*Isabella*

Minha vida daria um diário e tanto. A começar pelos meus dons sobrenaturais que até aonde eu sei, são coisas que somente eu sou capaz de ter, e com isso, sou considerada uma pessoa um tanto quanto perigosa (mesmo que eu não seja como tal), e bem, sou alvo de muita gente que precisa de mim morta.

As coisas, porém, não param por ai, sou filha de um vampiro Original com uma humana que agora nada mais é do que uma vampira igualmente perigosa. Sou neta de uma bruxa (literalmente) que parece não ver a hora de me tacar no fogo do inferno. Acho que deu para resumir bem, não é mesmo?!

Ah! Já ia me esquecendo, tenho um namorado bastante peculiar também, Damon Salvatore, pelo o que me recordo ele foi o meu primeiro amor verdadeiro, e tem tudo para ser o último. Ficamos afastados por muito tempo devido a maldição que em mim foi selada, e ele acabou tendo sua alma ceifada retornando como um fantasma em minha vida.

É bem difícil de acreditar, eu sei, mas dêem um voto de confiança. Nada está tão ruim, que não possa de fato piorar, e alguma coisa dentro de mim gritava dizendo “Fuja enquanto é tempo”, mas como vou fugir de uma coisa que eu nem sei ao menos o que é?! A verdade é que desde o baile eu não consigo tirar a sensação de que a qualquer momento vou ser atacada ou qualquer coisa do tipo. Eu olho para as pessoas que me cercam e um aperto no meu peito parece se estreitar ainda mais. Quando estou com Damon isso fica ainda pior, eu foco em seus olhos e eles estão perdidos, a dor e a preocupação os assolam, e é bem nítido que ele me esconde algo, eu só não pergunto o que devido aos meus problemas maiores, como por exemplo, tentar juntar meus pais novamente.

—Isabella Petrova Mikaelson, você fez o que? – Minha mãe estava furiosa e eu não conseguia parar de rir de suas feições irritadas.

—Convidei o papai para sair conosco hoje a tarde. – Dei de ombros me fazendo de desentendida.

—Você não presta, garota. – Cruzou os braços. – Eu não irei com vocês, isso está totalmente fora de cogitação, nem morta piso fora daqui com Elijah.

—Morta você já está, então...acho que você não tem escolha, mãe, e outra, sou sua filha e preciso da minha família unida, ou você quer que eu cresça com traumas? – Argumentei.

Katherine revirou os olhos.

—Trauma, Isabella?! – Arqueou as sobrancelhas. – Isso é sério?!

Fiz cara de choro.

—Tá bom! Eu vou, mas não me peça para ser gentil, está ouvindo? – Apontou o dedo de forma ameaçadora.

Assenti e a abracei, ela devolveu o abraço e assim ficamos por um bom tempo.

*Elijah*

—Ora, ora, quem acordou mais cedo do que o previsto. – Meu irmão entrou no meu quarto com um sorriso do rosto.

—O que quer? – Fui direto.

—Soube que Katherina está de volta. – Cruzou os braços ainda com o sorriso no rosto, porém estava mais largo do que o normal.

—Voltou? – Me fiz de desentendido.

—Não seja hipócrita, Elijah, você só se arrumava desse jeito quando ia encontrar com ela, alguns hábitos não mudam. – Se aproximou. – Fico feliz que esteja reunindo sua família novamente, e antes que você me ameace eu não irei interferir novamente, tenho coisas mais importantes para fazer. – Apertou meus ombros.

—Eu espero de verdade que você se mantenha longe dessa vez, não hesitarei em arrancar seu coração ou enfiar uma adaga em seu peito caso se aproxime de forma ameaçadora da minha filha e de Katherina. – Devolvi o aperto saindo logo em seguida do quarto e da mansão.

Havia combinado com Bella de pegá-la na mansão juntamente com sua mãe daqui a dez minutos, logo, eu estava no horário correto. Peguei meu carro e segui até a mansão Salvatore onde uma cena fez com que um sorriso brotasse em meus lábios.

Katherina estava linda, radiante, brincava com os cabelos de nossa filha que abandonaram o liso e deu lugar as ondas definidas idênticas as da sua mãe. Ambas estavam bem vestidas e pareciam estar se entendendo muito bem. Uma cena que eu poderia ficar horas apreciando mas que eu deixaria para outra hora.

Sai do carro e rapidamente encontrei o olhar de Kath, costumava chamá-la assim todas as vezes que ia ao seu encontro, não demorou para que ela assumisse sua postura rígida e tratou de desviar a minha atenção para Bella que ao me ver veio correndo me abraçar.

—Bella, você não é uma garotinha. – Ri enquanto eu a apertava.

—Não importa, você é meu pai e eu sou sua filha única, logo, foda-se os padrões. – Me solta e começa rir.

—Vamos? – Ofereci o braço para minha filha e a mão para Katherina.

Isabella aceitou de bom grado, já Kath...bem não preciso nem dizer, não é mesmo?!

—Vá com calma, pai, não apresse as coisas. – Bella cochichou e eu assenti.

Passamos uma tarde um tanto quanto agradável, fizemos coisas no estilo família mesmo, tomamos sorvete, fomos no parque, conversamos, Bella nos contou sobre sua história com Damon e Kath e eu continuávamos a trocar olhares perdido, aquilo estava me matando, mas como minha filha recomendou, eu não iria apressar as coisas, se tivermos que ficar juntos novamente, ficaremos, sem pressão.

No fim do dia as deixei na mansão Salvatore novamente e voltei para a mansão, aproveitei que não havia ninguém para me encher de perguntas e fui para o telhado da casa, sentei-me ali e fechei os olhos com a imagem da minha Katherina em mente.

*Damon*

(N/A: Essa parte do capítulo é bem especial, eu meio que adorei escrevê-la e vai ser um momento fofo entre nosso casal, então galerinha deixarei o hot para um momento de fato mais quente, vou fazer essa primeira vez de forma carinhosa e cheia de sentimentos, afinal, eles merecem)

Bella tinha chegado a pouco tempo do seu passeio em família, Katherine estava dormindo na mansão no quarto da filha, mas devido a algo que eu não sei o que, ela disse que voltaria somente no dia seguinte. Não liguei, afinal, aquilo seria um belo pretexto para passar um tempo com a minha namorada.

Subi para o antigo quarto do Stefan e deitei-me na cama macia enquanto esperava por Isabella, resolvi pegar um copo de bebida e tirei meus sapatos deitando-me novamente na cama, fechei os olhos por alguns segundos sendo desperto logo em seguida por um simples selar de lábios.

—Surpresa boa. – Bella me encarou.

Seus cabelos estavam molhados, mas as ondas ainda estavam ali, seu pijama rendado deixava seu corpo ainda mais definido e sexy, seus olhos chocolates me encaravam e sua boca continha um sorriso, o sorriso mais lindo que eu já vi em toda a minha vida.

—Porque está me analisando desse jeito? – Ela perguntou corada.

Coloquei uma mecha do seu cabelo para trás e sorri.

—Você é linda, Isabella Mikaelson. – E a beijei.

Beijei com calma e com amor. Ela correspondera sem hesitar e logo ela já estava em meu colo, sua língua travando uma batalha contra a minha que parecia não ter fim, e de fato, eu não queria que tivesse, paramos somente quando o ar se fez necessário.

—Como eu amo você. – Toquei seu rosto gentilmente.

—Como eu amo você. – Ela sorria.

Voltamos a nos beijar de forma intensa, mas sem perder o sentimento que estava ali. Bella a medida que aprofundava o beijo, tirava minha camisa me deixando apenas com o jeans, eu não precisei pedir e nem fazer nada, Bella já retirava sua blusa do pijama revelando seus seios perfeitos.

Já tinha visto ela daquele jeito, mas de alguma forma, aquele momento era único, pois não estávamos transando por transar, estamos fazendo amor.

Livrei-me das calças e da cueca e Isabella fez o mesmo com seu short e sua calcinha, estávamos ofegantes e igualmente excitados.

—Você tem certeza? – Perguntei.

—Nunca tive tanta certeza na minha vida, Damon, quero ser sua da mesma forma que fui a 100 anos, quero sentir você por completo como nunca jamais quis sentir outra pessoa. – Ela me olhava com intensidade.

Apenas a beijei. Não havia palavras para descrever esse momento e eu não ligava para isso, eu a queria e ela me queria, não tinha motivos para não estarmos juntos, e sem medo tornei Isabella minha, de corpo e alma.

Para toda a eternidade.