Sombras de Cerejeira escrita por Mrs Flynn


Capítulo 16
Concussão




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Concussão

 Sakura acordou naquela manhã com dor de cabeça. Percebeu que já estava tarde, o sol já estava a pino.

 Ficou deitada procurando lembrar-se de tudo que aconteceu na noite anterior, sem sucesso, num primeiro momento. Um apagão instantâneo estranho. Bom, estava em casa, pensou. Os lençóis macios de seda, o teto pintado com obras de Michelangelo, a cama de quatro colunas. Tudo aquilo era da casa dela e com esse súbito surto de realidade tudo veio a tona. Ela tinha deixado Francis em algum lugar em Paris depois de tê-lo beijado. Arrependia-se amargamente daquilo, temia seu marido, havia transado com ele, tinha gostado, estava triste num primeiro momento, mas depois lembrara que se casou por estar apaixonada. E lembrar-se da noite com ele a fez ficar um pouco feliz. Ele havia finalmente deixado sua frieza?

Foi então que ela acordou de verdade. Seus pensamentos estavam totalmente embargados, um atrás do outro, confusos. Na verdade, Sakura não sabia o que tinha acontecido depois de começarem o ato na noite anterior. Só sabia que se sentia bem e mal ao mesmo tempo. E era como se tivesse tido uma concussão porque sua cabeça doía e ela não conseguia lembrar direito da noite passada. Ficou nervosa ao olhar as paredes do quarto, que se embaçavam e desembaçavam sem parar. Até que ficaram estáveis novamente e ela pôde se acalmar. Olhou para o outro lado do colchão e não viu Laurent. Ele sempre saía cedo para o trabalho e já estava tarde. Suspirou, sentindo-se de repente vazia. Não gostava de ficar sozinha, pois sentia que não estava. Sempre parecia que tinha alguém com ela, vigiando-a, questionando suas escolhas. Uma espécie de força que insistia em dizer, “mas que droga, você está indo pelo caminho errado”. Então Sakura temia ficar sozinha. Ela sentia um olhar sob ela. Ela sabia muito bem que aqueles olhos eram cor de âmbar.

Sakura sentiu frio de repente. O vento, mesmo com as janelas fechadas, entrava sorrateiro. As cortinas de seu quarto começaram a voar muito alto com uma rajada de vento repentina.

Arregalou os olhos subitamente ao sentir aquele ar suave, mas veloz, passando-os num frenesi por todo o quarto, piscando muito rápido. Sentiu um arrepio na espinha e os pelos de sua nuca eriçaram-se. As bolas verdes de seus olhos estavam úmidas e ela lambia os lábios secos, nervosa. Sabia que quando isso acontecia, era porque sentia sua avó ali.

Pigarreou, fechando os olhos, circunspecta. Sakura estava nervosa e seus batimentos cardíacos começavam a acelerar. Ela percebeu que estava suando e abrindo a boca para respirar, como um peixe fora d´agua. Abriu os olhos, olhava todo o quarto, não tinha ninguém ali, mas Sakura tinha certeza que mais alguém estava ali com ela. As rajadas de vento só pioravam solavancando as cortinas e depois as portas das janelas violentamente, a fazendo estremecer e fechar novamente os olhos. Ela os fechava e abria, ainda puxando o ar ofegantemente, mas já franzia as sobrancelhas numa cara de agonia triste. Estava passando mal. Não conseguia se acalmar e fazer seu coração desacelerar. Estava suando demais e a taquicardia não parava. Estava tendo um ataque de pânico.

Com as mãos tremendo, alcançou o celular ao lado da cama. Discou o número de Laurent e colocou no viva-voz, não conseguia pôr o telefone no ouvido. Um toque. Dois toques. Três toques. A boca de Sakura estava aberta, mas o ar não entrava. Seu coração só acelerava mais e mais e ela começou a chorar freneticamente, desesperada. Caiu na cama, sem forças e gélida. Fitava o teto sufocada, encharcada de lágrimas.

“Por favor, Laurent. Por favor.”

A chamada foi ignorada e o celular ficou silencioso. Ela fechou os olhos, sentindo-se gelada, o coração indo a mil. O celular começou a tocar estridente, como uma campainha de ambulância.

Sakura estremeceu, ainda com a boca aberta, mas os olhos fechados numa agonia sem fim. Estendeu a mão com as últimas forças, quase derrubando o celular, a fraqueza a dominava. Abriu os olhos e girou a cabeça, sentindo tontura. Olhou para o celular embaçado, conseguiu atender e colocar no viva-voz.

—-- Oi, Sakura? Sakura... Me perdoe. Eu só... Sakura?

A voz no celular começou rouca e nebulosa. Parecia de um homem bêbado. Mas logo depois ganhou urgência quando percebeu o silencio do outro lado da linha.

—-- Francis. –ela conseguiu dizer de forma forte, seus olhos se fecharam tão fortemente que doeram e várias lágrimas escorreram sem pedir passagem, como rios fartos. –Eu –ela embargava a voz, o coração batia muito rápido –estou morrendo! –as últimas palavras saíram num ganido de terror, após ela arregalar os olhos e tentar freneticamente puxar o ar com a boca seca.

O mundo em sua cabeça girou mais e mais e Sakura lutava contra o desmaio. Chorava mais e mais. Ela definitivamente estava tomada pelo terror da morte.

O celular desligou, fez-se silêncio.

~

A fazenda estava calma apesar do vento forte que fazia naquele dia, balançando violentamente as lavandas. Francis Morel estava pensativo, segurando um violão velho, presente de seu tio Bernard, que costumava tocar com ele na varanda do casarão ensolarado, num dia fresco, mas levemente aquecido de verão como aquele. Sentia a brisa do ar forte sob o torso nu, sempre tinha o hábito de ficar à vontade a tocar violão na varanda.

Ele tocava algumas notas, enfurecido consigo mesmo ao olhar para o clima paradoxal ameno, mas violento. Porque deixara Sakura casar-se com Laurent? Ele tinha um arrependimento cruel que lhe esgotava a alma como se tivesse sido aberta nela uma chaga.

Passou as mãos nos cabelos loiros dourados, parando de tocar o violão, quando uma lágrima desceu de seu olhar perdido na paisagem. Ele fitou as lavandas balançarem, seguindo o destino que o vento deu a elas. Pensou que era como elas. Levado pelo vento, sempre se deixava tomar pelas escolhas altruístas. Deixava que o destino decidisse, quando achava que não estava certo opinar.

Francis suspirou, pensando no momento que teve com Sakura no dia anterior. Foi errado, concluiu. Devia desculpas a ela. Mesmo que ela o quisesse isolar, mesmo que nunca mais pudesse vê-la sorrir, abraça-la, ele precisava se desculpar. Ele suportaria viver longe, mas precisava ouvi-la dizer que estava tudo bem. Que aquilo que aconteceu não a atormentaria.

Decidiu ir até Paris e se desculpar pessoalmente. Ela teria que ouvi-lo. Sim, pelo pouco que conhecia dela, sentir-se-ia muito culpada e não descansaria até que ouvisse da boca dele que aquilo não foi nada.

Decidiu que abandonaria seus sentimentos de vez, só para que ela ficasse em paz.

Dirigiu durante uma hora e meia e já estava chegando à Paris quando mordeu o lábio em um ataque de nervosismo. E se ela não quisesse vê-lo sob hipótese nenhuma? Decidiu então ligar.

Num súbito movimento, pôs a mão no bolso da calça jeans surrada retirando o celular e digitou o número de Sakura. Ele não queria se importar com Laurent naquele momento. Queria apenas consertar a bobagem que havia feito ao beijar uma mulher casada. Causar sofrimento e culpa àquela que ele sem querer, amava.

Quando o celular atendeu, ele ficou eufórico e tentou acabar com aquilo o mais rápido possível. Foi então que percebeu que ela não estava falando. Ficou nervoso e tentou chama-la mais forte.

Foi então que Sakura pronunciou o seu nome sofregamente, como se estivesse sem voz e chorando. Francis ficou completamente consternado, mas queria escutar. E Sakura disse então que estava morrendo, aos prantos.

Francis Morel jogou o celular de volta no bolso e acelerou o carro o máximo que pôde. Sabia onde ficava a mansão dada pelo pai de seu amigo Laurent quando o filho casasse. Era lá que precisava chegar.

Ele correu na estrada e quase se acidentou. Mas seus olhos azuis arregalados não conseguiam distinguir nada a não ser o medo de que Sakura se fosse.

~

As luzes do hospital eram totalmente claustrofóbicas para Francis Morel naquele dia. Faziam-no sentir como se estivesse numa prisão dentro de sua mente, sempre buscando uma saída para os pensamentos ruins mas sempre caindo no mesmo buraco da morte ao vê-las lá, denunciando que ele ainda estava no hospital, esperando que Sakura estivesse bem.

Ele chegou ao portão da mansão, falou com o porteiro e disse quem era. O porteiro sabia que ele era amigo de Laurent. Deixou-o entrar depressa quando Francis relatou que Sakura estava passando mal.

Ele nem pensou em ligar para Laurent, de tão nervoso que estava. Que Laurent fosse ao inferno, se não estava em casa para socorrê-la. Realmente não conseguia pensar em nada menos agressivo quando corria pelos corredores até o quarto de Sakura, arrombando a porta violentamente e a vendo deitada na cama da cor de uma parede alva. Ela respirava como um peixe fora da água e tremia sem parar, fitando o teto numa expressão de horror, como se estivesse num estado entre a inconsciência e a consciência. Francis a tomou nos braços e correu para o carro, seguido pelo porteiro assustado.

“Devo ligar para o senhor Laurent agora mesmo não é?” gritou o porteiro da porta enquanto Francis pisava no acelerador levando Sakura no banco de trás e gritando.

“Faça o que achar melhor!”

As palavras se esvaíram como uma névoa quando o Duster vermelho partiu para longe em segundos, deixando aquele som de grito masculino irritadiço silencioso.

E lá estava ele, bagunçando seus cabelos loiros reluzentes quase amarelados enquanto esperava ansiosamente no corredor. Quando ele levantou um pouco a cabeça para fitar a porta do corredor, como se sua mente estivesse lhe dizendo que, se ele olhasse para portas quem sabe algo como Sakura saísse andando e bem, ele suspirou irritado com sua impaciência. Ao mesmo tempo, seus olhos fitaram algo que ele não estava nem um pouco afim de ver.

Laurent Blanc entrava pela porta com passadas largas, mas a mente de Francis Morel só conseguia processá-lo lentamente, como se cada passo dele fosse um enorme insulto e desgosto. Mordeu o lábio rosado de camponês, já meio ressequido do sol. Fitou a parede em sua frente evitando olhar para o amigo.

Mas Laurent parou em sua frente pondo as mãos nos bolsos da calça de alfaitaria. Francis levantou o olhar ferozmente e limitou-se a ficar calado. O amigo tinha um rosto irado, confuso e agressivo.

Um silêncio irrefutável se seguiu. O Blanc então percebeu que não importava o quanto ele estivesse revoltado, Francis não cederia. Não daquela vez. Ele ficou então um pouco confuso e resolveu falar.

—-- Mas o que diabos!? –esbravejou Laurent pondo as mãos na cintura com raiva pelo silêncio de Francis.

Mas o Morel permaneceu calado, rangendo os dentes. Laurent suspirou e respirou fundo. Tirou a expressão agressiva do rosto de repente decidido a fazer com que Francis falasse. Depois do que ele tinha dado a Sakura na noite anterior, ele assustou-se com o fato de ela estar no hospital.

—-- Francis, tudo bem, eu quero apenas entender que diabos aconteceu com a Sakura! –Laurent estendeu os braços ao lado do corpo irritado.

O Morel continuou ignorando as tentativas de fazê-lo falar do amigo. Não que ele não quisesse responder, ele estava apenas preocupado e irritado consigo mesmo, de uma vez por todas, por ter deixado que Sakura se casasse com Laurent.

Mas Laurent então explodiu.

—-- O que diabos a Sakura estava pensando? Será que ela fez alguma estupidez?

Ele derramava toda a sua raiva sem saber que Francis borbulhava por dentro.

—-- Ela não pode sequer tomar conta de si mesma... Não entendo como aqueles inúteis dos pais dela criaram uma criança tão mimada! –ele gritou de repente.

Logo depois, o Blanc suspirou e teve um baque surdo de surpresa, acertando em cheio a sua cara. Ele vacilou e se apoiou na parede, por uma fração de segundos sem entender direito como tinha sido tão de repente e ele sentia um dor estranha e um correr de água, no seu rosto.

—-- Mas que... –murmurou ele, enquanto Francis Morel o pegava pelo colarinho.

—-- Laurent! –gritou ele.

O Blanc sabia que voz era aquela. Era a voz de irritação de Francis. Ele geralmente não ficava bravo com Laurent, sempre tentava segurar as pontas, sempre falava com as mulheres de coração partido do amigo, sempre era o pacificador. Mas quando ele chamava seu nome pausadamente, com um tom de voz grosseiro e irritado, Laurent dizia que o lado de “bruto estúpido da roça” tomava conta do amigo.

—-- O que? –indagou Laurent com o sangue cobrindo sua boca com perfeitos dentes a sorrir.

Francis fechou os olhos. Todos no corredor olhavam para eles, mas como tinham poucas enfermeiras, ninguém ainda tinha intervindo. Um médico se aproximava juntamente com o segurança.

O Blanc sussurrou para o amigo.

—-- Vai me bater mais, seu idiota? Você por algum acaso quer que eu ferre com essa sua droga de vida até o dia em que ela acabar?! –indagou, os olhos arregalados em fúria, dentes rangendo sob o sangue.

Francis deu um sorriso amargo fazendo rugas de irritação irônica surgirem nos cantos da boca.

—-- Ei, vocês dois, isso aqui é um hospital! –gritou o médico, em tom baixo, olhando os dois com reprovação.

O segurança se meteu no entremeio entre os dois e Francis soltou o colarinho de Blanc, dando um suspiro de irritação consigo mesmo. No que ele estava pensando? Atacando o marido de Sakura? Em público... Ele perdera sua chance quando não lutou por ela em vez de deixa-la casar-se com Laurent.

Mas ele tinha certeza de uma coisa. Ele também prometera a si mesmo que não ia permitir que o amigo a fizesse sofrer como fazia com todas as outras.

            --- Vou ter que pedir que esperem fora desse hospital, queridos Don Juan. –disse o médico, olhando tensamente para os dois.

            Francis Morel deu a ele um olhar que o deixou um pouco desconcertado.

            --- Tudo bem. Mas Sakura Petit está naquele quarto, o 403, e eu preciso de qualquer informação sobre ela, por favor. –suplicou.

            --- Não escute ele homem. Eu sou o marido dela. Ele é um louco qualquer. Eu vou lá para fora para acalmar um pouco os nervos, mas preciso saber se a minha esposa passa bem, a qualquer notícia, ok?! –disse Laurent de modo rude.

            --- Ok. –disse o médico emburrado.

            Laurent então se dirigiu até a porta e Francis foi atrás dele irritado.

            Francis Morel atacou novamente o seu amigo, segurando-o pelo colarinho enquanto este reagiu e segurava os punhos de Francis, tentando se desvencilhar.

            --- Escute aqui, seu maldito! Eu quero que você fique longe da minha mulher, está me entendendo? –gritou Laurent, fazendo eco na noite.

            Já era noite. A rua estava completamente deserta e ninguém estava ali para ficar estarrecido ou estupefato com a discussão dos dois. Fazia frio e uma neblina muito fraca corria por Paris naquela noite.

            Francis fechou os olhos e soltou o amigo.

            --- Você quer saber? Quer mesmo saber, droga? Eu não vou ficar longe dela. –Francis fitou o Blanc seriamente. Os olhos não eram mais raivosos, mas decididos. –Eu não vou ficar longe dela porque você é a droga de um nocivo. Pra tudo, pra todo mundo. Então, porra, eu não vou ficar longe dela. Eu nunca mais vou deixar ela por aí. Se você maltratá-la, eu saberei!

            Laurent respirou fundo, tirou um cigarro do bolso e fitou o amigo odioso.

            --- Que que é? Você tá fodendo ela? –indagou, maníaco.

            --- O que... Mas que diabos? Você deve pensar que a Sakura é uma daquelas putas que você pegava por aí... –ele bagunçou mais uma vez os cabelos loiros, num gesto de irritação. Queria socar Laurent até ele cuspir as palavras.

             As vezes se perguntava por que ridiculamente queria protege-la de tudo que ele sabia que o amigo era. Ela não era nada dele afinal. Mas então lá estava ele, sempre voltando.

            O Blanc se aproximou de Francis devagar, soltando uma baforada na cara do amigo, tentando instiga-lo. De repente, estava extremamente fora de si, ao pensar que ele poderia estar com Sakura. De jeito nenhum que ia perder para o maldito do Francis.

            --- Se você pegar a Sakura... Se você se aproximar dela... Francis...

            Francis riu-se ainda contendo as mãos trêmulas.

            --- Se você afundar meu nome numa vala de reportagens sobre traição... Eu juro. Francis eu juro, que eu te mato.

            --- Eu já te falei que a Sakura não é uma porra de uma puta, seu desgraçado. Quando você a insulta assim, só me dá mais vontade de foder com a sua vidinha de negócios! –Francis quase socou novamente o amigo. –Então sou eu quem estou te ameaçando.

            Ele apontou o indicador para Laurent enquanto sua blusa xadrez flutuava ao vento gélido.

            --- Você não sabe quando eu posso decidir te afundar, Laurent. Pode ser amanhã. Pode ser hoje, ou nunca. Isso vai depender de você. Não pode me matar agora. –ele gesticulou a cabeça e Laurent fumou mais exibindo o seu nariz perfeito por cima de uma boca enrugada de raiva. –Então eu estou avisando. Se essa mulher sentir uma dor na unha, eu vou considerar que foi por sua causa. Não importam os meus motivos. Acho até que você sabe... –murmurou amargurado. –Mas não deixe ela sozinha. Nunca mais, entendeu? Ou eu juro por Deus que você não vai me matar antes que eu ferre com a sua vida.

            Cuspiu ele, de repente virando-se e andando como se fosse furar o chão em direção ao estacionamento, antes que Laurent pudesse tirar seu cigarro da boca para responder.

            Ele jogou o cigarro no chão e pisou-o com fúria. Ele tinha sido o culpado pelo ataque de Sakura. E agora ele percebera que tinha um novo inimigo.


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