Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, é o Gabriel de novo, espero que gostem desse capítulo.

Boa leitura.



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Assim que ele sela nossos lábios me tira do mundo real, não há mais distância entre nós. Nesse momento eu me sinto nas estrelas, flutuando, voando, enquanto seus lábios tocam os meus. Sua língua contorna meus lábios pedindo passagem e eu dou passagem, nossas línguas dançam umas com as outras. Apenas a luz das lâmpadas do cinema e da telona à nossa frente nos ilumina, e eu sinto algo se remexer dentro de mim a cada parte que eu exploro de sua boca. A falta de ar é o que nos separa.

Nos separamos assustados, percebendo o que fizemos. Nossas bocas estão vermelhas e o sal da pipoca misturado em nossos lábios, um pouco nervosa, sem ter certeza que aquilo mesmo aconteceu, pego a minha bolsa e levanto sem parar de olhar pra ele enquanto ele faz o mesmo.

–É... acho que temos que ir.- ele disse, meio sem jeito.

Apenas concordei com a cabeça e ele me guia até a lateral do cinema, onde vemos Mário e Marcelina quase iguais à nós, a diferença é que os cabelos de Mário estão meio bagunçados. Na certa, Marcelina deve ter puxado os cabelos dele enquanto o beijava. Puxa, por quê eu não fiz isso? Mas pelo menos eu dei um passo a mais com esse gato do Daniel e a Marcelina também, mas sinceramente, eu não esperava que esse momento fosse chegar tão rápido.

Chegando em casa, o motorista nos leva até minha casa, olho no meu celular já são 18:30 da tarde, ou seja, dá pra Marcelina ficar mais um tempo na minha casa, claro que os pais dela deixam. Então, antes de a porta ser destravada, Daniel me olha no fundo dos olhos:

–Tchau Maria Joaquina. - ele diz.

–Tchau Daniel.- eu respondo igualmente desajeitada.

–A gente se fala amanhã?- ele pergunta.

–Claro.- eu respondo, dessa vez com mais naturalidade.

Quando saímos do carro, esperamos o mesmo sair de nossa vista dobrando a esquina, antes de começarmos a andar eu já pergunto:

–E aí? O Mário beija bem?

–Como sabe que eu beijei ele se você estava de olhos fechados beijando o Daniel?

–Os cabelos dele estavam desarrumados e suas bocas vermelhas, do mesmo jeito que eu estava.

Ela pareceu decepcionada por não conseguir disfarçar.

–Amiga, você não quer mesmo ficar com o Mário? Então não precisa me esconder o que acontece entre vocês. Me fala o que houve.

–Tá bom, vamos entrando que eu te conto. Ele beija muito bem sim. Tô feliz que a gente conseguiu dar um passo a mais com esses gatos.

–É verdade, foi até rápido né?

–Foi mesmo.

Depois disso, apenas entramos em casa e vimos nossa mãe perguntando como foi o cinema.

–Foi ótimo.- eu respondi.

De lá, fui tomar um banho e trocar de roupa, enquanto Marcelina ficou na sala, assistindo televisão, me sentei com ela e lá ficamos até a hora de ela ir embora. Então adormeço pensando no beijo do Daniel, sem dúvida esse momento vai ficar pra sempre em minha memória.

Marcelina narrando

Que filme maravilhoso. Realmente esse filme vai ser inesquecível, sou capaz de vê-lo quantas vezes eu quiser, tá certo que eu chorei um pouquinho, mas acho que a partir da próxima vez que eu ver não vou chorar mais.

Meus pensamentos são interrompidos apenas quando Mário me abraça de lado e limpa uma lágrima que cai do meu rosto com a ponta do dedo esquerdo.

–Não chora.- ele sussurra pra mim tentando me acalmar.

Eu não consigo deixar de sorrir e ele me encara com seus olhos no fundo dos meus, meus olhos se grudaram em sua boca e ficaram parados lá, como se tivessem vida própria, assim como os dele também param em direção à minha. Ela estava de aproximando... e se aproximando mais... e mais... e...

Seus lábios se colidiram com os meus. Um arrepio correu minha espinha. Seu beijo era agitado, mas doce. Sua língua percorreu todas as extremidades dos meus lábios e pediu passagem. Eu tive de ceder. Minhas mãos desarrumavam mais ainda seus cabelos enquanto as dele estavam me trazendo cada vez para mais perto.

Nossas línguas estavam em uma briga sem vencedor, apenas as duas se confrontando, explorando cada canto, cada extremidade, tudo o que tinha.

O ar fez falta e tivemos que nos separar. Abri meus olhos e Mário continuava perfeito, Seus lábios finos estavam inchados e vermelhos pelo beijo, seu cabelo desarrumado e seus olhos me hipnotizavam. Estavam diferentes, era um olhar doce, meio apaixonado e meio feliz.

No segundo seguinte, ele parou de me olhar e procurou por Daniel e Maria Joaquina, encontramos-os e fomos em direção à saída. O caminho de volta foi tranquilo e normal, eles não tocaram no assunto do beijo, apenas conversavam sobre o filme e de vez em quando perguntavam pra nós o que nós achamos.

Chegando na casa de Maria Joaquina, Mário me olhou uma última vez com aqueles olhos e disse:

–Até amanhã.

–Até amanhã.- eu respondi tentando não entrar em transe.

Percebi que ainda não eram oito da noite e decidi ficar na casa de Maria Joaquina mais um pouco, quando eu chego na casa dela, ligo a tevê, mas não consigo prestar atenção em nada por só conseguir lembrar do beijo com Mário. Eu sei que deve ser vergonhoso, mas esse foi meu primeiro beijo, assim como o da Maria Joaquina também, nós vivemos juntas, eu sei que é.

Na hora de ir embora, demoro uma hora pra conseguir fechar os olhos por minha mente só ter lembranças daquela tarde, quando consegui deixar a mente vazia, consegui adormecer.

Daniel narrando

Assim que cheguei em casa fechei a porta de meu quarto e deixei meu corpo escorregar até o chão. Meus pensamentos não conseguiam deixar Maria Joaquina. Olhei-me na câmera frontal de meu celular e vi a catástrofe que estava minha aparência. Meu cabelo estava extremamente bagunçado e meus lábios inchados e vermelho.

Que magia essa garota fez comigo?

Aquele momento não saia da minha mente nem fazendo força.

–Daniel?- a voz da minha mãe surgiu do outro lado da porta.

Levantei, tentei arrumar um pouco da minha aparência e abri a porta.

–Nossa, o que houve com você? Parece que te pegaram na rua!

–Não foi nada mãe, me dê licença que eu quero dormir.- disse e fechei a porta na cara dela, sei que isso é falta de educação, mas eu fiz.

Você deve estar pensando que eu estou com raiva por aquele beijo ter acontecido. Bom, não. Na verdade eu estou muito feliz, mas não sabia que ia ser tão... dessa forma, ela mexe comigo, ela me faz pensar nela o tempo todo e eu não consigo nem tirá-la da minha mente quando chego na sala de aula, com esse acontecido agora, deve ficar tudo pior, de cabeça pra baixo.

Enfim, quando finalmente consegui me recompor, tomo um banho pra relaxar e me deito pra descansar, pensando em uma forma de não me apaixonar pela Maria Joaquina, essa palavra não faz parte do meu vocabulário.

Mário narrando

Meu Deus, minha cabeça não pára de pensar um segundo em outra coisa que não seja a Marcelina. Claro que foi ótimo beijá-la, isso estava nos meus planos, mas eu não imaginei que ia ficar assim, dessa forma. Todas as outras meninas que eu já fiquei na escola, quando a gente dava o primeiro beijo, simplesmente dava apenas uma moleza, um calor... enfim, uma felicidade, mas o que eu tô sentindo agora mesmo é amor. Isso mesmo, amor. Estou apaixonado pela Marcelina, mas não é isso que eu quero, eu e meu irmão combinamos de nunca jogarmos nesse jogo pra não causar ilusão e depois sofrermos, por isso, preciso tirar essa garota da cabeça, mas como? Pego uma roupa mais confortável, tomo um banho e a visto, depois eu ligo meu computador e tento procurar na internet alguma maneira de esquecer uma pessoa. Passo muitas horas ali, mas não encontro nada. Acabo dormindo ali mesmo, na mesa do computador. O pior é que eu durmo com o nome dela sussurrando na minha mente como se fosse um eco falando para o nada.

Marcelina...


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Notas finais do capítulo

É isso por hoje gente. O próximo é com o Matheus, até lá.



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