DDUGQP - As máscaras caem. escrita por MRS Carriyh


Capítulo 7
Pois eu ainda estou aqui querida...


Notas iniciais do capítulo

''Ela não mostrava que estava com medo
Mas ficar sozinha era demais para suportar
Mesmo que todos dissessem que ela era forte
Eles não sabiam que ela mal conseguia continuar

Mas ela sabia que ficaria bem
Não deixou que ficasse em seu caminho
Às vezes tudo fica um pouco demais
Mas você pode perceber que, logo, a névoa vai clarear
E você não tem que ter medo pois somos todos iguais
E sabemos que, às vezes, tudo fica um pouco demais

Ela sempre dizia a si mesma que podia fazer isso
Ela não tinha ajuda alguma, e ficava tudo bem
Mas quando ficava difícil, ela perdia o foco
Então pegue a minha mão, você vai ficar bem
E ela sabia que ficaria bem
Não deixou que ficasse em seu caminho''

Capítulo Narrado pela Anna.



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Anteriormente em DDUGQP...

Eu consigo ver a dor vivendo em meus olhos e nos olhos daqueles que fazem parte da minha história. Eu sei que tentei, assim como sei que todos os meus amigos merecem alguém melhor do que eu em suas vidas. Eu consigo sentir meu coração e eu me compadeço. Eu nunca criticarei todo o que todos significam para minha vida.

Anna, eu não quero te desapontar, eu não quero te deixar com raiva e acima de tudo, eu não quero te manter afastada de onde você talvez pertença. Me perdoe se não pude cumprir com o que prometi, mas saiba que nunca desisti de você nem um instante siquer. Você nunca me perguntou porquê, meu coração é tão dissimulado não é? Eu simplesmente não posso mais viver uma mentira, eu preferiria magoar a mim mesma do que algum modo te fazer chorar. Não sobrou nada para dizer, exceto um “Adeus”. Espero que para sempre seja feliz. Onde quer que eu esteja, estarei observando sua joarnada e te mostrando os passos da minha trilha que infelizmente ainda está incompleta.

*****

LONDRES; INGLATERRA.

Ínicio de 2010.

Mansão Família DiLewis.

Noite de sexta -feira.

''Acho que era nova demais
Eu estava muito animada
O que faremos, meninas?
Vamos dançar a noite toda?

Ou seguir a líder?

Siga a líder, eu disse.

Oh festas do pijama... o quê devo dizer sobre elas? Acho que, fazem parte da infância e adolescência de qualquer garota normal, estou errada? Bem... creio que apesar das coisas serem um pouco diferentes quando se trata de festas de pijamas organizadas em comemoração a mim e a minha glória, não deixa de ser um evento marcante e que com toda certeza, é feito para ficar na memória daqueles que ousarem entrar pela porta de entrada, pois apartir do momento em que você assume um juramento de não sair até o final, deverá cumpri-ló. Essas são as minhas regras, e se caso alguém não estiver de acordo, que por favor, deixe de seguir minhas ordens e saia do meu caminho.

— Então Anny, verdade ou conseqüência? – Questionou Cauanne.

— Verdade, é claro! Eu não tenho medo diferente de vocês.. – Respondi lançando olhares desafiadores para as demais garotas que riam.

Ashley levantou-se e agarrou Becky, Alene sussurrou algo para as duas, fazendo-me revirar os olhos.

— Já que você está seguindo com tudo o que combinamos a dois anos e até agora está cumprindo com sua parte da aposta, descreva Carina Monteiro em uma palavra boa... se é que existe alguma qualidade naquela vadia. - Gargalhou. — Vamos ver se você tem mesmo assim tanta coragem querida.

É uma pena! Elas não sabiam nem da metade das coisas que eu sabia sobre Carina. Diferente do que os malditos jornais e revistas sobre fofoca falam, Carina não é só uma rainha egocêntrica, manipuladora e destruidora, ela também tem suas vantagens, como ser uma ótima amiga , estilo aquelas de conto de fadas, onde você pode chama-lá a qualquer hora e chorar em seu colo que no dia seguinte ela vai fingir que nada aconteceu. Você pode se sentir um pouco constrangida por que falou de mais, porém tudo o que foi contado na noite anterior, permanece na noite anterior e não sai de lá até o resto dos dias.

— Minha... melhor amiga. – Falei em tom baixo, o quê foi o suficiente para Cauanne ficar surpresa, assim como todas as outras.

O silêncio pairou no ambiente. Vi a fúria nos olhos de Cauanne crescer, que arfou no segundo seguinte, continuei firme no que eu dizia, lancei uma piscadela para ela, indicando que eu havia falado sério.

— Garotas, acho que está na hora de dormir. – Ashley manifestou-se, quebrando o clima que havia se formado.

Sem dizer absolutamente nada, apaguei a luz e corri para debaixo dos meus cobertores no intuito de não escutar absolutamente mais nada vindo de mais ninguém. Tudo o quê eu precisava agora, era de uma boa noite de sono e logo pela manhã as coisas já seriam águas passadas. Porém, nem sempre, tudo o quê pelas circunstâncias parece na verdade realmente será.

Meia hora depois....

Madrugada.

Abri meus olhos, ouvi a porta localizada um pouco a frente de onde eu estava deitada rangir, acabando de vez com meu sono. Virei-me e para minha surpresa, não vi Cauanne em sua cama. Rapídamente levantei-me tentando ao máximo não fazer barulho para assim não acordar as outras. Girei o trinco da porta e assim que sai de dentro da casa, senti o ar gelíto da madrugada congelar meus braços expostos. Mesmo meio as árvores, o pijama de Cauanne a denunciava, deixando-a ser inesquecível, assim como sempre desejou ser. Caminhei em passos lentos em sua direção atenta aos detalhes, mas as folhas que insistiam em cair das árvores e acabarem presas em meu cabelo, deixaram-me soltar um gemido de raiva, fazendo ela se virar e me pegar em flagrante a observando.

— Peguei você. — Falou, cruzando os braços. — Será que não posso ter um segundo de paz na floresta de propriedade da minha família? – Questionou.

Suspirei e contei até três pra não voar em cima dela.

— Por quê você está brava comigo? Só por que não estou seguindo com seu planinho, alias, estou o aprimorando e deixando-o mais divertido pra nós todas? Oh Cauanne, você não faz idéia de como esse último ano me mudou. Não sei se você já percebeu, mas quem dita as regras nesse solo sou eu. Eu estou de volta e você já pode devolver a coroa, que por direito é minha. Deixei sim que tomasse meu lugar pra que eu pudesse fazer meu jogo em New York e que me lembre o combinado foi você devolver meu trono se eu cumprisse o que prometi. Não importa quais foram as conseqüências... eu nem sequer a considero algo mais que uma simples aposta. — Não! Aquilo não era verdade e por mais que eu soubesse disso, não poderia deixar transparecer, meu posto estava em jogo. — Foi tudo tão perfeito, ela é mais manipulável do que achamos. Eu sei cada ponto fraco, cada elo que pode se quebrar se Carina estalar os dedos. Ganhei a confiança dela da mesma forma que tirei um pirulito do meu primo de três anos de idade. Temos todas as cartas e todos os ‘A’s, basta jogarmos da maneira certa. — Conclui.

Cauanne hesitava em olhos nos meus olhos, pois sabia se fizesse isso, cederia e concordaria com minhas palavras, preferiu se manter de costas para mim, me impossibilitando de ver seu rosto e de perceber o quanto ela lutava com si mesma para ir contra mim.

— Ei senhorita, quer começar uma aposta? Ei garotinha, melhor prestar atenção nos seus passos, porque eu realmente sei o que dizer. — Riu. — Melhor diminuir suas expectativas Anna! Suas palavras agora não me convencem mais. O que você quer que eu diga? Que vai ser fácil você pegar seu trono de volta? Desculpe mais isso, só depois que você me provar que não tem vinculo afetivo nem um com a maldita rainha de New York.

Argh! Desde quando Cauanne se tornou forte o suficiente para me enfrentar? E desde quando ela não confia mais em mim? Só por que disse a verdade sobre Carina?

— Cauanne Taylor DiLewis, eu ordeno que pare de achar que... espera... eu vi... eu vi um vulto ali. — Falei e apontei ao sentir calafrios, como se algo tivesse acabado de passar por dentro do meu corpo e saído antes mesmo que se prendesse a mim . Cauanne arregalou os olhos confirmando com a cabeça que não era a única que havia visto aquilo. — Vamos sair daqui.

{...}

....................................

AGORA.

Hospital Particular San Loys

Centro.

Dizem que paciência é uma dádiva que poucos tem. Creio não ter sido abençoada com ela e por isso, sinto vontade de me bater ao perceber tal fato. Mal consigo acreditar que estou na sala de espera de um hospital novamente! Minha mente só consegue pensar besteiras. Por que estão demorando tanto para dar noticias sobre o estado dela? Por que raios esse lugar parece ter parado no tempo?

São 6h35min da manhã, ou pelo menos é isso que diz o relógio. Passei uma madrugada inteira esquentando essa maldita cadeira e este ato só serviu para aumentar ainda mais o meu ódio por mim mesma por te-lá deixado sair sem mim. Mais uma vez algo de ruim acontece e a culpa é toda minha.

— Vocês são os amigos da Srta.Monteiro? – Perguntou o médico apontando para mim, Pedro, Marrie, Priscila, Lissa e até Dilan que estavam presentes e assim como eu, ficaram a noite aqui. Assentimos. — Eu não tenho boas notícias, espero que estejam preparados para ouvir o que tenho a dizer. Já que os pais da paciente foram para a casa descansar, prefiro dizer para vocês primeiro. — Meu coração parecia querer sair pela boca, enganchei no braço de Priscila e Marrie temendo as próximas palavras. — Jovens, a amiga de vocês pode ter perdido a memória por conta da pancada quando foi atropelada, há possibilidade de Carina acordar e não saber o próprio nome e nem que são vocês, ou o que aconteceu para vir parar aqui. Não temos certeza de nada até o presente momento. Só teremos o diagnóstico completo assim que ela acordar.

Tudo o quê consegui dizer veio junto a um rio de lágrimas que caiam involuntáriamente sobre o meu rosto. E se Carina nunca mais se lembrar de quem eu sou? Tudo o que fiz, foi em vão?

— Podemos visita-lá? — Disse Pedro.

— Sim. Um por vez. Quarto 534. Quando eu tiver o resultado dos exames, volto a falar com os senhores. — Completou o doutor, retirando-se logo em seguida.

— Eu vou primeiro. — Manifestaram-se Lissa, Priscila e Pedro.

— Pessoal, eu agradeço muito por terem me dado força, mas ela é minha melhor amiga. — Falei

No final de minha fala, sequei meu rosto, levantei a cabeça e propuz a mim mesma desfilar nos meus saltos pelo corredor. Fechei os olhos assim que parei na porta entreaberta com o numero dito pelo médico. Lá estava ela... dormindo inocentemente e de uma certa forma fofa. Sorri ao ter esse pensamento. Mesmo eu sabendo que ela não iria me responder, resolvi tentar.

— Ah Carina... sabia que você nem parece você dormindo? Quem diria que acordada você domina essa cidade e mais um pouco... fui tão estúpida em achar que poderia tirar isso de você sendo que isso já corre na suas veias desde que você nasceu. Só espero que não se esqueça de quem você é... por que baby... você é única. Vim pra lhe encontrar e dizer que sinto muito por ter te escutado, deveria ter ido junto. É que as vezes, você é tão mandona, deveria aprender a pedir ajuda, sabia? Só estou aqui por que... tenho que lhe achar, dizer que preciso de você e te dizer que eu escolhi você ao invez de tudo o quê conquistei em Londres. Ninguém disse que era fácil e nem impossível reconquistar tudo de novo e bem... tenho orgulho de dizer que estou aqui... não estou?

Ei irmão, há uma estrada infinita para redescobrir

Ei irmã, saiba que há muitas amizades

Mas nosso laço é mais forte

Ah, se o céu vier caindo em você

Não há nada neste mundo que eu não faria

E se eu perder tudo?

Oh irmã eu vou ajudá-la!

Ah, se o céu vier caindo em você

Não há nada neste mundo que eu não faria

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo e até a próxima semana!



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