As Linhas Que O Destino Escreveu (Anjos e Humanos) escrita por Háryta13


Capítulo 10
Ethan


Notas iniciais do capítulo

Oi, aqui estou eu de novo com um capítulo foda ! Vocês vão amar, e descobrir algumas coisas . Ignorem os próximos capítulos, ainda não estão revisados e nem na ordem, obrigada ! Aproveitem e boa leitura !



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Ethan, dia 28 de Março de 2014
Sexta-feira

Acordei com meu celular tocando, era a Melissa.

Falaí

Ethan, o Victor foi pego pela polícia e está numa viatura agora! _ Sua voz era de pânico.

O quê? Onde vocês estão?

Na casa dele. A Lucy tava trazendo drogas e armas pra cá e a polícia seguiu ela! Victor disse que era tudo pra ele e me defendeu, então a polícia levou os dois! Salva eles por favor.

Cara, como a Lucy é burra. Aí, não dá pra fazer nada não.

Por favor, Ethan! Tira eles da cadeia.

Não dá! _ Desliguei.

Desinfeta caramba! Ela quer que eu vire super herói agora? Não vou buscar o Victor na cadeia nem morto, ele que saia sozinho.

Minha barriga começou a roncar e adivinha! Não tem nada pra comer aqui.
Ah, mas você pode ir no mercado comprar umas coisinhas.

Não, eu não posso, por que não tenho dinheiro!

Conclusão.

Vou ficar com fome, por que não posso sair agora pra bater carteira.

Me joguei no sofá de qualquer jeito e coloquei os braços na cabeça.

— Ahhh! _ Gritei bem alto, vai que essa vida era só um pesadelo, eu ainda tinha esperanças de acordar. _ Que inferno!

Me levantei cambaleando e fui até a geladeira, onde tinha um restinho de água, que eu tomei em um gole. Tirei a camisa e deixei no chão mesmo, ficando só de calça jeans . Uma das coisas que eu mais gosto é ficar sem camisa, sei lá, é bom.

Fui ao banheiro, molhei o rosto e escovei os dentes. Me olhei no espelho, e, cara! Como eu tô feio! Que magreza é essa? Eu tô sem comer a quanto tempo? Ok, tô pouco me fudendo pra aqueles policiais, vou roubar sim, por que é assim que eu faço pra viver! E por que eu tô falando toda hora hoje?

Mas antes vou fumar um cigarro, por que né. Tirei um dos três que sobraram no meu bolso, coloquei nos lábios e acendi. Elisa não gosta que eu fume, mas é difícil, eu comecei com isso e agora não consigo parar. Ah, e por que eu não tomei banho? Por que eu não tô afim.

Ok. Agora vou sair! Terminei o cigarro e vesti uma camisa. Vou pra um bairro mais próximo, a pressa é muita!

A procura de um velhote-rico-distraído-com-a-carteira-cheia-de-grana começa agora!

Hey, hoje tá fácil! Avistei um tiozinho de terno, com um daqueles negócios de atender chamadas no ouvido e uma maletinha, na mão, é claro. Vai ser esse daí!

Olhei pra todos os lados possíveis procurando algum carro de polícia, mas tava limpo, então cheguei no cara.

— Aí tio, passa a carteira e esse negócio do ouvido também! _ Ele não reagiu, será que pensou que é brincadeira? _ Passa tudo que tiver aí.

Dei um empurrão meio muito forte nele e então começou a esvaziar os bolços. Saí correndo quando ele finalmente colocou aquele negócio massa do ouvido e o celular nas minhas mãos. Enquanto corria guardei a carteira e as outras coisas nos bolços. Epa, uma sirene.

Polícia.

Me enfiei em qualquer beco e encontrei uma lixeira grandona.

O que eu fiz?

Entrei dentro dela e me escondi de baixo dos sacos de lixo, mas aí peguei em alguma coisa que não cheirava nada bem. Virei os olhos e tentei ficar o mais quieto possível.

— Era o ferrugem com certeza. Quando o cara disse cabelo ruivo e magrelo eu soube! _ Quem é esse? Só pode ser o Jason! Aquele policial piscicopata, um dia eu mato esse cara.

O Jason parece que saiu da prisão, tem bomba no corpo todo e na cabeça só tem vento, é mó retardado. Ele tem uma parceira gostosa, sei lá o nome dela, Sky? É, isso mesmo!

— Vamos olhar nesse beco aqui, ele é esperto, deve ter se escondido. _ É, eu sou muito esperto, podem me dar o meu troféu agora.

Eles fussaram em tudo no beco, mas não me encontraram.

— Vamos Jason, perdemos muito tempo aqui. _ Quando disseram isso, escutei o carro partindo e então esperei um pouco.

Saí do lixo e corri pra casa da Elisa. Por que? Sei lá, eu queria ver ela. No caminho olhei dentro da carteira e...porra! Quanta grana! Esse cara é o quê, um SHAKE árabe? Dava pra pagar o aluguel do galpão, encher a geladeira e ainda comprar umas roupinhas novas, já que as minhas já estavam bem rasgadas.

Quando cheguei no bairro das mansões, (sei lá como se chama) corri mais rápido ainda e fui pro fundo da casa da Elisa, aí eu subi na sacada do quarto dela, entrei e deitei na cama. Acham que é fácil? Pois eu tô suado e cansado! Tô nem aí se o pai dela me achar ali, é só eu correr ué.

— Ethan! O que tá fazendo aqui bostão? _ Elisa abriu a porta e me viu estirado na cama dela.

— Ah! _ Fingi dor._ Eu tô atirado! Que bom que tá aqui! _ Fiz uma caretinha e olhei com cara de cachorro pra ela.

— Nossa Ethan, por que não disse logo! _ Disse vindo pra perto. _ Onde foi?_ Parecia preocupada mesmo.

— Foi nada._ Dei aquele sorriso de moleque e puxei ela pra cima de mim.

— Pff, nem acreditei mesmo._ Virou os olhos enquanto se equilibrava em meu peito.

— Você caiu feito um patinho! _ Acariciei seus cabelos desde o couro cabeludo até as pontas.

— Se você chegar aqui atirado de verdade eu não vou acreditar.

— Você tem que me ajudar mesmo que seja mentira. _ Fiz aquela básica voz sedutora.

— O que você quer?

— Sua companhia, só por hoje! _ Passei minha mão livre na bunda dela e ela colocou os joelhos ao lado do meu corpo.

— Para, Ethan! Eu tô namorando.

— O quê que tem? _ Não é minha culpa, a mão que é muito boba.

— Não tem nada, só tô te contando mesmo. O Andy ficou meio puto.

— Ah, e quem é o cara?

— Arthur._ Caralho!

Soltei uma gargalhada e ela me olhou séria.

— O nerdinho? Oh, olha..."Vou fazer o meu melhor!" _ Imitei ele. Eu não conseguia parar de rir cara.

— Ok, ele é nerdinho, mas o que tem de errado? Ele pode me concertar._ Ficou ereta e colocou as mãos na cintura.

— Concertar? Você quer ser concertada??_ O que ela tá falando plmdds!

— Não é isso, quero dizer que...

— Nem precisa explicar, já entendi tudo! Você vai ficar com o seu "namoradinho" o tempo todo, vai esquecer seus amigos e vai virar aquelas garotas que você odeia! "Ain, o meu namorado é mais fofo que o seu!", "O Arthur vai me levar pra um jantar romântico, nossa, vai ser mágico! "_ Imitei a voz daquelas coisas que são chamadas de garotas_ "Nós vamos estudar juntos amanhã ..."_ Fui interrompido.

— Eu não vou fazer isso, Ethan! Eu não sou qualquer garota, esqueceu?

— Você é uma garota! Você.É. Garota. Acontece isso se você for garota, e você é!!! _ Ah não! Ela não tá fazendo isso!

— Agora você tá sendo machista! _ Me empurrou e eu segurei os pulsos dela._ O Andy disse isso e agora você! Achei que o Ethan era o cara que sempre me apoiava, o cara que sempre tava comigo! Como você disse, eu sou uma garota, só quero ser como uma. Por que não posso Namorar? Vocês vivem pegando garotas por aí! _ Bateu as mãos no meu peito.

— Só não quero perder você como amiga._ Entrelacei nossas mãos e nossos olhares se encontraram.

— Ethan, nós sempre vamos ser amigos. Desencana, sai do meu pé! O que deu em você? _ Levou a mão até os meus cabelos.

— Fome. Tô com fome._ É claro que não era só fome, eu fiquei com medo. Na verdade foi ciúmes, mas vamos fingir que é medo, porque não admito isso nem pra minha consciência.

Ela sorriu da minha situação e me abraçou com carinho colocando o rosto no vão do meu pescoço. Isso ela sempre vai me dar e eu vou dar a ela, esse carinho. Senti uma lágrima escorrer do meu olho e ela viu.

— Por que tá chorando?_ Me olhou preocupada virando seu rosto.

— As coisas estão difíceis. Me desculpa por isso._ Limpei aquilo no meu rosto e sorri.

— Você pode chorar Ethan. Eu sempre chorei perto de você, não tem problema._ Se afastou e bagunçou meus cabelos. Por que fiz isso? Eu disse que nunca ia ser fraco perto dela.

— Tá chegando o dia que minha mãe morreu, tá difícil viver assim, eu só tenho você o Andy e o Victor._ Sempre sou eu que a consolo, mas agora...

— Entendo. Se quiser, eu vou ficar com você lá no galpão.

— Eu não faria isso com você.

— Cara, você precisa de uma namorada então! Tá muito carente, eu hein. _ Ri um pouco. _ Mas chega de tristeza, né?! O canal do Andy chegou a um milhão de inscritos e ele tá vindo pra gente comemorar, você veio em boa hora!_ Nos sentamos na cama.

— Ah, legal, legal! Isso vai ser oh_ Fiz Joinha com as mãos. _ Muito bom.

Ela riu e me puxou pra fora do quarto.

— Só tem nós três aqui, então pode ficar a vontade. _ Disse se sentando na bancada da cozinha.

— Como vai a escola?

— Normal. Alexy continua aquela praga e passa o dia todo se esfregando no Andy._ Nós rimos.

— Quando você vai acabar com ela de vez?

— Na formatura, talvez. _ Fez cara de pensativa.

— Hum, é uma boa. Mas muita coisa pode acontecer até lá.

— Verdade...mudando de assunto, como você fugiu do reformatório?

— Dei o meu jeitinho. Sou burro, mas também sou esperto!

— Você não é burro, só tem dislexia. E eu que nem consigo prestar atenção nas aulas por causa da hiperatividade. _ Que coisa hein, todo mundo tem problema nessa bodega!

— Pior é o Andy que tem problemas com as qualidades.

Elisa

— O que tem eu? _ Disse Andy entrando na cozinha. Ele tem a chave daqui.

— Oi Andy!_ Dissemos em coro._ A gente tá falando sobre nossos problemas. _ Completei.

— Ah, Ok, Ok! _ Ele se sentou. Parecia animado. _ Essa semana foi um casal no orfanato que queria uma criança grande pra cuidar de seus três filhos, ou seja... eles queriam uma babá! Hahahaha.

— Isso era pra ser uma piada?_ Perguntei.

— Eu achei engraçado. _ Retrucou.

— De onde você tira essas coisas, hein?_ Disse Ethan com o rosto entre as mãos, parecia entediado.

— Ué, aconteceu de verdade._ Nós dois olhamos pra ele. _ Ah, vocês lembram da Juliet?

— Sim, aquela japonesinha fofa, né? _ Disse Ethan raciocinando.

— Andy era gamado naquela garota, e era minha única amiga._ Cara, a Juliet era muito legal, eu lembro muito bem dos momentos que passamos.

— É. Eu tô procurando ela. Quero falar com ela de novo...

— Vai direto ao ponto. _ Interrompi.

— Ele quer dar uns pegas nela, é isso._ Ethan safadão.

— Poxa, tá todo mundo falando isso! Tá, eu quero ajuda.

— Ok, pode ser. O que quer que a gente faça?_ Ele quer começar uma busca?

— Nada, é só ficar de olho, talvez vocês a encontrem por acaso.

— Tá bom._ Dissemos em uníssono.

Arthur chegou na cozinha, beijou meu pescoço e disse "Oi" pra todos.

— O que estão falando?_ Perguntou se sentando.

— É a segunda pessoa que pergunta isso hoje._ Disse Ethan se preparando pra levantar._ Chega de conversa e vamos comer alguma coisa

— É, ainda não comi nada.

— Nem eu.

— Também.

— Já que estamos em quatro vai ter que ser um banquete._ Ethan parecia animado pra cozinhar.

— Eu como pra três.

— Por que? Tá grávido, Andy?!_ Debochei e Ethan segurou um riso.

— Tenho que comer pra mim, pro meu cérebro e pros meus músculos, dã!_ Disse fazendo caretas nada normais e nós caímos na gargalhada.

— Músculos só na tua imaginação, cara! _ Ethan estapeou as costas de Andy sem segurar os risos.

— E você seu magrelo? Não pode falar nada!_ Se defendeu.

— Eu tenho meu charme... e meu cabelinho de anjo._ Jogou os cabelos querendo seduzir.

— Os dois são irresistíveis, agora vamos comer alguma coisa._ Cortei aquele papo evitando olhar pra cara do Arthur.

— Eu não tenho grana!_ Ethan foi o primeiro a se pronunciar.

— Não sei cozinhar. _ Disse.

Andy fingia dormir, então sobrou pro Arthur.

— Pode começar Arthur.

— O quê? _ Perguntou confuso.

— A cozinhar.

— Ah, eu não.

Depois de muita discussão Arthur aceitou fazer nosso café da manhã. Enquanto ele preparava tudo sozinho eu, Ethan e Andy conversávamos tranquilos.

— Ethan._ Chamei e ele desviou a atenção pra mim._ Onde você tava antes de vir pra cá?

— Numa lixeira.

— Que direto._ Andy comentou.

— Quer tomar banho?_ Perguntei.

— Posso?_ Coçou a nuca.

— Vamos._ Chamei e ele veio me seguindo até meu quarto._ Nem vou perguntar o que tava fazendo no lixo.

Ele sorriu sem mostrar os dentes e eu abri a porta. Ele ficou parado no meio do quarto enquanto eu pegava uma roupa que ele tinha deixado aqui uma vez.

— Valeu._ Pegou as roupas e entrou no banheiro.

Enquanto ele tomava banho me deitei na cama e encarei o teto.

— Será que fiz certo? Eu amo mesmo o Arthur? _ Pensei alto, é tão confuso.

Eu não consigo ficar muito tempo parada, então comecei a balançar minhas pernas no ar enquanto tentava agarrar meus dedinhos com as mãos cantarolando uma música. Logo Ethan saiu do banheiro e eu me sentei olhando pra ele que tinha lavado o cabelo.

— Nossa, acho que essas são as melhores roupas que eu tenho no momento._ Disse se olhando no espelho.

Sorri fraco.

— Você tem uma escova aí?

— Na cômoda. _ Apontei e ele agarrou a escova de cabelo.

— O Victor foi preso. _ Disse tranquilo penteando o cabelo.

— Você tinha algo pra falar com ele?

— Nada de importante._ Ele colocou a escova na cômoda. _ Vamos.

Quando chegamos na cozinha Andy e Arthur estavam no maior papo, risos pra cá e pra lá, e isso me fez pensar qual era o motivo de tanta animação.

— O café tá pronto._ Anunciou Arthur quando nos viu.

Nós comemos bem e fomos nos divertir. Passamos o resto da manhã na sala de jogos e depois resolvemos fazer um churrasco pro almoço.

Os meninos me convenceram a grelhar os vegetais e os hambúrgueres enquanto eles cortavam os pães.

Durante todo o dia nossas conversas foram animadas e Arthur conseguiu se enturmar.

— Aqui já tá quase pronto._ Falei enquanto virava um aipo.

— Nós já terminamos. _ Gritou Andy.

Eu ajudei a montar os sanduíches e logo pudemos comer.

— Elisa, eu não gosto de cenoura, você quer?_ Andy segurou a cenoura que tirou de seu sanduíche na minha frente e eu assenti.

Ele se inclinou e colocou o pedaço na minha boca. Arthur observou toda a cena com os olhos apertados, acho que ficou com ciúmes. Eu mastiguei sorrindo pra ele que retribuiu parecendo mais tranquilo.





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Notas finais do capítulo

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