Castelos escrita por The Green


Capítulo 9
Há surpresas na escuridão


Notas iniciais do capítulo

Parabéns para minha fã número um: Érica Giovana. Quero também agradecer por todos os comentários, pois tem feito-me melhorar.
Boa leitura



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“Eu me sinto sozinha aqui dentro, é tudo escuro. Estou numa caverna, mas eu vou matá-la e vou-me libertar.”

Ithely e Políbio andavam na floresta em busca de Suzan, agora a princesa possuía as três pedras: humanidade, medo e justiça, o que mais estaria esperando ela neste caminho? Políbio não parava de olhá-la, parecia ver algo de estranho, ela pensou ser apenas a mudança no visual. Depois que sugou a alma de Avelar coisas mudaram em seu corpo, sentia-se mais pesada, sem contar na dor forte no peito, como se alguém estivesse mastigando seu coração.

Era dia, mas naquele lugar os dias pareciam noites, os dois caminhavam cuidadosamente, sentiam que alguém os estava vigiando. Políbio abraçou Ithely fortemente, ela irritada com aquilo tentou empurra-lo, mas não teve êxito, ele estava preso a ela, uma força os estava fazendo cativos dali.

Passos na mata, o som dos pés de alguém que se aproximava em passos lentos era ouvido, uma música começou, era como uma ópera suave, eles se sentiam fracos. Tinham as faces uma na outra, olhavam-se nos olhos, enxergavam um a alma do outro.

“Assim... Era assim que estavam na placenta de Violeta!”

Quando ouviu aquilo Ithely ficou ofegante, todo seu corpo tremia, não podia acreditar, era impossível. Ela não podia mover-se então começou a gritar: “Não é verdade, isso é ilusão. Eu matei você. Eu matei você! Bruxa maldita eu matei você.” Agora ela chorava desconsolada, Políbio tapava os ouvidos com as mãos, estava assustado, a garota a sua frente estava completamente descontrolada.

Um poder invisível fez com que caíssem de joelhos virando-os, assim ficaram um ao lado do outro. Políbio olhava para a mulher a frente deles e confuso perguntava-se mentalmente 'Quem é esta?', Ithely por sua vez, não parava de chorar, olhava para os lados, cobria os olhos, não queria ver, mas ela estava lá na frente deles.

“Pare de chorar” aproximou-se e ajoelhou-se a frente de Ithely a mulher com uma enorme capa preta. “Eu ainda nem comecei a tortura-la.” Ela sorria sarcasticamente, franzindo a sobrancelha, fingindo estar com pena.

“Você é uma ilusão dessa floresta amaldiçoada. Eu te matei a anos atrás.” Revidou a princesa.
“Ah, criança, não sabes quanto foi difícil-me esconder aqui. Se não fosse por minha filha nunca teria sobrevivido.” Dizia a mulher, agora andando na frente deles, admirava a floresta escura como alguém que revê o lar depois de anos. Parou de costas para o casal e abrindo os braços continuou: “Eu estou viva criança. Sou uma grande bruxa.” Entre gargalhadas : “Você pensou que tinha-me enganado, mas fui eu que enganei você.”Deixou-se ficar parada, olhando as folhas secas e negras caírem sobre o chão sem vida. Políbio não sabia o que fazer então sussurrou para Ithely: “Quem é essa mulher e como a conhece?” Ele estava desesperado, apavorado, tinha um coração bondoso, era forte nas lutas, mas era medroso. A loba não o olhava, mas respondeu com desprezo: “Ela é Muriel, aquela que tentou matar a rainha Flora.”
Quando Muriel ouviu a menina dizer isso, virou-se fingindo surpresa e aproximando-se dela, tocou-lhe a face e disse com um sorriso infantil: “É majestoso saber que você sabe qual o seu lugar neste maldito fim-de-mundo.”
“A derrotada aqui é você Muriel” ousou retrucar Ithely. A bruxa soutou uma gargalhada e saiu pulando dizendo como era engraçada uma escravinha.
Recuperando-se da crise de riso Muril fez com que Ithely ficasse de pé e pôs sua mão no pescoço dela. A bruxa estava pronta para arrancar a cabeça da princesa quando Políbio interviu: “Onde está Suzan? Tenho certeza que você sabe!” Muriel largou Ithely e dirigiu-se ao rapaz fingindo espanto: “Pensei que só sabia sussurrar.” Fez uma pequena pausa, depois sorriu e prosseguiu: “Eu os conheço desde pequenos. Os filhos gêmeos de Flora ou Violeta como ela é conhecida na dimensão terrestre. Separados ao nascer. Um herdou a bondade, outro o desejo de vingança.” Virou-se para Ithely que estava caída no chão, fraca e tossindo, então completou: “Acho que não preciso discriminar quem é quem, não é?”

Uma atmosfera de surpresa tomou o lugar, não havia mais dor ou curiosidade de saber onde Suzan estava, restava apenas o choque de saber que eram irmãos. Tudo se esclarecia agora, o motivo porque ele sentia o mesmo que ela, a causa de serem parecidos. Políbio lembrou-se de seu pai dizendo: “Você é herdeiro de tudo, meu filho. Sua mãe morreu ao dar a luz a você. Eu não o vi nascer, quando cheguei a caverna, da cria de 7, todos mortos, você, o oitavo, estava vivo.” Mas o que teria acontecido com Ithely, se eram gêmeos, quem os separou?
Muriel tinha Ithely novamente suspensa pelo pescoço, mas assustou-se e a pôs no chão. Ficou parada olhando-a como se tivesse descoberto um segredo profundo. Quando ela disse aquelas palavras, ficou claro que tinha mesmo descoberto algo grande: “A escolhida... A menina, filha de Zárlia, está viva, dentro de você.” Fora como se lançassem uma bomba no peito de Ithely: “Não, não...Eu me alimentei da essência dela.” Disse a menina na tentativa de disfarçar a verdade, porque ela também não queria acreditar na verdade. Andando ao redor dela, Muriel esboçava uma expressão que mesclava ira e satisfação, tinha um sorriso quase invisível em seus lábios: “Será que não vê? Seus cabelos estão ficando mais escuros, sua pele mais morena. Ela é invencível, está lutando para sobreviver.”Parando diante de Ithely que estava chorando lágrimas caladas, pôs a mão em seus ombros, fez um sinal negativo com a cabeça e fingindo sentir pena notificou: “Lamento menina, mas você vai morrer!”


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Notas finais do capítulo

Comentem e deixem suas preferencias sobre o que queriam que acontecesse com os personagens...



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