Castelos escrita por The Green


Capítulo 3
O Sussurro da Morte


Notas iniciais do capítulo

Dedico este capítulo a Érica Giovana que me inspirou a escrever um capítulo tão cheio de surpresas. Por ter mostrado que meu trabalho não é vão, que pessoas leem nossos textos com o mesmo amor que escrevemos.



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Quando o soldado chegou Ithely estava no quarto de degustação, onde os lobisomens torturam prisioneiros se alimentando de partes do corpo deles para obterem informações. Ele deu três batidas leves na porta que estava aberta. Mesmo ele sendo alto e forte, não conseguia disfarçar que estava trêmulo, ninguém conseguia não tremer perante Ithely. Ela era loira, tinha lindos olhos azuis, vestia uma roupa de couro preta, estava sem capa, mas geralmente trajava uma capa feita com a pele de vítimas e o capuz era todo feito de olhos. Ela tinha o poder de matar e sugar os poderes de quem quisesse, também podia trazer dos mortos quem desejasse.

“Prin... Princesa...” Ela estava de costas quando respondeu interrompendo o soldado: “Por que está gaguejando? Tens medo de terminar como este lindo vampiro?” e acariciou a face do homem pendurado de cabeça para baixo, com as mãos amarradas com arame farpado para que o sangue não circulase bem em seu corpo. O soldado já ofegante, assustou-se ainda mais quando rapidamente, na velocidade de uma bala ela apareceu em sua frente, olhando em seus olhos quase que entrando em sua alma. “Seu pai, o Lorde soberano deseja vê-la” ele disse mais que de pressa com medo de ser morto por demorar em informa-la. Ela deu um sorriso malicioso, levantou a sombrancelha e dirigiu-se ao corredor dizendo: “cuide deles para mim, não deixe nenhum figir” e soltou uma gargalhada.

Mendragon estava no trono quando ela chegou ao salão, olhou com despreso para o chão, vio a areia, já sabia que havia ocorrido um massacre ali. Parou na frente do trono, cruzou os braços e como quem está entediada murmurou para seu pai: “Uma de suas mulheres o traiu?” Ele levantu-se furioso: “Como pude ter tido a personificação da ingratidão como filha?” E caminhando de um lado para o outro continuou: “Uma menina fez esse estrago... mas ela moreu.” Ela o interrompeu insatisfeita: “Eu não vou ressucita-la! Não pode usar meus poderes para quando achas que te agrada.” Ele que não olhava para ela porque andava de um lado para outro, parou, olhou-a da cabeça aos pés, desceu a escada lentamente, ironicamente tomou a face da loira em suas mãos e disse carinhosamente: “Você fará o que eu quiser, eu sou o rei.” Deu um pausa, ficou admirando sorridente o olhar de repulsa da filha, depois disse: “Eu fiz muita coisa para alcançar o trono. Eu posso mata-la também se não fizer o que estou mandando!” pronunciou as ultimas palavras com uma ira intensa. Ela apartou-se das mãos dele, respirou fundo e confessou: “Vai ser um esforço enorme ressucitar todos esses mortos!” Ele fingiu espanto lavando as mãos a boca, em seguida virou-se, sua capa atiçou a poeira, e indo em direção ao trono respondeu: “Eu não me importo com esses soldados. Eu quero que ressucite a garota apenas.” Itelhy soltou uma leve gargalhada e deu um volta ao redor de si dizendo: “Como saberei quem é esta verme, no meio desse deserto feito aqui?” Mendragon que estava sentado no trono, cruzou as pernas, um dos braços cruzados e o outro apoiado nele fazia a mão repousar sobre o queixo. Com a mesma irônia de sempre respondeu: “Ela não virou pó. Eis ali seu corpo.” Tirou a mão do queixo e apontou na diração do corpo. Quando Ithely olhou e viu o corpo quase invisível, pois estava coberto de areia, ficou perplexa e bradou: “ Mas ela é uma escrava!” virou-se para Mandragon e subindo os degraus para ficar cara a cara com ele disse: “Eu me recuso a trazê-la a vida.” O rei não exitou e levantou-a pelo pescoço dizendo: “Então tu não és mais útil para mim.” sorria como quem senti prazer ao dizer: “vou matá-la.” Ela estava sufocando agora, ou ela aceitava a ordem ou morreria, não penssou muito e interviu rouca: “Eu farei, preserve minha vida! Mesmo assim ela lançou-a na direção da porta de ouro, em alta velocidade que produzou um som estrondoso. Ela caiu no chão levantando muita poeira, tanta que não podia ver o trono, ela apenas ouviu seu pai dizer: “Isso é para aprenderes que minha vontade é soberana aqui e que você não é nada, ressucite a menina, agora!”

Ithely estava de pé agora, a poeira tinha baixado, e ela mal podia ver o corpo de Avelar. Mesmo assim ariscou o feitiço: tusty suviani, takomuny itokirashi, simbalou! A primeira tentativa deu errado, ela precisava de uma informação sobre a alma que traria de volta. Ithely estava acostumada a tirar vidas não a trazê-las de volta, pois para matar bastava sugar a essência da vítima sem nem ao menos saber de quem se tratava. Mas para a ressureição era necessário algo ligado a alma, como uma peça de roupa, um objeto pessoal, o nome, algo que tenha carga na vida do indivíduo. Então ela já um pouco cansada por gastar energia em vão, perguntou ao rei: “Qual o neme dela?” Ele estava atento a cada moviento da filha. Sentado no trono, seu poder era indiscutível, mordeu o lábio e respondeu com um enorme sorriso: “Avelar.” Ithely ficou ainda mais indignada, agora sabia exatamente de quem se tratava. Da maldita filha de Zália, a caçadora vencedora do antigo torneio para a conquista de Etanin. Ela respirou fundo, fechou as mãos com raiva, rangeu os dentes e proferiu novamente o feitiço: “tusty suviani Avelar ,takomuny itokirashi, simbalou! Que signifícava (Corpo de escuridão de Avelar, levante dos mortos, ressucite!).

Fez-se um silêncio no salão. Ithely ficou paralisada esperando que o feitiço desse certo; Mendragon remexia-se no trono, esticva-se para ver se algo acontecia, mas não havia vida ali, tudo estava sem movimento. “Venha ate mim, filha.” Disse Mendragon abaixando a cabeça. Todos sabiam que quando ela fizia aquilo era porque estava preparando as presas para morder o pescoço de uma vítima como forma de castigo. A vítima não morria logo, sua mordida liberava um veneno que era como lepra, fazia o corpo apodrecer lentamente. Ithely queria chorar, mas era orgolhosa de mais para tal. Puxou o ar e deu passadas poderosas sobre o pó na sala. Quando estava prestes a passar por Avelar, é surpreendida, tanto quanto Mendragon. A híbrida levantara-se bruscamente, agarrando o pescoço de Ithely, e velosmente a comprime contra uma coluna na esquerda do salão e pergunta furiosa: “O que aconteceu?!”


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