Letters to Myself escrita por ChopperChan


Capítulo 15
Capítulo 14- Física Quântica Básica


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna!
Dessa vez eu sei que to na risca do giz com o capítulo. Postei a quase 6 dias... sinto muito mas ainda ta no limite.
Eu to meio que correndo aqui porque tenho muita atividade pra fazer ("vamos mandar dever essa semana pra não mandar pro feriado''---ate parece!)
Bom, esse capítulo não tem comédia e é meio... viagem/emice. Considerem um Filler que podem pular se quiserem.
~~~~Pra quem estranhou o título: Eu adoro física quântica e DETESTO a físcia normal. Leiam e entendam.~~~~~~
Enjoy!



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Sabo entrava pé-ante-pé em casa. Fechou a porta com todo o cuidado, evitando cliques ou batidas. Caminhava pelo corredor tomando o cuidado de pisar nas tábuas do canto que, segundo um dos inúmeros programas de sobrevivência que Luffy gostava de assistir (inúteis, na opinião geral, mas fazia o garoto calar a boca.), deveriam ranger menos que as do centro.

Seriam cuidados desnecessários se estivessem apenas os irmãos e a tutora em casa, principalmente pelo fato da mais velhas estar muito além de bêbada e os outros dois terem narcolepsia pesada, mas eles tinham uma visita (muito importante, aliás) que tinha sono leve.

Ace ficara para trás. O pobre narcoléptico mais velho e mais afetado pela hereditariedade caíra no sono na metade de uma frase havia algumas horas e ninguém se voluntariara para leva-lo de volta para casa, de modo que o pobre coitado ficara sujeito ao frio e à baratas apenas com um casaco como proteção e um pedaço de bolo de travesseiro. O que na verdade era sorte pois significava que Luffy podia dormir na beliche de cima e Sabo não precisaria dividir a cama de baixo com ninguém.

Sabo seguia o facho de luz que vinha do último quarto do corredor. Era estranho que ainda estivesse acesa, visto que devia ser por volta de três da madrugada e a atual inquilina do local já deveria estar dormindo a pelo menos 5 horas, estourando o limite do próprio relógio biológico.

Colocando a cabeça de leve para dentro do quarto, o loiro soltou um sorriso para a cena. Koala se encontrava apoiando o rosto na mesa, claramente apagada no décimo terceiro sono (aquele momento comparável a COMA).

Esquecendo totalmente a política de espaço pessoal de cada um, Sabo simplesmente entrara no quarto sem nenhuma vergonha, tomando a garota no colo com cuidado. Ela não chegava a ser leve, mas também não era pesada. Não que algum dia fosse comentar isso com ela, tinha noção e experiência o suficiente para saber que, caso o fizesse, acabaria traumatizando a mulher ou levando um soco que o mandaria para o hospital. E, entre A e B, ele tinha certeza que Koala escolheria a opção C: Ambas as anteriores.

Ele riu de leve ao ver a mancha azul na bochecha que estivera apoiada na mesa. Isso indicava que a garota caíra no sono tão rapidamente que mal dera tempo a tinta para secar. Mas o movimento de sobe-e-desce causado pelo riso no peito do rapaz a fez se contorcer um pouco, soltando grunhidos parecidos com o de um pequeno leitão.

Isso era outra coisa que nunca comentaria com a melhor amiga.

Carinhosamente, ele a colocou na cama infantil, puxando a coberta de dinossauros por cima do corpo feminino. A garota não tinha uma saúde fraca, mas ele não queria correr o risco de ter que vê-la lutar nas finais, pela vaga que tanto batalhara, doente. Prejudicaria muito o rendimento.

Se virando de volta para a mesa, ainda estavam um envelope colorido e um papel pautado. Sabo correu os olhos rapidamente pelas linhas escritas, sem ler nada e procurando pela assinatura, encontrando no final da página (quem diria né?) junto ao borrado de tinta azul, apagando o final do “a”, indicando que já estava terminada. Ele rapidamente a dobrou e guardou dentro do outro pedaço de papel, sem lacrar. Por mais que tivesse muita curiosidade em ler o que quer que estivesse escrito ali sobre o dia e a festa de natal não faria. Já tinha enfrentado sermões demais sobre invasão de privacidade e espaço pessoal para cometer o mesmo erro (leia-se burrada) mais uma vez. E outra bronca era a última coisa que precisava.

Apagando a luz, ele olhou para trás uma última vez antes de sair do cômodo. E ele riu de novo. Riu pelo fato dela se encaixar perfeitamente na cama de criança. Riu pelo fato de, mesmo o tamanho de 1,60 (mais saltos-altos eventualmente) ser perfeitamente aceitável para uma mulher mas, ainda assim, ela continuar pequena aos olhos dele. Riu pelo pensamento de que aquela era SUA pequena (ai de quem dissesse o contrário).

E riu, bem, riu porque era idiota.

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Eu sei-lá-daqui-a-quanto-tempo,

Então... Você se lembra da última coisa que papai nos ensinou? Antes de sofrer aquele maldito acidente? É. Dançar valsa. Ele também era péssimo dançarino... Mas depois de ver Cinderela nós insistimos tanto para ele nos ensinar, mais tanto, que ele acabou cedendo. E depois disso foram várias as vezes que ele nos colocava sobre os próprios pés porque nossos passos eram muito pequenos para o acompanhar.

Mas foram vários os anos que nós nunca mais dançamos.

E, claro, novamente aquele retardado nos faz quebrar sequencias. E ainda como se não passasse de uma brincadeira, quebrando a essência dramática (e o momento emice, valeu.) da história.

E isso me fez lembrar daquela teoria quântica, de universos paralelos e mundos alternativos. Mas o que duas coisas aparentemente aleatórias tem a ver uma com a outra? Na verdade, nada. E tudo ao mesmo tempo. Porque é assim que a física quântica funciona.

A teoria diz que tudo o que você imagina está acontecendo em algum lugar. Mas, para nós, ia além disso. Cada universo tem uma diferença do nosso. Pode ser ligeira ou totalmente diferente. Em alguns, dinossauros podem dominar a terra, bem como os romanos. A diferença pode estar nas fronteiras de países, na geologia ou no simples fato de que você por acaso escolheu virar a direita ao invés da esquerda naquela esquina. Imagino que, nesse momento, você deve estar rindo desse pensamento tosco, mas a base de tudo é: estamos sujeitos a escolhas o tempo todo, mesmo que não percebamos, elas estão lá.

O simples fato de se deparar com uma encruzilhada pode gerar várias opções: Virar a direita, a esquerda, seguir reto, voltar para trás ou simplesmente ficar parado no meio dos caminhos. Nesse momento, foram gerados 5 outros universos onde cada escolha pode interferir de maneiras diferentes: por ter virado a direita, Você pode ter encontrado o amor da sua vida. A esquerda, nada. Pra frente você pode ter sido atropelado. E assim segue a lógica. Pessoas são colocadas a prova ao redor do mundo ininterruptamente, e por isso temos infinitos universos paralelos.

E é isso que me fez questionar. Em alguns universos, Papai ainda pode estar vivo, e ainda pratica valsa conosco. Eu teria uma ótima infância. Em algum outro universo, eu perdi o avião para cá, e essa carta nunca é, foi ou será escrita. Em algum lugar no mundo quântico Sabo realmente me tirou pra dançar, tudo não foi uma brincadeira. E por aí vai a coisa. Já deu pra entender.

Mas, nesses universos, eu ainda sou eu? Ou eu sou outra pessoa, com outras qualidades, outra história? Nesses universos, Sabo ainda é aquela besta que, embora me irrite pra caramba, eu não consigo imaginar como teriam sido esses últimos dois anos?

E caramba, que coisa viajada eu escrevi. E tudo por culpa de uma valsa. Dá até pra entender o porque das pessoas me encararem com aquela cara de Hã?! Quando eu começo a falar sobre isso. Menos a Robin.

Bom, chaga de dúvidas. Essa carta precisa de um parágrafo de certezas.

Tenho CERTEZA que esse Sabo é um péssimo dançarino. Tenho CERTEZA que eu vou rir dessa lembrança quando ler essa carta. E tenho CERTEZA que, a partir de hoje, eu absolutamente adoro visco.

–----------Koal(imaginem um borrão de tinta.)


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Notas finais do capítulo

Bom, como eu disse, pressa. Sem revisão. A teoria ali é minha baseada no que eu li num livro chamado "alice no país do quantun" que deu um nó no meu cérebro e me fez ter uma crise existencial do caramba.
Leiam, é bem legal.
Até a próxima! o/
P.S.: Eu quero saber onde diabos está todo mundo.
P.S.2: A HarumiHatae vai escrever outra fic Saboala. Eu quero ver todo mundo lá pra ela nao abandonar sim? Não é um pedido.
P.S.3: Sem tempo pra P.Ss.
P.S.4:Sim, eu amo botar o Sabo pra Carregar a Koala porque é super Kawaii.



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