Queime meu destino escrita por Raquel Viena, kinha


Capítulo 6
E um encontro sim




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Novamente acordei cedo disposto a ver minha linda carcereira devido a que Elisa me prendia respirava por ela, somente a sentia fui julgado e condenado a esse amor irracional, sempre dominei minhas ações, porém agora não consigo decidir nada, se não estou perto dela meu corpo se desespera entro em uma agonia infinita e perco o bom senso fazendo coisas estúpidas, paixão e um sentimento ótimo, mas também um carrasco que lhe tira todos os sentidos te conduzindo a morte discretamente, tomei banho as pressas arrumei meu lanche já que hoje almoçaria com ela não na cantina como se é de costume, Tayler ainda dormia ria pensando que agora ele é que precisava ser acordado subi as escadas dei duas batidas na porta o chamando, a maçaneta virou ele apareceu com os cabelos bagunçados bocejando de olhos semiabertos.

_ Ainda sou mais velho _ Ri da sua falta de consciência desci as escadas preparando o café em um momento de inspiração preparei panqueca doce e suco de laranja coloquei na mesa os pratos a jarra e mel, ele desceu vestindo uma blusa de mangas compridas por baixo de uma de malha branca.

_Não vai chamar o pai e a mãe? _ Perguntei me sentando e comendo.

_De madrugada escutei uns barulhos, devem ter ido...

_Trabalhar _ O interrompi meio desapontado _ Não me lembro de ver essa família tomando café juntos.

_Maninho! Desde pequenos sabemos a importância deles no hospital a quantia de médicos na cidade e escassa.

_Você nunca se sentiu mal? _ Questionei me lembrando de sempre vê-lo ocupado com clubes escolares, trabalho mesmo sem ter necessidade, voluntariado ele fazia qualquer coisa pra se ocupar ele tinha inúmeros colegas devido a tantas ocupações, diferente de min sempre senti falta da presença dos meus pais me fazendo ser essa pessoa carente que não suporta a solidão.

_Sou humano sabia? _ Ri do jeito dele _ Ás vezes pensava porque eles têm de se sacrificar tanto, mais passei a pensar se eles não ajudarem quem vai ajudar, nossos pais se amam Rafa, e nós ama também temos sorte de ter pais tão altruístas quero encontrar alguém assim, encontrar um amor parecido os invejo tanto _ Refleti sobre todas aquelas palavras encontrar um amor que ultrapasse o cansaço, a saudade e todos os outros problemas meu pensamento voou direto para Elisa soltei um suspiro querendo toca-la peguei a mochila correndo para meu carro.

_Onde vai? _ Gritou Tayler.

_Escola _ Respondi ligando o carro esquentando o motor não passei na casa de Allan no caminhou liguei para Cris passar lá, e depois que fosse para o sem degraus aquela escada não terminada onde nós conversamos dá ultima vez precisava conversa com ele me abrir para alguém a escola estava vazia cheguei mais de meia hora adiantado coloquei alguns livros no meu armário.

_Droga!_ Alguém xingou após um estrondoso barulho pareciam coisas caindo, vinha da biblioteca caminhei até lá para ver se alguém precisava de ajuda, abri a porta vendo um corpo jogado no chão sobre ele vários livros.

_Tudo bem ai irmão? _ Perguntei me aproximando.

_Não sou seu irmão.

_Elisa _ Corri tirando os livros de cima dela a ajudando a levantar _ Oque aconteceu?

_Cai da cadeira _ Falou ajeitando a toca azul escuro tirando a poeira da roupa.

_Oque faz aqui?

_Eu ajudo a Cindy a arrumar a biblioteca cedo _ Ela empilhava as pilhas ia subindo na cadeira, tomei os livros da mão dela impedindo que subisse, comecei a colocar os livros na prateleira sem precisar da ajuda da cadeira _ Coloque em ordem alfabética.

_Quem é Cindy?

_A bibliotecária, obrigada _ Agradeceu quando terminei.

_Hoje de manhã estava pensando em você, quer dizer desde o dia que te conheci, não paro de pensar em você.

_Acredito.

_Acredita mesmo? _ Questionei feliz.

_Arram, afinal você e um maníaco.

_Ah não, é serio Elisa.

_Maníacos seguem as pessoas.

_Você ... você me viu ontem? _ O sinal tocou e ela me deixou quanto tempo se passou porque o sinal bateu, droga segui para o sem degraus Cris já estava me esperando.

_Quanto tempo ia me deixar mofando aqui? _ Perguntou rindo parando com a brincadeira vendo minha ansiedade.

_Vou explodir.

_Que foi?

_Ela vai me deixar louco, não gosta das pessoas, não me deixa falar é sempre tem uma resposta custa ser uma garota normal?

_Rafael, se ela fosse normal, você não se interessaria, além do que se ela e assim e por algum motivo você não sabe nada dela.

_Está certo mais como vou ficar sabendo alguma coisa se ela não deixa eu me aproximar.

_Se tiver paciência, se pensar direito vai descobrir de verdade quem é ela.

_Vou pensar em algo!

_Você tem que contar pra ela dá aposta.

_Se eu fizer isso ela vai terminar comigo _ Sorri, pois como podia terminar algo que não existe.

_Se começar errado vai terminar errado.

_Não sei oque fazer droga.

_Já a chamou pra sair?

_Já adivinha a resposta? _ Era obvio que ela não aceitou a barreira de proteção em volta dela era de um vidro inquebrável.

_Nunca te vi desistir de nada _ As singelas palavras de Cris penetraram fundo em min invadiram minha cabeça, transmitindo a mensagem.

_A quero para min _ O sinal confirmou minha ultima frase perdi todas as aulas pensando em alguma maneira de tomá-la para min quando enfim a hora do almoço chegou me dirigi para o camarim que ficava aos fundos do palco no auditório a porta estava fechada me deixando apreensivo curvei os dedos batendo duas vezes na porta, até ela se abrir em uma pequena fresta revelando a bela garota com um biscoito de chocolate preso na boca.

_Oque quer aqui? _ Questionou desajeitada com a comida na boca.

_Ninguém nunca te ensinou a falar de boca cheia?_ Perguntei entrando e me sentando em uma cadeira giratória vermelha, no lugar onde se coloca a maquiagem de frente a espelhos rodeados por lâmpadas ela colocou biscoitos e por incrível que parece sachês de ketchup.

_Me ensinaram sim, a também não colocar os cotovelos em cima da mesa, e não usar faca no macarrão só que nunca obedeço.

_Isso e ketchup?

_É oque parece não é?

_Com biscoitos de chocolate?

_Quer provar?_ Apesar de não querer saber o gosto horrível que aquilo tinha assenti, na esperança de saber mais sobre o mundo dela, ela pegou o biscoito e espalhou o molho vermelho em cima me entregou os dedos dela se sujaram ela os lambeu quase babei, aquilo era tão sexy minha vontade era de joga-la no sofá que havia ali, e rasgar aquela regata preta e jogar fora a blusa de cima e tê-la nua para min, controlei meus pensamentos de puberdade dando uma mordida no biscoito para meu infortuno uma mordida exagerada o gosto era horrível corri para mochila dando um prolongado gole na garrafa de suco de laranja que tinha feito mais cedo.

_Há algo de errado com suas papilas gustativas.

_Doce, salgado, azedo, amargo, umami estão todas aqui _ Respondeu colocando a língua para fora.

_Tem certeza que não sofreu infecção nas glândulas elas são responsáveis pela perda de paladar_ Brinquei tirando uma vasilha branca de dentro da mochila, tinha vários sanduiches de geleia de morango, ofereci um para ela que aceitou.

_Nada além de fobias e transtornos _ Dizia colocando ketchup no sanduiche fiquei com ânsia só de imaginar o sabor.

_Você tem fobia ou transtornos mesmo?

_Nada que te interessa _ A resposta foi tão grossa que não quis pergunta novamente.

_Queria ensaiar as falas da pesa será que você podia me ajudar?

_Sábado na minha casa, duas horas, isso não é um encontro _ Elisa era perspicaz até percebeu minha mudança de estratégia, não tinha como negar me ajudar, tiraria nota em literatura ela não queria passar mais anos no ensino médio que fossem necessários.

_Tem de colocar ketchup em tudo? _ Perguntei quando a vi colocar mais.

_Arram.


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