Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Fala pessoal, é o Matheus novamente com outro capitulom boa leitura!



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Daniel narrando

Espera um pouco ai, acho que se eu ficasse com a Maria Joaquina sem que ela soubesse de nada do que eu sou, acho que não teria problema nenhum, pelo menos assim eu poderia aliviar esse sentimento tão forte que estou sentindo que chega até me sufocar.

Logo de manhã, meu rosto ainda está com olheiras por causa da noite mal dormida que passei, mas mesmo assim me levanto, escovo os dentes e desço pra tomar café. Quando chego na mesa, Mário já está lá, mas com uma aparência melhor do que a minha, só o cabelo ainda estava desarrumado. Enquanto tomávamos café, conversamos sobre o dia anterior.

–Cara, você sabe de algum livro que possa me ajudar com isso?- pergunta ele.

–Eu não, e você?

–Também não.

Foi quando me lembrei que durante a noite, antes de dormi, havia pensado numa solução para esse problema, mas não sei se devo contar. Será que devo? Não, ele pode discordar e ficar chateado. Mas se eu não contar, ele pode ficar nesse desespero para o resto da vida. É, acho melhor contar sim.

Respirei fundo, criei coragem e falei.

–Olha irmão, eu pensei em uma maneira de acabar com isso, mas não sei se você vai concordar.

–Claro que vou, é o que eu mais quero. Fala aí.- ele sorria.

–Acho melhor começarmos a ficar com elas a partir de agora.

–Agora? A partir de hoje?

–Sim.

–Tem certeza?

–Claro, só o fato de elas não terem rejeitado o beijo mostra que elas gostam da gente também, acho que é melhor a gente arriscar e tentar logo de uma vez.

–Pode ser, mas eu estou mesmo apaixonado por ela, não tô a fim de só ficar, quero namorar mesmo, mas ao mesmo tempo quero seguir nossa tradição.

–Eu também. Mas não temos escolha, a única forma de acabarmos com isso é essa.

–Então tá. Hoje mesmo vou falar com a Marcelina.

–E eu com a Maria Joaquina.

Depois disso, decidi que antes de enviar para Maria Joaquina uma mensagem de texto, eu ia dar uma ainda tinha que terminar de fazer a lição de casa que deixei de fazer ontem só pra ir no cinema com as meninas.

Marcelina narrando

Estou me sentindo estranha hoje, ontem estava feliz pelo meu primeiro beijo finalmente ter acontecido, mas hoje acordei com uma sensação que quem fez uma coisa e se arrependeu. Por quê será?

–Marcelina, o que houve?- perguntou Maria Joaquina entrando no meu quarto sem bater.

–Como assim "o que houve"?- tentei disfarçar, mas não deu.

–Ora, sua mãe ligou preocupada falando que você não saiu do quarto o dia inteiro e eu sei que você não é disso. Fala logo o que aconteceu.- insistiu.

–Ah, é que não consigo parar de pensar no que aconteceu ontem. Fiquei toda a madrugada lembrando e não consegui dormir, por isso que hoje estou assim, me sentindo cansada e sonolenta.- eu disse, descobri o motivo e falei tudo na hora.

–Entendi. Bom, eu também fiquei uma boa parte da noite pensando, mas consegui dormir.

–Sorte sua.

–E ainda recebi uma mensagem de texto do Daniel me convidando para um encontro!!- ela começou a pular de alegria,

–Sério??!! Ai amiga que bom!!!- abracei ela- E vai ser aonde?

–Na praça de todos os dias.

–Que bom, tomara que dê tudo certo!!- soltei-me do abraço.

–Verdade. Bom, deixa eu ir que estou quase atrasada para o encontro com ele, só vim aqui antes pra falar com você.- ela disse, pegando a bolsa que estava na minha cama.

–Tudo bem, vai rápido.- eu abri a porta e me deitei na cama, torcendo pra que algum dia o Mário também faça isso comigo. Mal acabei de pensar nisso meu telefone vibra, é uma mensagem de texto:

Oi Marcelina, é o Mário. Olha, estava aqui pensando no que aconteceu ontem e percebi que você e eu precisamos conversar sobre isso. Então, se você também acha que devemos, me encontre daqui a uma hora na pracinha, vou estar sentado no mesmo banco tá? Beijos.

Imediatamente dou um pulo da cama contendo um grito e logo vou tomar banho pra esse encontro que não perderei por nada.

Maria Joaquina narrando

Cheguei na praça nervosa, nem conseguia segurar a alça da minha bolsa de tanto que minha mão tremia. Quando o vi, respirei fundo para me acalmar e fui com passos firmes em sua direção.

–Oi.- ele disse com aquele sorriso.

–Oi, demorei?- perguntei ainda nervosa.

–Uns dois minutos, mas eu perdoo.- e sorriu.

–É, tive que ir na casa da Marcelina antes.

–Tudo bem.

–Bom mas, você queria me dizer alguma coisa?- perguntei, desconfiada.

–Sim e não. - fiz cara de quem não entendeu- Bem... eu quero...

–O quê? Pode falar.-

Ele não terminou a frase. Como também não me respondeu.

Ele se aproximou mais. Passou uma das mãos no meu rosto. E me puxou para um beijo doce e calmo. Ah como ele beija meu Deus!

Me enlaçou com seu outro braço. Eu não contestei. Permiti. Ele apertava minhas costas com uma mão e a outra ele segurava meus cabelos, pra que eu soubesse quando trocar a posição do pescoço.

Passei meus braços por seu pescoço e aprofundei mais o beijo. Nossas línguas estavam em uma guerra sem vencedor, de vez em quando eu arfava e ele também. Paramos só por causa da falta de ar.

–Bom, acho que isso explica o que eu queria dizer né?- ele disse, com os olhos abertos e sorrindo.

–Claro. E a resposta é sim.- eu sorri.

–Sim o quê?

–Eu quero isso.- não sei porque não consegui falar algo mais profundo. Mas mesmo assim, ele entendeu, porque me abraçou de lado com um braço e quando chegou na calçada ele pegou minha mão e me levou à um lugar desconhecido. Quando adentramos o lugar, percebi que era aquele jardim lindo que eu havia sonhado. Mas... espera ai, aquele sonho era mesmo real? Meu Deus, não posso acreditar, preciso pedir que ele não me peça pra nadarmos naquele riacho.

–Pra você.- ele disse, me tirando dos pensamentos. Era uma flor.

–Obrigada.- eu disse e o abracei, tinha que parecer natural. Então, nos sentamos no tronco de uma grande árvore que tinha ali perto e ficamos observando as nuvens passarem.

Mário narrando

Tomara que esse plano do Daniel dê certo, se realmente a Marcelina estiver a fim de mim, claro que vai dar certo, mas será que eu vou mesmo conseguir superar o que eu tô sentindo? Espero que sim.

Quando vejo Marcelina aparecer ao longe, me levanto e vou de encontro à ela.

–Oi. - eu digo.

–Oi.- ela diz com um olhar tímido.

–Te chamei aqui pra te perguntar uma coisa.

–Que coisa?

–Quero saber se você aceita sair comigo.- tentei ser o mais delicado possível.

–Eu quero sim, seu bobo. - ela sorriu e me deu um abraço, depois de um tempo, soltei-me do abraço e peguei sua mão.

Levei ela até uma parte mais distante da praça, onde ninguém veria a gente, mas acho que ela ficou assustada.

– Pra que me trouxe aqui? - Perguntou reparando que estávamos sós.

– Para fazer isso!

Agarrei sua cintura e dei um beijão naquela boca macia que ela tinha.

É, eu definitivamente não vou conseguir ficar longe dela.

***

Quando voltei pra casa, Daniel já tinha chegado e quando me viu entrar, perguntou:

–E aí, como foi?

–Consegui cara.

–Conseguiu o quê?

–Ora, ela aceitou sair comigo, se ela não descobrir que isso tudo é armação, então está beleza!

–Parabéns maninho, você é demais!!- ele disse apertando minha mão.

–E você? Conseguiu?

–Consegui. A Maria Joaquina também aceitou sair comigo e adivinha só, ela não sabe de nada. Nadica de nada.

–Foi muito fácil mesmo hein?

–Eu disse que a gente ia conseguir.- ele sorria orgulhoso.

–Tá bom, vamos mudar de assunto ok? Que tal uma partidinho de Wii U?

–Bora!!

No dia seguinte, entramos na sala, mas as meninas ainda não tinham chegado, nós dois chegamos antes delas, mas não tinha problema, a gente podia ficar na hora do recreio.

No intervalo, como eu disse, eu e Daniel encontramos Marcelina e Maria Joaquina conversando juntas em um banco, nos aproximamos e sentamos com elas.

–Oi amor.- disse Marcelina, me dando um beijo.

–Oi.

Maria Joaquina fez a mesma coisa com Daniel, enquanto conversávamos, de relance eu olhei para a quadra de futebol e vi dois garotos olhando pra nós quatro de uma forma que parecia ter muito ódio dentro deles. Quando eles perceberam que eu estava olhando, começaram a caminha pra longe de nós, eram o Jorge e o Abelardo. Este último foi nosso amigo, mas quando Jorge entrou na escola, começou a se aproximar dele e passou a nos odiar, mesmo sem nós termos feito nada pra ele.

Quando eles sumiram de vista, chamei Daniel pra conversar.

–Onde vamos?- perguntou ele, se levantando.

–Pra nossa sala.- eu disse.

Ao chegarmos na sala, me certifiquei que não tinha ninguém escondido que pudesse ouvir o que eu tinha pra contar pra ele depois saíssem espalhando pelo mundo.

–Daniel, você sabe que o Jorge é um mal-caráter né?- perguntei.

–Claro que sim, quem não sabe disso?

–Pois é. Agora mesmo, enquanto estávamos conversando com as meninas, percebi que eles nos olhava com ódio, junto com o Abelardo...

–Abelardo?

–Sim, o Abelardo. E é por isso que eu te trouxe aqui. Pra te pedir pra tomar cuidado, pois se eles descobrirem que o nosso plano com as meninas é apenas pra pegar e largar, eles vão sair espalhando por aí.- eu suava frio, mas parei quando vi que Daniel ria.

–Mário, não precisa se preocupar.- ele estava rindo.

–Por quê não?

–Ninguém gosta do Jorge, ninguém vai acreditar nele.

–Será?

–Claro que sim.

Respirei aliviado torcendo pra que fosse verdade saímos da sala indo ao encontro de nossas princesas.

>>>

Mário e Daniel pensavam que estavam seguros, realmente essa ideia do Daniel de que como ninguém gosta do Jorge tudo que ele falasse ninguém ia acreditar era verdade. Mas Jorge não era bobo, ele sabia disso, então, decidiu espalhar isso de um modo que todos soubessem sem que ele falasse.

Ele vai até a sala do redator do colégio e bate na porta:

–Entre, está aberta.

–Ei, soube que você está precisando de uma matéria para essa semana e está sem ideias.- ele sorria.

–Não me diga que você tem uma?

–Claro que tenho.

–Manda ai.

–Tá legal, acabei de escutar uma conversa do Mário com o Daniel falando que Marcelina e Maria Joaquina serão mais duas vítimas da lista de ficadas deles, só que elas ainda não sabem, então, que tal se você colocar isso no jornal da escola? É uma boa opção.

–Isso seria legal, mas... não é muito ruim? As meninas vão ficar tão tristes.

–Elas vão ficar tristes quando os dois contarem pra elas, é melhor que elas descubram mesmo.

–Então tá bom. Me conta os detalhes que você sabe que eu vou escrevendo aqui.

Então Jorge se sentou ao lado dele e começou a contar o que sabia sobre esse caso, quando o jornal saiu, a capa dele dizia:

"Marcelina e Maria Joaquina são as próximas vítimas de Mário e Daniel"

Essa fofoca rapidamente se espalhou por todo o colégio, em cada lugar que passavam, Marcelina e Maria Joaquina percebiam que as pessoas só riam delas, como se elas tivessem passado vergonha na frente deles.

–Alícia, o que está acontecendo? Por quê todos estão rindo de nós?- perguntou Maria Joaquina e Alícia entregou o jornal pra ela sem parar de rir junto com as outras meninas. Quando elas leram a matéria e perceberam tudo, ficaram completamente chocadas.

–Não, não pode ser!- disse Marcelina.

–Eu avisei que isso ia dar problema.- disse Carmen.

Maria Joaquina jogou o jornal no chão e puxou Marcelina pela mão, arrastando-a pra longe de tudo e de todos até chegarem á um corredor onde estavam Mário e Daniel furiosos, falando em tom de voz alto:

–Quem foi o imbecil que publicou isso? Hein?- gritava Daniel e todos no corredor estavam calados.

–Só pode ter sido o Jorge, eu sabia que ele ia ser capaz!! Você me paga viu Jorge?- gritou Mário, furioso, tentando partir pra cima dele, mas Daniel o impediu.

–Brigar com ele só vai piorar as coisas irmão. Fica aí.- disse Daniel.

–Meninos, essa matéria é verdade?- perguntou Maria Joaquina, mas Daniel não teve coragem de responder.

–Falem a verdade, não mintam agora!- disse Marcelina.

–Olha, Maria Joaquina... infelizmente é verdade. Mas a gente ia contar pra vocês, só queríamos ficar com vocês por um tempo e nada mais, só que quando a gente não quisesse mais nós íamos contar. O babaca do Jorge que espalhou isso primeiro.- Daniel disse com firmeza.

As duas saíram correndo do colégio, primeiro, olharam pra eles com lágrimas nos olhos, depois correram em direção à porta principal do colégio chorando muito, morrendo de tristeza e de vergonha. Enquanto elas fugiam, todos olhavam com cara de ódio para os dois meninos, Mário não aguentou e partiu pra cima de Jorge antes que qualquer um pudesse impedir.

Quando a diretora finalmente chegou e levou Mário e Jorge para a diretoria, Mário estava com suor pela testa e os cabelos molhados, enquanto Jorge tinha sangue escorrendo do nariz, Daniel fugiu da escola e foi até o local onde levou Maria Joaquina no dia anterior. Lá ele não se aguenta e chora, chora como nunca. Jamais se sentiu tão culpado e tão mal como agora. Só podia chorar, o que vai dizer agora para Maria Joaquina? Ela à essa altura não deve estar querendo vê-lo nunca mais, será que tem como pedir desculpas?


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem do capitulo e comentem, até a próxima!



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