Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 32
Quatro estágios da Insanidade


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Como hoje fiquei sem tempo, eu vim aqui postar esse capitulo que é super pequeno e não ajuda em nada na fanfic. AUSHUAHSUAHSU Ao menos é alguma coisa, né?
Ah, queria aproveitar e comentar como vocês estão sendo fofos nos comentários! E desculpa pelo excesso de spoiler, eu não me aguento! Quando você vocês empolgados, fico doidinha para contar oque eu sei :x
De qualquer forma, boa leitura!



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Capitulo 32 — Quatro estágios da Insanidade

Fiquei olhando pela janela, escondido por uma cortina lilás, observando Seth sair apressado da casa e indo em direção à floresta.

Ele estava a meio passo para chegar à primeira arvore quando Carol o chamou... Ou foi o que eu pensei quando ele hesitou dois segundos antes de virar o corpo na direção dela, com uma expressão estranha. De alguma forma ele parecia desconfortável. Talvez ver o rosto de Anna quando ele estava preocupado com ela devesse ser mesmo uma sensação estranha.

Vi suas bocas se mexerem enquanto eles conversavam, mas eu não conseguia ouvir a conversa de dentro da casa.

Seth manteve sua cara séria por toda a conversa que durou menos de uns cinco minutos, antes de lhe dar um aceno de cabeça e entrar correndo novamente na floresta, com uma cara um pouco melhor.

Assim que vi o Clearwater entrar na floresta, fiquei olhando a Giovanna versão roxa. Ela ficou parada por alguns segundos, encarando o local aonde o garoto sumira e depois entrou na casa de madeira.

Por que ela entrou?

Peguei o vaso com um nos braços rapidamente antes de descer escada a baixo. Assim que terminei de descer a escada, encontrei-a parada na soleira da porta, me olhando por baixo daqueles cilhos espessos, com uma expressão preocupada. Mas preocupada com o que?

— Oi. — ela falou tímida, olhando para as mãos por um segundo e depois me encarando.

Eu fiquei em silencio, olhando para ela de volta, tentando não pensar em como aquele gesto foi fofo.

— É... O cara grandão disse pra mim esperar aqui porque ele queria falar comigo e com a... Aquela garota, mas Seth disse para eu pedir para você explicar o que estava acontecendo. — ela falou baixinho, tímida, tão diferente do que era á pouco. Sua pele ao lado da boca, ainda avermelhada pelo sangue que escorrera ali.

— Ele falou que era pra eu explicar? — eu perguntei incrédulo e ela afirmou com um balanço de cabeça.

Aquele garoto queria me atrasar? Ele queria ficar á sós com Anna? Se queria nem precisava fazer isso, EU NEM SABIA ONDE ERA A CASA DE JACOB! Eu teria que procurar muito ainda.

Eu suspirei alto e fui em direção ao sofá, me sentando com a flor entre as pernas. Caroline me imitou, sentando do meu lado.

— Bem... Só espero que não fique tão assustada com o que vou te dizer. Acho que nem vai acreditar nisso tudo, vai dizer que somos birutas ou algo do tipo, mas não custa tentar, não é? — eu soltei uma risada triste.

Contei-lhe sobre os Lobos e a História do imprinting — sem deixar ela comentar ou falar em qualquer momento (Mesmo quando ela começou a falar que também tenho coisas para contar, O que me deixou bem curioso), torcendo para que eu fosse rapido o suficiente — e por ultimo, e pior, eu contei o porque de toda aquela confusão.

Quando terminei, ela tinha o rosto em uma expressão concentrada, parecendo estar em outro mundo ou perdida em pensamentos. Eu fiquei observando seu rosto, principalmente na parte do rosto onde tinha uma mancha de sangue. Eu queria poder passar a mão e tirar aquela mancha.

Era estranho saber que aquela não era a verdadeira Giovanna... Mas era tão idêntica que enganava meu coração, que no momento pulava na caixa toráxica.

Mas o pior, não era só o coração que estava enganado pela imagem da falsa Anna, mas o meu corpo inteiro. Os olhos era o me mantiveram são. Os dela e os de Anna eram muito diferentes. Uma convergência entre uma e outra. Os olhos de Caroline de um marrom derretido e os de Anna um verde picina.

Era estranho como apenas aquilo era diferente. Eu poderia apostar que o cabelo dela seria da mesma cor que o de Anna se não fosse pela a tinta roxa.

Ela estava perto demais agora, havia se aproximado inconscientemente enquanto eu contava todos os fatos que sabia.

Ela parecia não notar minha respiração forte, mesmo com os olhos vidrados no meu rosto, com o olhar desfocado. Por um momento pensei na possibilidade de ela chorar como Anna havia feito, mas descartei a possibilidade logo em seguida, afinal, ela não tinha pelo o que chorar, ela só descobrira que sua alma gêmea é Seth e que existem lobos e vampiros na dimensão dela.

Nada de mais!

Eu soltei uma risada baixa.

"Nada de mais? TEM TUDO de mais! Pare de falar besteiras Jonathan, não vê que lobos e vampiros são uma coisa que ninguém espera que existam? "

Ahh cala boca. Fica quietinha que você ganha mais.

"Não! Eu gosto de importunar você!"

Chega! Não vê que isso é estranho? Pessoas normais não brigam com a própria mente!

Isso me lembrou dos estágios da insanidade que Anna vivia repetindo no Primeiro Ano.

— Os 4 Níveis de insanidade —

1º Falar com você mesmo.

2º Entrar em discussão com você mesmo.

3º Perder a discussão pra você mesmo.

4º Não falar mais com você mesmo

Será que estava acontecendo isso comigo? Cara, eu sou muito escroto.

"Você deve ser muito estranho mesmo. Olha a cara que ela ta olhando pra você".

Só agora percebi que ela não tinha mais o olhar desfocado de antes, agora me observava de perto. Desviei os olhos imediatamente, com vergonha.

— Que foi? — ela perguntou baixinho, como Anna fazia quando eu estava triste.

Umideci os lábios, em uma reação nervosa, percebendo só agora, como eles estavam secos.

— Nada de mais. — eu disse prendendo minhas mãos em volta do vazo laranja, querendo eu ficassem coladas ali e não fizessem nada.

Ela estreitou os olhos, me observando, esperando alguma reação estranha ou sei lá o que ela esperava. Eu só queria ficar longe dela, antes que minhas mãos perdessem o controle.

Mas estava impossível! Ela pareceu perceber o poder que tinha sobre mim, pois um pequeno sorriso brotou no canto de seus lábios e a mão acariciou meu ombro. Eu enrijeci, prendendo a respiração.

"Levante e saia daqui. Levante e saia daqui. Levante e saia daqui. Levante e saia daqui." Minha mente gritou com coerência. Ela sabia que eu não agüentaria.

— Você está bem? Qual o problema? — ela falou com a voz amansada demais. A mão que estava no meu ombro foi escorregando lentamente pelo meu braço, até chegar perto da minha mão. Meus pelos do braço se arrepiaram e eu estremeci consciente da proximidade que a mão dela com o meu...

"Tire a mão dela dali. Tire a mão dela dali. Tire a mão dela dali. Tire a mão dela dali."

— Eu... Tenho... Eu — eu falei me afastando milimetricamente — Levar... Tchau!

Eu levantei abruptamente e fugi daquela tentação.

MEU DEUS O QUE ELA ESTAVA FAZENDO? ELA ESTAVA SE JOGANDO EM CIMA DE MIM! Como eu agüentaria alguma coisa como ela?

E além de tudo, tinha a Pamela. A garota Ruiva linda que gostava de mim. Tudo bem, eu estava usando ela no meu plano de conquistar Anna pelo ciúmes, mas eu não pretendia realmente machuca-la.

Acabar tracado com sua amiga que tem a cara dde Anna não era um jeito certo de fazer isto. E também, o ciúmes que tentei causar fora um despedicio com Anna. Depois da cena de hoje, eu definitivamente não tinha chance com ela.

Eu tinha que me manter concentrado na ruivinha.

Olhando para aquilo agora, eu percebia como eu estava sendo estupido ao tentar fazer ciúmes em Anna.

Suspirei antes de sair correndo, com as mãos tremendo e o desejo ardendo, de voltar lá com a assanhada Caroline.


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