O motivo da minha espera. escrita por clareFray


Capítulo 5
Capitulo 5.


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei muitíssimo para postar esse misero capitulo ( Ele foi um ataque de idéias, para falar a verdade.), desculpa mesmo.
Espero que gostem.
Comentem caso sim. n.n'



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Capitulo 5.

Fuga.

Hinata despertou em seu quarto. A luz estava apagada e de longe se podia ouvir o murmúrio enterrado do fim do corredor. Ainda meio tonta ela escorregou para fora da cama e se aproximou da porta colando ali o ouvido.

Para alivio de Hinata ouviu a voz de Sakura. Ela dizia:

— Sua pressão baixou mais agora já está normal. Em seu estado atual ela deve descansar o máximo que puder e evitar qualquer tipo de estresse. Lembre-a de se alimentar bem e não esquecer-se de suas consultas médicas.

— Humm. - Os dois fizeram silencio por alguns instantes. – Vou pedir que Tooru lhe acompanhe até a saída.

A voz era de Hiashi, Hinata pode perceber. Logo depois ouviu passos se aproximando e se apressou e voltou para a cama.  Segundos depois de cobrir-se Hiashi abre a porta. Seu rosto duro feito pedra. Não pareceu surpreso ao ver a filha desperta e sentada sobre a cama.

—Espero que esteja se sentindo melhor. – Desejou sinceramente. Hinata assentiu e depois olhou para a porta, sua esperança era que Sakura volta-se e ameniza-se a tensão ali no quarto. – Ela já se foi. Hinata- chamou. – Temos que conversar sobre a sua situação e eu preciso lhe dizer a minha decisão perante ela.

Hinata concordou com a cabeça e ele prosseguiu: - O que aconteceu é realmente uma fatalidade, entretanto, a existência dessa criança não vai mudar o fato que é contra as leis do clã Hyuuga ter relações com pessoas de fora do clã. – Olhou para a filha, ela estava chorando. – Você não precisa aceitar minha opinião, mais deve obedecê-la. – Disse. - Você será entregue aos anciões do clã ainda hoje, eles se encarregaram de eliminar o problema de vez. 

— Por favor, não faça isso... – Fungou, ela já estava desesperada. Secou as lágrimas na manga do casaco e implorou. – Não façam isso, é o meu filho. Ele não tem culpa de nada do que está acontecendo. Não tem! É só uma criança que ainda nem nasceu. – Ela se curvou para ele.

Hiashi desviou o olhar. – Lamento Hinata, mais leis são leis e não podem ser mudadas. Não há como voltar atrás agora.  – Levantou-se e partiu, antes de fechar a porta atrás de si deu uma última olhada na filha. Hinata estava aos prantos. Ela chorava e soluçava compulsivamente agarrando a todo o momento o lençol sobre si.  

Naruto havia finalmente conseguido o que queria: nomes. Com isso ele liberou Kamatsuki e voltou ao local marcado com Sasuke. Como esperado o amigo já o esperava impaciente. Sasuke estava sobre uma arvore e comia despreocupadamente um tomate quando Naruto o chamou.

— Está atrasado. – Disse Sasuke sem olhá-lo.

— Porém consegui algo de muito importante. – Naruto estava sorridente. – Há algo que quero te mostrar mas, não pode ser aqui. Venha comigo.

Seguiram depressa até uma parte mais desabitada. Lá as casas eram decadentes e mal cuidadas, com gramados altos e árvores rodeando-os como seus fiéis protetores. Naruto parou alguns metros à frente de Sasuke e remexeu freneticamente dentro da mochila. Demorou alguns minutos até encontrar um pergaminho de cor avermelhada e aparência antiga.

Abriu o lacre do rolo e o estendeu totalmente no chão. Dentro havia um circulo com alguns dizeres em uma linguagem que Sasuke não conhecia. Naruto fez um movimento rápido com as mãos e tocou com a palma da mão o centro.

Foi com algum espanto que Sasuke viu o homem amedrontado aparecer após uma explosão de fumaça. Ele estava amarrado nas mãos e pés e se debatia como nunca. Uma careta retorcida apareceu quando o homem viu Naruto próximo de si.

— O que significa isso exatamente Naruto? – Perguntou Sasuke. O uchiha deu uma última mordida em seu tomate e o jogou a deriva no meio das árvores. – Explique-se.

— E vou! Esse é Kazuo, um homem que encontrei quando fui procurar algumas informações que nos fosse útil. Tive sorte de já tê-lo encontrado antes em minhas missões. É um ninja renegado da vila da Nevoa, entretanto ainda faz trabalhos escondido para alguns nobres de lá.  Simplificando, um mercenário de primeira categoria. Acabou ficando bêbado e falou demais.

— E o que isso tem haver conosco ou nossa missão? – Perguntou Sasuke impacientemente.

— Ele me deu informações sobre o possível paradeiro do pergaminho. Para falar a verdade, é uma lenda estranha, mas que faz sentindo. Disse que há probabilidade é de estar na vila do redemoinho. – Naruto pareceu triste naquele momento. Lembra-se que um dia aquela foi o lugar que sua mãe nasceu e viveu a maior parte de sua infância mexia com ele mais do imaginou. – Lembre-se do que Kakashi sensei nos disse, o pergaminho foi selado, o que torna possível que esteja lá. O clã Uzumaki era especializado em selamentos.

Sasuke ponderou por alguns minutos. Em alguma coisa tinha que concordar, mas, ainda restava um problema. Desconfiado, o Uchiha apenas assentiu.

Indicando com a cabeça o homem amarrado Naruto disse:

— Ele vira conosco por uma questão de segurança. – Naruto tornou a enviar Kazuo para dentro do pergaminho guardando-o logo em seguida dentro da bolsa. – Há chance de encontrarmos companheiros dele por lá. Aparentemente não somos os únicos atrás desse pergaminho.

— Já imaginava que seria assim. – Respondeu Sasuke de imediato. O que descobriu em sua breve estadia naquele lugar ainda era só especulação, não contaria a Naruto ainda, mais para frente iria investigar melhor.  – Daqui até a vila do redemoinho são quatro dias de viagem... Não há muito que nós possamos fazer quanto a isso.   

Em Konoha já estava escurecendo. De sua janela a jovem Hyuuga olhava o sol desaparecer preguiçosamente por detrás das árvores. O coração da pequena Hanabi pesava. Em sua cabeça ainda podia ouvir com temor as vozes cruéis e acusadoras que insultavam sua doce irmã mais velha.

Estava para se recolher quando viu um vulto passar pela janela. A menina piscou duas vezes e sem pestanejar ativou o byakugan. Do lado de fora, se esgueirando na beirada da janela fechada estava Tooru, um de seus escoltas. Hanabi foi até lá, com um movimento rápido puxou-o para dentro do quarto.

— O que faz aqui? – Perguntou atônita. Tooru era correto o suficiente para não precisar se esconder daquele jeito. – Vamos, explique-se agora. O que fazia do lado de fora da minha janela?    

— É sobre Hinata-sama. – Disse hesitante. Vez ou outra olhava para os lados como se procurasse, ou, desconfiasse de que alguém pudesse ouvi-lo através das paredes. – Sobre sua sentença.

Hanabi arregalou os olhos surpresa. Sentiu, por algum motivo, medo de saber. Esperou por alguns segundos antes de indicar com a cabeça que Tooru continuasse.

— Hinata-sama será entregue aos anciões. – Disse rapidamente. Hanavi engasgou com a própria saliva. – Eles irão submetê-la a um ritual que eliminará a criança.  

 - Meu Deus! – Hanabi se derramou em lágrimas. Não permitiu que Tooru visse seu rosto. – Eles não podem fazer isso... Onee-sama. Será que ela já sabe? Papai teria coragem de fazer isso com ela?

— Sim, vi Hiashi-sama ainda pouco, estava a caminho dos aposentos da senhorita Hinata. Não há dúvidas quanto ao que foi fazer.

— Eu não posso permitir que façam isso, não posso. Não posso! – Disse Hanabi. A menina secou as lágrimas e se pôs a pensar. – talvez haja algo que possamos fazer para impedir? O que acha, Tooru?

— Não acho que seja possível. – Disse ele. – O clã Hyuuga nunca permitiria que Hinata-sama tenha esse filho.

— Então não há outra escolha. Quero que vá a certo lugar para mim, Tooru.

— Como desejar, Hanabi-sama.

Sakura estava estirada em sua cama. Fazia pouco tempo que havia chegado e ainda estava estupefata com a notícia de que sua amiga seria mãe. Sentiu grande alegria por ela. Imaginou-se em seu lugar e corou.

— Naruto ficará muitíssimo feliz quando souber que vai ser pai. – Disse a moça olhando para o teto. Demorou alguns segundos e ouviu duas batidas na janela. Imediatamente pegou a Kunai que escondia embaixo do travesseiro e a escondeu no cós da calça por precaução.

Chegou à janela com cuidado. Abriu-a devagar e saltou para trás. Do vão escuro apareceram dois homens.

— Sai, Tooru-kun. –Disse espantada. Tratou de guardar a Kunai em seu devido lugar. – O que fazem aqui há essa hora? Aconteceu algo com Hinata, Tooru? – Recebeu o silêncio como resposta. Os dois olhavam um para o outro como que se perguntassem quem deveria dizer algo. – Digam de uma vez o que querem!

— Preciso que você se acalme, Sakura. O que tenho a dizer não será fácil mas, é necessário que compreenda que se não fizermos algo uma vida inocente muito importante para todos será perdida. – Disse Tooru.

Sakura concordou e sentou-se a cama indicando cadeiras para os outros. Tooru repetiu o que tinha contado a Sai, esporadicamente, à medida que avançava via as facetas que Sakura fazia. Ao termino não houve uma reação imediata. A moça estava pasma. Abriu e fechou a boca, não tinha coragem de dizer algo.

— Não acredito nisso... –Disse finalmente. – Meu deus! Como podem ser tão cruéis? É só uma criança!

— No clã há regras e seus motivos. – Disse Tooru impaciente. Já passava do tempo essencial para estarem discutindo aquilo. – Mas mais importante que isso, Hanabi-sama quer tirá-la de lá o mais breve possível e para isso precisará da ajuda de vocês. E não temos tempo a perder, a qualquer momento podem querer começar daí não terá mais como ajudar. 

— Concordo! – Disse Sakura. Em um salto saiu da cama e aprontou sua bolsa ninja. – Pronto, vamos.

Seguiram até o clã Hyuuga em total silêncio. Ao primeiro vislumbre dos grandes portões Tooru parou e mudou de roda. Andaram por um caminho de rochas e atravessaram o muro por uma porta escondida nas sombras.

Hanabi os esperava do outro lado. A menina andava de um lado a outro freneticamente e saltou quando notou a presença dos outros ali.

— Que bom que chegaram, já estava começando a achar que não viriam. – Tentou por humor nas palavras. Não queria transparecer o alivio que sentiu ao vê-los. – Vamos, mas cuidado, o número de guardas dobrou hoje. Venham comigo.

Camuflaram seus chakra ao ponto de quase desaparecerem. Os quatro andavam cuidadosamente sobre o parapeito das janelas quando viram de relance os primeiros guardas sentinelas.

— Aqui nos separamos. – Disse Tooru. – Tomem o máximo de cuidado para não terem seus rostos reconhecidos, seria um grande problema se isso acontecesse. À frente deveram encontrar mais outros três ou quatro pares de vigias, Hanabi-sama, leve-os por dentro.

Hanabi assentiu. O homem tomou a frente e com algumas palavras convenceu os outros dois de que seria ele a fazer a vigia naquele lugar a partir de agora. Os ninjas acenaram com a cabeça e se foram. Hanabi e os outros foram ao seu encontro logo em seguida.

— Terei de ficar aqui a partir de agora, desse jeito não haverá suspeitas caso alguém apareça.   

Não houve reclamações.  Partiram a passos lentos por três corredores seguidos. Ao se aproximarem do quarto de Hinata viram mais dois guardas a paisanos escorados como sentinelas na lateral da porta.  

— É aqui que vocês entraram em ação. – Disse Hanabi, surpreendendo os ninjas deu a eles máscaras Anbu e uma longa capa cor creme surrada. – Sei que o que pedirei a vocês é arriscado mas, talvez seja a única chance que teremos.

Ela os explicou rapidamente o plano que tinha bolado antes com Tooru.  Sakura e Sai se entreolharam mas não questionaram.

A ninja médica tomou a frente do grupo disparando rapidamente pelo corredor. Lançou chakra aos pés e assim ganhou velocidade no momento em que os ninjas Hyuuga a viram. Uma perseguição foi iniciada.

Com o caminho livre Hanabi e Sai entraram no quarto desejado. Hinata repousava em um amontoado de lençóis úmidos. Tinha o rosto vermelho. Seus olhos, um tanto inchados, denunciavam a triste realidade: Hinata já sabia de seu destino.

— Onee-sama, Onee-sama acorde. – Pediu Hanabi nervosa. Sacudia a irmã pelos ombros. Após alguns minutos de tentativas infrutíferas, Hanabi declarou desesperada: - Não adianta! Por mais que eu tente nada a acorda.  

Lá fora puderam ouvir sons de passos ecoando na madeira. Pensando ser os guardas retornando Sai apressou-se.

— Pode ser um Genjutsu. – Disse Sai. Com um rápido movimento a colocou nas costas. Hinata ainda permaneceu imóvel. Agilmente Sai tomou posse de seu pergaminho e desenhou, de maneira desajeitada, um grande pássaro. – Não temos tempo a perder, logo Sakura dará um jeito de tirá-la da ilusão. Por enquanto, devemos nos apressar e sair daqui antes que os guardas voltem.  

— Concordo, mas... – Pausou. - o que pretende fazer? Não da para sair do quarto pela janela, provavelmente está lacrada.

— Não está! A garantida deles de que Hinata não tentaria escapar era esse Genjutsu. Não é totalmente impossível pensar que eles queriam fazer tudo com ela assim, apagada. Dessa forma não traria mais problemas.

— Que horror! Não posso acreditar que possam querer fazer algo tão imperdoável desse nível. É uma loucura...

Sai abriu a janela. Por ela o grande pássaro saltou e se posicionou abaixo do parapeito. O ninja colocou Hinata devidamente entre as asas mas, antes mesmo que pudesse dar suas coordenadas a porta do quarto foi aberta, revelando atrás de si, Hiashi e mais duas mulheres anciãs, todos os três vestiam mantos caracterizado.

— O que estão fazendo? – Gritou Hiashi da porta e depois pousou seus olhos em Hinata adormecida. – Para onde pensam que vão levar Hinata? Hanabi, o que está acontecendo aqui?

— Agora! Saia daqui, agora! – Gritou Hanabi. Sai saltou a janela e pousou na cabeça da ave.  Hanabi se pôs a frente do pai, dando alguns segundos para Sai fugir. Não demorou ao pássaro alçar vôo e desaparecer da vista, mesmo que aguçada, de todos ali presentes.

— Sabe o que você acabou de fazer, Hanabi? – Perguntou Hiashi severo. O Hyuuga estava vermelho de raiva e avançou dois passos em direção da filha mais nova estapeando-a no rosto pálido e suave. 

— Salvei Hinata.   


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Notas finais do capítulo

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Sou inteiramente movida a comentários, eles me ajudam muito a saber se estou agradando ou não vocês.



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