Amando um amigo escrita por Lay


Capítulo 12
Dor


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/589457/chapter/12

Eduarda suava, as dores aumentavam cada vez mais. Sentia sua costela quase quebrando. As pontadas na barriga, eram constantes.

Lá estava ela, sofrendo novamente. Depois de seus filhos lhe darem um descanso no mês de seu casamento com Lucas, eles voltaram a fazê-la sentir dor um mês depois. As cólicas continuavam. Sua gravidez, que já estava sendo difícil, agora piorava. Parecia que nestes últimos meses, havia piorado tudo.

Du: Ai Lucas! Tá doendo demais... - ela reclamava, ao apertar a mão de João Lucas que estava ao lado de sua cama de hospital.

JL: Calma, Du... Respira! - ele estava aflito.

João Lucas se desesperava cada vez mais. Depois de sentir dores fortes durante a noite, Du foi levada para a maternidade, mas o médico que a acompanhava, o informou que os bebês não nasceriam naquele momento. O útero estava fechado, não havia como fazer o parto. Ele via Eduarda sofrer e sofria com ela. A dor a sufocava, porém, Lucas deu graças a Deus pela melhora de Du, nas horas passadas.

Ela iria passar a noite no hospital, e Lucas, velava seu sono em seu lado. Ele depositou um beijo em sua testa. Um beijo estalado. Um sinal de carinho. A porta se abriu, e revelou o rosto de dr Marcos, que chamou João Lucas.

JL: E aí, doutor, meus filhos vão ficar bem? E a Du? - ele o perguntou, logo que saiu do quarto onde sua esposa dormia, serena.

Marcos: Senhor, os bebês entraram em sofrimento. O estado é grave! O líquido amniótico secou.

JL: Dá pra traduzir?

Marcos: Sim. Seus filhos estão sufocando! - Lucas entrou em desespero, deixando lágrimas caírem.

JL: Cara... Salva eles, por favor... Eu te peço! Ninguém nunca foi tão importante pra mim assim como a Du e meus filhos são. Por favor, cara. Salva eles!

Marcos: Estou fazendo o possível.

Marta: Faça o impossível! - a imperatriz surgiu atrás de Lucas - Eu quero meus netos e minha nora sã e salvos, sem nenhum arranhão! Faça o possível e o impossível! Dê graças a Deus que meu marido não está mais entre nós, porque se estivesse, eu nem imagino o que aconteceria com vocês caso acontecer alguma coisa com a Eduarda ou meus netos! - disse, autoritária.

Depois de horas com o alivio. A dor se diminuía, aos poucos. As pontadas, mais leves, sem tanto peso. Du sentia algumas dores em suas costas, mas ela considerava aquilo uma fichinha comparada as dores que antes sentia.

Ela estava sentada na cama, pronta para receber alta do hospital em que estava internada. O parto estava marcado para daqui à duas semanas.

JL: Tem certeza que não tá sentindo dor nenhuma? - Lucas perguntou, preocupado.

Du: Tenho, cara. Tá tudo bem! Só aquelas dorzinhas chatas nas costas, mas não é mortal. - ela riu.

Meio da magrudada, silêncio, Eduarda e João Lucas dormiam. Ela acorda, suando na cama. As pontadas, que antes eram horríveis, viraram quase insuportável. Ela respirava descontroladamente, quando sentiu algo sair de si. Ela olhou pra baixo e viu um líquido vermelho escorrer por suas pernas, encharcando o colchão. Percebeu que a bolsa havia estourado e logo depois, sentiu uma pontada forte, que a vez gritar.

Um grito de desespero, dor, acordou João Lucas, e a família que dormia nos quartos ao lado. Lágrimas escorriam de seu rosto, seu cabelo vermelho, colado em suas costas pelo suor. Foi assim que ela chegou na maternidade, sendo levada para uma sala numa cadeira de rodas.

Suas forças sendo testadas para colocar dois seres pra fora. O útero ainda não estava aberto. Era preciso fazer a cesariana, mas tamanha era a teimosia de Eduarda, que insistiu em um parto normal.

Tentavam cortar, a todo vapor, mas o medo foi maior dos médicos, ao poder se arriscar a um ferimento.

João Lucas, do lado de fora, teimou em entrar para a sala de parto. Ele queria ajudar sua esposa. Sentia uma imensa dor em vê-la sofrer. Ao entrar na sala, e ao saber que finalmente havia se aberto o espaço suficiente para os bebês saírem, o soro começou a fazer efeito dentro de Eduarda, a dando força. Ela apertava os bracos de Lucas, chorando desesperada, gritando a plenos pulmões. Lucas, ao ver sua Eduarda naquela situação, pôs-se também a chorar.

Começou-se a roxear os bracos de Lucas, de tanta força que Eduarda colocava. Por mais que ela se pusesse a fazer forças, seus bebês não davam sinais de vida.

Os médicos avisaram para parar. Não iria ajudar. A força que Du fazia, era insuficiente. Precisava de mais. Mas não conseguia. De onde tirar forças? Ela gritava e chorava.

Se o parto continuasse, só ia fazer a futura mãe sofrer, junto com seus filhos que estavam dentro dela, sofrendo, sufocando. Ela se desesperava ao pensar isso. João Lucas, já não sabia o quê fazer. Ele pediu aos céus, a Deus, em desespero, para que salvassem sua pequena família.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Lekinhos vem aí! Que sofrimento, que sufoco, hein Du? Obrigado pelo carinho, gente. Beijo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amando um amigo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.