Begin Again escrita por Ary Chases


Capítulo 7
Past / part 2


Notas iniciais do capítulo

HEY! Não me assassinem - principalmente a Mayara, que de tanta demora resolveu procurar outra fic minha.- o.k.? Eu estive muito ocupada ultimamente. O carnaval não é o meu evento favorito, mas é o dos meus pais com certeza (mereço-).
Enfim, neste capítulo o Austin conta sua verdadeira história de amor fracassada e encontra na Alls o ombro amigo que tanto precisava.
Espero que gostem - a pesar dos pesares -.

Agradecimento as;

— Uma Direção
— Maria Isabel
— CqC
— C H C
— Mayara

Muito obrigada, vocês são a minha inspiração! Minhas flores ♥
Prometo responder a todos os reviews agora mesmo o.k.?


xoxo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/589760/chapter/7

"Talvez o passado seja uma âncora nos prendendo. Talvez temos de abandonar a pessoa que fomos... para nos tornarmos a pessoa que seremos."

Sex And The City.

Ally's POV

– Austin Moon, se não retirar essa venda dos meus olhos agora, vai conhecer a minha fúria! - Exclamei, me debatendo nos braços do loiro. Uma de suas mãos segurava minha cintura e a outra me guiava.

Eu podia não fazer ideia de onde estava, mas de uma coisa eu tinha certeza, o lugar era grande demais para ser o meu apartamento.

Até porque ele me levou no carro de Dez e não permitiu que visse o percurso.

– E como é a sua fúria, Dawson? - Debochou, rindo. Bufei. - Tá bom, estressadinha, já pode abrir os olhos! - Soltei um suspiro de alívio quando senti suas mãos retirarem o tecido que impedia minha visão e revelando um belo mar de verde.

Árvores e mais árvores ao lado de uma pequena cascata perto do rio. Nós estávamos em um...

– Um... bosque? - Perguntei com a voz falhando. Era um lugar tão bonito, mas trazia tantas lembranças.

– É, você me disse que não vai a um desde o... - O loiro se interrompeu, suspirando. - Pensei que seria legal te levar pra cá. - Assenti, o abraçando.

Não vou a um desde que o Dallas me levou.

"- Ally, amor, eu sei que dei a ídeia da gente vir pra cá, mas você realmente está animada com isso de ficar no meio do mato? - Parei de andar imediatamente e me virei para o moreno ofegante. Ele carregava apenas uma mochila enquanto eu levava todo o resto, mas Dallas não era bem do tipo 'amante da natureza' então estendi minha mão enquanto revirava os olhos.

– Não, não gosto. Eu adoro! Tem coisa melhor do que respirar esse ar puro? - Fechei os olhos, aproveitando a sensação.

– Tem! Respirar o ar condicionado do meu apê gigantesco! - Retrucou. - Vamos lá, Ally! Se sairmos agora podemos passar o resto da noite juntos... - Me puxou para os seus braços e sussurrou. Dei um leve tapa nele e ri, me soltando.

– Deixa de ser tarado! Vem, vamos logo! - Ia continuar andando quando senti lábios sobre os meus e sorri entre o beijo.

– Eu te amo Ally. - Foi a primeira coisa que ele disse quando nos separamos. Não pude evitar sorrir.

– Eu também te amo Dallas... mas o seu romantismo não vai me fazer desistir da trilha. - Meu namorado grunhiu entretanto o soltei e continuei caminhando ouvundo todas as suas lamentações e rindo ainda mais de como o garoto que eu amava podia ser tão diferente de mim."

Uma lágrima desceu rasgando por minha face e eu espantei as outras que ameaçaram descer. Austin pareceu sentir minha tensão pois me soltou no mesmo instante e suspirou.

O loiro entrelaçou sua mão na minha e me levou até um tronco de árvore, sentando comigo ao seu lado.

– Você deve estar se perguntando como conheço esse lugar se cheguei a Miami em poucos dias. - Assenti. - Acontece que eu morei aqui antes de morar em L.A. e quando eu e o Dez tínhamos quinze anos, eu nao sabia descontar minha frustração de outro jeito que não fosse dirigir até a gasolina acabar e teve uma vez que eu estava muito irritado e estava dirigindo super rápido quando bati naquela árvore. - Ele apontou para o lado esquerdo, um pouco mais afastado. - Desde então, quando fico estressado, zangado, irritado ou triste venho pra cá.

– Incrível! - Comentei. - Quantas pessoas conhecem esse lugar? - Ele se virou, sorrindo.

– Duas. - Pausa. - Eu e você. - Abaixei a cabeça para que ele não me visse corar. - Mas eu não trouxe você até aqui apenas para conhecer.

– Ah, não? - Ele negou.

– Você me contou o seu passado, não contou? - Assenti. O loiro suspirou levemente, brincando com seus dedos.

– Austin...

– Está na hora de conhecer o meu.

Austin's POV

– Tem certeza? - A morena perguntou com receio, mas eu já havia tomado minha decisão. Ally iria saber tudo, ela merecia saber. Assenti.

– Eu tinha dezessete anos quando decidi fazer um curso de fotografia, trabalhar como fotógrafo podia ser ótimo pra ajudar nas contas e guardar dinheiro pra faculdade. Sem falar da minha paixão pelo assunto. Esse foi um dos proncipais motivos da mudança de lugar.

Los Angeles possuía um vasto mercado para a fotografia. Na priméira semana, já estava lotado de trabalho quando a conheci. Sei nome era Chelsea Carson. Alta, magra, morena e elegante, nos esbarramos no supermercado por acaso.

"- Ovos, leite, pães... - Reli novamente a lista de compras pra conferiri se não havia nada faltando, sempre fui péssimo nisso. Era minha mãe que fazia tudo, mas infelizmente, ela ficara em Miami. - Acho que tá faltando alguma... - Não terminei a frase pois uma bela garota esbarrara e caíra sobre mim.

– Oh meu Deus! Me desculpe! - Ela pediu, erguendo o rosto. Tinha grandes olhos e uma boca carnuda coberta com seu batom vermelho. Provavelmente, a mais bela que eu já vi.

– Não, eu que peço desculpas. Estava em seu caminho, é que sou novo na cidade. - A morena se levantou, batendo de leve na calça jeans e estendendo a mão para me ajudar.

– Você também? Pensei que eu fosse a única. - Riu. Até sua risada era encantadora. - Chelsea, Chelsea Carson ao seu dispor.

– Austin, Austin Moon. - A garota levantou as sobrancelhas antes de apertar minha mão.

– Tipo a lua? - Foi a minha vez de rir.

– Se esse for o seu desejo, milleide."

– Depois disso, nós começamos a sair... Ela era francesa, se mudou por querer seguir o sonho de uma carreira como modelo. Modelo fotográfica. - Ri, sem humor. - Chelsea logo foi contrada por minha própria chefe e passou a ser modelo oficial. Então, nós resolvemos oficializar e tudo ficou ainda melhor.

Os três anos que vivi ao lado dela foram como... um sonho eterno de verão! Sempre sorrindo, brincando enquanto posava para as fotos, sempre solidária de verdade com as pessoas.

Não demorou muito até que eu tomasse uma decisão, eu precisava de Chelsea ao meu lado, sempre. Todos os dias pelo resto da minha vida.

– Você a pediu em casamento? - Perguntou Ally. Provavelmente devo ter demorado a continuar. Assenti. - Ela aceitou? - Repeti o gesto. - Então...?

– Nós fizemos tudo como manda o figurino, festa de noivado, escolher igreja, convidar padrinhos, comprar um apartamento... Mas uma semana antes do casamento - Suspirei. - Era a ultima prova do vestido de noiva e ela estava atrasada. Isso não costumava acontecer, resolvi chamá-la em seu quarto eu mesmo.

"- Chelsea? Chel? Tá tudo bem aí amor? - Chamei, batendo na porta. Quando não obtive resposta, girei a maçaneta e mesmo com todas as manias e preocupações de minha noiva em nunca deixar a porta aberta, desta vez estava sem tranca alguma.

Adentrei o quarto com um pouco de receio e um enorme mal pressentiu me invadiu quando não a encontrei em lugar algum.

A morena já havia separado o vestido em cima da cama ao lado de algumas jóias, mas ver uma delas jamais me causara tanta surpresa quanto agora.

Era um colar de ouro com um belo pingente de coração. Se fosse um colar qualquer, sem problemas mas eu tinha dado esse no nosso prìmeiro aniversário de namoro e ela nunca o tirara desde então. Era no mínimo estranho vê-lo ali.

Pensei que talvez ela teria saído, mas era muìto improvável. Resolvi levar o vestido na frente e depois ligaria para a garota, mas quando peguei a peça de roupa, um papel de carta caiu no chão.

Peguei e abri com um pouco de receio quando vi meu nome no destinatário.

'Querido Austin,

Se está lendo essa carta, deve estar se perguntando onde estou e porque me atrasei para a prova do vestido de noiva, mas por enquanto a única coisa que posso dizer é que não há necessidade de prova se não haverá noiva.

Tinha certeza de que você iria até o quarto me procurar, por isso deixei essa carta e o colar. Me perdoe, não posso ficar com algo que não é mais meu, só por puro egoísmo. Então, devolvi.

Também não posso me casar com você, não sei explicar porque. Só quero que saiba que os anos que passei ao seu lado foram os melhores e eu te amo, tá? Eu te amo. Mas infelizmente você não é o homem da minha vida.

Boa sorte na próxima!

Com amor, Chelsea."

– Ela terminou com você, por carta? - A morena baixinha ao meu lado parecia incrédula. - Não acredito! Até eu preferi bater a porta na cara do Dallas!

– Ela sempre foi assim, do tipo que odeia despedida. - Dei de ombros. - O lado frio e calculista dela às vezes falava mais alto. Por isso que deixou o anel de noivado dentro do envelope em que a carta estava.

– E depois? Voltou pra cancelar, certo? - Fiquei em silêncio. - Aus, não me diga que...

– Chelsea não voltou mais para Los Angeles, Alls. Nem para se despedir dos amigos, cancelar festa, nada. - Interrompi. - Na verdade, eu conversei com o proprietário do apartamento em que morava e ela cancelou o aluguel por internet! A família dela me disse que ela voltou para a França naquele mesmo dia! Eu nunca mais a vi! - Cerrei os punhos, tentando evitar as lágrimas. A garota me olhou com pesar como se estivesse arrependida de perguntar tanto.

Seu rosto começou a vir de encontro ao meu e parou em minha bochecha, onde seus lábios quentes depositaram um leve beijo. Consegui sorrir quando ela puxou minha mão para seu colo e acariciou com as costas do polegar.

– Me desculpa por ter te pressionado... Prometo que não toco nunca mais nesse assunto.

– Tudo bem, adoro conversar com você. - Ela sorriu, tímida. - Além disso, minha mãe diz que falar ajuda.

– Sua mãe, é? - Perguntou em tom de ironia. - Ah, então escute ela. Dona Mimi sabe o que diz! - Rimos.

Comecei a observar minha amiga. Ally tinha belos olhos castanhos, tão profundos e ao mesmo tempo, tão enigmáticos e misteriosos. Eu conseguia entender sua doçura, beleza, compaixão com os outros e até sua dor, mas não conseguia traduzir seu olhar. Isso nunca aconteceu comigo antes, sempre fui bom nisso. Sabia o que as pessoas pensavam apenas por seus olhos.

Então, por que com ela seria diferente? Por que essa vontade de protegê-la?

Só de pensar em como esse tal de Dallas teve coragem de magoar uma garota tão adorável e sincera, que passa por cima de todos os seus problemas para fazer alguém sorrir - como está fazendo comigo agora - de verdade, meus punhos se cerram e meu sangue ferve.

– Acha que nós nascemos pra sofrer? - Perguntou a morena, brincando com o cabelo. Eu a olhei, curioso. - Tipo, no amor. - Explicou.

– Eu não sei, Alls, acho que ou não encontramos a pessoa certa ainda ou vamos ficar sozinhos pra sempre. - Suspirei.

– Hey! Você nunca vai ficar sozinho enquanto estiver comigo! - Ela sorriu. - Nunca te deixaria passar a vida inteira sem ninguém.

– Promete que vai me visitar quando eu for velhinho? - Rimos.

– Prometo. Vou te visitar todos os dias e vamos jogar bingo enquanto comemos sopa juntos. - Estirei a língua, em discordância.

– Sopa? Não pode ser panquecas? - Ally revirou os olhos, divertida.

– Pode, um prato cheio de panquecas feitas por mim! Melhorou?

– Quase. Podemos jogar outra coisa ao invés de bingo? Parece tão...

– Tudo que você quiser, Austin! - Ela interrompeu. - Podemos ir a lua oito vezes por semana, caçar coelhinhos - e soltá-los depois, claro - adotar um filhote de elefante. Tudo! - Ri ainda mais, a puxando para perto.

Aliás, eu sentia constantemente a vontade de ficar perto da garota.

– Isso mesmo! Afinal, somos noivos, certo? - Perguntei.

– Noivos? Claro! - Ela riu, escondendo seu rosto no meu pescoço. - Chega de passado! O que acha de fazermos uma trilha? - Perguntou. Seus olhos brilharam e a animação estava aparente. - Quer dizer... se você gostar disso não é? Porque o meu... - Interrompi, puxando-a.

– Adoro. - Ela sorriu, com a animação de volta, me levando.

Talvez seja isso. Talvez eu e Ally não tenhamos nos conhecido a toa. Talvez ela seja a pessoa que vai me ajudar a recomeçar e encontrar uma nova garota. Minha melhor amiga, que vai estar no altar junto comigo quando eu tiver encontrado o amor da minha vida.

Já está mais do que na hora de dar um jeito no meu passado.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sooooo? O que acharam? hehehehe
Reviews? Favoritos? Acompanhamentos? Recomendações? Amo vocês ♥♥
xoxo, Ary.