You are all I need escrita por MoonEyes


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Genteee volteei!!!! Me desculpem pelos mil anos que se passaram desde que postei o último capítulo, mas eu expliquei o que estava acontecendo. Enfim, estou de volta agr, não prometo capítulos seguidos afinal estou estudando bastante, mas vou voltar a postar pelo menos uma vez por semana. Espero que gostem *--*
Kk e eu estava com sdd daqui, Aiai, como é bom estar de volta!!! Bjs



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— Como é que é??? — Oliver não conseguia acreditar.

— Vou sair hoje à tarde com Ray. — Felicity repetiu baixinho, se encolhendo.

— Você só pode estar maluca. De jeito nenhum! Não vou deixar ele chegar perto de você nunca mais! Como pode pensar que...

— Oliver, eu vou! — Ela o interrompeu com a voz uma oitava mais alta. — Já está marcado. Thea irá me acompanhar, assim como um dos advogados.

— Espere aí, Thea está sabendo disso? Ela concordou com essa maluquice??? — Ele já estava se levantando à procura de suas roupas. — Não... Isso não vai acontecer. Nem que eu mesmo tenha que furar todos os pneus de todos os carros nessa casa! — Ele vestia apenas uma samba-canção e agora tinha a camisa branca que vestia mais cedo nas mãos. Chegou perto de Felicity, o bastante para que fosse possível sentir o cheiro de menta da sua pasta de dente. — Você não sai dessa casa hoje nem por cima do meu cadáver! — Sua voz um tom mais baixa, rouca, lhe causava arrepios na nuca. Ele virou-se novamente para vestir sua calça e se dirigiu à porta enquanto uma Felicity em choque tentava encontrar as palavras.

— Oliver... Me escute! Tenho assuntos a resolver com ele... — Ela se levantou também, enrolada aos lençóis. — Onde você vai?

— Resolva por telefone! Mande alguém no seu lugar, não sei...

— Ele já estava indo para a porta.

— Oliver, o que vai fazer? Oliver!!! — Como era possível? Aquele homem não iria lhe dar ouvidos? "Que criatura teimosa!", pensou.

— Mais tarde nos falamos. — Abriu a porta.

— OLIVER QUEEN!!! — Ele parou de repente, deixando a porta fechar sozinha com um estrondo. Felicity lhe dirigia um olhar sanguinário, o que era uma visão ao mesmo tempo engraçada e assustadora. Ela era vinte centímetros mais baixa e ele sabia que estava nua por baixo do lençol, mas não podia pensar nisso com ela o encarando daquele jeito. — Eu não sou o tipo de mulher que você deixa falando sozinha! — Ela bateu com o indicador em seu peito, fazendo com que ele se encostasse contra a porta. — E não vou ter outra discussão com você sobre quem deve tomar as decisões a respeito da minha vida. Entendido? — Ele agora tinha uma carranca e se negava a responder, portanto ela só continuou. — Eu vou sim me encontrar com Ray hoje, vou acertar algumas coisas sobre o divórcio, discutir o que precisa ser discutido e você, — Olhou-o sugestivamente. — vai parar de agir como um namoradinho ciumento e que acha que manda em mim.

Eles se encaravam mutuamente, ambos com a mesma expressão: maxilar cerrado, a boca formando um leve biquinho e sobrancelhas franzidas.

— Eu vou com você. — Ele falou finalmente. Não podia dar o braço a torcer por completo, alguma coisa tinha que acontecer da forma como ele queria. Felicity revirou os olhos, dando meia volta e andando pelo quarto. — Se você for, eu vou com você. Sem mais discussões, neste ponto sou irredutível.

— Está bem então. Mas você não irá fazer nada! Porte-se, por favor.

— Não prometo nada. Isso dependerá dele. — Ela o olhou mais uma vez, memorizando cada expressão em seu rosto. Nunca tinha visto um homem mais belo. Andou até ele e parou em sua frente, os corpos encostados levemente. Ele fechou os olhos, inclinando a cabeça para trás e respirando de forma pesada. Felicity o abraçou, repousando a cabeça em seu peito até que ele a envolvesse em seus braços. — Me importo com você. E não suporto a ideia de te ver com ele novamente.

— É só dessa vez. Só até conseguir o divórcio. Depois ele some da minha vida. — Seus olhos azuis o encaravam, suplicantes e inocentes. Ele tomou seu rosto pequeno nas mãos, acariciando a pele macia.

— Você promete?

— Prometo.

Oliver sorriu e lhe deu um beijo calmo, tomando-a em um abraço protetor em seguida.

— Acho que preciso ir para o meu quarto. O café da manhã já deve estar servido. — Falou a contragosto, ouvindo um muxoxo de reprovação vindo de Felicity. Ele adorava esse jeito dela, carinhoso, às vezes infantil, mostrando sua personalidade forte e teimosa e impondo respeito sempre que precisava, ou apenas estando ali com ele, daquela forma companheira e engraçada, sendo inocente e sexy ao mesmo tempo. Ele sorriu ao pensar que poderia ter aquilo todos os dias de agora em diante.

— E sua mãe? Ainda teremos que falar com ela? — Ela perguntou resmungando.

— Com certeza! Daqui a pouco, já que durante a tarde estaremos ocupados. — Ele olhou para baixo, dando de cara com uma expressão nada boa da loira. — E não reclame, foi você que insistiu.

Ela revirou os olhos e soltou-se do abraço, ajeitando o lençol ao redor do corpo com a maior dignidade que conseguiu reunir.

— Então vou me arrumar. E me preparar psicologicamente para a possibilidade de ser banida para sempre da face da Terra.

— Se você for, eu vou junto. — Ele tinha um olhar apaixonado sobre ela, com um sorriso de canto e os olhos semicerrados, a postura relaxada contra a porta, com as mãos atrás das costas e a cabeça inclinada para a direita.

— Você vai ficar aí me olhando? Tenho que tomar banho, me vestir...

— Não seria uma má ideia. — Ele mordeu os lábios sem saber como aquilo era sexy. Felicity jogou um travesseiro em sua direção, acertando em cheio sua barriga.

— Nem pense nisso, Queen! — Falou, arrancando-lhe uma gargalhada.

— Tudo bem, tudo bem, vou para o meu quarto. Triste. Sozinho. Abandonado. Com saudade. Imaginando como seria bom se eu apenas tivesse continuado aqui... — Ele abriu a porta, já indo para o corredor.

— Sem drama!

— Até daqui a pouco, se eu sobreviver! — Ele já estava fechando a porta

— Ei, Oliver! — Felicity o chamou. Estava virada de costas, com o lençol ao redor do corpo como se fosse uma capa.

— Sim? — Ele botou apenas a cabeça para dentro do quarto.

— Talvez não seja uma má ideia, realmente. — Ela falou, soltando o lençol e lhe dando um olhar sugestivo sobre o ombro, acompanhado de um sorriso tímido. Caminhou lentamente até o banheiro, dessa vez o ignorando completamente. Oliver estava parado ainda, embasbacado e sem ação, até ouvir o barulho do chuveiro sendo ligado. Despertou de seu transe e pensou que, afinal, uns minutinhos a mais não fariam mal algum para quem já estava atrasado para o café da manhã.
. . .

— Está pronta? — Oliver perguntou mais uma vez. Ele estava deitado na cama esperando impaciente por Felicity.

— Agora sim. — Ela se virou para ele, vestia um tomara-que-caia lilás que marcava sua cintura e ia até os joelhos. Calçava pequenos saltos e arrumara o cabelo em um coque bagunçado. Estava linda.

— Tudo isso para tomar café da manhã comigo? — Indagou divertido. Ela lhe deu um sorriso de satisfação.

— Não. Se for para morrer, quero morrer bonita.

— Deixe de ser tola. Minha mãe não morde. — Oliver levantou da cama, indo até ela.

— Mas me assusta. — Seus olhos azuis mais uma vez pregados nos dele, como sempre faziam agora, sem timidez.

— Felicity, tudo o que importa é que eu quero e vou ficar com você. O que minha mãe pensa a respeito disso não muda nada. — Ele se inclinou até que seus lábios tocassem levemente os dela. Tomou sua mão na sua e a guiou para fora do quarto. — Vamos?

— Sim. Você tem razão, é melhor resolvermos isso logo. — Ela respirou fundo para se acalmar.

— Não se preocupe. Com o tempo ela se acostuma com a ideia. E a propósito, você está linda.

Felicity corou e olhou para os próprios pés. Ela estava amando tudo aquilo. Oliver era o homem que pedira a Deus, e apesar de todos os desentendimentos que tiveram, nada parecia abalar o que um sentia pelo outro. Era algo superior a qualquer coisa.

Eles caminharam de mãos dadas até a sala de refeições, e Oliver insistiu para que entrassem de mãos dadas. Moira e Thea conversavam distraídas quando ambos entraram, Oliver tentando parecer relaxado e Felicity mais parecendo uma pimenta e evitando fazer contato visual com sua provável futura sogra.

Assim que perceberam a presença deles o choque ficou estampado na cara das duas mulheres à mesa. Thea tinha uma expressão engraçada, surpresa e ao mesmo tempo animada, como se torcesse para que aquilo acontecesse desde a primeira vez que os vira. Trazia um sorriso aberto no rosto, sincero. Já Moira tentava demonstrar o mínimo de emoção possível, sendo traída pelo maxilar enrijecido e pelas manchas vermelhas que apareciam em seu colo toda vez que ficava com raiva.

— Thea, nos dê licença. — Falou em um tom baixo mas exigente.

— O quê? Por quê? — Falou com a voz esganiçada de surpresa.

— Vá para o seu quarto. Agora.

A menina engoliu em seco e saiu, lançando um olhar indagador a Oliver que sussurrou um "depois eu explico". Após sua saída Moira levantou e andou pelo cômodo.

— Então, o que isso significa?

— Eu e Felicity estamos juntos. — Oliver respondeu calmamente.

— Juntos? — Ela assentiu com a cabeça, sem esperar resposta. Parecia estar pensando, e aqueles poucos segundos em silêncio mais pareceram horas. — Felicity, quero falar com você a sós.

— Sim senho... — Felicity iniciou com a voz trêmula.

— Não. — Oliver interrompeu. — Eu já sei do pedido que fez a ela. O que tiver a dizer, pode dizer a nós dois.

— Oh... — Moira não esperava por aquilo. — Vejo que não é muita boa com segredos Srta. Smoak. Bom... A questão é: vocês dois não podem ficar juntos.

— Por que não? É o que eu quero, ela também. Só isso que importa.

— Oliver, ela irá se separar! Imagine o que as pessoas dirão se logo depois vocês dois aparecerem juntos! Muito provavelmente surgirão boatos de que ela traía o marido com você. É isso que quer?

— Sinceramente mãe, eu não ligo. Minha vida não diz respeito a ninguém, e nem a dela.

— Diz respeito a mim! Sou sua mãe. Não posso deixar que isso aconteça. Sinto muito Srta. Smoak, mas você não é adequada para o meu filho. Você será obrigada a se retirar desta casa.

— Mas Sra. Queen... — Felicity estava à beira das lágrimas.

— Você não pode fazer isso! Pare de tentar controlar todos ao seu redor! Não vê o que está fazendo? Não percebe como estou mais feliz desde que Felicity veio para esta casa?

— Oliver, pelo amor de Deus... Você pode arranjar qualquer outra moça que quiser. Metade da cidade morre de amores por você.

— Você está tão cega dentro desse seu mundinho controlador que não percebe o que acontece ao seu redor. Eu me apaixonei por Felicity, não posso desfazer isso. Faz tampo tempo assim que meu pai se foi, que você nem ao menos lembra como é? — Ele sabia que essa pergunta a faria pensar. Moira arregalou os olhos, a boca formando um "o".

— Não fale do seu pai.

— Que seja então. Mas se Felicity sair dessa casa, eu saio também.

— Não seja tolo... Você não tem para onde ir.

— Você quer apostar? — Oliver a olhava desafiadoramente.

Moira não acreditava naquilo. Só queria o melhor para seu filho, tinha a convicção de que estava fazendo a coisa certa ao pedir que Felicity se afastasse dele. Mas agora estava contra a parede, entre perder a relação que tinha com Oliver ou deixar de lado o que sabia ser o melhor para ele e continuar ajudando a mulher que agora, em sua concepção, não merecia mais sua ajuda.

— Continuem na casa. — Falou, contrariada. — Sou completamente contra este relacionamento, fiquem sabendo. Mas... Podem ficar. Esta casa também é sua Oliver, tem o direito de ter uma hóspede se for a sua vontade.

— E vai continuar ajudando Felicity com o divórcio?

— Se quiser pode tratar disso com os advogados da família, ou da empresa. Estão a seu dispor, mas não irei mais me envolver com este assunto.

— Por mim está bem. Felicity?

— Perfeito. — Ela assentiu, desconfortável com aquela tensão.

— Ótimo. Tenham um bom dia. — Moira falou, se retirando. Felicity soltou a mão de Oliver e correu para alcançá-la.

— Sra. Queen, obrigada! Eu sei que não acha que sou boa o bastante para Oliver mas prometo que...

— Poupe suas palavras. Isso ainda não terminou. — Aquilo soou como uma ameaça, e quando vinha de Moira Queen com certeza era algo para se preocupar. Ela observou a senhora andar até o fim do corredor e virar para o hall de entrada. Ouviu os passos de Oliver atrás de si mas não teve coragem de virar.

— Felicity, está tudo bem? Você saiu correndo...

— Sim, sim. Eu só queria... agradecer. — Ela fingiu um sorriso bem a tempo de Oliver parar na sua frente e examinar seu rosto.

— Jura? — Ele colocou a mão em seu queixo, olhando nos seus olhos. Ela apenas assentiu com a cabeça. — Que bom então. Eu não diria que foi uma ótima conversa, mas já foi um começo. Com o tempo as coisas se acertam.

— É, claro... — Não havia muito que Felicity pudesse falar naquela hora.

— O que acha de tomar um belo café da manhã agora que o pior já passou? Hoje tem bolo de chocolate. — Felicity deu um pequeno sorriso e Oliver lhe beijou o canto da boca.

— Vamos, estou morrendo de fome.



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