POV - 3ª pessoa

- Bem, sua filha foi encontrada em um beco, totalmente debilitada, ela está na UTI nesse momento, as providencias estão sendo tomadas. - A voz da recepcionista do hospital ao telefone não trazia boas notícias, Louise havia passado por uma situação difícil.

- UTI? Meu Deus! Ela vai ficar bem, não minha filha. - A mãe de Louise se acabava em prantos sem saber o que fazer, era muito perigoso pegar o carro e sair no estado em que ela estava. - Em um minuto estou chegando ai, obrigada.

Sorte de Victoria, mãe de Louise, era Rebecca estar por perto, ela então chamou um táxi e foram ao hospital. Chegando lá foram buscar informações na recepção. Victoria tentara se manter calma, sua aparência era de desespero, afinal sua filha poderia morrer, por dentro seu coração de mãe estava destroçado. As palavras simplesmente entalaram na garganta de Victoria transformando-se em lágrimas a impedindo de falar.

Rebecca então teve que controlar a situação e referiu-se à recepcionista educadamente: - Bom dia, eu quero informações da Louise Mariah Williams.

- Sim, só um momento. - a recepcionista a respondeu com um tom morto, ela poderia estar ali à noite toda. - Er, melhor vocês irem para a sala de espera, pode demorar um pouco.

- Okay, obrigada. - respondeu Rebecca com um sorriso.

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POV - Louise

- Temos que fazer essa garota sair dessa. - o Doutor falava pacientemente. - Precisamos levá-la até a sala de raio-x, saber se ela veio a sofrer alguma fratura, só então poderemos saber qual o real estado dela, enfermeira Wood tire uma amostra de sangue, ela precisará de transplante.

Não, me deixem morrer, me deixem, me deixem, eu queria gritar, mas não podia, simplesmente não podia abrir nem meus olhos, quem me dera ter poderes mágicos, poderia simplesmente parar o tempo. Voltar no tempo.

Eu me sentia sendo levada a algum lugar, sala de raio-x, não que eu me incomodasse, mas será que eles não poderiam me deixar morrer? Só o que eu peço. Mas se eu sair dessa eu arrumo um jeito de morrer.

4 dias depois... 

Droga, eu estou me sentindo ótima, e ainda por cima sendo paparicada, cercada de todos os lados nesse lugar, cheia de cuidados e blerg. 

- Mãe, por favor, eu quero sair logo daqui. - Supliquei-lhe.

- Pra que, você vai ficar mais presa do que está aqui moçinha. Você me deu um baita susto. - Ela dizia sempre impaciente. Já perdi as contas de quantas vezes lhe implorei para ir logo depois que retornei a consciência.

- Poxa, o... - não tinha mais argumentos, e isso era péssimo. Mas não tão ruim quanto à incerteza da minha vida. Eu só pedi pra morrer meu Deus.

- O que? Você sabe muito bem que estava errada, eu pedi a você que o esquecesse, mas você é muito teimosa, desiste minha filha, eu não vou mais ceder fácil. - Essa mulher pensa que é quem? Olhei-lhe com cara de birra, e de nada adiantara, simplesmente me virou as costas e saiu do quarto.

Que raiva, mundo incompreensível, sem saber o que seria de mim apenas queria me livrar disso, apertei o botão, e a enfermeira já estava de prontidão, fingi a melhor expressão de agonia e lhe disse: - Estou com dor, por favor. Dê-me alguma coisa!

- É pra já! - Logo ela veio com uma seringa de algum remédio que eu não sabia o nome e logo injetou junto ao soro que estava ligado à alguma veia, aquilo me dava agonia, foi o suficiente para cair na inconsciência novamente.