que Finn. — Esse será seu limite, pois a escuridão é maior que a própria luz e no final será completamente coberta e absorvida por ela.

— Ele está puxando mais energia do amuleto fundido com a já escassa energia do Prismo. — Analisa Coruja Cósmica. — Mas mesmo sendo escassa ainda tem poder para se igualar ao de Finn.

.Finn e Lich se preparam para dar o soco um no outro, mas os punhos se colidem fazendo um som trovejante ecoar toda a sala. Do lado de fora, universos desaparecem ao redor das proximidades do salão do centro universal. Enquanto os punhos se colidiam Finn grita:

— Não a limites para a justiça! Mesmo que a chama seja pequena e insignificante, sempre haverá luz para aqueles que necessitarem! Todos aqueles que você matou, todas as vidas que destruiu estão clamando por justiça dentro de mim. E com elas, a chama que á dentro de meu coração cresce cada vez mais!

.Os punhos se afastam um do outro, mas Finn logo se posiciona para um segundo golpe, e grita:

— Ainda não acabou... — Aponta o braço direito para cima. — Esse será o golpe definitivo! — O gigantesco braço se transforma numa enorme escavadeira espiral que parte para cima de Lich, girando a toda velocidade.

— Esse será o limite que atingirá Finn! — Grita Lich, também erguendo o braço direito para cima e a transformando numa escavadeira espiral gigante e parte para cima de Finn girando em uma velocidade surpreendente.

.A ponta das duas escavadeiras se colide uma contra a outra. A colisão faz a grande sala se despedaçar, fazendo ser absorvido pelas escavadeiras, atrás dela os universos ao redor é absorvido um atrás do outro até sobrar mais nada a não ser a completa escuridão. Uma explosão cataclísmica é formada entre Finn e Lich. Flutuando no meio do nada, Lich se sente triunfante e diz:

— Consegui. Finalmente consegui.

— Lich! — Grita uma voz.

.Ao longe Lich vê Finn voando em sua direção. Nu e segurando a espada para dar o golpe final o herói grita:

— Eu disse! Não a limites para aqueles que almejam a justiça. Os espíritos heróicos das minhas versões ainda gritam, e minha chama ainda não se apagou, e será com essa espada e esse golpe que finalmente a luz da justiça extinguirá o mal!

.Com um corte em vertical com a espada começando de cima a baixo, ele parte Lich ao meio, destruindo o amuleto junto ao monstro. O monstro grita antes de desaparecer por completo no vazio, enquanto isso Finn que continua flutuando fecha os olhos e diz com uma voz enfraquecida:

— Finalmente... Consegui...

.Enquanto o herói flutuava no vazio existencial, os estilhaços do amuleto começam a brilhar até cobrir todo o seu corpo.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem até aqui, não se esqueçam de deixar um comentário, divulgar para os amigos e favorita para dar uma força, muito obrigado e até o próximo capitulo. =^.^=



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