Final perfeito? Não, esse é o começo! escrita por Annabeth


Capítulo 5
Me abrace




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/589912/chapter/5

P. O. V. Clara

Por que tudo aconteceu tão rápido, em uma semana eu perdi meus pais e minha família só restando minha irmã Nanda, meu sobrinho Bruno e um tio distante que há aproximadamente um ano se tornou um maluco psicótico, porem com muito dinheiro e influencia, assim logo que a assistência social descobriu sobre meu tio nos mandaram pra ele sem se importar com o estado mental do dito cujo.

Se fosse somente por mim eu aguentaria, mas acabei tendo que cuidar da minha irmã mais velha e do meu sobrinho, que estão mais fragilizados que eu além de perder os pais minha irmã perdeu o marido e em consequência meu sobrinho perdeu o pai.

Quando sai do avião achei que não ia suportar, eu estava sofrendo, mas tinha que me manter forte para amparar minha irmã, parecia que ela desmoronaria a qualquer instante, mas ela tinha um filho para cuidar não podia se dar ao luxo de deixar a dor vencer, então para ajudar tomei a posição de irmã mais velha tentando auxiliar ate que ela se recuperasse.

Porem não estava sendo nada fácil carregar três fardos sozinha, logo, quem desmoronaria seria eu, não suportei observar enquanto minha irmã assinava os documentos de transferência de guarda e de óbito, sim eu tinha assumido o papel de mais velha mais burocracia é burocracia, eu ainda não tenho idade para assinar nada, então antes que eu visse minha irmã ter um ataque, aquilo seria a gota d’agua, decidi sair do aeroporto para respirar, mas o que vi me deu novas esperanças, sempre tinha sonhado com a neve mais nunca havia tido a chance de ver, aquilo me renovou, sim, eu teria força para superar tudo, por mim, por meu sobrinho e principalmente pela minha irmã.

Decidi sentar na fonte em frente ao aeroporto, com certeza a Nanda demoraria e eu precisava aproveitar um pouco da neve ao meu redor, quando de repente vejo um garoto pálido de cabelos brancos e lindos olhos azuis voar sobre mim, e provocar uma pequena nevasca com lindos flocos de gelo desenhados, o que eu acho, especialmente paria mim, eu sabia que era Jack Frost, já o tinha visto varias vezes em sonhos.

Não fazia ideia do porque o guardião da neve estava me dando tão lindo presente, também não entendia porque tanto ele me olhava, devia pensar que eu não podia vê-lo, então decidi esperar par a ver o que ele fazia, peguei meu caderno e desenhei aquele ultimo floco que havia derretido em minha mão, quando terminei percebi que ele ainda me olhava, principalmente para minha boca, decidi quebrar o gelo.

— Tudo bem Jack Frost pode parar de me olhar agora! – sorri - A proposito obrigada pelos flocos de neve eram lindos!

— Você pode me ver? – Ele perguntou nitidamente surpreso.

Achei graça da situação, eu havia surpreendido Jack Frost, meu guardião predileto, eu não podia acreditar que estava falando com ele, quando minha irmã me chamou decidi fazer algo com que sempre tinha sonhado, surpreendendo ainda mais o guardião, abracei Jack aquilo tinha sido insuperável, nunca havia sentido nada parecido eu sentia que podia fazer tudo.

Mas tudo desmoronou quando chegamos à casa do meu tio, logo o medo tomou conta de mim, mas eu tinha que ser forte por nos três, quando nosso tio veio nos receber, seus olhos, se bem me lembro antes eram azuis, agora estavam negros, transbordando magoa, loucura e ódio, quando ele surtou, tudo que ele nos queria fazer sentir era puro terror, naquele momento se não fosse à visão de Jack em minha mente eu teria desmoronado.

Corremos para o andar de cima eu fechei a grade de acesso com um cadeado que havia trazido de casa, sim eu tinha imaginado aquilo. Demorei para conseguir acalmar tanto o Bruno quanto a Nanda, ate que a única alternativa foi cantar igual à mamãe fazia, aquilo me doeu, pois trazia lembranças boas, porém dolorosas já que nunca retornariam.

Quando eles finalmente dormiram fui ate meu quarto, e tomei um banho na esperança que as lembranças fossem lavadas pela água, não havia funcionado, decidi abrir a janela para que o vento me libertasse daqueles pensamentos, de nada adiantava, até que sem esperanças comecei a chorar, não sabia quantos sentimentos estavam guardados precisando ser liberados, já estava começando a soluçar quando ouvi uma voz conhecida.

— Me abrace – disse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Final perfeito? Não, esse é o começo!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.