Maria Joaquina narrando

Depois daquele maravilhoso fim de semana que passei na casa de Marcelina, fiquei triste por ter acabado, passou tão rápido. Mas tudo bem, pelo menos nós ainda iremos nos ver na escola. Enfim, quando finalmente o meu despertador tocou, me levanto animada, faço minha higiene, coloco meu uniforme e desço pra tomar café.

–Bom dia mãe.- eu disse.

–Bom dia filha. Dormiu bem?

–Muito.

Depois que acabei o café, peguei minha mochila e saí, indo em direção à casa de Marcelina.

–Oi amiga!- ela disse me abraçando e eu retribuí.

–Oi Maria Joaquina.- disse Paulo, surgindo atrás dela.

–Oi Paulo.- eu o abracei.

Caminhamos juntos até a escola e assim que chegamos no portão, escuto uma voz conhecida:

–Paulo!- olhei em direção à voz e era Alícia, que chegou de skate na escola e veio até nós com ele.

–Oi amor! tudo bem?- disse Paulo abraçando ela. Eu e Marcelina aproveitamos pra ir para a sala e deixar os dois sozinhos. Chegando na sala, Mário e Daniel estavam conversando animadamente com Gabriel e Matheus, assim que nos viram, se levantaram e vieram até nós.

–Oi amor.- disse Daniel me dando um beijo e eu o correspondi, pois na sala os casais só podiam se beijar caso não tivesse professor, mas em pouco tempo a professora chegaria, eu não podia perder tempo e o beijei e fui para meu lugar.

Assim que me sentei, a professora entrou na sala e Alícia entrou atrás dela com seu skate carregando Paulo atrás, o que chegou a ser engraçado e impressionante, pois é impossível ter duas pessoas em um skate.

–Alícia, cuidado com esse skate menina!- disse a professora.

–Desculpa.- disse Alícia.

E assim, os dois foram pra seus lugares e a professora iniciou a aula.

No recreio, estávamos nós quatro lanchando juntos em uma mesa quando Gabriel chegou com Matheus, ambos estavam empolgados com algo:

–Ei gente, venham ver isso aqui!- disse o Gabriel e nós levantamos correndo até a quadra. Foi quando percebemos que uma das coisas que eles iam mudar na escola com as obras, era a quadra, que agora estava dividida em duas partes, uma para jogar basquete e estava pintada de azul, enquanto que a outra parte estava pintada de cor salmão e tinha uma rede para jogar vôlei, então percebemos a quadra havia sido aumentada e dividida em duas partes para que os meninos e as meninas pudessem jogar sem atrapalhar ninguém. E isso era verdade, muitas vezes tinha confusão na escola porque chutavam as bolas muito forte e elas iam parar na área em que as meninas jogavam, assim ficaria mais fácil de jogarem sem problemas.

–Assim ficou bem melhor.- eu disse.

–Verdade. Vão acabar as confusões.- disse Marcelina.

–Ouvi dizer que os alunos que já viram a nova quadra simplesmente apoiaram a ideia, disseram que foi brilhante.- afirmou Matheus e nós sorrimos em concordância.

Depois disso, o sinal tocou e voltamos para a sala.

Daniel narrando

Foi muito boa a reforma que fizeram na quadra, simplesmente foi genial essa ideia de aumentarem e dividi-la, eu não posso afirmar, mas eu acho que isso foi ideia de um arquiteto contratado pela nossa diretora. Depois que o sinal tocou, íamos voltando pra sala quando nosso técnico nos chamou:

–Meninos, vocês descansaram bastante nesse tempo que passaram no acampamento?- perguntou ele.

–Sim, bastante. Fizemos algumas atividades meio pesadas, mas nada muito exagerado.- disse Mário e eu concordei com a cabeça.

–Pois eu tenho uma notícia boa pra dar para vocês. Hoje à tarde, voltam os treinos, preciso de vocês e o resto do time aqui na escola às 15 horas, tudo bem?

–Por mim fechou.- eu disse apertando a mão dele.

Depois disso, ele nos liberou pra ir para a aula. Assim que a aula acabou, fui pra casa para tomar banho, almoçar, descansar e ir para o treino. Mas antes, preciso avisar à Maria Joaquina, para o caso de ela querer marcar alguma coisa comigo.

Mário narrando

Depois que almocei, fui dormir para recuperar as energias perdidas e também para economizar as que eu ainda tinha, quando deu duas e meia da tarde, meu celular despertou, acordando Daniel também, mas ele não ligou, queria ser acordado mesmo.

Assim que acordamos, escovamos os dentes, vestimos o uniforme do nosso time e fomos para a escola de carro. Chegando na escola novamente, o treinador começou a dar as regras do jogo e autorizou o início do treino.

Marcelina narrando

Depois que o sinal indicando fim de aula tocou, fui em direção ao Mário para chamá-lo pra sair.

–Mário, quer fazer alguma coisa hoje à tarde ou vai ter que jogar bola?- perguntei, eu tinha visto o treinador chamá-lo e desconfiei que pudesse estar marcando um treino.

–Olha Marcelina, eu adoraria, mas tenho mesmo que jogar bola. Foi pra isso que o meu treinador chamou.- disse ele.

–Tudo bem, eu entendo, pode ficar tranquilo.- lhe dei um selinho e peguei sua mão, caminhando em direção ao portão de saída da escola.

Já no portão, vejo que o motorista de Mário está o esperando, então rapidamente digo:

–Tchau amor, boa sorte.- o abraço.

–Obrigado amor.- ele diz retribuindo, mas logo depois ele me beija apaixonadamente, eu queria ter aprofundado mais, mas não podia, ele tinha compromissos.

Me afasto dele e vejo que Maria Joaquina também está se despedindo de Daniel com um beijo, assim que eles se afastam, Paulo vem em minha direção e Mário entra no carro, que parte logo em seguida. Não sei porquê, mas ver o Mário indo embora nesse carro me fazia lembrar daqueles filmes em que um casal se separa por algum motivo ou é separado e a mulher fica olhando o homem partir pra sempre no carro, e ver Mário indo embora de carro me dava a sensação de que isso também ia acontecer comigo. Mas tratei de espantar logo esse pensamento da minha mente e fui pra casa com Paulo e Maria Joaquina.