Família Dixon escrita por Andhromeda


Capítulo 12
Você vai sentir tanto a minha falta quando eu me for, Daryl Dixon!


Notas iniciais do capítulo

Oie gente!
Primeiro, gostaria de agradecer por todos os comentários que o cap. anterior recebeu, foi uma coisa instantânea – quase assustadora – e pode ter certeza que li cada um e vibrei!! Céus, todas aquelas palavras me deixaram um tanto convencida, mas fiquei tão feliz de saber o tanto que vocês gostam de “Família Dixon”, que obriguei os meus amigos – menos os que conseguiram fugir pela tangente – a ler todos eles =^.^=
Ainda não posso acreditar!
Vocês são a melhor coisa que já me aconteceu – meu momento “eu posso ser fofa”!!!
Um obrigado muito especial as minhas lindas; Shay Cruz e bDixon. Pelas recomendações, nem pude contar quantas vezes já as li – sério, foi uma coisa meio obsessiva – e amei cada uma delas.
E mesmo que as tenha respondido individualmente, estarei dedicando esse capitulo a vocês...
Espero sinceramente, que gostem – e se não gostarem ,mintam =U.U=

P.s: Quando escrevi esse capitulo estava de TPM – sim, Deus em sua infinita sabedoria me abençoou com isso – e sob forte influencia de chocolate (substancia extremamente alucinógena).
Então, sejam gentis!

Esse é enorme, p/ distrair no feriado de vocês e compensar pela demora -U.U-

(Ah, estou respondendo os comentários aos poucos...)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/589353/chapter/12

Todo mundo olhou – sutilmente – para Daryl e Beth, quando entraram no refeitório. Não era como se não tivessem escutado a briga do casal, mas o melhor que podiam esperar era que seus anfitriões ficassem de boca fechada.

O caçador ficou perto da porta e arrastou os pés, sem jeito. Não tinha chorado em um longo tempo, e havia se esquecido dos efeitos colaterais – as mãos tremiam e sua garganta estava em carne viva. Beth também tinha derramado algumas lagrimas – seu rosto ainda estava manchada, os olhos vermelhos e inchados – mas ainda assim, sorriu quando o encarou.

A loira foi direto ate a Sra. Parks e ofereceu ajuda com Judith, porém, a idosa recusou. A bebê tinha a cabeça recostada em seu ombro enquanto brincava com o cordão da mulher, seus olhinhos pesavam de sono, no entanto brilharam quando viram a Greene. Beth passou a mão carinhosamente pelos cabelos ralos da menina e sorriu.

Daryl sentiu um tiro de algo quente através de suas veias. Era pior do que qualquer droga que já havia usado em sua vida, porque ao contrario de todas as merdas que Merle convenceu-o a fumar – e em raras vezes injetar. Isto o fazia se sentir vivo, e o melhor: limpo.

Não invente merda, Dixon. Mas já era tarde demais, bem sabia.

Beth sentou-se novamente a mesa e estendeu a mão em sua direção, o caipira só hesitou por um instante, logo entrelaçou os dedos com os dela e foi sentar ao seu lado. Tentou não pensar em como era boa a sensação da mão pequena e delicada na sua, ou no corpo quente e macio que se apoio no seu de um jeito quase displicente. De alguma forma, a Greene havia aproximado ainda mais suas cadeiras – sua cabeça agora descansava em seu ombro e os fios sedosos, arrepiavam sua pele toda vez que o tocava.

Também tentou não pensar que grande parte dele não estava tão incomodado com o contato quanto deveria.

Com um sorriso inocente demais para alguém que já havia derrubado uma garrafa de Tequila, Beth colocou um copo com uma dose generosa de Uísque a sua frente e depois virou seu próprio copo.

– Isso não é água – advertiu.

– Sim, Sr. Dixon – ela levantou a cabeça e o encarou, apesar de suas palavras aparentemente sóbrias, seus olhos azuis estavam enevoados pelo álcool e seu rosto ruborizado, um sorriso fácil brincava em seus lábios.

O caçador teve uma vontade do inferno de beijá-la, sentir seu gosto e descobrir de uma vez por todas se era tão bom quanto imaginava, mas se controlou.

Essa garota ta fodendo com a minha cabeça.

– Cara, você falhou como marido e ser humano – Sean disse para ele, do outro lado da mesa – como sua mulher não teve uma bebida antes?

As palavras rudes saltaram ate a ponta da sua língua – estava frustrado demais com seus pensamentos para ser “sociável” – porém, Beth respondeu por ele. Talvez por medo da sua resposta, afinal, ela o conhecia bem demais.

– Daryl não teve culpa – o defendeu – meu pai nunca permitiu que eu e meus irmãos bebêssemos, quando éramos pequenos, dizia que a bebida poderia cegar.

– Bem, acho que ele não estava de todo errado – disse Miranda com um sorriso matreiro – a bebida nos deixa mais...

– Permissivos – ajudou Jessie, quando a morena não encontrou a palavra certa – quando tomei meu primeiro porre, beijei um garoto chamado Billy Simon – parou para tomar um gole da própria bebida, e talvez ganhar um pouco de coragem para continuar a historia – na hora, juro por Deus e todos os Anjos, ele era lindo – deu mais um trago na bebida – no dia seguinte encontrei o garoto, estava sóbria e não o reconheci de inicio – a garota gemeu como se a simples lembrança causasse dor – Senhor, ele devia pesar uns 200kg, tinha espinhas pra todo lado e ainda era gago.

– Todos nós já fizemos algo que nos envergonhamos, querida – disse Maurice, que estava ao lado da ruiva – coloque a culpa no álcool.

A voz do garoto era exageradamente gentil e complacente, como se Jessie tivesse contando sobre a morte de um ente querido – ou uma tragédia traumatizante – e precisasse desesperadamente de consolo.

– É isso ai – raiou Miranda e levantou o copo em um gesto zombeteiro antes de beber.

Daryl sorriu – uma coisa demasiadamente rápida – em seguida, afundou de volta em sua habitual meia carranca. O caçador não estava exatamente bêbado, mas gostava da sensação de satisfação e simplicidade que o álcool lhe dava, ainda estava consciente dos mortos do lado de fora do portão e a saída mais próxima e segura, mas também estava relaxado de uma forma que a muito não ficava.

– Eu vi – gritou Jessie, a ruiva levantou da cadeira e bateu palmas como se tivesse ganhado na loteria – o homem sabe sorrir – e apontou para o arqueiro.

– Não se acostume – Beth declarou, sua voz tinha uma meia risada – Daryl só sorri pra coisas de homem, como dez pontos fanfarrões ou flechas novas.

Algo havia mudado entre os dois. Ele já não a via como a filha inocente do fazendeiro de quando se conheceram – a que cortou os pulsos para chamar a atenção e que provavelmente não sobreviveria 3 dias naquela porra de mundo. Mas como um igual, é claro que Beth Greene nunca seria cruel, ou impiedosa – era gentil demais para isso – no entanto, existia força em sua bondade. Inferno, a menina o tinha salvado e mantido a Bravinha segura por quase 1 semana.

Já ela, não o olhava mais com cautela – como se ele fosse uma bomba relógio – e o clima entre os dois era mais leve, a ponto de permitir uma brincadeira inocente e sorrisos compartilhados.

– Homens... – suspirou Miranda, o que lhe rendeu um debate acirrado com Sean, sobre a idiotice masculina, ou qualquer merda desse tipo.

O grupo não perguntou muito sobre Daryl e Beth, embora fosse óbvio que todos eles estivessem morrendo de curiosidade. A Greene foi responsável pela maior parte da conversa, enquanto o caçador só dava algumas respostas curtas – quando diretamente abordado.

Sentia-se estranho cercado de pessoas novamente, havia se acostumado a contar apenas com a companhia da loira e a bebê. Ainda não confiava naquele grupo – talvez nunca confiasse – porém, seus instintos lhe diziam que deveria tentar.

Em algum momento da conversa, Beth colocou a mão em sua coxa – um maldito gesto inocente, pois o tocar era uma coisa normal para ela – e o caçador sentiu-se enriquecer.

Inferno. Ele não estava indo para ter a porra de uma ereção em uma sala cheia de gente.

Levantou abruptamente – o que fez a loira perder um pouco do equilíbrio e encará-lo com aqueles olhos de corça que o fazia desejar coisas.

Sem uma explicação, foi para o outro lado do refeitório e encarou as grandes janelas de vidro. O Sol a muito já havia morrido no horizonte e o caçador ponderou que no dia seguinte teriam um dia quente pra cacete – considerando a quantidade de estrelas no Céu.

Manteve seus olhos o mais longe dela que pode – mesmo quando sentia o olhar de Beth sobre si, tão pesado que queimava em sua pele. Inquieto, o caçador começou a mastigar a ponta do polegar – uma mania tão antiga que nem se lembrava da época que não a tinha – se recostou em um dos armários próximo ao fogão e deixou que a conversa a sua volta penetrasse na sua mente – na tentativa desesperada de ignorar a loira meio embriagada e sua risada doce.

A bebedeira estava afetando o grupo lentamente e cada um reagia de uma forma. A ruiva era uma coisinha elétrica que falava muito alto e gesticulava com as mãos a todo momento. O garoto – Maurice – tinha um jeito lento e sorria a cada suspiro. A encrenqueira sorria como o irmão, mas não parecia estar tão bêbada quanto deveria – considerando o tanto que já tinha entornado. Sean era o único que aparentava estar tão sóbrio quanto Daryl.

– Como vocês se juntaram? – perguntou Beth, tinha os cotovelos sobre a mesa e o queixo apoiado nas mãos entrelaçadas.

– É uma longa historia – disse Sean.

O australiano estava relaxado, com o braço sobre o encosto da cadeira de Miranda – que tinha a cabeça apoiada em seu ombro e uma das pernas em cima da coxa do homem. Mas diferente de Beth, sua posição parecia muito intima e seu olhar... satisfeito.

Daryl se lembrou de uma vez ter visto esse mesmo olhar em um documentário na TV, ele pertencia a um tigre que cercava a sua presa – dando uma falsa sensação de segurança – antes de cravar as suas garras no seu pobre corpo ingênuo.

Sorriu interiormente. O maldito homem nem saberia a merda que o atingira.

– Miranda tentou me matar – disse Sean, com um sorriso lento.

– Não foi assim – a morena negou.

– Se me lembro bem, você ate rosnou – ele riu ainda mais quando a mulher o beliscou nas costelas – droga, mulher – remexeu-se ate conseguir segurar as mãos dela – Ranger teve que tirar aquela maldita bala da minha perna.

– Foi um tiro de aviso... – ela tentou se defender.

– O assassino do Presidente Kennedy deve ter dito a mesma coisa pra CIA – cantarolou Maurice, sempre disposto a irritar a irmã.

– Cale a boca.

Beth começou a rir – acompanhada de Jessie que gargalhava de uma forma nada elegante. O som musical entrou em suas veias – Daryl tinha certeza – e provocou um formigamento que se localizou bem ao Sul, especificamente, no seu...

Merda. Trincou os dentes e fez um esforço monumental para mudar a porra do rumo de seus pensamentos.

A cinco metros dele – como um anjo salvador, ou apenas um bebê com time perfeito – Judith arrulhou e estendeu a mão em sua direção. Sem precisar de outro sinal divino, o caçador foi em sua direção e com um aceno de cabeça, pegou a garota dos braços da Sra. Parks.

Era um gesto natural para ele nos dias de hoje. Embalar a bebê em seus braços e brevemente distrair-se – como sempre – pela forma como ela se encaixava lá. Nunca precisou tentar, nunca tinha sido estranho.

Era só... instintivo.

Judy recostou a cabeça em seu ombro, enquanto uma das suas mãozinhas brincava com a ponta da orelha dele – era uma coisa que ela tinha começado a fazer nas ultimas semanas, independente de que fosse Beth ou ele que a fizesse dormir.

Bem, pelo menos era um indicativo de quando a garota estava disposta a capotar – pensou.

– Conte a historia toda, se não vou ficar parecendo uma maluca homicida – ralhou Miranda.

– Você é uma maluca homicida! – acusou Maurice, com mais entusiasmo do que deveria, considerando o olhar mortal que sua irmã lhe lançou.

– Um dia, Maurice – a morena sibilou como uma cobra – você irá agradecer de joelhos por ter uma irmã como eu.

O garoto apenas sorriu por trás da sua bebida, seus olhos brilhavam.

– Esses dois são como cão e gato – disse a Sra. Parks com um sorriso maternal.

– Ela esta mais pra um gato selvagem e briguento – disse Sean.

Ofendida, Miranda levantou a cabeça de seu ombro e o encarou. Uma mensagem silenciosa foi trocada entre os dois – apenas pela intensidade do olhar. O australiano remexeu-se na cadeira e a mulher sorriu – um sorriso lento e predatório.

– Bem, a historia – Sean parecia desesperado por algo que o distraísse, sua voz estava um pouco mais rouca que o habitual.

Daryl não pode impedir-se de ter um sentimento de simpatia pelo homem.

– Quando tudo isso aconteceu, eu estava nos EUA a trabalho – começou – criava búfalos na Austrália, em um lugar chamado Coober Pedy. Estava visitando uma fazenda por esses lados, mas essas coisas apareceram e fiquei preso no Aeroporto Internacional de Atlanta quando tentava voltar pra casa – distraidamente, sua mão que estava no encosto da cadeira, começou a brincar com o cabelo de Miranda – foi um maldito massacre – sua expressão era sombria, como se só a lembrança o pudesse transportar para o passado – homem, tinha crianças lá.

– Você fez o que podia – a voz da morena estava surpreendentemente gentil, se aconchegou ainda mais nele – talvez tenha sido melhor pra eles dessa forma, porque o mundo não esta muito melhor hoje.

– Ninguém merecia aquilo – sua voz carregava tanta culpa, que ate o caçador se compadeceu.

– Sinto muito – a voz suave de Beth, fez o caipira desgrudar os olhos do homem para encará-la – eu não queria trazer más lembranças.

– Sem problemas, pequena – Sean a tranqüilizou – acho que a bebida esta me deixando sentimental.

– Ou talvez seja a idade – ponderou Miranda, com um sorriso travesso.

– Menina... – advertiu o australiano, mas um sorriso suavizou sua expressão – bem, quando as coisas ficaram muito complicadas, eu piquei a mula e tive o prazer de levar um tiro da Miranda.

– De nada – disse a mulher, antes de beber mais um pouco.

– Eu e a Miranda somos da Carolina do Norte – disse Maurice, se serviu de mais uma doce de Uísque e recostou-se na cadeira – viemos pra Geórgia por causa da Temporada de Caça, era pra ser uma coisa de homens, mas a Miranda era um dos melhores caçadores do grupo, então o papai simplesmente ignorou o gênero dela – sorriu para a irmã – tem uns lugares bem isolado por aqui, tipo, ficamos por uns cinco dias caçando e a única coisa que pegava era o radio via Satélite do acampamento, e tinha tanta estática que nós o ignoramos a maior parte do tempo.

– Não fazíamos a mínima idéia da epidemia, claro que quando subimos pra caçar já tinha alguns rumores – contou Miranda – mas não era nada sério, só mais uma teoria de conspiração contra o governo – deu um sorriso sem humor.

– O primeiro walker que enfrentamos foi um Guarda Florestal – o garoto parecia ter envelhecido uns 20 anos, a despreocupação da juventude a muito esquecida nos dias seguros – ele estava sujo de sangue, mas um dos amigos do pai tinha algumas noções de Primeiros Socorros e quis ajudá-lo.

“Não foi legal, e antes que pudéssemos descobrir que precisávamos atirar na cabeça pra derrubá-lo, ele já tinha arrancado a garganta de dois de nós. Foi confuso e assustador, sabe? Poderia ter mais daquela coisa vindo pra cima da gente e se apenas 1 conseguiu aquele estrago, imagina 1 dezena”

– Descobrimos da pior forma que nos transformávamos em errantes depois que morríamos, se fossemos mordidos – diferente de Sean, as palavras de Miranda eram marcadas por uma aceitação mórbida – quando entramos naquela floresta éramos 7, mas apenas eu e o Maurice conseguimos sair.

– Quase desejei que não tivesse saído – o garoto deu de ombros – aquelas coisas estavam por toda parte, o mundo era um caos e nunca fui conhecido por ser forte, ágil, ou ate mesmo corajoso.

– Éramos uma equipe – a morena disse com veemência, como se as palavras fossem uma verdade absoluta e incontestável.

– Sei disso – o garoto sorriu – nosso pai era obcecado por caça, pesca e todo o resto – disse com reverencia e saudade – enquanto as outras crianças iam a Disney em suas férias de Verão, nós ficávamos no meio do mato, bebendo água fervida e usando uma moita como banheiro.

– Sabemos muito sobre técnicas de sobrevivência e estávamos nos saindo bem, ate que esse Australiano idiota apareceu – a morena cutucou as costelas do homem para enfatizar suas palavras.

– Também te amo, querida – ele devolveu, com um sorriso – o tiro não foi culpa dela, eu estava todo ferrado e parecia ter sido pisoteado por uma manada de búfalos selvagens.

Daryl se lembrou do tiro que Andrea tinha lhe dado e constatou que entendia bem a situação deles.

– Foi ate bom – tentou Maurice – considerando que foi por causa do tiro que fomos procurar ajuda e encontramos a Jessie, Ranger, Tommy, Liza e a Sra. Parks.

A ruiva que havia estado surpreendentemente calada durante todo o relato – provavelmente perdida em seu próprio passado – se pronunciou.

– Nós éramos visinhos – suas palavras ainda estavam enroladas, porém, sérias – só quando a minha vizinha da frente entrou no nosso quintal e esquartejou o cachorro, é que começamos a levar as coisas pra valer.

“O tio desligou a TV, pegos as armas e juntou tudo de comer que tínhamos pela casa. O plano era dar o fora da cidade – como todo mundo – mas a gente sabia que a Sra. Parks vivia no fim do quarteirão e que morava com os dois netos, não podíamos deixá-la pra trás, sabe? Não era certo!”

– Foi uma benção vocês terem batido na nossa porta – a idosa foi ate à ruiva e a abraçou com carinho e gratidão – Deus sempre coloca boas pessoas em nosso caminho.

O caçador olhou em volta e se perguntou como no maldito infernos aquelas pessoas tinham sobrevivido por tanto tempo.

Ainda existem pessoas boas no mundo. As palavras de Beth reverberaram por sua cabeça.

– Bem, acho que foi uma boa troca – Jessie sorriu – já que a senhora tinha um estoque de comida no porão e nós, armas...

– A vovó era uma cupom-maníaca – disse Lizza, ansiosa para participar da conversa de “adulto”.

– Era um pequeno vicio, poderia pagar 1 dólar em uma compra que normalmente me custaria 800 – a Sra. Parks sorriu com a indulgência de uma adolescente, seu rosto brilhava com orgulho e nostalgia – no fim do ano, sempre fazia um mutirão e doava tudo, mas era divertido.

– Ficamos lá por mais de 1 ano, mas era a fronteira da cidade e tínhamos que matar mais errante a cada dia – disse Sean – no fim, o grau de perigo não compensava e resolvemos sair.

– Encontramos esse lugar a uns 6 meses, ou quase isso – disse Maurice e soltou um bocejo.

– Nunca tiveram problemas com rebanhos? – Daryl perguntou.

Todos o encararam, alguns com curiosidade, outros com surpresa – Beth com um brilho estranho nos seus olhos de corça – e ele quase se arrependeu de ter aberto a maldita boca.

– Oh, sim – o australiano pigarreou – alguns, mas não depois que paramos aqui.

– Talvez o maior que já enfrentamos tenha uns 20, ou 30 mordedores – completou Mirada.

– O que tomou a fazenda do pai dela, foi o maior que já vi – tinha parado de beber desde que tinha pego Judy e provavelmente estivesse naquele estagio de pós-porre, onde falava sobre merda nenhuma com uma serenidade cômica, mas o fato é que sentia a necessidade de compartilhar algo com eles e talvez uma lembrança tão distante sobre o seu grupo não doeria tanto – derrubaram as paredes como se fossem de papel, tinha uma porrada deles e pareciam brotar de qualquer canto, no fim, a casa estava na chão – segurou o pequeno corpo da bebê que ressonava baixinho, mais contra o corpo.

Todos ficaram calados por alguns minutos, um clima pesado e triste se abateu sobre o lugar, ate que a voz de Jessie agitou a sala:

– Ok, tenho que perguntar – inclinou-se sobre a mesa, em direção a Greene e sorriu – como vocês se conheceram?

– Os deixe em paz, ruiva – advertiu Sean, apesar de sua expressão também demonstrar interesse pela resposta.

– Tipo, sei que o Sr. Dixon usava as suas terras pra caçar e tal – continuou a garota, ignorando o australiano – mas vocês são tão diferentes, que mesmo se encontrando todos os dias... sabe, são um casal estranho.

Beth o encarou com olhos enormes, depois os voltou para o copo em suas mãos. Daryl queria levar as palavras da menina a mau – a parte dele que odiava ser julgado, realmente conseguiu – mas não era burro, ou cego. Era só olhar para a Greene – com seus cabelos loiros e limpos, olhos inocentes e palavras doces – e ele – um caipira de 38 anos, sujo e desbocado – para se fazer a mesma pergunta.

Cacete. Nem mesmo ele acreditava que aquela mentira tinha dado tão certo.

– Vamos lá, estou morta de curiosidade – insistiu Jessie, quando o casal permaneceu calado.

– Cai sobre a minha própria flecha enquanto caçava – Daryl grunhiu abruptamente.

Uma expressão estranha atravessou o rosto de Beth; meio divertida – por causa das reações de incredulidade dos outros – e meio triste – porque ela tinha visto Daryl em sua loucura na busca de Sophia, sabia o quanto isso o tinha abalado.

– Como diabos você conseguiu isso?! – Sean perguntou.

– Uma maldita ravina – respondeu o caçador, como se apenas aquilo explicasse tudo – consegui me arrastar ate a casa, tinha sangue por toda parte – hesitou, olhou para Beth e em seguida, forçou-se a continuar – ela e Hershel cuidaram de mim... – soltou algo entre um sorriso e grunhido – ate mesmo com o rabo cheio de Morfina, quando a vi, achei que ela fosse um maldito anjo – surpreendeu-se ao perceber a veracidade de suas próprias palavras.

Jessie e Lisa suspiraram, enquanto os homens aplaudiram a sua ridícula tolerância à dor. Beth não tirou os olhos dele.

O caipira nunca tinha percebido o quão intenso o seu olhar poderia ser.

– E você, Beth Dixon – a ruiva direcionou toda sua atenção a loira – o que sentiu quando um homem ensangüentado caiu em suas terras?

– Bem, eu realmente não sei, nunca pensei sobre isso – a adolescente admitiu lentamente, observando Daryl à procura de qualquer tipo de ajuda, mas ele apenas deu de ombros quando Jessie bufou sem acreditar na declaração dela – Daryl assustou o inferno fora de mim quando o conheci, com a coisa dos grunhidos, palavrões e a besta, sério, ele a carregava a todo lugar que ia.

– Que fofo – a ruiva suspirou, sonhadora.

– Não é não, você é doente Jessie – disse Maurice, depois sorriu.

– Quando se apaixonou por ele? – a pergunta veio de Liza, que tinha os braços cruzados sobre a mesa e os olhos pesados, a menina estava ávida por um romance, pois vivia em um mundo em que contos de fadas não existiam.

– Essa eu também quero saber! – cantarolou Miranda.

Daryl queria rosnar para a maldita encrenqueira, mas estava ocupado demais tentando manter o seu nível de oxigênio enquanto esperava a resposta.

– Bem... – ela estava visivelmente constrangida com toda aquela atenção, porém, antes que ele pudesse interferir, a garota continuou – acho que foi a primeira vez que o vi segurando Judy – deu um sorriso tão doce que fez o coração do caçador errar algumas batidas – ele parecia tão encantado, como se todo o seu mundo girasse em torno dela – olhos azuis e intensos fitaram os seus – nesse momento, eu soube que iria ficar com ele pra sempre.

Daryl congelou com a verdade em suas palavras, e olhou para ela por debaixo de sua franja. A loira sorriu para ele – meio incerta – e seu coração parou por um segundo.

Tentou convencer-se que a sinceridade que percebia em seu tom era coisa da sua maldita cabeça, que era apenas uma historia para que os outros parassem de encher a porra do seu saco. Mas não deu certo, então justificou que quando ela havia dito que “iria ficar com ele pra sempre”, não estava querendo ficar com ele, mas com o grupo. Eles eram família, provavelmente ela diria a mesma coisa a respeito de Rick, ou Glenn. Porém, quando nada adiantou, o caipira resolveu apelar.

Ela é mulher. E Deus sabia que elas tinham pensamentos bizarros e agiam estranho, quando viam um marmanjo com um bebê.

– No inicio não sabíamos como chamá-la, porque todos os nomes que tínhamos eram das pessoas que perdemos – continuou Beth, suas palavras um pouco enroladas pela bebida, mas ainda compreensíveis.

Daryl lembrava-se da expressão desesperada de Carl listando os nomes. Começando com a menina que nunca teve a chance de se tornar uma mulher: Sophia. Então Carol, porque na época a tinham dado por morta. Andrea, Amy, Patrícia, Lori...

Ele derivou tão longe em seus pensamentos, que não ouviu Beth continuar a falar; levou uma risada alta de Sean para trazê-lo de volta a realidade.

– Bravinha? – perguntou, seu sotaque australiano fazia o apelido parecer estranho.

– Ela é – disse com firmeza e orgulho.

Por que era impossível para qualquer um com sangue Grimes não ser duro como o inferno, e Judith tinha os olhos azuis brilhantes de Rick para descartar qualquer possibilidade dela ser do miserável do Shane.

– Bem, acho que vou ter que deixá-los – disse a Sra. Parks – sou muito velha para noites de bebedeira – sorriu e se aproximou de Liza, que tinha os olhos quase fechados – vamos, minha querida, hora de dormir.

– Mas não estou com sono – gemeu a menina, ainda debruçada sobre seus braços cruzados, seus cabelos cacheados se espalhavam pela mesa a sua volta.

– Sim, mas amanhã será um longo dia.

Meio a contra gosto a garota levantou-se e arrastando os pés – se em protesto, ou simplesmente por sono – saiu da sala.

– Posso cuidar dela por essa noite, se você quiser – a idosa ofereceu a Daryl, se referindo a Judith.

– Não, posso me virar – ninou a bebê.

– Vai dar conta das duas – perguntou Miranda – porque, sendo a primeira bebida da loira, acho que ela esta um pouco alem de bêbada depois de derrubar duas garrafas.

– Não estou bêbada – negou a loira em questão, ofendida.

Porém todos sabiam: ela estava.

– Minha cabana é a primeira à esquerda, fica de frente pra sua – a senhora explicou – Tommy e Liza estão comigo, não precisa se preocupar.

Ele hesitou. Talvez tenha sido mais pela forma como a bebida estava confundindo a sua cabeça do que por confiança, no entanto, Daryl pegou-se assentindo e estendendo a menina para a senhora.

De qualquer forma – pensou – poderia muito bem pegar a menina depois que colocasse a Greene na cama.

Acompanhou com os olhos, a mulher bambolear para fora do refeitório. Ficou esperando o sentimento de pânico que sentia toda vez que estava longe de uma das duas – a reação que o fez vir atrás de Beth, inicialmente – mas nunca veio.

– Vamos – disse para Beth, a garota piscou como uma coruja e depois sorriu.

– Vai cuidar de mim, Sr. Dixon? – perguntou, inclinou-se sobre a mesa, seus olhos brilhavam como faróis.

Não havia malicia em suas palavras – apenas uma indicação de humor. Mas droga, ele era um maldito pervertido, e o efeito que a simples pergunta provocou em seu corpo o irritou a mesma medida que excitou.

O fato de todos no maldito refeitório sorrirem, por ser tão depravados quanto ele, só piorou as coisas.

– Vamos – repetiu, um pouco mais ríspido do que deveria.

A loira lhe lançou um olhar confuso, mas se levantou. Ouve um momento assustador, onde ela vacilou e quase caiu no processo, porém, logo aprumou o corpo.

Depois de se despedir de todos – Daryl com apenas um aceno de cabeça – saíram do refeitório. Beth andava a sua frente – cantarolava uma musica que ele não conhecia. Não aparentava o quão bêbada estava quando sentada, já em pé – e andando – os efeitos do álcool eram gritantemente visíveis. E quando ela tropeçou em nada pela terceira vez, o caçador passou o braço por seu ombro estreito e Beth – alegremente – envolveu a cintura dele para se apoiar.

O que podia fazer – perguntou-se – deixar a maldita menina cair e quebrar o pescoço?

Daryl não tinha notado, ate então, como a altura dela era perfeita – encaixava-se tão bem em seus braços. Também não percebeu o quanto ela era suave ate o momento de pressionar seu corpo esguio contra o dele.

Merda, merda, merda.Não ia lidar com aquela porra agora – talvez nunca.

Ainda estava ferrado, mas graças à bebida, seu corpo estava meio dormente e ele não tinha nem mesmo a maldita dor para se distrair.

– Pare um segundo – disse Beth, e como ela própria parou, Daryl não teve muita opção alem de acatar seu pedido – à noite esta tão linda... – tinha um sorriso doce, seus olhos miravam a Lua prateada acima deles.

Pra mim é a mesma merda de sempre – só precisava chegar ate à cabana, colocar ela na cama e ficar o mais longe possível, ficaria tudo bem, só precisava...

– Agora sei por que papai parou de beber – sua voz era lenta e baixa, o silencio da noite deslizava sobre eles como uma manta, dando uma intima sensação de privacidade.

– Senti-se mal? – sutilmente a persuadiu a continuar andando.

– Não, só gostaria de me sentir assim todo tempo, mas isso é ruim – explicou vagamente.

– Você é um bêbado feliz – porque claro que ela seria, mesmo quando o mundo era uma merda Beth encontrava algo bonito nele, algo brilhante para afastar todas as coisas escuras.

– Sim, sorte a minha – ela sorriu – algumas pessoas são verdadeiros cretinos quando bebem.

– É, sou um idiota quando estou bêbado.

Ela sorriu para ele, reconhecendo seu pedido de desculpa pelo drama que tinha feito há algumas horas atrás.

– Daryl... – já estava quase na sua varanda.

Algo no tom dela o fez parar. Beth mudou suas posições – agora a mão dela estava em sua cintura e o braço dele a sua volta – ficou a sua frente e levantou a cabeça para encará-lo com olhos surpreendentemente azuis a meio-noite.

O rosto dela ainda estava ruborizado, seus lábios entreabertos e inferno, ele pode não ter sido um Don Juan, mas era homem e sabia reconhecer o desejo nos olhos de uma mulher.

Nunca imaginou que alguém poderia parecer tão tentadora e inocente, ate Beth Greene cruzar o seu caminho.

– Ah merda, Beth, não – grunhiu – nós não vamos fazer isso.

– Por quê? – ela suspirou.

– Essa porra não vai dar certo – ele deu um passo a trás, mas a loira voltou a aproximar seus corpos – você esta bêbada.

– Um pouco, mas sei o que estou fazendo e não vou me arrepender – o caçador deixou que seu braço escorregasse de seu ombro e em resposta, ela pousou sua outra mão nas suas costelas e traçou a linha do seu colete de couro.

Apenar da camisa e colete, apesar da lei da física e todo o caralho a quatro, Daryl sentiu o calor das pontas dos dedos delicados em sua pele e involuntariamente, estremeceu.

– Essa merda de mentira esta subindo pra porra da sua cabeça oca, menina – sua voz se resumia a um rosnado vacilante.

– Você não me quer? – o caipira se perguntou se Beth tinha alguma idéia do convite que fez com essa simples pergunta.

Foda-se. Ele não era forte o bastante para isso.

Não quando ela o fitava com olhos grandes e inseguros. Não quando suas mãos pecaminosas e inocentes, ainda estavam no seu corpo. Não quando cada parte do seu ser, ardia de desejo por ela.

– Droga, sim... – respondeu com raiva, mas quando um sorriso lento foi se formando nos lábios dela, ele obrigou-se a terminar – mas não vai acontecer. Nunca.

Ela reagiu como se tivesse levado um tapa, sua expressão se obscureceu com dor, seus olhos encheram-se de água e suas mãos deslizaram do seu corpo.

Eles já não se tocavam e Daryl lamentou por isso – mais do que poderia imaginar.

– Você acha que não é bom o bastante pra mim, mas esta errado.

– Não sabe a merda que ta dizendo.

– Eu não sou criança, Daryl – ela rebateu – sei o que sinto quando me olha, Deus, por mais que tente ignorar, você também sente o mesmo.

– Você não sabe de nada, só esta atrás da porra de um romance de contos de fadas maldito.

– Porque você apenas não se permite... – o olhou com impotência – sentir.

Ah, ele se permitia, sentia a dor miserável da morte de cada pessoa que se importou em sua vida.

– Eu só tenho que manter a sua bunda segura – o caçador rosnou – não trepar com você.

Sabia exatamente onde acertar para causar o máximo de dano. Provavelmente ela o odiaria por ser um idiota, mas seria melhor do que corromper-la.

Mas invés de cair em lagrimas, sair correndo – ou ate mesmo mandá-lo para o inferno – como esperava, a loira o surpreendeu.

– Só gostaria de parar de imaginar como poderia ter sido – disse Beth, suavemente – eu não sou como você, Daryl – sua voz não passava de um sussurro – um dia eu vou morrer.

– Não – balançou a cabeça em negação.

– Vou sim – nenhum lagrima, nem raiva, apenas fria aceitação

– Pare – só queria que ela calasse a maldita boca, não queria pensar na possibilidade de um mundo onde ela não respirasse.

– E você será o ultimo homem de pé...

Então, antes que ela tivesse um instante para respirar, os lábios dele estavam colados aos dela.

Daryl não tinha certeza do momento em que soube que iria beijá-la – provavelmente foi algo que nunca soube, apenas sentiu.

Ele não foi gentil. Não agiu com violência, mas sua pulsação estava irregular demais, urgente demais, e seu beijo, desesperado.

Ele a teria forçado a entreabrir os lábios, se Beth não tivesse feito de boa vontade – também totalmente entregue. A boca dela era quente – maravilhosamente quente – a língua de Daryl penetrou e esfregou contra a sua. O gosto dela era doce, suave, com um leve toque de Uísque e mais alguma coisa que era inteiramente Beth.

Inebriante.

Umas das suas mãos a segurou pela cintura e deslizou por baixo da barra da blusa, ate que pudesse tocar a pela macia – a garota estremeceu. A outra subiu por sua coluna e puxou-a para mais perto, diminuindo a distancia entre os dois. A queria em volta, em cima e embaixo dele.

Inferno. Como a queria.

As mãos da loira percorreram – de fora hesitante – suas costas e repousaram suavemente em sua nuca. Ele sentiu a pele formigar quando ela o tocou.

Daryl podia sentir todo o corpo dela, cada centímetro. Ela era bem mais baixa, de forma que seus seios se moldaram a baixo das costelas dele e a coxa do caçador...

Estremeceu.

Sua coxa avançou entre as pernas dela e ele sentiu o calor que emanava dali – mesmo com as camadas de roupa que o separavam. O caçador gemeu – um som primitivo que era um misto de necessidade e frustração.

Não poderia tê-la naquela noite – nunca poderia – e precisava fazer aquele toque durar uma vida.

Beth gemeu, e o som entrou na sua veia como droga – forte e viciante.

Não importava mais o que estava certo – ou adequado – tudo que importava era que ela estava ali, com ele.

E que também o queria.

Os lábios do caipira se afastaram da loira e desceram por seu pescoço ate logo acima da clavícula. Sua mão avançou para a curva suava da nádega dela, puxando-a mais para perto, querendo que ela sentisse o latejar de seu desejo em sua virilha.

Então, de alguma maneira – nunca saberia como havia conseguido – Daryl se afastou.

Nenhum homem será bom o bastante pra minha menina. As palavras cortantes e antigas, vieram de um lugar sensato da sua mente. No entanto, elas não tinham sido ditas a ele – na época o caipira era apenas um espectador – mas a Glenn, quando Hershel descobriu que ele estava fornicando com a sua filha.

Ambos se encararam – respirações entrecortadas, pupilas dilatadas e lábios inchados. Ele foi o primeiro a quebrar o contato físico entre os dois e recuar.

Foi um erro. Ele soube no momento em que a tinha tocado, mas Puta Que Pariu, era um erro que doía por repetir.

Antes que pudesse dizer alguma coisa e estragar tudo – porque tinha certeza que o faria – a Greene sorriu e disse:

– Não foi um erro e eu não me arrependo – ela não o tocou, mas foi como se suas mãos estivesse envolvendo seu coração e seus olhos pudessem ver sua alma – oh, Daryl, você vai sentir tanto a minha falta quando eu me for – e com essas palavras proféticas, a garota o deixou.

Ele permaneceu no mesmo lugar por quase uma hora.

Oh, Daryl, você vai sentir tanto a minha falta quando eu me for

Sim, nunca tinha ouvido palavras tão verdadeiras.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, ele tem pegada?
Ah, quanto a minha net: Ela voltou, mas não sei como colocar senha no meu Wi-fi e estou passando por uma Guerra Interior – selvagem e sangrento – já que metade de mim quer dizer “foda-se” e ligar a internet, no entanto, a outra é terminantemente contra a alimentar o vicio da meninada sem vergonha que se amontoa na minha porta p/ roubar meu humilde – mais pra ruim e volúvel – wi-fi. Então, estou em um jejum auto-imposto, ate resolver esse problema...
P:s: Qualquer duvida, pode me perguntar, já que usei as “notas finas” p/ dar explicações pessoas e tal’s...

Deixe-me saber o que acharam – cara, essa expressão é realmente foda =^.^=