Tell me you believe in love escrita por lovejoshifer
– Mãe- sinto as mãos de Carter me chacoalhar- mãe eu tenho aula de dança.
– Ai merda- deixo escapar- desculpe que horas são?
– Nove, minha aula é as dez.
– Ta bom, já tomou café?
– Ainda não, mas James ta comendo cereal.
– Ótimo, pode ir já vou.
Tomo um banho pra tentar acordar mais um pouco, a rotina materna é uma coisa que eu odeio, sempre vivi sem rotina, destino e até em certos momentos preocupações, mas quando se tem filhos não se pode fazer isso.
– Uma xicara de café forte para começar mais um dia- brindo com James.
– Viva a cafeína.
– Verdade filho, Carter antes da aula vamos cortar isso que você chama de cabelo.
– Em casa?
– Não, claro que não. James você vai buscar a sua irmã depois da aula dela e aqui está o dinheiro do almoço, vou fazer o supermercado porque não tem nada pro jantar.
– Ok, quando termina a sua aula tampinha?
– As 14h00min, não se atrase.
– Tudo bem.
– Ta, pronta?- termino meu café.
– Sempre.
– Então vamos e James de um jeito no seu quarto.
– Já sei sargento.
Carter faz aula de dança um ano, ela é boa, não digo isso porque sou mãe dela digo isso porque quando ela dança toda a sua tensão e talvez um pouco de infelicidade sai , ela muda totalmente, fica disciplinada.
– Mães normais dirigem uma mini van a minha um carro blindado.
– É só por segurança, aperta bem esse cinto talvez eu tenha que correr um pouco.
– Tudo bem, posso ligar o radio?
– Nada de musica, cadê seus fones?
– ta aqui?
– Então use.
– Sim sargento Romanoff- deixo uma risada escapar, James me chama assim desde que contei pra ele que era uma espiã, ele tem um senso de humor parecido com o de Steve, puro e um pouco ingênuo.
– Eu vou ter que cortar o cabelo?
– Sim.
Quando a tesoura tocou nos cabelos dela realmente achei que ela ia começar a chorar, mas pelo contrario ela ficou feliz. Ter paciência nunca foi uma virtude minha, perdi várias missões no começo por falta de esperar o alvo e aprendi pagando com o corpo, literalmente, balas, facadas entre outros, mas hoje a espera valeu a pena, olho no espelho Carter com um ar mais maduro do que ela já tem mesmo só com treze anos.
Flashback On:
Uma menina é uma menina, droga.
Chego a casa e encontro Steve brincando com James, os dois pareciam estar se divertindo até eu chegar.
– Mãe- o pequeno loiro abraça minhas pernas e toca minha barriga de cinco meses, pequena, mas chama certa atenção- oi irmão.
– Irmã.
– Irmã?- Steve me pergunta.
– Sim, é uma menina.
– Nossa, achei que ia ser outro garoto.
– Eu também.
– Talvez seja uma menina bem loirinha brincando com o garotão ali- olho James jogado no sofá brincando, ele olha pra gente na cozinha por um tempo e sorri como me permiti colocar um filho no mundo e agora outro.
– Talvez- Steve me abraça firme, juntando nossos corpos- precisamos de um nome.
– Que tal Daisy?
– Daisy? Sério?
– Linda?
– Carter.
– Carter?
– É, acho que vai combinar com ela.
– Mas...
– Mas nada, eu gosto de Carter- dou um beijo demorado nele- minha pequena Carter.
Flashback off.
– Mãe?
– Sim.
– Gostou?
– Ta linda, quanto devo?
– 20.
– Tudo bem, Carter vai indo pro carro- Ela passa todo o caminho brincando com os cabelos, agora mais curtos.
– Me sinto mais leve.
– Deve se sentir mesmo.
– Meu pai vai ter um troço quando vir meu cabelo, ele sempre teve esperanças de eu ser loira.
– Mas você saiu ruiva, bem ruiva.
– Às vezes me sinto um morango- acabo rindo- mãe.
– Desculpa.
Carter se despede com um beijo na minha bochecha.
– Tchau mãe amo você.
– Também te amo, seu irmão vem te buscar não esqueça.
– Tudo bem, até mais.
Hoje em dia consigo dizer eu te amo para os meus filhos, mas a primeira vez que escutei foi de Steve, foi algo automático dele, não foi em nenhum momento romântico nem nada e me pegou totalmente desprevenida, às vezes não gosto de lembrar outras sim. Fazer o supermercado é uma tarefa horrível e me pergunto como as outras mães fazem até certo tempo meu principal cardápio era comida congelada e alguma coisa de restaurante, mas Steve ficou me atazanando dizendo que preciso alimentar as crianças melhor então aprendi a cozinhar pelo menos o básico, nosso ação de graças é sempre muito bom.
– Não é comum encontrar a viúva negra fazendo compras.
– Barton, oi- vejo um garoto loiro ao lado dele.
– Reconhece o pequeno Francis?
– Se o visse sozinha não, e como vai Barbara?
– Bem, vim comprar algumas coisas para o jantar e tirar o garoto das mãos dela.
– Imagino, eu também, Francis está com quantos anos?
– 16 e os seus?
– 15 e 13.
– Natasha Romanoff com dois filhos quem diria.
– E você, acho que nunca esperamos nada disso.
– É verdade, mas o pai dos seus não foi muito esperado.
– Rogers é verdade.
– NOSSA VOCÊ É CASADA COM O CAPITÃO AMÉRICA?- o garoto me pergunta.
– Eu era- corrijo- agora ele é casado com a agente treze.
– Ainda não acredito que ele te trocou por ela- Clint comenta.
– Ele não me trocou, bom eu não tenho nada a ver com a vida dele é só não se meter com os meus filhos.
– É, tenho pena de quando seus filhos tiverem relacionamentos, Francis já pagou os pecados com a mãe dele.
– Pai, eu vou dar uma olhada em outras coisas- o garoto parece envergonhado.
– Namorando muito Romanoff?
– Entre trabalho e filhos, encontros não tem chance.
– Agradeço por meu casamento ter dado certo.
– Agradeça Clint eu tenho que ir, foi bom te ver.
– Você não vai à reunião do Stark?
– Ainda não sei, mas se eu for te vejo lá.
A casa vazia é meu melhor momento, pego algumas e limpo antes das crianças chegarem.
“Mãe já estamos indo”- Carter.
Mas esses momentos duram pouco e a terra das mães me chama.
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proximo capitulo tera romanogers yay