Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 19
Não apenas ameaça, uma promessa cumprida


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde leitores! Tudo bom com vocês?
Bom, eu demorei desta vez por conta deste capitulo ter sido particularmente complicado de escrever. Muita coisa foi modificada para que ele ficasse coerente e quem já havia lido a primeira vez que postei vai notar a forte diferença. A coisa vai tomando uma proporção diferente.
O proximo capitulo eu temo que também tenho que modificar muito, então irá demorar mais um pouco. Desculpe por isso.
Por enquanto, não se preocupem e apenas aproveitem este aqui, ok?
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588948/chapter/19

Capitulo 19 — Não apenas ameaça, uma promessa cumprida.

— Quer dizer, vocês vieram de uma realidade alternativa? Isso é fato que mudaria a história! Com esses desejos vocês podem fazer o que quiserem! Vocês têm noção que podem voltar no tempo e descobrir o que aconteceu de verdade na história de Jesus? Edward ficaria completamente entusiasmado se pudéssemos voltar no tempo e assistir de verdade o que teria realmente acontecido...

— Ow ow ow! — Eu gritei — Calma aí vampirão, segura a emoção. Você não vai falar nada para Edward e muito menos vamos voltar no tempo e mexer com algo como isso. Eu não vou ser responsável por arruinar toda uma religião para matar uma curiosidade.

— Não estou falando sobre mudar algo da história... Apenas presenciar e ter em primeira mão fatos verdadeiros!

— E o que nossa presença pode fazer? Realmente não pretendo mecher em algo desta proporção. Com certeza não vou usar os desejos para visitar situações históricas.

— Foi por isso que não queria contar para ninguém, Anna — interrompeu Jon — Se todos souberem é certeza que tentarão roubar para fazer desejos com ideias brilhantes como essa.

— Não exagere Jon, tenho certeza que haverá discrição entre os lobos e os vampiros e a história não vai muito longe. Fora que eles são pessoas boas, não fariam isto. — Eu disse, finalizando seu ponto — Mas mesmo assim, Carlisle, eu gostaria que não contasse a ninguém ainda.

— Bom, eu tentarei, porém como eu acredito que você saiba, Edward tem meios de burlar isto.

Jon me olhou como se dissesse “eu disse para não contar” e eu suspirei frustrada! Como eu havia esquecido aquele detalhe? De nada adiantava eu ter pedido segredo para o vampiro se no fim, Edward leria tudo na mente dele.

Carlisle havia conseguido me burlar facilmente.

Vampiros são malignos.

— Ao menos tente evitar ao máximo que ele descubra, ok? — murmurei frustrada — Eu vou contar assim que possível, assim os lobos não vão descobrir através de uma fofoca e fazer tudo virar uma bagunça.

O doutor assentiu, entendendo meu ponto de vista.

— Farei o possível, mas agora falando sobre a Srta Scavattine não ter ficado paraplégica... Vai ser um pouco complicado explicar isto no hospital.

Jonathan bufou do meu lado

— Não poder falar que foi um milagre, que nem aqueles caras na TV?

Carlisle deu um riso melodioso, parecendo achar engraçado aquela observação.

— Aqui é uma cidade pequena. Noticias correm rápido. Você vai ser conhecida como Santa se isso acontecer.

Era só o que me faltava! Virar algum tipo de santa apenas porque não fiquei realmente paraplégica. Eu soltei um suspiro cansado. Não era possível que as coisas ao menos uma vez fossem simples por aqui??

— E não tem como abafar o caso? — Perguntou Jon — Você é o Doutor, deve ter algo que possa fazer para que seja minimamente plausível ela continuar a andar.

— Vai ser um pouco difícil, mas vamos ver como isso se desenrola. — Ele disse com o olhar um tanto perdido — Talvez dê certo de eu mexer em mais alguns exames. Tudo bem você ficar mais algum tempo no hospital? Terei que refazer os exames de raio X de qualquer forma.

— Sem problemas, Carlisle. Eu saindo daqui andando, já está ótimo para mim.

Ele assentiu perdido em pensamentos. Porém não ficou assim por muito tempo, se voltando para nós rapidamente, curioso.

— Mas me contem mais sobre a flor. Vocês tem alguma noção de como ela pode fazer isso? Qual a origem do poder dos desejos?

— Não exatamente. Tudo que eu fiz foi pegar ela na mão e simplesmente saber. Eu a encontrei e me veio à mente de que se eu arrancasse a pétala, eu realizaria um desejo.

— Hmm... Muito peculiar... — ele murmurou

— Hã... Doutor eu acho que Anna está um pouco cansada. — Jonathan cortou o Carl — Talvez tenha sido muito para ela tudo isso.

— Ah! Sim. Desculpe-me. Já vou providenciar.

Eu balancei a cabeça, achando que um descanso seria bom, afinal, eu havia me curado da paraplegia, mas não estava realmente sarada de todas as dores pelo meu corpo.

POV JON

A semana passou rápido demais.

Estava preocupado como a Anna e só podendo visita-la duas vezes depois que ela acordou, graças ao Clearwater, que parecia dez vezes mais protetor depois da noticia que ela poderia ter ficado paraplégica por causa do acidente, tudo passou ainda mais rápido.

Anna me contou que com o Seth, Sue e Claire tudo ocorreu bem. Ela ainda não havia realmente contado nada sobre a nossa mentira, por falta de oportunidade de uma situação sozinha com Seth, mas que não demoraria muito mais.

Quando contei minhas suspeitas sobre Seth ter feito os lobos fazerem plantões no quarto dela, ela pareceu se divertir e achar engraçado minha suspeita, porém, na ultima visita, ela me deu a razão. Talvez eu estivesse certo.

De uma maneira muito bizarra, Quileutes que ela sequer tinha visto antes estava aparecendo para algumas ‘horas’ de visita e ela ficara realmente desconfortável. Confessou que com alguns até houve uma certa camaradagem, mas que em geral, tudo ocorreu de forma esquisita.

Ela sairia do hospital na manhã seguinte e iria direto para a nova casa dela, em La Push, que eu correra para preparar nessa semana. Claire a ajudaria, dormindo lá por duas semanas, para ajudar com o pé quebrado (que na verdade não estava quebrado realmente, mas que Carlisle insistiu para ela usar a tala).

Foi muito fácil convence-la de ir logo para a casa nova. Ninguém tirava da cabeça dela que ela estava incomodando demais Sue e Seth ficando lá e eu ajudei, dizendo que tudo estava pronto e a sua espera na. Dei a desculpa que seria mais fácil falar com ela se ela não ficasse o dia todo perto de Seth.

Ela concordou sem relutância.

Com a decisão feita, ela apenas conversou com Sue e me fez levar as coisas dela para a casa. Passei na casa de Sue quando ninguém estava e peguei apenas uma ou duas coisas que ela deixara lá. Entrei em sua casa nova, deixei algum dinheiro na casa dela, escondido na cômoda e levei a flor para lá também.

Tudo foi muito fácil depois que eu estava sozinho na casa dela.

Anna ficaria muito brava comigo depois, mas eu prometera para mim mesmo que a protegeria, mesmo contra sua vontade.

Sabia que usar um dos desejos era de uma certa forma trair sua confiança, mas não havia outro modo de eu cumprir a ameaça que fizera a Renesmee. Ela havia contado a todos a nossa conversa e eu teria que pensar em um modo de burlar as coisas para que Anna não soubesse que fora eu quem iniciara a ira da meia-vampira. Eu até ficara espantado de Carlisle não ter mencionado nada naquele meio tempo e desabado todo meu plano.

Mas aquilo não era assunto para agora. Eu pensaria em um jeito de Anna simplesmente focar no resto e não pensar no que implicara a raiva da família dos Cullen.

Coloquei o vaso com a flor em cima da cômoda e observei por um momento. Havia seis pétalas restantes na flor, e apesar de parecer tristemente despedaçada, ela vibrava completamente viva.

Sorri para mim mesmo, achando que as coisas ficariam emocionantes a partir daquele momento.

Puxei a pétala sem hesitar ou pensar duas vezes.

“Eu desejo que o imprinting existente entre Renesmee e Jacob se quebre e ela sofra tanto quanto um amor perdido pode fazer.”

O mundo pareceu parar com um solovaco, me fazendo cair no chão e todas as cores borraram de maneira escura e sombria. Era como se as sombras tivessem subindo pelas paredes e vindo e minha direção.

Um vento gelado me pegou, me fazendo arrepiar completamente enquanto girava tudo ao meu redor. Quando a voz repetiu meu desejo, ela foi assustadora e sussurrante em meus ouvidos. Foi visível o prazer maligno enquanto dizia:

"Renesmee sofra... Imprinting existente... quebre...".

Em um piscar de olhos, tudo voltou ao normal, às cores voltaram para o seu lugar e a escuridão sumiu. Eu me levantei devagar do chão, me apoiando na cama e encarando a flor com cinco pétalas.

Assombrado, eu observei como aquela mera flor poderia ser poderosa e terrível.

Ainda assim, eu me lirei e saí da casa de Anna com um ar de triunfo, tentando esquecer a sensação de perigo anterior.

Eu havia prometido que Renesmee pagaria se algo acontecesse com Anna.

Quando Jonathan Flint promete, ele cumpre.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dez Desejos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.