As Linhas Que O Destino Escreveu (Anjos e Humanos) escrita por Háryta13


Capítulo 9
Recaída


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero pedir desculpas por ter ficado tanto tempo sem postar nada e nem mesmo dar explicações, mas eu tenho uma desculpa que eu sei que vocês vão entender. Eu já estava com dois capítulos prontos, mas meu computador deu pau e eu tive que restaura-lo, e assim perdi tudo . Espero que gostem desse capítulo ! Boa leitura !



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Arthur

Elisa ficou o dia todo me explicando como eram as coisas do século XXI e o que eu deveria ter pra viver nesse mundo. Ela acha que eu sou um velho, que não sei de nada sobre este lugar, mas na verdade eu só não conheço os locais.

Todo o dia morrem milhares de pessoas no mundo e elas vão pro céu, ou pra Lúcifer, mas o negócio é que elas contam tudo sobre a vida aqui. Preferi não cortar o barato dela, estava tão sorridente e fofa.

— Arthur, esse negócio de saber sobre tudo funciona também com as habilidades do seu corpo?

— Hum...não. Por que?

— Então isso vai ser engraçado._ Sorriu boba e me puxou pra fora da mansão._ Foi mal , mas vamos ter que fazer isso! Vai ser uma notícia de primeira! Danny vai adorar isso._ Estalou os dedos enquanto sorria. _ "O nerd maromba que não sabe andar de skate!"

— Peraí, o quê? Eu não vou fazer isso. _ Ela me levou pra um lugar onde ela guardava os skates e me entregou um. _ Acha mesmo que eu vou fazer ?

— Por uma recompensa, sim!

— Argh, o que eu ganho ?

— O meu coração. _ Oh, que coisa fofa, ela nem sabe o quanto é fofa!

— Ora, eu já tenho o seu coração. _ Pisquei os olhos. Eu não entendi bem, mas ela enfiou a mão na minha cara sem mais nem menos.

— Você vai tê-lo oficialmente. Mas só se for engraçado, e não adianta roubar._ Colocou as mãos na cintura desafiadora.

— Ah, entendi! Sendo assim, tudo bem. Você vai filmar?

— Sim, Danny precisa de uma notícia. _ Sacou o celular do bolso.

— Essa notícia não presta, você sabe. E quem é esse Danny?

— É um gay lá da escola, metido a jornalista . Vive com uma câmera na mão a procura de fofocas.

— Hum...pelo menos ele tem planos pro futuro._ Tentei subir no skate mas vacilei.

— O que quer dizer com isso?_ Vish, o que eu falei de errado?

— Nada.

— Você tá dizendo que eu não tenho planos! Você nem me conhece, como pode tirar conclusões sobre isso?! _ Jogou o skate no chão e entrou furiosa.

— Elisa!_ Implorei indo atrás dela._ Foi só um comentário. _ Agarrei seu ombro.

— Mas me afetou. Por que realmente... Eu não tenho plano algum para o futuro. Odeio a escola, não consigo estudar..._ Baixou a cabeça.

— Você só tem dezesseis, ainda tem muito tempo. _ A puxei para um abraço, mas ela não retribuiu, só ficou quieta. Parecia pensar.

Eu aproveitei o momento pra ver mais uma vez a tatuagem dela. Levantei a barra da blusa dela e pude observar melhor aquela linda fênix no fim das costas dela.

— Quando foi essa tatuagem?_ Ela se afastou e me olhou.

— A fênix. Não te interessa!_ Me deu um tapa no tórax e subiu as escadas.

— Aí! Eu tô curioso, não vou parar de perguntar até você falar!_ A segui.

— Ok._ Entrou no quarto e bateu a porta.

— Elisa! _ Bati na porta._ Elisa!_ Continuei batendo._ Caramba! Abre essa porta, eu sei que você não aguenta muito tempo. _ Começei a chutar a porta e logo ela foi aberta.

— Você é muito chato, sabia?_ Me encarou encostada no portal. _ Não vai entrar?

Deu espaço e eu entrei.

— A tatuagem é bonita, fica bem em você, mas qual o significado dela?_ Me sentei em sua cama.

Ela bufou e se sentou na cama com as pernas em forma de borboleta.

— Era meu aniversário de quinze anos, uma data importante pra qualquer garota, até mesmo pra Elisabeth Henderson. Eu não queria festa, nem viagem, nem presentes. Eu queria passar o dia com meus pais, só um dia! É pedir muito? Um dia em casa com sua filha! É uma coisa simples, mas eles não conseguiram._ As lágrimas escorregaram de seus olhos e a raiva estampava seu tom de voz._ Eles deixaram presentes e uma passagem pra Paris. _ Ela tentava segurar o choro, mas falhava.

— Se não quiser continuar não precisa, tudo bem!_ Me sentei a sua frente com as pernas de borboleta e coloquei as mãos sobre seus joelhos.

— Eu quebrei tudo aquilo e rasguei aquela passagem! Saí pelas ruas sem rumo e me embebedei, à noite eu não consegui ficar mais de pé, meu corpo estava acabado, eu estava louca, queria morrer, mas só consegui vomitar. Em algum momento eu desmaiei e acordei ainda tonta num estúdio de tatuagens. O tatuador me ajudou, me deu remédio, foi muito gentil comigo. Eu contei a história daquele dia pra ele e pedi mais um favor, uma tatuagem que me representava. De acordo com ele, eu sou uma fênix, por que sempre acabo botando fogo em mim mesma, me transformando em cinzas, mas depois volto a queimar com mais intensidade sem me machucar. Ele não era lá muito inteligente, mas entendi o significado disso._ O sorriso invadiu seu rosto e me senti aliviado.

— Entendi. Gosto de você sorrindo._ Alisei sua bochecha.

Aos poucos fomos nos aproximando e pude sentir sua respiração que se recuperava do choro.

— Vou estar sempre com você. _ Sussurrei próximo da sua boca.

— Hummm._ Gemeu e eu apertei meus lábios contra os dela.

Como reflexo seus olhos se fecharam e eu aprofundei o beijo segurando sua nuca, com a mão livre a puxei pela cintura pro meu colo. Seus braços me apertaram e a puxei pra mim, mas sem aviso ela se afastou.

— Ok, Arthur! OK! Eu sou sua._ Há, venci! Ela é minha. Ouvi isso mesmo?

— Sério isso?_ Segurei seus ombros.

— Eu não vou repetir._ Abracei aquela louca e ela sorriu com o aperto.

— Vou contar pro seu pai._ Dei um selinho nela e me levantei indo pra porta.

— Vou com você. _ Foi atrás de mim.

Encontramos Logan na cozinha tentando fazer um café. Ele nunca desanima, sempre com um sorriso na cara.

— Pai, precisamos conversar. _ Anunciei. Sim, eu estou chamando ele de pai. É uma brincadeira nossa, eu sou seu filho agora!

— Hum? Claro!_ Se virou pra gente.

— É que eu e Elisa estamos namorando a partir de agora. Tudo bem pro senhor?

— Hã? Namorando? _ Seu tom era de surpresa.

— É._ Confirmei naturalmente.

— Hahahaha ! Sabia! Eu não sei por quê, mas senti alguma coisa entre vocês dois. Que bom que ainda não estou ficando louco ! _ Passou por nós e me deu um tapinha nas costas. Ok, eu sabia que seria fácil, mas não esperava essa reação.

— Pronto. Agora vamos fazer alguma coisa legal?

— Eu tô meio cansado, Elisa. Vou pro meu quarto._ Minha mente estava girando. Alguma coisa tá errada.

— O que foi Arthur? Você não parece bem.

Coloquei uma mão na cabeça e pude responder.

— Tô tonto..._ Meu corpo pesou e eu desabei.

Elisa

Arthur deu uma recaída, se eu não estivesse lá ele estaria agora com a cara no chão.

— Vamos Arthur. _ Puxei seu corpo pra tentar levá-lo até o quarto. _ Cara, você é um peso! Me ajuda aí.

Fui me arrastando com ele até a sala, por que até o quarto não dava não. Deixei ele no tapete da sala e ele gemeu um pouco.

— Aí! Você não vai acordar não meu filho? _ Balancei ele.

Gente, o que tá acontecendo aqui? Tô ligada que o negócio é sério.

— Hum?_ Hum? É isso que ele diz depois de ter desmaiado?!

— O que foi isso?

— Não sei ué. Eu me senti tonto e puff, não vi mais nada._ Ele fala como se fosse engraçado. Sim, é um pouco, mas deve ser sério. Ninguém desmaia assim, do nada.

— O que a gente faz?

— Eu tô bem, não se preocupa._ Se levantou com dificuldade, ainda parecia tonto.

— Tem certeza?

— Sim._ Se ele diz que está bem, então tudo bem.

[...]










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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler ! Beijos, até a próxima !



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