"Acordava sorrindo do seu lado, você me olhava e dizia eu adoro seu cabelo enrolado..."

Eduarda sentiu seus fios vermelhos serem acariciados, ela tremeu quando percebeu que estava deitada na cama de Lucas.

JL: Bom dia!

Du: Bom dia... - ela se espreguiçava na cama, se soltando dos braços confortáveis de seu amigo.

Eduarda ajeitou seu cabelo, levantando-se da cama e indo em direção ao banheiro.

Não queria que acabasse! Gosto tanto da nossa amizade..., Lucas sentia que pudesse acabar sua amizade com Du, ele estava temeroso. Pensava que ela podia se distanciar, de não agir mais como bobos quando estão à sós e virassem escravos do amor. Ele não entendia porquê tinha tanto medo. Era o quê ele queria... Ficar com ela! Mas ele queria continuar rindo feito bobo com ela, fazer babaquices, ele queria continuar sendo amigo dela, mesmo eles não sendo só isso.

"... Quero ouvir que nada vai mudar,... E o silêncio é só pra nos provar, há uma nova chance pra nós dois..."

Eduarda sai do banheiro e percebe o olhar longe de Lucas, ela não era mais só sua amiga, mas continuava o conhecendo como ninguém.

Du: Qual foi, lek? - ela enxugava seus cabelos molhados, de frente pra ele, enrolada numa toalha.

Lucas: Não, nada não... É só que,... Du! - ele lhe chamou - A nossa amizade não vai acabar por isso que rolou aqui, né? Não quero perder tua amizade...

Du: Relaxa, lek. Se preocupa não... Não é porque agora a gente se pega, que a nossa amizade vai acabar. - ela lhe sorriu, e Lucas a correspondeu.

"Você me diz que nada vai mudar, que o silêncio é só pra me provar, há uma nova chance pra nós dois..."

A rebelde sai de seu lugar, e vai até Lucas, e lhe dá um abraço carinhoso, sorrindo.

"E se eu te abraço eu não consigo mais soltar..."

Lucas: Eu te amo muito, tá? - Eduarda fechou seus olhos, querendo eternizar aquele momento. Ouvir um eu te amo de Lucas, não era fácil. Ela só não sabia em quê sentido ele falava. Eu te amo de amor, ou eu te amo de amizade?

João Lucas sabia que aquilo que ele falava era verdade. É verdade! Ele amava Eduarda. Ele ama Eduarda. Ama incondicionalmente. Desde o primeiro dia que ele a viu. Ele ama

Assim, sem pontos, nem vírgulas. Só ama.

Eu te amo

Du: Eu também te amo, lek! - ela se solta do abraço. - Preciso ir! Pensa em nós? - ele sorri em resposta.

"... E agora ouço a sua voz, me pedindo pra pensar em nós, mas eu nunca parei de pensar..."

Eduarda chegou em casa, abriu a porta, dando de cara com Natielle. Ela suspirou, e foi em direção ao quarto, mas antes de abrir a porta, Natielle lhe chamou.

Natielle: Du! - ela se virou para encará-la - Nosso pai tá feito louco atrás de você! Ele disse que vai dar um fim nessa tua amizade com o tal do filho do comendador, só avisando.

Du: Eu sou maior de idade, escolho quem EU bem entender para andar. Ele não vai tirar o Lucas de mim! Avisa pra ele.

Isaac: É mesmo, senhorita? Já que tu é maior de idade... Tá na hora de sair da aba dos pais, né? - ela desejou morrer ao ter que discutir com seu pai agora.

Du: Tu tá me expulsando da minha própria casa? - ela o olhou.

Isaac: Se não vai andar na linha, tô sim! É só o primeiro aviso, tu tem uma semana pra acabar com essa amizade! Ou, rua...

Eduarda não lhe respondeu mais nada, abriu a porta de seu quarto e a bateu com força.

Ela não ia abrir mão da amizade com Lucas, eles podiam dizer o que quisessem. Não ia abrir mão! Ela se deitou na cama, pegando o fone de ouvido e colocando uma música pra ouvir. Selecionou o aleatório. Pensando em sua vida, no que havia acontecido...

Para o seu azar, o seu celular também não estava a seu favor. O aleatório escolheu céu azul para que ela ouvisse.

"...E desligo o rádio quando a música me lembra o que eu quero esquecer..."

Ela acaba ouvindo a música, ao se lembrar dos inúmeros momentos com Lucas. Acabou sorrindo.

Na casa dos Medeiros, Marta bate na porta de Lucas, que dormia.

Marta: JOÃO LUCAS! Abre essa porta, meu filho. - Lucas acaba acordando, pedindo pra quê ela entrasse.

JL: Quê que foi, agora? To cansadão! - Marta lhe olha, desconfiada.

Marta: Cansado de quê?! Eu vi muito bem você chegando cedo ontem, parecia que estava com a cabelo de fogo, lá.

JL: Mãe não enche! O que você quer?

Marta: Desça para tomar café! Seu pai quer falar com você. Tem cinco minutos pra estar lá embaixo! - ela fecha a porta, saindo do quarto.

Tava muita paz pra ser verdade... Droga!

João Lucas chegou na mesa de café, e todos o olharam.

JL: Que foi? O que eu fiz dessa vez?

JA: Nada ainda, mas vai fazer. Pronto pra trabalhar lá na empresa?!

JL: QUÊ? - ele lhe olhava, confuso com as palavras.

JA: Meu filho, eu percebi que esses dias você está mais caseiro... Andando lá com a cabelo vermelho, que por sinal é uma ótima companhia, já que está te tirando desses teus rolês por aí... Porque você não toma jeito de uma vez, e começa a trabalhar na império?

What? Quê?

JL: Pai... Eu não levo jeito pra isso!

JA: Meu filho, você vai aprendendo aos poucos... E aí, vai ou não vai?

JL: Não sei, dá um tempo! - ele saiu da sala de jantar, indo em direção ao quarto.

Tomou um banho, rápido, e pegou seu celular.

Du - contato

Whatsapp

"Oi Du, beleza aí? Tô precisando falar cntg"

O coração de Eduarda disparou quando ouviu seu celular apitar. Era o toque do Whatsapp, abriu a janela de notificações e teve certeza que era Lucas.

"E ai, lek! Cola aqui na praça"

Tava com saudade, e nem faz tanto tempo que a gente se viu..., ele disse em pensamento.