Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 52
Capítulo 52


Notas iniciais do capítulo

Fala galera, é o Gabriel que está postando esse capítulo super legal, tenho certeza que vão gostar.

Boa leitura,



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Mário narrando

Depois que a notícia de que Jorge ia sair daquela escola para ir estudar em um colégio interno por insistência do pai, o mundo parece que ficou diferente dentro da escola, era como se um arco-íris que estava escondido entre as nuvens negras da tempestade tivesse finalmente conseguido aparecer, e aquilo me dava uma sensação tão boa, um alívio tão grande que não dava pra comparar.

–Gente, eu sei que parece meio clichê, mas acho que essa notícia é para se comemorar não é?- eu disse.

–Comemorar como?- perguntou Marcelina.

–Ah, não sei, qualquer coisa pode ser feita.

–Vamos pensar.

Eu na verdade, não tinha nenhuma ideia do que fazer. Nós quatro já tínhamos ido ao cinema, à praça, ao restaurante, fomos à tantos lugares durante o ano todo, acho que já deu pra enjoar né, ir para o mesmo lugar toda vez que tivesse alguma comemoração. Tinha que ser algo diferente dessa vez, mas eu não conseguia pensar em mais nada.

–Eu não tenho a mínima ideia do que fazer. E você?- perguntou-me Daniel.

–Nadica de nada.- respondi, triste.

–Tudo bem meninos, a gente não tem pressa. Vamos pra casa e quando vocês se decidirem, liguem pra nós tá?- disse Marcelina.

–Tá bom então.- eu disse e nos despedimos das meninas com um beijo e fomos pra nossa casa.

Daniel narrando

Foi muito boa a ideia do Mário de comemorar a saída do Jorge da escola depois de tudo que ele fez, mas o ruim foi não ter a menor ideia do que fazer, as meninas não vão querer ir para os outros lugares que nós já fomos para comemorar porque momentos assim têm que ser exclusivos e inesquecíveis, mas como aqueles lugares todos em que nós já pensamos em ir elas já conheciam, não iam ser momentos inesquecíveis. Então, a ideia dele, apesar de muito boa, não serviu pra nada.

Estava entendiado em casa naquela tarde, depois do almoço, Mário jogava Wii U na sala enquanto eu tentava me distrair com o celular na mesa da cozinha, estava dando certo até o momento em que minha mãe me chamou:

–Ei meninos, venham cá.- ela chamou do quarto dela.

–Sim mãe.- eu disse aparecendo na porta e logo em seguida, Mário apareceu também.

–Eu tenho que comprar umas coisas lá no mercado, mas ainda tenho que terminar essa planilha de custos aqui ainda hoje, será que vocês podem ir lá comprar tudo isso aqui para mim?- ela pediu me passando o dinheiro das compras e uma lista.

–Claro, pode deixar mãe.- eu disse saindo do quarto.

Chegando no mercado, Mário e eu compramos tudo que minha mãe pediu. Demoramos um pouco para encontrarmos tudo, mas enfim, encontramos e voltamos pra casa.

–Obrigada mesmo viu meus amores? Não sabem o galho que vocês quebraram pra mim.- ela disse, sorrindo.

–Sabemos sim. Pode crer que sim.- eu disse também sorrindo e ela nos acompanhou.

Depois, Mário voltou à sala para continuar jogando Wii U enquanto eu fiquei sentado ao seu lado no sofá, mas comecei a achar o jogo chato porque ele nem ganhava e nem perdia, só ficava ali, sem sair do lugar e não passava de fase nunca. Então, resolvi voltar ao quarto e encontrei, meio que por acaso, meu skate, encostado na beira da minha cama. Quem sabe se eu não aproveitar esse restinho de dia que ainda tenho para dar uma volta de skate possa me distrair um pouco né? Por isso, peguei-o e desci as escadas rumo à pista de skate da praça, não pensei em chamar Maria Joaquina porque ela não curte essas coisas, muito menos assistir. Quando estava nos últimos degraus, Mário desligou o jogo e se virou pra mim:

–Que coisa chata.- ele reclamou enquanto se virava e se exaltou ao me ver com o skate debaixo do braço.- Mano, que ideia genial! Espera aí, vou pegar meu skate e a gente vai lá pra pista!

Então ele subiu as escadas como um foguete e depois voltou, mais calmo, com o skate dele debaixo do braço. Nos despedimos da mamãe, mas ela estava tão concentrada na tal planilha que nem sequer ouviu, mesmo assim, seguimos para a pista. Ficamos lá por algum tempo, sozinhos, pois por algum motivo naquele dia não tinha ninguém mais ali além de nós dois, ficamos fazendo umas manobras lá e quando paramos para descansar, uma luz azul surgiu no céu e um forte estrondo a acompanhou, percebi que estava começando a chover e fomos correndo até em casa, pois nós não tínhamos ido de motorista porque fomos de skate até a praça. Quando chegamos na rua, decidimos ir de skate até em casa, mas a chuva logo começou a cair forte e pesada, deixando a pista tão molhada que nem assim era possível andar com as rodas dos skates no asfalto. Então, corremos feito dois condenados pela rua da praça, mas em certo ponto, senti meus tênis pesarem, porque a água da chuva havia entrado dentro deles conforme eu corria. Mas naquela agonia toda, algo bom aconteceu: eu vi que estávamos na rua da casa da Marcelina e da Maria Joaquina, corri com muito esforço até lá e toquei a campainha três vezes com uma pressa daquelas, depois de cinco segundos, ela atendeu:

–Nossa meninos, como vocês estão molhados. Entrem.- disse ela, deixamos nossos skates ao lado da porta e ela pediu que sentássemos no sofá, mesmo com as roupas molhadas. Sentamos e ela foi buscar uma toalha para nós, enquanto esperávamos, uma voz familiar soou de lá de cima:

–Quem é?- me virei, era Marcelina, que assim que nos viu ali, ensopados, veio correndo em nossa direção.-Mário, meu amor, o que houve?

–Estávamos na pista de skate antes de sermos engolidos pela chuva.- respondeu ele, um pouco arfante pelo esforço.

–Cubram-se.- disse Maria Joaquina, trazendo duas toalhas, uma azul e uma preta, me enrolei com a preta e Mário se enrolou com a azul. Depois, Maria Joaquina voltou lá pra dentro e ficamos um tempo ali, até que ela voltou novamente com um sacola nas mãos.

–Tomem, vistam isso, são roupas secas e quentes para vocês não se resfriarem.- disse ela, autoritária e nós a obedecemos, fomos até o banheiro do quarto dela e nos trocamos ali mesmo. Quando voltamos à sala, ainda com um pouco de frio, vimos Marcelina sentada no sofá, sentamos com ela e depois Maria Joaquina surgiu da cozinha trazendo uma bandeja com quatro canecas.

–Aqui ó. Espero que gostem.- disse ela dando uma caneca pra mim, pensei por um instante que pudesse ser café puro, mas depois que eu levei a caneca próxima da boca e do nariz, senti um cheiro de chocolate, então percebi que era chocolate quente, eu adorava aquilo. Sem perder tempo, dei uma golada, sentindo o sabor, estava uma delícia.

–E então?- perguntou Maria Joaquina.

–Está ótimo. Quem fez?- brinquei.

–Quem você acha?- ela retrucou sorrindo. A abracei e ela abraçou de volta, pegou o controle da televisão e ligou a mesma, apesar do temporal que caía lá fora, a luz não havia acabado, por isso, ficamos assistindo a um filme qualquer que elas tinham alugado e agora estavam assistindo antes de chegarmos. E foi assim que comemoramos a saída do Jorge de nossas vidas, com um abraço confortante de nossas amadas, chocolate quente e um filmaço de ação na televisão.


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Notas finais do capítulo

É isso gente. Bom, temos duas notícias. A primeira, que a fic está chegando na reta final. Mas a boa notícia é que terá uma segunda temporada. Então, espero que tenham gostado do capítulo, até o próximo, que será postado pelo Matheus.



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