DDUGQP - As máscaras caem. escrita por MRS Carriyh


Capítulo 26
Soltem as bruxas, cadelas!


Notas iniciais do capítulo

''Eles dizem que nós somos o que somos
Mas não temos que ser
Eu tenho um mau comportamento, mas eu faço isso da melhor maneira
Eu vou ser o observador da chama eterna
Eu vou ser o cão de guarda de todos os seus sonhos febricados
Eu sou a areia, a metade inferior da ampulheta
(Vidro, vidro)
Vou tentar me imaginar sem você, mas não posso
Porque nós podemos ser imortais, imortais
Só não por muito tempo, por muito tempo
Viva comigo para sempre, agora
Nós puxaremos as cortinas escuras
Só não por muito tempo, por muito tempo
Nós poderíamos ser imor, imortais
Imor, imortais
Às vezes, a única recompensa por ter alguma fé
É quando ela é testada de novo e de novo todos os dias
Eu ainda estou comparando seu passado com o meu futuro
Pode até ser sua ferida, mas eles são minhas suturas''

Acho que ficou meio obvio por que eu demorei, não é? Este é um especial de Halloween! Dei este hiatus de três semanas para voltar com tudo e fechar com chave de ouro os especiais da fanfic, já que a mesma somente tem 14 capítulos pela frente para ser concluída.
* Essas duas musícas descrevem esse capítulo perfeitamente, tradução no começo da narração não se preocupem! https://www.youtube.com/watch?v=7qFF2v8Vsa e https://www.youtube.com/watch?v=lf_wVfwpfp8
* Essa relaciona-se a Cauanne e Anna, citada também na narração https://www.youtube.com/watch?v=vc6vs-l5dkc
* Sobre Carina e Anna https://www.youtube.com/watch?v=eK8Ri0COF1w ( aconselho a escutar durante a leitura, para fazer sentido)
*Cena final: https://www.youtube.com/watch?v=FJUJW589HZI



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Se a sensação é boa, se o gosto é bom, tem que ser meu. Você poderá ver um fantasma esta noite e se você não sabe, agora sabe. Estou pegando minha coroa de volta. Estou completamente vestido e nu . Eu vejo o que é meu e pego (Achado não é roubado) Puxa-sacos em sofás de veludo. Mansões extravagantes, vinhos antigos, eu sou muito mais que a realeza. Apanhe sua corrente e embace seus olhos. Heróis sempre são lembrados, mas você sabe que lendas nunca morrem!

Emperor's New Clothe - Panic! At The Disco

Ainda naquele mesmo dia...

Columbia University

— Anna? — Berrou um voz conhecida, surgindo por de trás dos muros — Oh Meu Deus! — Gargalho surpresa batendo palmas, demonstrando assim uma cínica aprovação pela cena que presenciava.

Nos separamos rapidamente. Minhas bochecas claramente rosadas denunciavam a minha extrema vergonha por estar aos beijos com um cara que é impossivélmente e inacreditavélmente desafiador, arrisco-me a dizer que ele é apenas uma versão distorcida do fantasma mais obscuro da minha primeira vez, William Beckery. Cauanne estreitou o olhar e colocou uma das mãos na cintura, para logo em seguida encostar-se nos tijolos e começar a rodar sua mínuscula bolsa preta com detalhes dourados no fecho. Suspirei fundo, limpei minha boca, pedi um espelho a Cauanne e não me dei o trabalho de sair para ir ao banheiro retocar o batom rosa chiclhete, pois fiz isto na frente dos dois sem problema algum. Fitei ele por uns instantes, o mesmo continha um enorme sorriso debochado e galanteador estampado em sua face. Decidida a jogar seu jogo, retribui a este gesto. Segurei em seus suspensórios negros e toquei de leve seu peito coberto pela camisa social. Sussurrei eu seu ouvido algumas poucas palavras e pisquei com o olho direito, puxando Cauanne pelo braço para fora daquele apertado canto do bosque do campus e caminhando em direção a uma macieira afastada do local anterior. Joguei-a contra o tronco bruscamente, colocando literalmente o dedo em seu rosto, apertando forte e severamente seus ombros.

— É tão engraçado como você sempre aparece em momentos inoportunos, não é, cadela? — Perguntei de forma retórica usando o sotaque britânico de que ela mais gostava, sim...aquele que eu havia treinado durante todos esses anos — Calada, entendeu? — Questionei novamente, mas desta vez em um grito — É sua chance de monstrar que pode ser confiavél, não desperdice isso!

***

Agora.

Parada entre as grades do grande portão, uma estranha fenix de madeixas loiras resurge das cinzas, caindo de cabeça e de volta a minha vida. , Marrie, Cauanne e Lissa que é um ano mais velha que o resto de nós e somente está no primeiro ano conosco porquê entrou atrasada no ensino fundamental e consequêntemente decidiu acompanhar-me e seguir o mesmo percurso que eu, assistiamos de camarote privado o retorno da rainha a ascenção e a repetição da história, novamente. Conformadas com o que nossos malditos olhos viram a poucos instantes atrás, andavamos em passos largos em direção a escadaria, fingindo não notar a presença de Carina e mais o restante do grupo, Priscila, Pedro, Thommas, Marcelly entre outros novos colegas, conheci quase todos, alguns são do mesmo curso que eu, exeto por uma garota morena de cabelos aparentemente lisos, franja presa no alto, covinhas para dentro deixando-a com um ar romantico, pele não tão clara e contudo nem tão escura, não sei descrever a forma pelo qual sua tímidez afetava profundamente a conversa com o grupo a sua volta e inclusive com Carina, que lhe jogou olhadelas quando passei em sua frente, parecia querer poder me dar um curto e receptivo '' Olá''no entanto não poderia fazer isso afinal, estavamos brigadas e não dirigiamos a palavra uma a outra a mais de três semanas inteiras. Há três semanas inteiras, também não temos notícias e não recebemos nem ao menos mais uma mensagem da escritora louca a respeito de seu diário disfarçado de obra litéraria. Estariamos certas na teoria de que, Dianna não nos atacará se ficarmos longe uma da outra? O quê de fato ela quer além de nos separar ? Bem, escreva estas palavras, perguntarei isso quando encontrar essa vagabunda cara a cara, disto eu garanto.

Mas, quanto a Carina e a situação atual, sou tão fissurada por ela e estou tão enciumada por tal estar fazendo novas amigas que quando me dei conta, as observava descaradamente, como se minha mente tivesse estrado em um profundo transe. Por sorte, fui salva destes desgostosos pensamentos por minha meia irmã, Lissa, que sacodiu-me e com a ajuda de Marrie passava suas mãos na frente do meu rosto, me colocando de volta ao meu corpo. Creio que fui capaz de sentir o efeito daquela nova garota em minha vida quando notei assim, o impacto dos meus pés ao chão. Cauanne hoje, diferentemente dos últimos dias, parecia bem mais preocupada desde que saimos de casa, eu queria perguntar a ela o porquê de estar agindo daquela forma, porém preferi dar tempo a ela e ao próprio tempo....talvez tivesse algo haver com Thommas e seu estranho modo de gostar de uma certa garota comprometida e de uma verdadeira indole que não impressiona a ninguém a não ser os pobres e ingenuos calouros que não sabiam o quanto aquele ser poderia ser impetuosamente ardiloso para conseguir o quê deseja.

Marrie apontou para uma ábobora alaranjada. Em superficie havia perfeitamente modelada dois olhos e uma boca em formato de onda, causando um efeito assustador. Mais a frente notei enfim, a decoração de halloween que era tão evidente como o fato de que esta é a minha primeira comemoração como universitária. Desta maneira, ao ter provavélmente o mesmo pensamento que eu , Lissa desgrudou-se de mim e correu para o painel de avisos próximo a secretária, veio de lá com um folheto em mãos, entregou-o para mim. Rapidamente todas nos juntamos para ler a mensagem do cartaz em voz alta:

'' Feliz Halloween. Se você é calouro esse ano, prepare-se para a melhor noite de sua vida! Arrepios, sustos e muita dança te aguardam hoje a noite. Conto com sua presença. Lembre-se, surpreendam uns aos outros e escolham suas fantasias. Vamos brincar de gostosuras ou travessuras.

Lissa, Cauanne, eu e Marrie começamos a sorrir feito bobas. Soltei um grito de animação e dei varios pulinhos. Elas riram com a minha reação, todavia não demoraram para me chamar para um longo e fofo abraço em grupo. Quando nos separamos, Carina me olhava fixamente sem esbanjar nem uma expressão a não ser a de raiva, com toda certeza ela estaria nesta festa e eu seria obrigada a vê-lá ou esbarrar nela, cedo ou tarde.

— Girls, o quê me dizem? Matamos o último tempo e saimos para achar nossos trajes juntas — Sugeri mexendo em meu cabelo cacheado e solto.

— Acho uma ótima ídeia, Anny — Concordou Cauanne, passando seus braços envolta do meu pescoço

Não demorou muito até Lissa e Marrie concordarem também.

— É essa noite que a gente se diverte como se não houvesse amanhã! — Exclamou Marrie, monstrando empolgação.

Assenti com a cabeça e começei a estralar os dedos e cantarolar baixo a melódia I Write Sings Not Tragedies pelo qual a letra de forma implicita, descrevia aquilo que Cauanne descobriu sobre mim a algumas semanas. Pergunto-me assiduamente por quanto tempo ela guardará esse segredo e temo as consequências caso ele seja revelado, não quero deixar esse campus por um bom tempo e para isso aconteça, Cauanne deverá manter a boca fechada e a mente atenta, estou a testando a cada dia que se passa. Divertido isso não está sendo, porém é obvio que é necessario, justamente por causa de tudo o que aconteceu no ano passado.

{...}

Pov's Carina

Algum tempo depois.

Patío Principal.

Fim do dia.

Querido diário,

Hey! O sol acabou de descer e esconder-se no céu de Manhattan, assisti-o se desvairando para nascer amanhã mais uma vez, dando continuidade ao belo ciclo da vida. A grama verde molhada penicando em minha barriga trás a mim uma sensação de paz e frescor. A noite está prestes a íniciar e ao fundo do céu ainda azul claro, a lua cheia bem como algumas estrelas ainda um tanto apagadas atraem minha atenção. O campus encontra-se praticamente vazio, quase todos deixaram o local para poderem se aprontar para a festa do dia das bruxas a mais ou menos meia hora. O zelador e alguns homens estão terminando de dar os ultimos ajustes a casa monstro e deixaram-me ficar. O que eu disse a eles quando questionaram-me porquê eu quis os ver trabalhar? Declarei-me impossibilitada de escrever sem ter uma paisagem inspiradora tal como essa, também exclamei veemente ser uma escritora de bom agrado e com talento o suficente para chegar longe.

Ah a leve brisa! Como eu a adoro. Sentir-a pairando eu meu rosto faz-me sentir viva como se fosse dotada do poder de voar sobre o céu e ter uma visão mais abrangente da cidade, das pessoas que amo e já partiram deste plano para o outro, ou dos meus problemas que na maioria das vezes são repetitivos e cansativos de mais para se resolver como num piscar de olhos ou com a mesma rapidez e intensidade de que a brisa abate a pálida superfice de minha pele, como se eu quase pudesse sentir o toque delicado daquela quem sinto falta em minhas madeixas cor de mel, para confortar-me e deixar-me fechar os olhos, ouvindo os céus falando comigo e o destino seguindo seu curso a medida que o movimento da terra se completa e dá fim a este princípio de 365 dias.

Confesso que a faculdade não tem sido tudo aquilo que eu imaginava desde bem pequena. Era um sonho chegar aqui para mim, um sonho que vem sendo o pior dos meus pesadelos. Anna está contribuindo para isso. Cauanne, antes sua pior inimiga e ela hoje estavam abraçadas e andam inseparavéis a semanas. Eu só gostaria de entender o quê é que mudou entre estas duas para que isso acontecesse, diria que parece que Anna voltou a confiar em Cauanne. É como se nunca tivessem deixado de serem grandes amigas, ou como se Anna tivesse tido uma súbita falta de memória que a fez esquecer tudo o que passamos por conta de Cauanne nestes dois últimos anos, inclusive perdemos boa parte da amizade e da consideração que construimos durante longos sete anos uma para com a outra. Tenho consciência disso agora pois Dianna faz questão de me lembrar isso página após pagina em seu maldito livro, fazendo-me sentir-me ainda mais culpada por Anna e eu estarmos afastadas. Não sei se eu já disse isso, mas mesmo assim declaro que se Dianna não morder a minha isca e vir correndo para essa festa é porquê com toda a certeza desse universo ela não estuda na Culumbia...sim, eu dei a ídeia deste evento o reitor John Coatsworth, exclusivamente para armar para Dianna e começar a montar minha lista de suspeitos. É a oportunidade perfeita para que ela tenha mais uma recordação de um cara a cara com seus personagens, já que estaremos todos na mesma festa alguns juntos...ou talvez nem tanto assim, já que nosso grupo acabou por se dividir em dois, se é que me entende.

***

— O que é isso? É um diário? — Questionou ela, gargalhando e roubando o caderno de minha mão, passeando seus olhos para a página que eu tinha acabado de escrever. — Oh, Anna não merece nem sequer um pingo do que está sentindo, querida. Hoje nós vamos descobrir o que de fato está acontecendo com ela. Apenas relaxe e vá retocar esta maquiaquem, está bem? — Disse tirando de minha bolsa meu estojo de sombras e meu batom vermelho clássico — Sua fantasia combinou muito com você! — Exclamou e concluiu.

Apoiei meu cotovelo na grama e com uma de minhas mãos arranquei com força um pouco dela, joguei no vento, fazendo o solo levemente acinzentado e marrom ficar exposto. Jennyffer tinha em seu rosto um ar preocupado. Ah, espere! Antes que eu me esqueça de dizer, ela está na turma de Thommas, nos conhecemos no primeiro dia de aula por uma incrivél e pura coincidência quando fiquei perdida no corredor onde localiza-se seu ármario, naquele instante eu sabia que valeria apena me tornar amiga dela, porquê de uma forma insana, sua gentileza e sensibilidade em deveras palavras quando dirigiu-se a mim pela primeira vez, era exatamente do que eu precisava para me sentir segura no meu complicado e impossivél de se esquecer, primeiro dia de aula como estudante de literatura. Desde esta ocasião tomamos um café ( certo que Jennyffer não é muito fã desta bebida, diferentemente de mim que a adoro, contudo ela sempre acaba por ter que engoli-lá a seco caso não queira levar repreensões vindas de mim, que embora seja uma espécie de irmã mais nova dela que precisa de cuidado e atenção, as vezes é mais sensata que a própria Jenny) na lanchonete próxima a universidade antes do primeiro periodo de aulas, em um destes encontros acabamos por trocar confidencias, contei a ela sobre tudo, desde a partida de Anna no primeiro ano do ensino médio, a Londres, Malibu e a formatura. A fiz prometer não contar a ninguém a respeito. De alguma maneira ela consegue me passar uma enorme honestidade, não sei se é por seu olhar sempre tão sincero ou se é por tuas provas de que se importa comigo, mas ela e Marcelly tem sido as que mais me consolaram últimamente, se eu não as tivesse como amiga, estaria tecnicamente perdida.

— Você tem noção de que me chamou de bruxa, não é ? Se for assim devo tomar cuidado com você, não quero ser fonte de alimento de uma vampira — Falei sorrindo e debochando, Jenny retribuiu e simulou um tapa na minha cara por brincadeira — Está bom assim? — Questionei apontando para minha sombra roxa.

Ela balançou a cabela em sinal positivo. Guardei a maquiagem e em seguida Jennyffer levantou-se e estendeu sua mão em minha direção para ajudar-me a fica em pé. Contemplei a calçada marrom e branca e a estátua do rei fundador. Ao lado da portaria mais a frente de onde estavamos, dois espantalhos com cabeça de ábobora guardavam o campus. Peguei meu celular e nele vi as horas, sete e quarenta. De forma previsivél, poderia-se ver que haviam alguns alunos adentrando a universidade. Pequenos grupos encontravam-se depostos perto ao bar com copos e taças de cerveja malte preta, provavélmente aguardavam o aviso de que a fila da casa monstro poderia se formar. A baruleira do salão de festas com a musíca alta da banda Fall Out Boy intitulada como ''Thanks Of The Memories'' tinha acabado de começar a tocar, seria a primeira do playlist da festa. A cada segundo que passava, mais o campus parecia encher-se de fantasmas, lobisomens, afrodites, zombies, entre diversos outros, me deixando totalmente zonza. Pedi para que Jenny fosse reservar um lugar para nós acomodarmos e por sorte não a perdi de vista, encontrei-a depois com Thommas que também acabava de chegar próximo a fileira de bancos. Logo mais, pude distinguir uma silhueta vestindo uma fantasia de rainha de copas parada no topo da escadaria fitando-me de cima a baixo ao lado de Marrie que usava uma fantasia de cleoprata. Cauanne de Rainha má vulgo dama de negro e Lissa de '' espanhola''.

Alguém baterá em meu ombro, desviando minha atenção. Era Renny usando um gancho no lugar do braço, Pedro meu namorado de bruxo pois combinamos de vir vestidos iguais, Marcelly de chapeleira maluca do filme Alice No Páis Das Maravilhas e Priscila de chapéuzinho vermelho. Quando olhei de volta para a escadaria, ela estava vazia, como se Anna e o resto de sua gangue tivessem usado mágica ou fossem fantasmas para desaparecerem atravessando paredes. Percorri meu olhar para o restante do ambiente, achei-as no final da fila da '' Monster House''.

— Pessoal, o quê acham de entrarmos na a casa? Depois vamos para ao salão beber algo— Sugeriu, Thomm.

Agarrei Pedro, Marcelly, Jennyffer e Priscila e sem dizer mais absolutamente nada apertei o passo na chance de conseguir ficar atrás delas para que eu pudesse entrar com Anna, o quê segundo meus calculos daria certo, visto que são duas pessoas por rodada. Suspirei aliviada ao ver que tinhamos conseguido chegar a tempo de ninguém mais ter chance de entrar com Anna. A mesma revirou os olhos ao notar-me com meus amigos ali, tocou firmemente na mão de Cauanne que entrelaçou a de Anna com a dela, para assim contemplar-me por cima de seus ombros com um meio sorriso irônico tão tipíco seu. Bufei de raiva atraindo o foco de Jenny e Marcelly que sabiam e muito bem o porquê daquela atitude. Bati a sola de minha bota preta no chão com força e impaciencia, recordei-me vagamente então de uma frase que Anna disse a alguns anos '' Odeio sentir ciumes de você, mas adoro quando você sente de mim''. Fiquei desta maneira e repetindo esta frase até a fila ficar menor e eu estar prestes a entrar. Tentei ao máximo ficar calma quando o cara que coordenava a entrada e a saida da casa viu nossos crachás e chamou pelo meu nome e o de Anna. Um arrepio percorreu minhas costas e isolou-se em minhas pernas e braços. Jenny desejou-me sorte, sussurrei um curto '' obrigada''. A porta se abriu e o escuro tomou conta seguido do sopetão e do rugido da maçaneta antiga se fechando. Anna consideravélmente distante em seus pensamentos, manteve-se em silêncio até tirar do bolso de seu vestido uma lanterna, iluminando meu rosto, basicamente cegando-me.

— Sei que armou para estar comigo aqui. Diga o que quer de uma vez, aproveite que estamos sozinhas e Dianna não pode nos ver. Você sabe que ela é o único motivo para eu estar fingindo que você não existe. Não quero que aquele livro venha atona, New York inteira seberia quem de verdade somos nós duas e nem uma dessas pessoas entenderia porquê fizemos aquelas coisas. Vi como ficou quando eu estava com Cauanne, saiba que é reciproco quando se trata de você e aquela garota, Jennyffer — Bufou irritada — Da próxima, faça um favor a mim? Diga o nome dela na minha cara para que eu não precise ficar tentando adivinhar! Você sabe que isso não é para mim, C. — Afirmou — Falando nisso, de onde é que ela surgiu mesmo? Oh! Mais uma para que eu me preocupe que não me roube de você, como se não bastasse Marcelly e você terem passado as férias inteiras juntas! Agora na terceira semana de aula você me aparece com essa dai? Me Poupe, por favor! Depois tem a cara de pau de se encomodar com Cauanne.

Estralei os dedos e cerrei meus punhos com ódio dela. Contei de três para baixo para não começar a gritar, quando abri minha boca para soltar minha furia em cima daquele ser ouvimos um barulho vindo da trilha de tunéis e do sotão da casa.

— Cale-se! Não é hora para surtarmos uma com a outra! — Exclamei fazendo o famoso sinal de silêncio com as mãos — Acho que não estamos tão sozinhas como imaginavamos, Anna.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Até o proxíimo capítulo
XX,
— MRSC



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