A garota dos olhos violeta escrita por Lua Love


Capítulo 1
Um breve Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Ano novo, vida nova, e fic nova também! Eu ainda sou novata como escritora, e realmente eu espero que gostem de "A garota dos olhos violeta". Agora, curtam a leitura. beijos de lua Lua Love



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Eu estava no porão da escola. Sozinha. Chorando. Mas tudo bem. Já estou ficando acostumada com isso.

Desculpe-me, onde estão meus modos? Ainda não me apresentei. Eu me chamo Iara, sim, como a sereia, mas minha vida está longe de ser um lago de vitórias-régias.

Em uma semana completo 15 anos. Minha madrasta quer que eu faça uma festa de debutante, com um vestido estilo bolo de casamento cor-de-rosa, valsa dos quinze casais com gente que eu não conheço ou detesto, e muito, mas muito brilho mesmo.

Só que eu não quero fazer isso. Não quero fazer uma festa. Não gosto de rosa, prefiro passar despercebida a ser o centro das atenções e não tenho nenhum amigo para convidar.

Bem, eu acho que devo falar da minha família, a começar pelo meu sobrenome: Santa. Pois é. Já dá para imaginar a implicância que as pessoas têm por causa disso. Mas eu tenho orgulho dele, pois veio do meu pai, Nicholas Santa, que eu amava muito, porém ele morreu quando eu tinha apenas sete anos de idade, por causa de um câncer de pulmão, (olha que ironia, meu signo é câncer, que belo senso de humor, Universo) desde então moro com minha madrasta e meus três irmãos postiços. Minha madrasta é uma boa pessoa, mas ela gostaria que eu fosse mais “doce” e “feminina”, mas eu sou teimosa, irônica, levemente geniosa e bem largada. A coisa mais feminina que eu pratico é ginástica rítmica, e meu guarda-roupa é basicamente composto por pesados coturnos pretos, saias abaixo do joelho, blusas largas e casacos parecidos com capas, sem contar os grandes óculos wayfarer pretos de lentes grossas. Já minhas duas “irmãs”, Lila e Lili são gêmeas e um ano mais velhas do que eu, e vivem implicando comigo. Elas sim são, loiras, esbeltas e disputadas, bem diferente de mim, que sou considerada a “sem-sal” da turma. Acho que a única pessoa que realmente gosta de mim naquela casa é meu irmão postiço, Daniel, um ruivinho de sardas fofas três anos mais novo do que eu, que sempre que pode me defende em casa e na escola, além de ser um imã para confusões. Já minha mãe biológica, não sei quem é, nunca conheci e, sinceramente, se ela abandonou alguém tão bom e amoroso como meu pai, acho que estou bem melhor sem ela.

Agora você deve estar se perguntando o porquê de eu estar chorando sozinha no porão da escola depois do fim da aula. Calma que eu explico.

Foi logo depois que a aula acabou. Tentei sair sem chamar atenção, mas não deu certo. Logo que tentei sair, alguém colocou o pé na minha frente, e, como esperado, eu tropecei e cai na frente de toda a sala, além de derrubar meu livro favorito, “Peter Pan”, o último presente que meu pai me deu. Tentei pegá-lo, mas alguém foi mais rápido. Levantei e olhei quem havia feito isso: Viktor, que, como todas as outras pessoas, me culpava por aquele acidente.

Viktor balançava meu livro de um lado para o outro:

–Que lindo! Contos de fada novamente! Parece uma criança, uma santinha, assim, toda inocente, sonhando com um final feliz!– Ele falou, tirando risadas das pessoas que observavam a cena, além de seu bandinho, composto por um monte de garotos que o seguiam e idolatravam.

Continuei calada, desejando, que Daniel ouvisse e viesse me ajudar, mesmo não querendo que ele se metesse em confusão. Então lembrei que hoje ele estava na detenção por ter solto as rãs que seriam dissecadas na aula de biologia.

–Mas nós sabemos o que você é de verdade, uma bruxa, e bruxas nunca tem finais felizes. - Viktor continuou.

–Por favor Viktor, devolva meu livro. - pedi para ele, para falar a verdade, eu quase implorei.

–Quer seu livrinho querido? Então o pegue! - ele falou, para logo depois jogar meu livro para um dos garotos de seu bando.

–Por favor, parem! - eu disse, enquanto tentava pegar meu livro, que agora estava sendo jogado de um lado para o outro como uma bola de praia.

Mas eles não pararam, e eu comecei a me irritar com aquilo. As pessoas rindo, sussurrando entre risos e jogando meu livro. Aos poucos, fui perdendo a paciência, então olhei de novo, e o livro estava novamente nas mãos de Viktor, que agora tentava rasgar a capa dura.

Aquilo foi a gota d'água.

JÁ CHEGA!!!– gritei.

Então, os garotos caíram no chão, como se tivessem sido arremessados.

"Não, de novo, não!– pensei.

As pessoas em volta pararam de rir e começaram a sussurrar:

"Bruxa"

"Feiticeira maléfica"

"Deveriam queima-la em uma fogueira"

Vendo aquilo, não consegui conter as lágrimas.

Peguei meu livro e saí correndo.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem, espero que tenham gostado! Lembrem-se, comentários, elogios e críticas construtivas são sempre bem-vindas!



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