Learning to love escrita por LizzyWinchester


Capítulo 4
Teacher?


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que disse que ia postar até sexta, bem, eu fiz o capítulo e não postei, me desculpem, eu fiquei totalmente focada no dorama que estou assistindo e esqueci de postar. Me desculpem, mesmo.



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Quinta-feira, dia 21 de Agosto, de 2014.

Acordei mais cedo que meu despertador, eu estava ansiosa demais, o Michael não vai me reconhecer, bom, eu espero. Já faz 1h que estou me “arrumando”, digamos que meu visual está bem parecido com um Stalker, digamos que parecido é um eufemismo, eu estava igual a um Stalker. Coloquei um blusão preto bem largo que não dava para identificar se eu era uma mulher ou um homem, prendi meus cabelos ruivos que podem ser conhecidos a metros de distância e os tampei com o capuz do blusão, coloquei calças relaxadas que pareciam que iriam cair a qualquer momento e uma bota típica de Tias que limpam o chão, sim, eram bem parecidas com aquelas “lindas” botas de borracha, e para dar um toque especial, um óculos escuro que cobria metade do meu rosto, me sinto irreconhecível, só falta eu fazer o teste na coitada da minha mãe.

– Lizzy, você não vai descer? Você irá se atrasar se não sair desse banheiro mocinha. – Digo e repito, foi uma péssima ideia aparecer na frente da minha mãe do nada, e sabe o porquê? Ela estava com uma faca, sim, uma faca, e cá estou eu tentando me salvar dessa maluca.

– Mãe, sou eu, a Lizzy. – Eu puxei meu capuz bruscamente, ela não se acalmou, pelo contrário, ela parecia um cão com raiva, sinto que sua boca vai começar a espumar, socorro, alguém me salve.

– Você poderia ter matado a sua mãe, você iria aguentar carregar esse peso... – Não prestei atenção no resto do discurso, foi um sermão e tanto, mas poxa, eu só queria me disfarçar e não tinha em quem testar para ver se iria funcionar, pelo menos agora eu sei que irá funcionar.

– Mãe me desculpe, está bem? Eu só queria testar meu disfarce anti-Michael, e você era a pessoa mais confiável para que eu testasse isso, eu não quero escutar o Michael, eu vou ir assim para o Colégio e fingir ser uma aluna nova que se excluiu do mundo. – Minha mãe não amenizou sua expressão e eu já esperava por um castigo daqueles.

– O Michael é uma pessoa magnifica, não faça pouco caso do meu lindo. – Meu lindo? Ok, não estou a fim de olhar na cara do Michael, irei vomitar ao lembrar que essa frase saiu da boca da minha mãe.

– Certo, agora deixei eu ir antes que eu me atrase, tchau mãe. – Dei um beijo no rosto dela e peguei uma maçã, sai o mais rápido que pude, não queria passar a manhã toda escutando um belo sermão.

– Oi Liz. – Não preciso nem dizer quem foi né? Pois é, eu estava redondamente enganada pensando que minha mãe era uma cobaia confiável, ele me reconheceu logo de cara, mas que garoto chato.

– Eu não sou a Liz, quem é essa tal de Liz? – Tentei engrossar a voz, repito, tentei, falhei miseravelmente, cadê um buraco se abrindo no chão uma hora dessa meu Senhor? Quero sumir nesse buraco.

– Bem, pessoa-não-conheço-a-Liz, a Liz é uma menina muito chata, ignorante, insensível, baixinh... – Eu não deixei que ele terminasse, chutei o tornozelo dele, bem, eu aguentaria todos os xingamentos existentes, menos baixinha.

– Ok, você venceu, está legal agora? – Perguntei depois de jogar meu óculos no chão, era barato mesmo, e tirar o capuz, eu estava fulminante de raiva, se me derem uma arma nesse exato momento vai ocorrer um homicídio, posso ate prever as noticias, “Por volta das 07h00 de uma quinta-feira uma garota com um modo suspeito foi avistada próximo ao local do assassinato e junto da vítima minutos antes, considerando nossa lista de suspeitos atuais ela é a primeira da lista, pessoas que viram essa garota por favor entrar em contato conosco.” Eu iria ficar famosa.

– Nossa Liz, que violência, não seja dura consigo mesma. – Eu ia responder, isso mesmo, ia, escutei um miado acima da minha cabeça. Só era o que me faltava, um gato preso na árvore, eu amo gatos.

– Gatinho? – Eu sussurrei.

– Não precisava do elogio. – Ele me olhava com aquele sorriso radiante, eu hein, eu estava falando do gato de verdade.

– Não você idiota, ele. – Eu apontei para o gatinho indefeso naquela monstruosa árvore. – Não vai dar, segura isso. – Joguei minha mochila para ele.

– O que vai fazer? – Ele me perguntou o óbvio.

– Salvar um gatinho. – Eu disse fazendo pose de um super-herói, bem, eu subi na árvore monstruosa e salvei o gatinho depois que ele fez um belo trabalho em mim, estou linda, parece que acabei de brigar com a maior patricinha do Colégio e isso me resultou em arranhões e cabelo bagunçado. – Tcharam. – Eu gritei enquanto erguia o lindo gatinho, ele me arranhou e fugiu, eu nem recebi um ronrono de obrigada, gato maldito, mas ingenuamente fofo.

– Isso foi lindo. – Michael parecia emocionado, se ele chorasse eu fingia que não o conhecia, só faltava ele me falar que era gay, nada contra, mas aí eu iria estar no “sal” mesmo, e isso não é uma coisa boa.

Depois do Michael se acalmar chegou uma viatura, e aqui estou eu, na delegacia, em uma cela com um cara muito estranho que parece ser de uma daquelas gangues que quebram seu carro em alta velocidade lhe cercando, bem, eu não estava assustada, mas Michael, bem, Michael parecia que iria ter um ataque a qualquer momento, e antes que me pergunte o porquê de eu e Michael estar preso é simples, a vizinha pensou que eu era um ladrão e estava subindo na árvore para invadir a casa e com isso chamou a policia, eu deveria ganhar um troféu por salvar um gatinho e não estar em uma cela com dois idiotas.

– Para de ser fresco Michael. – Eu já estava me irritando com as lamurias dele.

– Eu não sou fresco, mas agora tenho ficha criminal, e eu não fiz nada, nada mesmo, eu estava emocionado enquanto uma garota maluca salvava um gato, nós não fizemos nada. – E lá se vai outro rio de murmúrios desconexos.

– Ei bonitinha, quer ser a nossa Musa? – Que? Eu não entendi porra nenhuma do que esse cara estranho falou, e do nada, ele não tinha dado sequer uma olhada na gente antes de falar isso.

– Bem... – Eu olhei para Michael que encarava o homem com um olhar homicida, bem, acho que vou cutucar a onça, quero dizer, o Michael. – Seria bem legal, eu seria de uma gangue e seria um delinquente. – Eu estava feliz e isso deixou um Michael bem bravo, ele avançou no homem o que resultou em dois olhos roxos, no Michael claro, eu não contive minha risada, ele estava parecendo um panda, isso mesmo, um panda.

Depois do meu ataque de risos as nossas famílias chegaram e resolveram tudo, e como eu tinha provocado tudo eu recebi um castigo um tanto quanto malvado, Michael iria me ensinar algumas matérias que eu recusava aprender no Colégio, ele achou uma ideia boa, eu vou arrancar a mão dele e enfiar na garganta abaixo, onde já se viu essa ideia ser boa? Isso é tortura.

– Lizzy, esse castigo não pode nem ser considerado castigo, você vai estar acompanhada do lindo do Michael todos os dias, é um sonho. – Não preciso nem dizer que foi que chamou o Michael de lindo, né? Minha mãe adorou essa ideia, depois de tudo resolvido e um Michael feliz, estamos em casa e minha mãe está me dando um sermão, ou era para ser um sermão, agora o assunto é o Michael, não poderia ser um assunto melhor não?

– Eu vou matar aquele garoto e enterrar ele no quintal, assim ele vira um fantasma e os Winchesters vêm nos visitar. – Minha mãe não entendeu nada, bem, eu amo Supernatural, me julgue, eu posso ser toda estranha e ter traumas do passado, mas quando aquilo aconteceu eu superei assistindo Supernatural, por mais estranho que seja.

– Quem? – Ela estava mais perdida do que cego em meio ao tiroteio.

– Ninguém mamãe, posso ir para o meu quarto? – Eu não iria explicar tudo para ela, talvez eu tente a fazer assistir amanhã.

– Pode querida, mas não se esquece de que mais tarde o Michael irá vir te dar aula. – Eu subi bufando para o meu quarto, ninguém merece, é meu segundo dia de aula, que eu faltei devido à bagunça, e eu já tinha que aturar um garoto estranho e exageradamente feliz.

O Michael já deve estar chegando, infelizmente, irei tomar um banho enquanto ele não chega.

– Olá Liz. – Não preciso nem dizer que essa ameba está aqui no meu quarto e eu estou saindo do banheiro enrolada em uma toalha, esse infeliz nem liga e continua me encarando.

– Olá nada, agora saia do meu quarto, se você não me percebeu ainda preciso colocar roupa. – Apontei para mim mesma enquanto dizia aquela frase totalmente óbvia.

– Está bem Liz, vou te esperar lá na sala, não demore muito, quero aproveitar todo o tempo com você ao meu lado. – Ele saiu do meu quarto e eu juro que vi ele piscando para mim, esse maluco, se bem que eu ri muito porque ele ainda estava igual a um panda.

Eu desci a escada e me deparo com a cena mais bizarra do universo, Michael estava lavando a louça enquanto minha mãe passava creme, ou alguma coisa no rosto dele, posso voltar para o útero depois dessa.

– Lizzy, o Michael é um fofo, vou adotar ele. – Não era creme, é pior do que isso, é base, ela estava tentando tampar os lindos olhos roxos.

– Graças a Deus ele tem pai e mãe. – Eu já estava sentada no sofá.

– E é minha amiga, ainda bem. – Minha mãe ainda parecia meio chateada, mas se contentou em ele ser filho da amiga dela. – Comecem logo o grupo de estudos, irei para o meu quarto. – Ela não deixou de dar aquela piscadinha dela, mereço mesmo. – Deixe essa louça Michael, mais tarde eu irei lavar querido.

– Tudo bem Sra. Mary. – Ele deixou a louça e se sentou do meu lado enquanto pegava alguns cadernos, minha mãe já estava no quarto dela provavelmente.

– Com que matéria irá começar? – Eu perguntei com desdém.

– Língua Portuguesa.

Faz mais de 2h que ele está falando baboseiras e eu estou para voar nele e mata-lo, se isso durar mais eu vou realmente cometer um homicídio.

– Como não consegue aprender isso? – Ele perguntou com aquele tom de ironia, sinto vontade de meter uma frigideira na cara dele.

– Não conseguindo ué. – Eu não tinha resposta melhor mesmo.

– Vamos começar novamente. – Ele está brincando né? Se ele começar do inicio eu vou realmente mata-lo na base da panelada. Ele começou de novo, eu me levantei e fui à cozinha, ele continuou a falar, peguei uma panela e me sentei lá novamente. – Para que você pegou essa panela? – Ele ficou confuso, mas não por muito tempo.

– Vou te matar a paneladas, não aguento mais te ouvir, por favor, vá embora. – Esse olhar homicida estava bem convincente, eu acho.

– Não brinque com coisa séria baixinha. – Péssima ideia dizer isso para mim, eu estou realmente brava e isso foi como ligar a ignição.

– Baixinha?

Bem, depois de ter dado várias paneladas no meu nobre professor particular, estou no meu quarto, mamãe não gostou de ver o lindo Michael apanhar de uma garota psicótica, ela me mandou para o meu quarto e me proibiu de sair até amanhã, o estado do Michael é bastante legal, para mim claro, acho que amanhã ele não vai querer falar comigo, deve estar com medo, eu espero.

Bem, vou dormir, se eu conseguir claro, porque esses pensamentos só aparecem quando eu quero dormir? Bem, eu particularmente acho que mereço isso depois daquilo.

~x~


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, Lizzy foi bastante malvada batendo no Michael, fiquei com dó dele, será que ele está com medo dela ou ele vai continuar o mesmo Michael de sempre? Só no próximo capítulo para sabermos a resposta.



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