Ainda está escuro enquanto caminhávamos, os pontinhos luminosos dançavam em nosso campo de visão, o coelho ainda não tinha largado minha mão ou melhor meu dedo pois dizia que assim ele andava mais devagar, perguntei se ele queria uma coleira e ele não gostou da piada.

Parecia que aquele caminho nunca acabava, era uma imensa reta de arvores cintilantes que deixavam escapar pequenos feixes de luz da lua, até que sinto uma sombra passar por mim e fico meio apreensiva, ela passa de novo e dessa vez faz um “psiu” na minha orelha. Paro de repente, oque é isso?

–Esta tudo bem?- pergunta o coelho

–tem mais alguém nessa floresta além de nós... e esse alguém fez “psiu” na minha orelha- digo baixinho

O coelho olha em volta a procura de alguém e do nada sinto um peso em meu obro direito e fico tensa

–Olha, de todas as sucessoras da Alice você é a mais bonita até hoje- diz a coisa que ainda não tive coragem de ver em meu ombro com uma voz grave e firme.

–sabia que era você, seu gato sorridente metido a conquistador. Elena já pode abrir os olhos- diz o coelho.

Nem percebi que estava de olhos fechados, abri e olhei para o meu ombro e um gato aparentemente feito de fumaça estava me olhando com aquele grande sorriso de conquistador.

–Que eu me lembre na historia o gato não era metido a conquistador e o chapeleiro não tinha uma magia perante as mulheres- digo pensando nas palavras da lagarta.

–Mudaram um pouco ou muito a personalidade na historia para que ela ficasse mais na inocência infantil- explica o coelho

–O chapeleiro, não sei como consegue fazer com que todas as garotas fiquem ao seus pés, se fosse bonito poderia até ser- diz o gato com desdém- Querem conhece-lo tenho um chá marcado com ele e acho que ele gostara de ter você como convidada, quem sabe você é a garota que é destinada para ser dona do coração dele.

–Acho que tenho algum tempo-digo sem contem minha curiosidade para descobrir a tal magia dele- Não posso demorar, tenho que chegar ao castelo para sair daqui

–Você teria que passar por lá de qualquer maneira, é caminho- diz o gato

–então vamos, nos mostra o caminho?-pergunto ainda pensando quem seria o chapeleiro

–Claro linda, é só me seguir- disse o gato se desfazendo em fumaça e indo na frente

–Pare com esses elogios okay?-peço educadamente

–Não prometo nada linda- diz o monte de fumaça na minha frente

Seguimos nosso caminho