João Lucas sentiu o perfume de Eduarda em seus braços. Olhou-a e pôde ver seu rosto. A maquiagem borrada. Já não existia mais cor em sua boca, os lábios inchados. Ele sorriu quando percebeu o porquê de tudo aquilo. Olhou mais para baixo e viu sua barriga. Seu barrigão. Um bebê estava crescendo ali, dentro de Du, e ele é o pai. Eduarda era dele, seus filhos, que ainda nem tinham nascido, também eram dele.

Ele ouviu Du tentando se espreguiçar, mas estava tão colada nele, que tentava se mexer, sem sucesso.

Du: Cara, isso tudo é amor? - ela riu, abrindo os olhos.

JL: Eduarda, logo cedo e você convencida assim? Puta que pariu, viu. - ele lhe soltou, e Du o beijou.

Du: Bom dia pro marido mais lindo e gostoso da face da terra! - ela disse, irônica.

JL: Nossa, bom dia! - ele lhe sorriu.

Du: Viu? Eu não sou tão convencida... Tô até te dando essa moral! Não se acostuma que eu não vou ficar falando isso sempre.

JL: Hum, tá, tô sabendo... - Lucas percebeu o olhar de Eduarda na mesinha da cabeceira da cama, que em cima, havia uma bandeja de prata com uma farta refeição de café da manhã com uma rosa do lado - Gostou?

Du: Isso é pra mim? Puta que pariu... - ela pegou a bandeja, sentando-se na cama e começando a comer - Tô morta de fome! - ela disse, de boca cheia.

JL: Dá pra perceber... - Lucas sacaneou, e ela riu, jogando um travesseiro nele.

Du: Aí, Lucas... - João Lucas olhou em seus olhos - Ótima sugestão, a de ontem...

JL: Gostou? Eu também adorei... Tu manda muito bem, Du, na cama... - Eduarda corou.

Du: Cala essa boca, cara. Eu sei disso!

JL: Continua convencida... Só eu mesmo, pra te aturar! Além de gostoso, lindo... - ela riu.

Du: Depois eu que sou a convencida! Cada uma, viu... Lucas?

JL: Hum?

Du: Tu não tem que ir pra Império, não?

JL: Tenho! Ainda bem que tu me lembrou, senão, é capaz da coroa vir me buscar com o cinto! Do jeito que ela tá... - ele começa a se vestir.

Du: Também, não é pra menos... A dona Marta tá carregando o peso do mundo nas costas! - Lucas saiu, indo em direção ao banheiro.

Eduarda descia, acompanhada de João Lucas, a escada de sua casa. Ele na frente, e ela atrás, apoiando seus braços no ombro dele. Os recém-casados foram em direção à família, que estavam sentados na mesa do café, saboreando a mesa farta.

JL: Bom dia família querida! - disse, animado.

Du: Bom dia! - seus cunhados, a responderam em coro.

Marta: Feliz, João Lucas?

JL: Você nem pode imaginar o quanto, mãe. - Lucas estampou um sorriso enorme em seu rosto - Mas e aí, vocês não vão pra Império?

JP: João Lucas responsável? - o tom de sua voz, irônico.

JL: Claro, agora tenho três bocas para alimentar, Pedro!

MC: Como assim, três bocas? - Eduarda a olhou - Oi? São? São dois? SÃO DOIS?

JP: Dois bebês? Gêmeos?

Du: Sim, são dois...

Marta: Vocês não sabiam? Ah, e eu que pensei que meus filhos eram inteligentes... - eles gargalham.

JP: Vamos para a empresa?

MC: Vamos!

JL: Tchau, minha linda. - ele se vira pra ela - Ó, vai deitar... Não faz muito esforço, não. Qualquer coisa me liga e chama o Silviano. Silviano?

Silviano:Sim, senhor Lucas?

JL: Fica de olho nela! - ela revirou os olhos - Tchau tá?

Du: Tá... - Lucas a beijou, largando sua cintura e indo à Império.

Eduarda queria que sua vida fosse sempre assim... Sorrisos, alegrias... Ela queria ser feliz com seu marido, seu amigo, parceiro.

Ela o ama.