Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 73
Capitulo 73


Notas iniciais do capítulo

E aí rapaziada, é o Matheus denovo e com mais esse capitulo cheio de reviravoltas, boa leitura!



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Maria Joaquina narrando

Depois daquela noite, estávamos sem nada pra fazer o dia inteiro, Daniel e Mário haviam comprado algumas coisas que estávamos precisando, acessórios para banho como sabonete e um shampoo e condicionador novo. Depois das compras, nos sentamos no sofá e tentamos assistir televisão, mas não tinha nada de especial passando e eu já estava quase desligando a tevê de tão cansado que estava de brigar com o controle, mas eu não podia, vai que eles ainda estão com esperanças de encontramos algo pra assistir? Eu não podia desligar assim, do nada.

–Gente, será que não tem nada pra assistir de bom hoje?- perguntou Paulo.

–Acho que não, hoje é sábado e quase nunca passa algo pra ver.- disse Daniel.

–E o que a gente faz pra acabar com esse tédio?- perguntou Paulo novamente.

–Que tal darmos uma volta naquele parque de novo?- sugeri.

–Gostou mesmo daquele lugar né?- disse Daniel, rindo.

–Demais.- ela confirmou e logo todos nós decidimos que iríamos até o parque. Em meia hora, todos estávamos prontos, saímos em direção à rua novamente. Chegando no parque, nós ficamos andando por um tempo, até chegarmos ao parque. Nos sentamos no mesmo banco que sentamos da outra vez e foi aí que percebi que o parque estava mais movimentado, mais cheio, tinha até outros carrinhos que não estavam lá no outro dia.

–Querem algodão-doce?- perguntou Mário.

–Quero sim.- eu a meninas respondemos juntas.

Então, Marcelina e eu pretendíamos ficar sentadas esperando eles, mas Alícia decidiu ir com Paulo e os meninos e por isso, decidimos ir também. Eu tive que descruzar as pernas e me levantar, no tempo que ficamos sentadas, a fila para comprar o algodão-doce aumentou, ficamos lá atrás. A única solução foi esperar no banco mesmo, mas logo assim que virei para voltar ao banco, alguém trombou em mim, era um rapaz alto, aparentando ser um pouco mais velho que eu. Quando nos esbarramos, o cachorro-quente que ele tinha nas mãos caiu no chão, fiquei me sentindo culpada na mesma hora.

–Me desculpe.- eu disse, meio desajeitada por causa do susto.

–Tudo bem, não foi nada.- disse ele.

–O que houve?- perguntou Marcelina, se aproximando.

–Nada, eles apenas se esbarraram, mas tudo bem, vamos lá comprar outro.- disse um outro rapaz parecido com o primeiro, deviam ser irmãos.

–Não precisa não, eu que derrubei, eu que vou pagar.- eu disse, já pegando um dinheiro e indo em direção ao carrinho de cachorro-quente antes que ele falasse mais. Quando ia pedindo, o carroceiro disse que viu quando o incidente aconteceu e me deu outro cachorro-quente. Entreguei ao rapaz e ele pegou com os olhos brilhando:

–Puxa, obrigado.- ele disse, admirado por eu ter feito aquela gentileza sem ao menos conhecê-lo.

–De nada.- respondi.

Nessa hora, vi Paulo e Alícia correndo pelo parque.

...-Não, eu quero o azul! - disse ele tentando pegar o azul com o rosa nas mãos, Alícia corria com o azul rindo. Vi que ele corria atrás dela.

– Não! O azul é mais gostoso! - rebateu Alícia.

– É tudo igual, só muda a cor! - disse Paulo e eu ri junto com Marcelina.

Por fim, Alícia se cansou de correr e Paulo foi esperto e conseguiu pegá-lo. Coisa de garoto, quem entende?

Daniel e Mário ainda tinham três na frente deles na fila, então, assim que paramos de rir, os dois rapazes vieram até a mim e Marcelina:

–Bom, já que estamos aqui... Prazer, eu sou Gustavo Rodrigues.- disse o rapaz que trombou em mim estendendo a mão.

–Prazer, eu sou Maria Joaquina.- eu disse apertando sua mão.

–Eu sou Giovanni, irmão do Gustavo.- disse o outro.

Ficamos conversando por um tempo, Gustavo me contou que ele e Giovanni acabaram de ingressar na mesma Universidade que eu e os meninos íamos estudar também, o pai deles é um grande médico e a mãe é psicóloga.

–Sério? Meu pai também é médico!- eu disse, me surpreendendo.

–Jura? Que coincidência!- disse Gustavo e eu ri.

–Verdade.- eu disse, ainda rindo, mas logo estranhei quando vi que ele me olhava fixamente, sem piscar, porém, o sorriso continuava ali.

–O que foi?- perguntei, assustada.

–Nada, eu só estava admirando esse seu sorriso lindo. É tão belo que... me dá vontade de...- ele meio que gaguejou, parecia inseguro. Mas se estivesse inseguro, não seria só por não me conhecer, acho que era por medo de eu ser comprometida, mas acho que ele não aguentou e me beijou. Na hora, não tive tempo de reagir, mas quando ia empurrá-lo, ouvi a voz de Daniel:

–MARIA JOAQUINA!!!- ele berrou, fazendo todos olharem pra mim.

–MARCELINA!!!- berrou Mário, olhei rapidamente para Marcelina e vi ela e Giovanni se afastando, indicando que ele também acabou beijando ela.

–Daniel, eu não queria, eu...- tentei dizer, mas eu não consegui encontrar as palavras certas, ainda mais com todo mundo olhando pra gente.

–Mário, eu...- Marcelina também se atrapalhou com as palavras.

–Amor ... Eu nunca imaginei que você seria capaz de fazer isso comigo!- disse Mário com os olhos cheios de água.

–MALDITO!!!- gritou Daniel, tentando partir pra cima de Gustavo, mas Paulo o impediu e Alícia tentou acalmar Mário.

–Calma aí Daniel, eu vi tudo e não foi bem isso que aconteceu!- disse Paulo, mas Daniel não quis ouvir, se soltou dos braços de Paulo e olhou fundo pra ele:

–Quer defender as meninas? Tudo bem, mas nunca mais olhe na minha cara, traidor!- ele disse e saiu do parque puxando Mário pelo braço. Até os algodões-doces que eles compraram estavam agora no chão.

–Cara, ficou maluco? Nem conhece ela direito e já saiu beijando?- Paulo disse pra Gustavo.

–Desculpe, eu não aguentei, não sabia que ela tinha namorado. Juro que se soubesse, eu não faria isso!- se defendeu Gustavo.

Depois disso, não consegui ouvir mais nada, desabei no chão e comecei a chorar incontrolavelmente, com as mãos no rosto. Isso não podia estar acontecendo, por quê eu não desviei quando podia? Que burra que eu fui!!! Depois de um tempo, senti Alícia me abraçar, ela sussurrava um "calma" em meu ouvido, mas não adiantava muito. Ficamos ali por um tempo até que eu finalmente parei de chorar, olhei pelo parque e encontrei Paulo abraçando Marcelina, que estava pior do que eu, até a maquiagem estava borrada. Me levantei devagar, caminhei até a entrada do parque com Alícia enquanto Paulo vinha atrás com Marcelina. Chegamos em casa, o quarto de Daniel e Mário estava trancado. Não aguentei e deitei no sofá, abracei uma almofada e chorei mais ainda. O que era pra ser um dia perfeito, se transformou em um pesadelo.

Marcelina narrando

Estava me divertindo tanto observando Paulo e Alícia feito crianças correndo um atrás do outro por causa de um algodão-doce, não sei se os dois estavam fazendo aquilo de brincadeira ou se era sério, mas que estava divertido estava. Quando acabou, o rapaz que trombou em Maria Joaquina se virou pra nós duas com o outro rapaz e se apresentou:

–Bom, já que estamos aqui... Prazer, eu sou Gustavo Rodrigues.- disse o rapaz que trombou na Maria Joaquina estendendo a mão.

–Prazer, eu sou Maria Joaquina.- ela disse apertando sua mão.

–Eu sou Giovanni, irmão do Gustavo.- disse pra mim o outro menino, que estava junto com Gustavo.

Ficamos conversando por um tempo, Giovanni me contou que ele e Gustavo acabaram de ingressar na mesma Universidade que eu e os meninos íamos estudar também, eles iam estudar medicina porque o pai deles é um grande médico e a mãe é psicóloga.

–Ah que bom, fico feliz.- eu disse, sorrindo.

–E eu fico mais feliz ainda por saber que vou ter você na mesma Universidade que eu, achei que ia ficar sozinho com o Gustavo porque todos os meus amigos foram para outro lugar.- ele disse.

–Que pena, deve ser ruim perder um amigo.

–É, mas é bom fazer outros.- ele falou me olhando nos olhos para que eu visse que ele estava falando a verdade e de repente, ele começou a se aproximar de mim, seu rosto muito próximo. Quando eu percebi suas intenções, ia abrir a boca pra dizer que já tinha um namorado e que ele estava ali, no parque, mas antes que eu pudesse dizer isso, ele me beijou. Um beijo rápido, pois eu o empurrei sem hesitar, mas já era tarde, Mário viu a cena.

–MARCELINA!!!- disse Mário, já com lágrimas nos olhos arregalados.

–Mário, eu...- não sei porquê, mas acho que devido ao nervosismo, me atrapalhei com as palavras.

–Amor ... Eu nunca imaginei que você seria capaz de fazer isso comigo!- disse Mário com os olhos cheios de água.

Ao ver que Mário estava muito triste comigo e provavelmente nunca me perdoaria, eu desabei no chão. Chorei muito. Sim, sou muito sensível, mas eu não sou a única, tantas pessoas que são sensíveis como eu ou mais que eu. Depois de um tempo, sinto braços fortes me envolvendo.

–Tá tudo bem, vai ficar tudo bem, eu estou aqui com você.- era a voz de Paulo. Não aguentei e apertei seu corpo contra o meu. Depois de um tempo chorando muito, meus olhos ardiam de tanto que deviam estar vermelhos. Paulo me ajudou a levantar e me levou pra casa ao mesmo tempo que Alícia levava Maria Joaquina. Chegando em casa, Daniel e Mário estavam trancados nos quartos dele, pensei em bater na porta, mas Paulo me impediu:

–Vai pro meu quarto, eu me entendo com ele.- disse ele e eu obedeci. Paulo nem sequer bateu na porta para entrar de tão nervoso que estava, ele simplesmente pegou a chave reserva e entrou, Alícia fez o mesmo com Daniel. Sim, cada um de nós tinha uma cópia da chave de nossos quartos para o caso de perdermos a original. Deitei na cama de Paulo e Alícia e chorei baixinho, mas compulsivamente, até que acabei dormindo.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só, o Gabriel postará o próximo em breve, até breve!