Martelos e Espadas escrita por VPsero


Capítulo 1
Prefácio


Notas iniciais do capítulo

Meu amigo exclui a versão anterior desculpem



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- Jace! Martelo!
Era mais um manhã como qualquer outra na grande cidade de Valkaria (sim, a Cidade Sob a Deusa ). Naquela manhã minha ferraria ainda estava inteira.
Jace arremessou o martelo por cima da minha cabeça. Não são todos que confiam nele como eu confio( nesse aspecto ser um elfo não facilita), ele passou por maus bocados comigo. Peguei o martelo antes que ele acertasse a parede, mas acabei derrubando pelo que aconteceu depois:
- Fala aí seus bostas !- gritou Cez, batendo a porta atrás dele.
Cez é o irmão gêmeo de Jace, igualmente louco (acho que era a décima vez que pegava aquele martelo do chão )
- Completou a missão?- perguntei, enquanto entregava a espada recém-modelada para Jace.
- Claro- disse ele, jogando um saco de dinheiro na bancada- tá aí a minha parte da mensalidade.
- Encontrou algo interessante?- arriscou Jace, aquecendo a lâmina na brasa.
- Se você acha dragões interessantes- respondeu ele, amargamente, e mostrou a cicatriz recém-adquirida em seu abdômen- se aquela mulher não tivesse me encontrado eu com certeza ...
E foi aí que a sala irrompeu em chamas. Quando dei por mim estava no chão e a ferraria estava destruída, olhei em volta mas não consegui achar Jace e Cez. Levantei e olhei para a porta, uma figura enorme de armadura estava me encarando.
- Ferraria. Jazassack. E. Stains.- ele pronunciava cada palavra lentamente, saboreando-as como se elas fossem o sangue das pessoas que ele já matou.
O cara começou a rir, uma risada forte e medonha, o chão tremia a cada "Ha" que ele dizia. Não fiquei esperando, corri para o que sobrava do nosso armazém e peguei meu velho arco e uma aljava com umas 30 flechas. Outra explosão! Mas agora eu já estava preparado pra ela, puxei a flecha no arco, vi todas as brechas em sua armadura - pelo visto muito mal feita- e acertei o seu ombro esquerdo.
Em uma pessoa normal a flecha teria atravessado mas ela apenas fincou-se no seu ombro.
- Como. És. Tolo. Torui. Jazassack.- disse ele quebrando a flecha e sua ombreira com a mão.
Quando vi aquilo caí de joelhos, naquele momento tudo parecia branco e preto, entorpecido apenas pelo vislumbre daquela tatuagem que eu tanto temia, uma mão de esqueleto queimando uma moeda de ouro com magia.
- Ou. Deveria. Dizer. - sua mão foi circulada pelo fogo- Torui. Jazassack. Gna...
Antes dele terminar a frase Jace pulou pelo buraco no telhado e quando me tocou estávamos a 20 metros da ferraria. Eu caí de costas viradas para o chão, sinceramente odeio aquela merda de poder de teletransporte que eles têm. Mas naquela hora isso não importava, eu estava tão branco como um cadáver. Lembro de Cez aparecer com uma garota de capuz negro e perguntar:
- Você está bem?
- Aqui não é mais seguro- eu disse, me recompondo.
Sem mais perguntas eles concordaram e então corremos. Seguimos o labirinto de casas, que é Valkaria, por uns 15 minutos até chegarmos em casa. Pulei o cercado e peguei algumas coisas de valor- dinheiro e jóias - e então gritei:
-Jack!
Meu cão obedeceu imediatamente e me acompanhou até a porta. Seguimos agora mais calmamente em direção ao centro, devia ser 12:30 . Aquele tarde não era tão comum quanto a manhã pois a Cidade Mercante Voadora "Vectora" ( sei, grande nome) estava "pousada" na nossa cidade- o que era motivo de festa. Nosso plano era pegar uma carona para as terras mais ao norte. Mas como eu estava no meu dia ruim, já dava pra saber que não ia dar certo.
Quando estávamos à mais ou menos 500 metros do porto uma grande explosão levou o banco a baixo. Estávamos a uns 20 metros do banco então agachamos numa mureta.
Espiei por sobre a mureta e juro que nunca, mas nunca MESMO, me arrependi tanto na minha vida. No meio da multidão enlouquecida que clamava por socorro e gritava chamando a guarda real, quatro homens com armadura completa e mais um encapuzado caminhavam calmamente no meio do caos, intangíveis, como se nada tivesse acontecido. O meu olhar cruzou de relance com o do homem encapuzado e vi os olhos de alguém que já devia estar morto já faz tempo.
- Merda. Merda. Merda!- sussurrou Jace- eles abrirão os portos, Vectora já está partindo!
Eu estava tão distraído com a parte de ficar com medo que esqueci da parte de correr pra salvar a vida, que patético. A cidade já estava acima das nossas cabeças. Olhei para Jace e depois para Cez e disse:
- Vocês sabem que eu odeio isso.
Segurei Jack contra o meu peito e em um piscar de olhos estávamos na Cidade Mercante.


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