Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 70
Acertando as contas


Notas iniciais do capítulo

Bom dia pessoal.

Bom, eu queria dizer que estou muito, mas muito chateada. Eu entendo que dá uma preguiça escrever um comentário quando a pessoa posta de vez em nunca, mas digamos, estou postando todos os dias. Pelo que vi tenho mais de 300 visualizações por dia, mas por incrivel que pareça, as nenhuma das 300 visualizações quiseram, nem por um segundo, escrever um comentário. Sinceramente, como escritora, isso me irrita. Se fosse, por exemplo, 50 visualizações, eu até entendo, mas 300???
Sei lá, talvez vocês não mereçam o final desta fanfic.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588948/chapter/70

Capitulo 71 — Acertando as contas

— Então Jonathan assumiu os controles do barco e nós saímos em disparada pelo mar... — continuou a contar Seth, sentado de frente á uma Anna muito empolgada enquanto escutava a história de seu namorado.

Nesse tempo todo em que a história era contada Jacob e Jonathan fora cruelmente excluídos pelo casal ternurinha, que engataram somente os dois naquele conto, deixando todos os outros de lado.

Como Jonathan mesmo pensou, aquilo quem ambos tinham era algum tipo de ligação empática, ou algo do tipo, pois ambos estavam tão concentrado um no outro, que nem ao menos notaram que os outros ainda estavam ali.

Mas não foi por muito tempo que o resto das pessoas ficaram em silêncio.

Jacob e Caroline logo se juntaram em um canto mais afastado para uma conversa séria que Jacob já vinha planejando desde que descobriu sobre o caso Caroline e Embry. Ele tinha que avisar dos riscos e contar-lhe a verdade, ainda mais agora, por ela estar tão envolvida naquele meio místico. Mesmo Jacob não gostando da ideia de tirar a ignorância pura de humana dela.

— O quanto você sabe nós? — perguntou Jacob á Caroline, parando em pé á sua frente, a encarando seriamente.

— O bastante para saber a verdade sobre vocês. — respondeu ela à vontade, olhando para as unhas.

— E mesmo assim vai casar com Embry?

A garota gargalhou.

— E há motivos para eu não ficar com ele? Só porque ele vira um cachorro gigante de vez em quando? Por favor...

— Exatamente! Você fala como isso fosse normal! Garota, ele vira um cachorro gigante que tem dentes muito, muito afiados.

— E deixa eu adivinhar? “E é muito perigoso conviver com o temperamento instável dele” — A garota revirou os olhos — Por favor, você é o quinto que me fala isso. Eu já sei! Eu já entendi!

— E mesmo assim quer ficar com ele?

Caroline o encara por alguns instantes, olhando nos seus olhos.

— Às vezes me pergunto se vocês estão contra ao Embry ou á favor, porque parecem até que não nos querem juntos! Porque com Anna vocês não falaram tudo isso?

— Porque ela era o imprinting do Seth. Não era como se tivesse muita escolha...

— Oh, você tinha o imprinting com a outra garota até algumas semanas atrás e também não tinha “escolha” e olha agora! Esta lá com a loba bonitona. Tem certeza que não tem escolha?

— Olha bem aqui, foi um caso completamente diferente...

— De qualquer forma, quebrou essa regra de “não ter escolhas” — sorriu a garota vitoriosa.

— Não é essa questão. Só queremos que você tenha pleno conhecimento de onde está se metendo. — Disse Jacob começando a fica impacientado.

— Eu já sei de tudo! E continuo aqui, veem?

Jacob respira fundo, passando a mão pelos cabelos. Aquela garota era tão maluca quanto a outra cópia dela.

— Olhe, preste bastante atenção Caroline. Nós já passamos por isso uma vez, ok? E não foi uma experiência muito... bonita. Nos rendeu muitos anos de amargura por parte de algumas pessoas e...

— Leah.

— OKAY, ME DEIXA TERMINAR DE FALAR, POR FAVOR? — a garota deu um sorriso tímido para ele, erguendo as mãos como se rendesse — Não vamos citar nomes! O que eu estou tentando dizer é que os lobos são envoltos de uma magia antiga, que os deixa sem escolhas quanto... Quanto relacionado á companheir...

— É sobre o imprinting que você quer falar? — interrompeu Caroline novamente fazendo Jacob a olhar irritado — Já estou sabendo e aceito numa boa. Não me importo com essa magiazinha.

Jacob teve que piscar algumas vezes para ver se o que ele tinha ouvido estava certo e que aquilo não era surreal. Pensou até mesmo em limpar os ouvidos, mas logo desistiu quando a garota continuava a olha-lo em expectativa, esperando que prosseguisse a conversa.

— Você não se importa?

— Não. — ela sorriu docemente

— Espera, você tem certeza que estamos falando da mesma coisa?

Caroline revirou os olhos respirando profundamente.

— É aquele negocio de amor á primeira vista, não? Que se ele achar a escolhida dele vai esquecer-se completamente de mim, certo? — E Jacob se limitou a assentir com firmeza, ainda assombrado demais com a facilidade com que ela falava aquilo — Então, estamos falando da mesma coisa!

— E... — estimulou ele

— E... Daí?

— Como assim e daí? Ele vai te largar do nada! Vocês podem ter quatro filhos, uma casa e ser a melhor família do mundo, mas ele vai te largar e ficar com a outra! — disse Jacob uma oitava mais alta, exasperado pela falta de reação da garota.

A garota riu levemente, encarando o lobo colérico em sua frente.

— Decididamente você tem algo contra esse meu relacionamento com ele. EU JÁ SEI DISSO!

E o Jacob bufou irritado, enterrando o rosto nas mãos em frustração, se perguntando que mulher no mundo aceitaria tudo aquilo tão facilmente como aquela garota.

Somente uma maluca” ele pensou ironicamente, enquanto voltava a encara-la.

Enquanto Jacob se frustrava com as reações contrarias de Caroline, do outro lado da sala, Jonathan e Pamela tinham sua própria conversa, que era uma coisa um pouco mais séria e delicada.

— Olha... Me desculpa por tudo. Nunca foi minha intenção machucar Anna... Eu só estava brava e...

— E Renesmee era uma ótima manipuladora. — ele completa sério, sem tirar os olhos dos dela.

A garota fica confusa por um segundo ao perceber a frase que ele disse.

— “Era”? Por que passado? Por acaso Renesmee está... — Pamela arregalou os olhos — Renesmee...

— Sim. — confirmou Jon e a garota pareceu ficar mais pálida depois daquela afirmação.

— C-como?

— Hmm... digamos que o poder destrutivo dela acabou afetando ela mesma. Como naquele ditado “O feitiço voltou-se contra o bruxo”

Inicialmente a garota apenas concordou, balançando a cabeça devagar um tanto em choque pela nova informação, mas logo pareceu ficar confusa novamente.

— Não é “O feitiço voltou-se contra o feiticeiro”? — franziu o cenho a garota ruiva

— Não. Não é, acredite em mim — Sorriu de lado, dando-lhe uma piscadela, mas logo voltando a uma expressão mais pesada, como se lembrasse de outro assunto.

Pamela piscou algumas vezes quando sentiu os olhos formigando, parecendo já descobrir sobre o que o garoto devia estar se preparando para dizer. Ela respirou fundo, e olhando para os pés, sem mais conseguir olhar para cima.

— Eu não deixei que ela machucasse Anna no tempo em que a ela esteve sobre meus cuidados. — falou Pamela, como se aquilo pudesse ajudar de alguma maneira.

— Obrigado por isso. — O garoto sorriu tristemente para ela, trocando de peso de perna desconfortavelmente e ajeitando o vaso em suas costas.

Pamela ergueu os olhos por um milésimo de segundos, olhando diretamente para os olhos de Jon e vendo que seu ultimo argumento não ajudara em nada na decisão estampada em seus olhos.

Uma coisa que Pamela sabia muito bem sobre o cara que ela era apaixonada, era que suas decisões, na maioria das vezes, vinham tatuadas em seus olhos e apenas se você fosse um mal observador não notaria.

Ela deixou seus ombros caírem e respirou fundo, derrotada. Ela sabia que grande parte da influencia sobre aquela decisão era culpa de Anna, mas não conseguiu sentir raiva da garota. Não quando sabia que a outra parte da influencia viera dela mesma, ao ajudar Renesmee a sequestrar a garota.

Como gostaria de voltar no tempo e arrumar esse erro...

Pamela respirou profundamente antes de olhar para o rosto de Jon, parecendo mais conformada. Talvez se ela dissesse aquelas palavras fosse mais fácil para os dois.

— É... E nosso namoro já era. — ela afirmou, mandando um sorriso triste para Jon.

O garoto se assustou com as palavras que o pegaram desprevenido e franziu o cenho ao olhar dentro dos olhos da ruiva em sua frente, se perguntando como ela aceitara aquilo tão facilmente.

O que ele encontrou ali, ninguém sabe, mas foi o suficiente para fazê-lo sorrir tristemente e concordar com a afirmação dela. Pamela talvez tenha culpado o amor que ela sentia — e que provavelmente estava estampado em seus olhos — ou talvez, o arrependimento, mas não havia como saber.

Jon se sentiu um pouco aliviado de não ter que encarar lágrimas ou não ter que contar algum tipo de mentira para faze-la desgrudar de seu pé.

Mas ele não podia negar que ainda sentia um carinho muito grande por ela, por isso quando ela se limitou a responder um “Tudo bem” baixinho, ele a pegou em um abraço reconfortante. Um abraço de amigo e que dizia tudo o que palavras não diriam.

Diziam um “Eu te desculpo”, “Tudo ficará bem”, “Você merece o melhor”, “Eu estou aqui”, “Não chore” e muitas outras coisas que somente eles entendiam.

E quando se soltaram, Pamela não estava chorando, mas Jon tinha os olhos um tanto marejados. Pamela riu daquilo e Jon acabou por acompanha-la.

Ela fungou antes de sorrir grande para ele, colocando sua mão sobre o ombro dele.

— Olhe, eu tenho um conselho para você. — Ela disse, se virando e olhando diretamente para onde Anna e Seth estavam sentados conversando. Jon a imitou, olhando para o casal. — Às vezes, somos criados para sermos algo ou de alguém, mas Deus nos deu o livre arbítrio por um motivo: Para nós podermos escolher se seremos ou não. Nós temos as escolhas em nossas mãos.

— Espere, eu não estou trás de Anna...

— Não estou de acusando Jonny... É somente um conselho. Você o usa como quiser. — Ela sorriu de lado antes de se soltar dos braços de Jon e lhe dar um beijo na bochecha.

Pamela caminhou em direção á porta de frente sem olhar mais para trás, deixando um Jon confuso parado no meio da sala. No ultimo segundo, quando Pamela já quase saia pela porta, Jonathan grita:

— Aonde você vai?!

Pamela apenas deu um sorriso para o moreno, esticando a mão e pegando a jaqueta preta pendurada ao lado da porta, famosa por aquecê-la em um dia chuvoso em que ela quebrou o carro.

— Por aí.

E esse é provavelmente o ultimo momento em que Pamela Call poderia aparecer nessa história... Mas quem é que sabe o que futuro guarda?

Jon ficou mais alguns minutos á olhar para a porta depois que foi fechada, perdido em pensamentos... Bem, perdido até a voz fina e uma oitava mais ata de Anna chamar sua atenção.

— Espera!! Jasmine? A minha Jasmine? A da minha dimensão? — ela pergunta Seth sacode a cabeça confirmando — JONATHAN VEM AQUI!

E Jonathan Flint respira profundamente antes de se virar para Anna e ir em sua direção, escondendo melhor o vaso em suas costas.

Não vou dizer que Anna não estava curiosa por saber o porque de Jonathan estar agindo tão distante e por estar escondendo alguma coisa nas costas — até porque ela estava e muito —, mas uma coisa ela havia aprendido com os anos de convivência com o garoto era que se ele não queria mostrar, era porque ela realmente não iria gostar de ver.

Então, ignorando toda aquela vontade de espiar o que Jon escondia nas costas prosseguiu com a conversa.

— Como raios Jasmine veio parar aqui?

— Eu queria saber tanto quanto você. — respondeu sério — Ainda não tivesse um tempo de sobra para conversarmos e esclarecer isso...

— Mas então como...

Anna começou a dizer, mas se interrompeu ao ver Jacob e Seth virar a cabeça para o mesmo lado, ao menos tempo, como se alguém os tivesse chamado.

O problema de Jasmine foi completamente esquecido ao ver Seth e Jacob se levantando em sincronia e indo em direção à porta, com expressões sérias.

Caroline, Anna e Jon seguiram os dois lobos até próximo ao fim do quarteirão sem perguntas, onde tinha uma parte com mais arvores, quase escondida por completo.

— Leah? O que aconteceu? — perguntou Jacob no mesmo instante que a loba cinza apareceu com alguém deitado em suas costas.

Anna e Caroline reprimiram um grito e cada uma agarrou um lado do braço de Jon, escondendo os seus rostos nele quando perceberam que a pessoa em cima da loba cinza era o corpo de Renesmee.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Afinal, Carol e Anna são a mesma pessoa. Nada mais do que ter a mesma reação, certo?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dez Desejos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.