Cursed escrita por Princesa Winchester


Capítulo 17
Chapter 17 - Love is hurt that hurts and does not feel.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas o/
Estão bem?!
O capítulo de hoje é bem especial, tanto que eu fiz ele com 2000 palavras (meninas que adoram capitulos grandes essa é para vocês ♥)
Atingi a marca de 70 leitores (as) (EBAAAAA!)
E eu gostaria muito de agradecer a todas as meninas que tiraram um pouquinho do tempo para mandarem um review para essa escritora depressiva aqui...obrigada mesmo vocês são 10 ♥
Boa leitura!



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Isabella

Após meu surto de raiva pela minha “querida” e “amada” vovozinha, Bonnie decidiu que seria melhor eu tomar um banho e dormir um pouco para que mais tarde eu pudesse conversar de forma aberta com Damon, e assim eu fiz.

Contudo, a medida que as horas passavam eu já não tinha mais certeza se falar com Damon seria a chave para os meus problemas, eu estava com medo...estava confusa, era um fato mais do que comprovado que eu nutria sentimentos pelo fantasma, e após a recuperação das minhas lembranças parecia que algo havia mudado, como se o meu coração começasse a sair do compasso todas as vezes que eu pensava em falar com ele.

Perdi as contas de quantas vezes ele me implorou para lembrar-me de nossa história, perdi as contas de quantas vezes beijei o Winchester com um certo receio em minha atitude, tinha medo de magoar o cara que tanto correu atrás de mim, o cara que tanto apostou as fichas em minha recuperação, o cara que até então nunca deixou de acreditar que um dia eu fosse voltar para ele.

A cada segundo que passa eu sinto meu ódio crescer cada vez mais por aquela cretina que se intitula como minha avó. Como pode uma pessoa ser tão má a esse ponto?! O que minha mãe era para ela?! Porque esse ódio todo?! E meu pai...porque acatou à ordem dela em se afastar de mim sendo que a mesma não hesitou em me deixar?!

Eu não diria que eu estou com raiva dos meus pais, e sim um tanto magoada, se eles sabiam que eu tinha dons o suficiente para bater de frente com a megera porque não apareceram?! Eu poderia ter protegido os dois, poderia muito bem estar com eles agora, poderíamos ser a família que eu sempre quis ter.

Com esses pensamentos, deitada na cama do quarto que eu estava dividindo com a Bonnie, as lágrimas não hesitaram em descer de forma grossa e necessária. Há dias eu estava tentando colocar meus sentimentos para fora, há dias que eu estava reprimindo as minhas lágrimas, tentando ser forte, tentando fingir que tudo isso ao meu redor é normal.

É um tanto quanto estranho pensar que a sua vida inteira foi uma mentira, que toda aquela fase com os Cullen não me serviu de nada. O drama que eu deveria estar vivenciando não era ser matar ou morrer, ou até mesmo “E agora?! Que ser sobrenatural está atrás de mim?!”,  e sim, coisas do tipo, “Qual roupa vou vestir hoje?! Será que aquele carinha lindo do colégio está afim de mim?”.

Bufei com esse pensamento.

Aquilo era ridículo. Ri fraco. Definitivamente viver uma vida fútil não era a minha meta de vida, não mesmo. É claro que eu gostaria de ter uma vida normal e tranquila ao lado das pessoas que eu gosto, que são poucas, mas como viver normalmente sendo que eu mesma não sou normal?! Quanta hipocrisia...

Eu poderia ficar horas aqui, pensando e discutindo comigo mesma sobre o que eu deveria ter feito ou não. Mas uma sensação gélida e forte estava tomando conta do lugar, eu já sabia quem era mas não disse nada até que o mesmo tomasse a iniciativa.

—Você está bem? – Damon deitou-se ao meu lado.

Fiquei em silêncio por alguns segundos somente pensando no que dizer.

—Não sei ao certo, as coisas estão vindo para mim de uma forma estranha e sem sentido, eu tenho que ficar buscando recursos para montar o quebra-cabeça, mas as vezes sinto que não tenho forças suficientes para continuar, como se as minhas chances de descobrir a verdade reduzissem a zero. – Falei depois de um tempo.

Damon encarou o teto, parecia escolher as palavras certas, no seu lugar eu também estaria, acabei de soltar o maior desabafo que eu já tinha feito desde essa maluquice toda.

—Entendo como se sente, sei que não foi nada confortável estar no corpo de si mesma e não poder tomar as decisões da Bella atual, mas sei que no fundo se você tivesse a oportunidade de escolher, talvez você teria escolhido não me conhecer. – Ele falou, parecia triste.

—Sinceramente?! Eu não mudaria essa parte da minha história, se eu tivesse tido a autonomia de decidir pelo meu eu de 1914 eu teria decidido conhecer você. – Me virei para ele o encarando. – Pode parecer estranho, mas eu me senti atraída por você antes mesmo de saber que tínhamos uma história.

Damon também se virou para mim e ficou me olhando com suas orbes azuis.

—Você sentiu isso porque de alguma forma sabia que tivemos algo. – Ele voltou a ficar com sua aparência triste.

Que droga! Porque ele não acredita em mim?!

—Não, isso não é verdade, Damon, eu te escolhi naquela época sem saber da sua existência, e te escolhi agora sem saber sobre a nossa história, te escolheria amanhã, ou depois, não importa, passe o tempo que for, eu sempre vou escolher você. – Falei notando logo em seguida o peso das minhas palavras, tinha acabado de me declarar para o fantasma em minha frente.

Um sorriso brotou em seus lábios e eu também sorri.

—Esperei anos para ouvir isso de você novamente – Ele suspirou apagando o sorriso de sua face – Mas você precisa saber a nossa história, você precisa estar ciente das coisas que você não viu.

—Pode me contar, não estou com pressa de nada, a propósito, gostaria de saber com detalhes o que aconteceu depois do nosso encontro na montanha, as coisas já estão começando a ficar claras, mas parece que nosso envolvimento funciona como uma peça chave para eu entender a maldição e tudo mais que nos cerca. – Me ajeitei na cama enquanto falava.

—E você tem razão, na época eu não sabia disso, mas depois com o tempo, eu fui notando e juntando as peças, a medida que eu te procurava e você sumia eu passei a entender exatamente o que havia me feito ficar assim, mas como eu já te disse, somente você tem o dom, tem a habilidade de me trazer para o plano físico, Bonnie já tentou, acredite, ela teve que recorrer magia negra, mas ainda assim nada ajudou. – Damon brincava com meus cabelos enquanto falava.

—Magia negra?! Tipo...coisa pesada?! – Senti um calafrio só de pensar.

Damon assentiu.

—Acha que eu vou ter que partir pra essas coisas?! Matar galinha... – Falei e Damon riu.

—Me lembra de falar para Bonnie a pérola que você acabou de soltar, ela vai rir até não querer mais. – Ele continuava rindo e eu lhe encarei feio.

—A única coisa que você vai fazer é me contar a nossa história, pode pular a parte da mata e ir logo para o depois disso. – Falei levemente incomodada.

Damon revirou os olhos e pigarreou.

—Vamos lá, depois da nossa tarde romântica assistindo ao pôr do sol – Ele me encarou sarcástico e eu fechei a cara revirando os olhos. – Depois daquilo eu fiquei de passar na sua cabana na madrugada, pois o batalhão todo já estaria dormindo então não vi mal algum dar uma fugidinha básica.

—Em um dia de encontro já estávamos indo um pra casa do outro? – Arqueei as sobrancelhas.

—Você não tem ideia de como estávamos atraídos um pelo o outro. – Ele suspirou olhando pro nada como se estivesse relembrando alguma coisa, senti uma ponta de inveja dele naquele momento. – Enfim, no mesmo dia da montanha, eu passei em sua cabana, conversamos mais um pouco e você acabou dormindo nos meus braços, quando amanheceu você ainda dormia e eu precisava sair, precisava voltar para o acampamento dos militares, sai de fininho e voltei para a base. – Ele deu uma pausa voltando a me encarar. – No mais tardar do dia, você foi a minha procura, foi algo um tanto impulsivo, mas você não tinha medo de nada, você era corajosa, ainda é. – Ele passou os dedos delicadamente pelo meu rosto.

Sorri fitando aquele homem na minha frente.

—Você entrou escondida na minha barraca, sua sorte é que eu estava sozinho, mas para o seu azar eu havia acabado de sair do banho e estava somente de toalha, lembro da sua cara envergonhada quando a tolha caiu. – Ele sorriu maliciosamente e eu senti meu rosto pegar fogo. – Mas esse não foi o ponto alto da nossa relação, vivemos praticamente duas semanas nos encontrando da mesma forma, montanha/cabana/acampamento, mas teve um dia em especial, o dia que demos o nosso primeiro beijo, aquele data eu nunca vou me esquecer. – Ele chegou mais perto e eu senti minha respiração ficar mais pesada. – Estávamos brincando de apostar corrida, você estava rindo, estava feliz e eu também, você estava na minha frente, eu estava deixando você ganhar de propósito – Eu ri – Mas você pareceu ter sacado isso pois parou bem no meio do bosque e me impediu com uma mão, você estava brava, bem brava por sinal, mas depois seu rosto suavizou e eu não aguentei, te prensei na árvore e te encarei por alguns segundos, você tinha ficado assustada no inicio, o que me fez achar que tivesse sido uma péssima ideia ter feito aquilo com você, mas depois de você ver a minha cara de preocupação você começou a rir e me puxou para mais perto e disse que o que eu queria naquele momento era o que você queria, e ai você beijou.

—Você faz tudo isso para dizer que eu tomei a iniciativa? – Gargalhei.

—Hahahaha, muito engraçado Isabella, mas eu deixei você abusar de mim, eu sou irresistível, eu sei disso. – Revirei os olhos com seu comentário e ele sorriu torto. – Depois daquele nosso beijo na floresta as coisas entre nós começaram a ficar mais sérias do que o normal, estávamos dependentes um do outro, necessitávamos sempre da companhia do outro, era intenso demais e aquilo parecia ser um sonho para nós. – Prestei atenção em suas palavras. – Não demorou muito para nós nos declararmos um para o outro, aquilo era amor, e ainda é. – Ele tocou meu rosto com carinho. – Depois disso tudo foi rápido demais, no dia seguinte eu estava partindo para a guerra, eu sabia que não tinha escolha, eu precisava ir, parecia que tinha uma força maior me obrigando a fazer isso, como se eu não tivesse mais como dar um rumo na minha vida, como se eu não tivesse autonomia nos meus atos.

Eu sabia o que viria logo em seguida, ele contaria o que aconteceu com ele, contaria sobre a maldição e só de pensar no que viria logo em seguida meu estômago já começava a revirar, parecia que eu estava vivendo aquilo tudo enquanto Damon contava sobre nós e de alguma forma, eu sentia a dor que provavelmente eu tinha sentido quando soube da morte do Damon.

—Passei boa parte da guerra pensando em você, não tinha um dia, uma hora, um segundo que eu não pensasse em você, até que por um descuido meu, ou por causa da maldita maldição que te assola e ME assola. – Ele enfatizou com uma expressão dolorosa, e eu compartilhei daquilo – Eu tomei um tiro certeiro no peito, direto no coração, eu não tive tempo nem de raciocinar o que estava acontecendo, quando me dei conta eu estava fora do meu corpo e estava olhando diretamente para ele, enquanto meus companheiros apareciam desesperados tentando me trazer de volta. Como eu te disse antes, eu não sabia o motivo daquilo tudo, mas resolvi tentar te achar, eu até consegui mas você sumiu, ou melhor a minha conexão com o plano real havia enfraquecido, quando eu finalmente descobri a maneira de voltar eu já não sabia mais como encontrar você, então eu pensei em ir atrás de Stefan, mas ele até então não conseguia me ver, demorou muito para que eu pudesse de fato fazer contato com alguém, para ser sincero só a Bonnie podia. – Ele falou de olhos fechados.

—Eu sinto muito... – Eu falei sincera e visivelmente abalada.

Era tudo culpa minha, somente minha.

Mas eu não tive tempo de falar mais nada, Bonnie entrou no quarto com uma certa urgência.

—Precisamos começar seu treinamento, Bella. – Falou arfando – Desculpe incomodar o casal, mas sua família está voltando.

Gelei. Finalmente conheceria os Mikaelson.


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Notas finais do capítulo

E então?! 99% da história foi contada, mas aquele 1%... hahaha quero reviews ♥