Dez Desejos escrita por Gii


Capítulo 13
Uma Vaca?


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde queridíssimos e queridíssimos!
Eu voltei para a postagem deste capitulo, super longo, o que justifica a minha demora. A ultima postagem rendeu alguns comentários sobre a minha revolta nas notas iniciais, porém fez efeito. Obrigada pela compreensão de muitos, e por entenderem o meu lado. Não gosto de fazer este tipo de cobrança deste tipo, mas foi impossível me segurar. Quem sabe, se eu tivesse me acalmado antes de postar, isto tivesse sido diferente.
Bom, não vou mais comentar sobre este assunto e vou considerar como encerrado, deixo apenas minhas mais sinceras desculpas.
Espero que vocês estejam aproveitando a fanfic, porque agora é que ela engaja com a melhor parte, com o livramento de Anna e o caminho livre para os braços de Seth. As descobertas viram e tenho certeza que vocês vão amar!
Boa leitura!



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Capitulo 13 — Uma Vaca?

Eu estava de saco cheio de ficar ali, parada, olhando para as paredes.

Eu tinha que ficar no quarto por um bom tempo, conforme Jonathan disse, para não levantar suspeitas sobre nossa pequena armação. Ele havia sido claro quando me disse que eu precisava do meu tempo de ‘luto’, como normalmente mulheres fazem quando terminam um namoro, mas minha mente e todo aquele tempo oscioso estavam me deixando louca.

Ah, outro problema que me atormentava era a fome.

Eu estava morrendo de fome, sonhando acordada com uma belo de um sanduiche de queijo grelhado que sentira o cheiro por volta do horário do almoço.

Sue até veio em minha porta trazer um lanche, mas eu não respondi, como se estivesse dormindo, em principal porque entrei em pânico e acabei ficando sem comer nada.

Respirei fundo, sentindo o buraco em meu estomago parecer se expandir e um ronco alto vindo da minha barriga me fez levantar da cama e sair perambulando pela casa, direto para cozinha, sem mais me importar com a porcaria do plano. Eu não iria morrer de fome por causa de Jonathan!

No caminho até a cozinha, percebi como a casa estava silenciosa e fantasmagórica, como normalmente é qualquer casa quando se está de noite.

Abri a geladeira e peguei a primeira coisa que eu vi que podia comer sem ter que cozinhar ou esquentar.

Acho que nunca comi tanta comida na minha vida. Senti-me tão inchada quanto uma baleia e quando eu respirava eu jurava que iria explodir e toda aquela comida iria sair voando pela cozinha.

Sentei-me na cadeira pequena ali mesmo e fiquei ali olhando para o teto, enquanto fazia minha digestão. Por um momento fiquei com remorso por ter comido tudo aquilo quando pensei em Sue. Eu estava andando furtivamente na noite e assaltando sua geladeira.

Bom, dizem que quando você briga com o namorado, é quase obrigatório se empanturrar de chocolate, mas como eu nunca fora de namorados, sinceramente nunca entendi no que ajudaria se empanturrar de comida e chocolate enquanto o seu emocional era quem estava abalado.

Hmm, pensando bem... Um chocolate agora seria uma boa ideia, mesmo que o termino do namoro de mentira não fosse realmente algo que tivesse me abalado.

POV Seth

Eu não sabia se era certo me sentir assim, mas eu estava extremamente feliz. Meu coração estava em comemoração, praticamente dançando em meu peito

Agora, quando eu lembrava de seu rosto calmo e sereno enquanto dormia, eu sentia meu coração se inflar cada vez mais de amor e de sentimentos, sensações, que eu nunca pensei que faria parte tão essencial da minha vida.

Ama-la — mesmo sem qualquer retorno imediato — era a melhor coisa que poderia ter acontecido em minha vida e agora, enquanto eu corria ali, pela floresta, fazendo minha patrulha, eu percebia o quanto minha vida ganhara cor desde sua chegada, que na verdade, tudo parecia mais feliz e mais colorido como nunca fora antes.

Era como se as plantas estivessem mais vivas, ss dias estivessem mais claros e as noites mais brilhantes e magnificas como nunca. A cor estava em tudo e deixava tudo maravilhoso!

Anna dava uma vida que eu não imaginava que precisava em minha visão e eu não sabia mais o que seria de mim se ela não existisse. Eu era dela de coração, alma e corpo. Eu era totalmente dela e nem mesmo se ela não me quisesse, não havia mais devolução. Aquele contrato não teria volta e eu já era sua propriedade.

Mas o fato de ela não ter saído daquele o quarto desde que aquele imbecil foi embora estava estragando toda aquela minha descoberta e meu dia maravilhoso. Estava borrando minha vida de um tênue cinza, espalhando em pequenas quantidade ao redor.

Antes de ser obrigado a fazer a patrulha, eu tinha decidido acampar em frente á sua porta dele, decidido a não sair dali até ela finalmente abrir a porta, mas Jacob precisava de mim e eu não poderia recusar um “convite” alfa para uma patrulha na calada da noite.

"ARGH... Ô Senhor Coloridinho, você já pode ir para casa atrás da sua amada. Collin já vem rendê-lo. Não aguento mais esses seus pensamentos melosos, vai logo embora" Pensou Jared descontraidamente, parecendo um tanto quanto enojado.

"Valew Jared" Eu disse antes de disparar até a minha casa e a garota que eu queria tanto ver sem me importar de Jared estar zombando da minha cara.

Eu tinha coisas mais importantes na minha mente.

Quando cheguei perto o suficiente de casa, me concentrei em voltar a ser humano e tentando fazer o calor abandonar meu corpo.

A cena de Giovanna deitada em minha cama fez tudo ir mais rápido, fazendo a cena seguinte, de Jonathan arrombando a porta aparecer, e por fim, consegui me tranformar de volta a minhas duas pernas.

Coloquei minha bermuda e me aproximei da casa rapidamente, sentindo um frio na barriga característico de quando eu pensava que poderia acabar por vê-la.

A primeira coisa que notei ao chegar perto de casa foi a janela do antigo quarto de Leah. A luz estava apagada, diferente de quando eu sai.Talvez já estivesse dormindo.

“Ela só precisa de um tempo” A voz da minha mãe repetiu dentro da minha cabeça e abaixei os olhos para meus pés, admitindo contrariado que ela tinha razão.

Mas eu não conseguia evitar ficar preocupado. Se ela ficasse doente por falta de comida por conta daquele idiota do Flint, eu jurava que iria atrás dele até no inferno para fazê-lo pagar.

Passei pela porta da cozinha com o pensamento longe e esbarrei em uma cadeira, que caiu no chão com um estrondo mais alto do que o normal, me chamando a atenção de imediato.

— Hey!!!! — exclamou uma voz fina no chão — Está cego?!

A voz dela me despertou e não pude evitar o sorriso que veio assim que percebi que era Anna dava risada caída no chão. Ela continuava sentada no chão, com os braços apoiados nos joelhos, olhando para mim, enquanto ria.

Os olhos incrivelmente azuis pareciam hipnotizar e eu não conseguia mais desviar o olhar. Senti o meu lobo se remexer dentro de mim, querendo que eu chegasse mais perto e aquilo estava acendendo um fogo em mim, bem diferente do fogo que se dá quando vai se transformar.

Por algum motivo, eu tinha certeza que eu não conseguiria apagar aquele fogo sozinho e eu acabei me sentindo o rubor na minha cara ao perceber o que eu pensava.

— Hello? Está nesse mundo? — Ela se levantou e sacudiu a mão na minha frente, como se para ver se eu saía de transe.

Eu balancei a cabeça, voltnado a mim.

— Desculpe, estava com a cabeça em outro lugar. — eu respondi baixo e ela riu, dizendo que havia percebido.

Se eu morresse naquele segundo, eu morreria feliz.

POV Anna

Eu estava tentando fingir tristeza e magoa pela perda de um grande amor, mas era simplesmente impossível quando Seth me fazia rir apenas de apesar no ambiente e me derrubar no chão.

— Machucou? — ele perguntou quando eu finalmente parei de rir.

— Não, não mesmo. — Eu disse e coloquei a mão na cabeça onde achei que tinha feito um galo. Isso me lembrou de Jon e sua cabeça sangrenta no ultimo dia de aula e de como eu ficara preocupada com ele.

Ter lembrado daquilo me fez ter uma ideia para uma brincadeira. Eu sorri malignamente para mim mesma antes de abaixar a mão que conferia o galo da minha cabeça e, dramaticamente, olhei para ela de olhos arregalados como se visse algo terrível.

— Oh Meu Deus! Nossa! — Eu exclamei e respirei fundo, como eu fazia quando eu via sangue e até eu mesma conseguiria me enganar se não tivesse olhando a minha mão vazia, sem vestígio de sangue.

O que eu vi foi a cena mais fofa de toda a minha vida. Seth entrou em desespero; Os olhos cheios de preocupação ainda estavam paralisados em meu rosto espantado.

Meio segundo depois ele agarrou minha mão e procurou desesperadamente o provável sangue inexistente ali, com a testa levemente franzida.

Foi mais ou menos aí que eu comecei a gargalhar muito, enquanto o garoto á minha frente me olhava de soslaio, como se não achasse aquela brincadeira nada engraçada. Uma cara impagável de se ver;

Eu acabei que ri demais. Tanto que minha barriga e minhas bochechas doíam e eu me sentei no chão, segurando abraçando meu abdômen e querendo nunca mais parar de rir.

Vi Seth levantar a cadeira e se sentar no meu antigo lugar, ainda olhando para mim com um pequeno sorriso, mas ainda sim, com aquela cara ressentida de alguém que foi pego em uma brincadeira boba.

— Qual é Sethie, foi... Foi engraçado! — eu disse em meio as risadas finais e me apoiando na mesa para levantar — Vai me dizer que você é como um filosofo sem graça?

Bem, eu sabia que aquela não era a melhor comparação que eu conseguiria, mas minha mente andara me traindo aqueles dias e nada de bom saía até agora. Mas a Seth pareceu compensar tudo, fazendo uma cara hilária de “não entendi”.

— Filosofos não riem ou acham algo engraçado, tem pavor de brincadeiras, sabe? Só estudam feito loucos, são loucos como loucos, são tachados de loucos e se masturbam feito lou..., Ops. — Eu tapei a boca com um estralo forte com a minha mão, percebendo só então o que eu estava dizendo.

Eu estava tão acostumada com o Jonathan e nossas brincadeiras e piadas sem graças, lotadas de palavrões e palavras de muito baixo calão que acabei por esquecendo que havia gente no mundo que não gostava quando mulheres falavam daquele jeito. Não sabia se Seth era assim, mas mesmo assim, eu abaixei os olhos, desviando do seu olhar risonho e doce para poder ficar vermelha em paz.

Bom, pelo menos ele começou a rir em vez de, sei lá, me acusar até a morte.

— Como assim não riem? Mas é claro que riem. — ele disse tentando me ajudar ao ver minha vergonha, desviando do que me fizera ficar embaralhada.

Tentei me recompor com outra gracinha:

— Talvez exista alguma exceção, sabe? Tipo você. — eu esperei sua reação, que foi como eu esperava: Careta.

Não resisti e voltei a rir.

— Ei! Não sou filosofo não. — Ele resmungou, enquanto eu sentava em uma cadeira a sua frente. Somente alguns segundo depois foi que eu percebi o que ele havia dito.

"Não sou filosofo não" Ele repetiu o não duas vezes!

Por isso piadas intimas sempre tem tanta graça. A pessoa que não sabe sempre fica com cara de "Que merda é essa?" e você fica dando risada dela... É, talvez aquilo seja mais legal quando estava com Jon e nós riamos
juntos da cara das pessoas...

Eu me levantei devagar, tentando parar de rir.

— Quando você diz “Não” duas vezes, o segundo "não" nega tudo. — tentei explicar sem folego — Significa que você disse: "Não eu estou mentindo, eu sou um filosofo" Já que negou que não é um filosofo.

Ele não entendera nada da minha explicação e continuava com a mesma cara de tacho. Eu me permiti revirar os olhos ao mesmo tempo em que um bocejo me interrompeu e eu percebi o quão cansada eu estava.

— Bem... Deixa quieto. — eu disse e ele sorriu a mim quando me espreguicei e levantei da cadeira para ir para o meu quarto — Acho que já vou indo. Até amanhã... Filosofo.

***

Toc Toc

O que Jon quer?

Toc Toc Toc

Hoje é sabado! Não tem aula! Deixa a nerdizinha aqui dormir.

Toc Toc

— Aaaah, que você quer? — eu gritei com o travesseiro na cara, abafando o som e parte da minha raiva que quis transmitir na voz.

O que ele quer me acordando de sábado? Pelo amor de Deus! Não tenho mais paz nesse mundo!

— Acorda Bela adormecida! Já são Dez horas! — A voz rouca de Seth ecoou através da porta, me dando um susto, já que esperava outra voz. Percebi que a voz dele e de Jon eram de certa forma parecidas, mas ao contrario de Jonathan, a voz de Seth era um tanto mais rouca.

Levantei imediatamente, totalmente assustada ao perceber que fora Seth que me acordara. Inconscientemente eu arrumei meus cabelos e ajeitei minhas roupas enquanto encarava a porta, como se esperasse que ele entrasse, exatamente como Jonathan fazia comigo nos sábados de manhã. Mas — E eu fiquei aliviada por isso — ele não entrou.

Só depois de alguns segundos eu me dei conta que eu pensara que ainda estava na escola com Jon.

— Hã... Ok, já estou levantando. — Eu falei mais alto para Seth ouvir do outro lado da porta, pensando se ele precisava de uma resposta mesmo depois de tanto tempo de silencio de minha parte.

Quase caindo em cima do meu criado mudo, eu fui separar minhas roupas para um curto banho e minha higiene matinal. Acabou que o curto banho que eu imaginara se transformara em uma longo banho, já que no meio do caminho eu já estava naquele estado de meditação que somente um bom banho quente é capas de te colocar.

— Bom dia Anna.— Disse Sue assim que me viu ao descer as escadas de cabelos molhados — Dormiu bem?

Eu retribui o sorriso, percebendo de imediato que ela parecia ignorar aquele barraco da noite anterior. Eu fiquei feliz por tamanha consideração.

— Dormi sim... — eu disse sentando em uma das cadeiras e pegando uma panqueca que tinha em cima da mesa. Percebi que ela mandava curtos olhares preocupados em minha direção enquanto eu cortava com os dentes minhas panquecas e parecia feliz por me ver finalmente comer alguma coisa.

Sue Clearwater era a pessoa mais bondosa de todo o mundo, aquilo era um fato, e parecia que era a única que estava em casa pelo jeito. Me perguntei aonde será que Seth Clearwater se encontrava no momento, já que foi ele quem me acordou.

Balancei a cabeça para tirar ele por um momento de minha cabeça, sabendo que se pensasse muito nele, acabaria por esquecer tudo o que teria que fazer aquele dia e bem... Eu tinha que continuar com o plano.

— Sue? Hoje eu vou á Forks ver se consigo achar algum emprego. — Eu falei minha desculpa ensaiada na manhã anterior, enquanto pegava distraidamente outra panqueca e enfiava goela a baixo.

— Você tem certeza, Anna? Sabe que não é necessário... Fora que se perder por esta região pode ser muito fácil.

— Acho que eu consigo ir e voltar sem me perder. — Sorri, rindo.

— Você que sabe, querida. — Disse suspirando — Quando você vai?

— Lá para o meio dia, talvez... — Fui interrompida por um grito estridente que vinha da porta da frente da casa que me fez dar um pulo da cadeira em que estava sentanda.

— Suuue!!!! — Gritou uma garota ao entrar na casa de repente, com um sorriso enorme e os olhinhos brilhando — Que saudade!

A garota praticamente pulou em cima de Sue, abraçando ela e fazendo Sue rir e retribuiu o abraço da garota, que saltitava a sua frente, como se não conseguisse controlar suas emoções.

— Como você está?— Ela perguntou sorrindo com seus dentes perfeitos e brancos. Os cabelos bronze cacheados iam até a cintura, parecia ter 17 anos, em um corpo magro perfeito e usava roupas que só de olhar de longe gritavam: “HÁ-HA! Eu tenho mais bonita que você!”.

Eu poderia apostar que se ela quisesse, teria todos os homens na palma de suas pequenas mãos.

— Muito bem, querida. Tudo muito tranquilo por aqui, você sabe. — ela sorriu carinhosamente — O que faz aqui?

— Eu vim visitar as pessoas que mais amo, ué! Não pode? — A garota sorriu angelicalmente, enquanto se virava como se para observar a casa, mas seu olhar parou diretamente em cima de mim — que tinha a panqueca pendurada na boca — e seu sorrisofoi imediatamente apagado.

Ela me encarou de uma forma que não achei nada com que ela tinha sido a garota de segundos atrás com Sue

— Quem é ela? — Sua voz saiu com nojo na palavrinha que se referia a mim e vi Sue cutucar lhe as costas, como se estivesse repreendendo a garota.

—Nessie, essa é Anna. Amiga de Seth. — Sue pareceu grifar apalavra "amiga" ao falar, como se ela estivesse dando uma explicação maior do que queria falar em voz alta. Será que todo mundo já sabe de mim e do Seth?? — Ela esta morando aqui por algum tempo.

Com um estalo em minha cabeça eu entendi quem era aquela garota. Nessie era o apelido que Jacob havia dado á filha de Bella.

Mas... Aquela era Renesmee? Pensei que talvez ela fosse menos... Metida? Ela me olhava de cima em baixo com uma cara que eu não achei que uma pessoa normal daria se estivesse gostando do que estava vendo.

Ela tinha aquele típico olhar de líder de torcida metida para cima da novata nerd em matemática. Nojo puro.

Eu reprimi a vontade de falar umas boas para ela por aquele olhar, mas mordi a língua e levantei de minha cadeira, engolindo a panqueca de uma só vez.

— Muito prazer. Sou Giovanna, mas me chame de Anna. — Eu falei o mais simpática que pude, decidindo que não seria eu que começaria aquela briga.

Ela ficou a encaraar a minha mão estendida, sem parecer ter a menor vontade de retribuir meu jesto e ficamos paradas por alguns segundos naquela.

Sue deu um cutucão visível nas costelas dela e Renesmee fez uma careta antes de estender a mão e me cumprimentar rapidamente. Só faltava limpar a mão depois de solta-la!!

— Renesmee. — Ela disse fazendo uma careta para mim enquanto me cumprimentava.

Ok. Agora eu não estava gostando nada. Aquela garota está pensando que é Rainha da Inglaterra ou Miss Universo, só podia. Claro queela tinha cara de uma Miss Universo e se ela entrasse na competição iria ganhar de lavada, mas aquilo não era motivo suficiente para ela me lançar aquele olhar que estava me deixando realmente muito, muito irritada.

Eu acabei por ficar desconcertada ao encarar seus olhos chocolates recheada de apenas coisas ruins em minha direção. Sinceramente, eu tinha vontade acertar um soco no meio da cara para ver se aquela careta de nojo sairia, mas tentei seguir minha filosofia de não ser a primeira a começar alguma rixa.

Levantei da mesa, desistindo do café da manhã.

— Bom, Sue eu vou mais cedo para Forks. — Anuciei para o olhar surpreso de Sue. — Mais tarde eu volto, não se preocupe! Tchau Ness.

Ao sair do comodo, eu percebi que eu esperava bem mais de Renesmee Cullen quando eu li os livros. Aquela situação tinha deixado a minha alma de fã ligeiramente abalada e chateada por ter expectativas não concredizadas da filha de Bella.

Murmurei palavrões deliberadamente enquanto eu ia até a garagem — mais no objetivo de relaxar a mente do que ofender alguém — e pegava a moto vermelha que Jacob dera á mim e a Jon.

Eu não queria, mas fui obrigada a passar em frente a porta de entrada da pequena casa de Sue empurrando a moto. A cena que encontrei me deixou ligeiramente me sentindo vitoriosa.

Sue parecia estar dando uma pequena bronca em Ness, que tinha toda sua pompa de lady esgotada agora que tinha a cabeça baixa, como uma criança que recebe bronca dos pais.

Ah, a vingança é doce.

POV Renesmee

Aquela vaca acha que aquela carinha de "eu sou inocente" me enganava, ela está totalmente equivocada.

A que é assim? Aparecer do nada, tomando conta de tudo, roubando um dos meus melhores amigos e a MINHA moto vermelha que Jake me deu e se achando a rainha da cocada preta? Essa garota está precisando acordar para a realidade e ver que ela não é nada a não ser uma garota de rua, sem um teto para morar.

Bem, ela teve sorte de ter um imprinting, porque se não, ela provavelmente ela estaria na frente de uma lanchonete qualquer de Forks, ajoelhada no asfalto com as roupas rasgadas e sujas de... Mel de panquecas implorando uma moedinha.

Pff... Eu adoraria encontra-la assim quando eu estivesse junto com meus amigos da escola. Aí sim ela veria quem mandava nessa cidade.

— Renesmee Carlie Cullen. — Ouvi a voz brava de Sue soar atrás de mim e eu me virei lentamente — O que foi isso?

Eu desviei o olhar propositalmente

— Tudo por causa daquela moto, não é? — ela falou e eu tremi ao perceber que eu nunca conseguiria esconder nada dela. De alguma forma ela me conhecia bem.

— É claro que não, Sue — Eu menti.

O silencio dominou alguns minutos, como se Sue esperasse que eu contasse a verdade, mas quando viu que eu não cederia tão rápido, suspirou alto, parecendo cansada.

— Se Jake não tivesse dado embora a moto você nem iria ligar para ela. — Sue falou por cima do ombro — Estava sem liga-la fazia semanas.

Eu bufei exasperada pela acusação de abandono de minha belissima moto.

— Não é por isso. — Eu reclamei irritada — E eu sempre venho aqui mexer nela.

Vi Sue mandar um dos seus olhares acusadores e magoados que fazem qualquer um tremer de vergonha e eu me encolhi milimetricamente internamente.

— Nessie, você não vem visitar seu avô e eu faz quase um mês!

Eu desviei o olhar para não ver a acusação em seus olhos e lá se foram mais alguns segundos de silencio.

— Olha Renesmee, não comece uma briga boba por causa de uma moto idiota. — Disse Sue, segurando os meus ombros e olhando nos meus olhos, como ela fazia quando eu era menor e aprontava na floresta. — Anna é uma boa garota e está passando por uma situação difícil. Não complique as coisas com ela, ok?

Hey! Não é uma moto idiota. É a minha moto idiota.

— Tudo bem Sue. Eu não vou brigar com ela — Disse com minha melhor feição de “Desculpe-me” costurada em meu rosto, enquanto acrescentava mentalmente: Por hoje, porque aquela vadiazinha sem teto ainda vai desejar não ter nascido.


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Notas finais do capítulo

Novamente, obrigada pela atenção e desculpas pelo estouro do ultimo post! ^^'



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