The Fire escrita por FênixSan


Capítulo 6
Capítulo 5 - Como Mandar Sua Amiga pra UTI


Notas iniciais do capítulo

Hoyeee
Sim eu demorei
Sim eu sei
Siiiiiiiiiiim não precisa me matar >
Whatever, não, eu não tneho desculpas
É, dessa vez eu admito que foi preguiça rhuijSANSDS

Espero que vocês ainda existam e não tenham morrido esperando >



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Essa era minha meta. Conseguir esse emprego. Tudo iria bem, já que eu tenho uma tendência extraordinária a ter uma boa sorte.

Claro que eu iria bem. Se essa parte deu ter sorte fosse realmente verdade.

Chegamos rapidamente e caminhamos em direção ao pátio, que já estava lotado de pessoas. O povo conversava ansioso, alguns simplesmente estavam quietos, ouvindo música ou simplesmente estavam ali por pura obrigação. Como Tyler.

Ele estava sentado num canto com a maior cara de tédio, guardando dois lugares. Eu e Karuta nos sentamos ali e ficamos olhando pro centro, esperando o diretor.

Ele entrou e olhou para todos bem sério. Murmurou algo com outro cara, que andou até Karuta e lhe entregou uma adaga. Ela murmurou um “obrigada” e virou o rosto rapidamente. Ainda não entendo a relação da Karuta com o diretor. Eles se entreolham sempre e ela parece lutar melhor sempre que ele olha.

Pedofilia isso aí.

– Caros participantes. – Disse o diretor, ampliando sua voz com magia – Sei que dissemos que seria um sorteio.

– Mas é a pior mentira que já ouvi. – Murmurou Tyler revirando os olhos.

– Porém era mentira. Teremos um duelo, e o campo será toda a fortaleza. Quem quiser participar, saia do pátio e encontre um lugar. Assim que ouvirem o som de tiro, podem começar.

Todos se entreolhavam surpresos, menos Karuta e Tyler, que pareciam saber que isso ocorreria. O que mais esses dois esconderiam de mim? Levantei-me junto com Karuta, mas Tyler continuou sentado.

– Não vai vir?

– Se eu participar você morre. – Sorriu divertido – Sinto muito, mas não tenho interesse. Se eu quiser sair daqui, eu saio.

– Ui, metido. – Karuta riu e saiu andando.

– Preserve os poderes. Fuja. Não lute. – Disse Tyler me olhando sério – Precisa durar até a batalha final.

Assenti e corri pra fora do pátio, correndo pelos corredores. Mal tive tempo de me esconder quando ouvi o sinal de largada e comecei a apressar mais ainda o passo.

Apesar de querer seguir o que Tyler falou, confesso que quis procurar um oponente fraco, pra não falarem que eu era um merdinha. Joguei uma bola de fogo na primeira pessoa que vi e me escondi instantaneamente. Calma Ryan, você consegue. Você vai ser livre.

Respirei fundo e voltei a correr. Eu preciso ganhar.

Depois de algumas horas me escondendo e fugindo, ouvi os autofalantes da fortaleza.

– Últimos participantes. – Disseram em meio a ruídos. Eles precisam comprar outros. – Os últimos que sobraram são Ryan e Karuta. Dirijam-se para a arena onde ocorrerá a batalha final.

– O...que...?! – Sussurrei sem acreditar.

Claro que eu sabia que a chance de Karuta ficar na final era grande. Mas... Eu não conseguiria lutar contra ela! E se eu a machucasse? Tudo bem que é mais fácil ela me machucar, mas mesmo assim poxa!

Corri para a arena com os pensamentos a mil. Karuta já estava lá, totalmente suada e me olhando como sempre. Um pouco de ódio e determinação. Sempre tão fofa.

Porém eu nem suado estava. Praticamente meu corpo estava como se nem tivesse lutado ou coisa do tipo. E eu realmente não tinha. Será que eu deveria deixá-la ganhar?

– Vocês têm dez minutos para se prepararem.

Andei ate Tyler – que não estava machucado, ainda bem, já que fiquei sabendo que o povo que não participou foi atacado por idiotas que não levam as regras a sério – e sentei-me ao seu lado.

– Não deixe. – Disse simplesmente – Karuta não deve ganhar isso.

– Por quê? – Quis saber – Está guardando rancor dela?

– Ela pode sair do instituto se ela quiser. – Falou ignorando meu comentário sobre o rancor – Somente não sabe disso. E você precisa ganhar se quiser ser livre.

– Não consigo. Não vou conseguir machucar ela.

Tyler virou-se e abriu sua mochila. Tirou uma coisa envolta em um pano, que foi tirado e a coisa foi colocada em minha mão. Era carvão.

– Raspe e coma um pouco do farelo. E... Se comer mais que isso, cuidado. Aconselho a não comer, mas te conheço e sei que pode não me ouvir.

Lembro de meu pai falando algo sobre carvão quando eu era pequeno... Mas não sei exatamente o que era. Tomei água e levantei-me. Realmente não sei o que essa droga de carvão causaria em mim.

Simplesmente o mordi. Raspar? Tyler está louco, é só carvão. Comi ele inteiro e posicionei-me em frente a Karuta. Nada de mal aconteceria.

Rosnei começando a sentir raiva da situação. Eu realmente não queria machucar ela. Mas também queria ganhar. Eu estava com muita raiva dessa situação.

Raiva de ter que lutar. Raiva de ter uma asa mecânica e não uma boa. Raiva do homem que a arrancou. Raiva da morte do pai da Winter. Raiva de viver aqui. E eu estava com raiva de mim mesmo, por gostar da Karuta.

Minha visão estava ficando escura. E foi então que minha raiva estourou.

E tudo ficou escuro.

> ♥

Abri os olhos lentamente. Eu não estava na arena e muito menos no instituto de treinamento. Meu corpo doía, mas não como se eu tivesse apanhado. E... Eu não estava machucado.

As paredes eram brancas. Eu estava num hospital. Eu ouvia um “bip bip bip”. O que aconteceu? Eu morri?

Sentei-me. Não havia nenhum fio me prendendo e o “bip” era de uma maca ao lado da minha, separada por uma cortina branca. Meu corpo estava bambo, pois provavelmente usei muito poder.

Alguns flashs passavam por minha cabeça. Fogo... Gritos... Porém não sei direito o que houve. Olhei para a porta quando a mesma se abriu e revelou Tyler, entrando sério.

– Eu disse “só o farelo” e não o carvão inteiro! – Bufou e sentou-se na poltrona ao meu lado – Como se sente?

– Um cadáver vivo. – Murmurei e sorri de leve, mas o mesmo não esboçou nenhuma reação. Não que ele sorrisse sempre. Pra falar a verdade, é um sacrifício fazê-lo sorrir. Fechei os olhos e suspirei – O que eu fiz?

– Usou poder demais. E se você já se sente um cadáver, é porque não viu a Karuta ainda.

– Heh?

– Ela está na UTI. Você quase a matou.


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Notas finais do capítulo

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