Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal, tudo bom? Aqui é o Gabriel novamente, espero que gostem desse capítulo...

Boa leitura.



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Maria Joaquina narrando

Quando Marcelina foi correndo e chorando até a casa dela, confesso que fiquei um pouco chateada com o Paulo, ela o acusou de fazer uma montagem e ter armado para o Daniel e o Mário serem prejudicados no treino e eles fizerem um grande sucesso, jogando bem, marcando vários gols, mas na verdade, uma parte de dentro de mim não acreditou no que o Paulo disse porque o Jorge não parece ser uma pessoa tão ruim pra chegar nesse ponto, mas ao mesmo tempo, uma outra parte de mim acreditou e me fez ficar confusa, será que o Jorge confessou? Porque se sim, então realmente ele não é tão bonzinho assim, era só fingimento.

Segui Marcelina até a casa dela e a vi subir as escadas correndo sem dar atenção aos meus chamados, era tão ruim vê-la assim novamente depois que ela já havia melhorado da depressão, só falta entrar em depressão de novo.

Quando ela entra no quarto acaba deixando a porta se fechar sozinha, mas antes que ela fechasse eu entro no quarto e sento em seu lado na cama. Ela está com o rosto afundado no travesseiro, mas sem chorar. Eu fico acariciando seus cabelos numa forma de acalmá-la, passou-se alguns minutos e Paulo apareceu na porta, mas eu fiz um sinal pra que ele fizesse silêncio e saísse, mas ele me fez um sinal pra que eu fosse com ele pra algum lugar. Me levanto da cama devagar e vou, ele me leva ao corredor e começa a falar:

–Eu sei que é difícil de acreditar, mas foram mesmo o Jorge e o Abelardo que fizeram isso. Eles mesmos disseram isso quando eu mostrei as chuteiras dos meninos toda ensopada de cola.- a voz dele era quase um sussurro.

–Tem certeza?- perguntei.

–Claro. Se eles foram capazes de fazer vocês duas serem humilhadas pelo colégio inteiro com apenas uma matéria no Jornal da Escola, por quê não seriam capazes de sabotarem os meninos pra que eles também fossem humilhados daquele jeito?

–Ele estava me ajudando a ver quem o Daniel é de verdade.- me defendi.

–Nananinanão, ele estava querendo humilhar vocês duas!- ele aumentou um pouco o tom da voz.

–Fala baixo Paulo.- eu retruquei, sem aumentar a voz.

–E agora ele estava querendo impressionar você humilhando os meninos. Isso é muito errado.

–Tá bom, tá bom. Agora me dá licença, preciso ir pra casa porque minha cabeça tá estourando com essa confusão toda.- eu disse, saindo do corredor e indo pra minha casa.

Chegando em casa, almoço e vou direto pra minha cama tentar dormir um pouco, mas acabo pensando no que Paulo disse sobre o Jorge e Abelardo. Eles seriam mesmo capazes de humilhar as pessoas assim? Não creio, o Jorge parece tão doce, tão gentil, tão simpático. É difícil acreditar que naquele dia ele só queria me humilhar. Será? Ai, nossa. Quanta confusão, mas amanhã eu posso falar com o Jorge sobre isso pra ver se eu descubro alguma coisa.

Daniel narrando

Caramba, não dá pra acreditar em como o mundo dá voltas. Até ontem o Paulo odiava eu e meu irmão pelo que nós fizemos com a irmã dele, mas hoje ele vem e nos ajuda, nos defende de uma sabotagem ridícula que fizeram pra nos humilhar. Chego em casa pensando no dia de hoje, almoço e descanso um pouco. Quando eu consigo me levantar novamente, já estou completamente descansado, meu celular vibra, é uma mensagem de texto da Margarida.

Topa ir na sorveteria nova?

É uma boa. Tá calor e eu preciso mesmo sair de casa. Mando a resposta em dez segundos:

Claro, que horas?

Pode ser agora, estou indo pra lá.

Então tá, tô indo.

Coloco uma camisa branca, bermuda marrom e um tênis e vou para a sorveteria, ela abriu ontem, mas não tive vontade de passar nela, pensei em passar mais tarde, mas acabei esquecendo. Não precisei ir de carro porque dava pra ir à pé, era uma distância que a minha mãe deixava eu ir sozinho e à pé. Chego na sorveteria e vejo ela ainda na fila pedindo o sorvete.

–Oi.- eu digo aparecendo ao seu lado e ela me abraça.

–Oi.- eu retribuo o abraço e peço o meu sorvete.

O atendente era um homem meio gordo, com uma barba curta e aparentava estar perto dos quarenta anos, mas era bem simpático, o meu sorvete era de chocolate com flocos e cobertura de granulado porque era o meu favorito. Depois que ele trouxe nossos sorvetes, nos sentamos em uma mesa vazia próxima de nós e começamos a conversar enquanto tomávamos os sorvetes.

–Hum, essa sorveteria nova faz um sorvete delicioso hein?- eu disse depois de dar a primeira colherada e era verdade. O sorvete deles era muito bom.

–É verdade.- ela disse enquanto tomava mais uma colherada.

–O seu é de quê?

–Baunilha. Quer provar?

–Não, obrigado.

–E você pegou o de quê?

–Chocolate. Você quer?

–Quero sim.Talv

Então ela pegou a colher dela e pegou um pouco do meu sorvete, quando ela experimentou, fez uma cara de que tava gostoso, acho que ela deve ter se arrependido de não ter pedido o mesmo que eu.

Depois nós ficamos um tempo sem falar nada, eu já conhecia a Margarida fazia um tempo, mas nunca tentamos nada, ela era uma das poucas meninas que eu ainda não havia ficado, será que está na hora de eu tentar? Será que se eu pedi pra gente ficar ela vai aceitar? Porque ela sabe que namoro sério não é comigo, mas será que mesmo assim ela aceitaria? Talvez, mas o problema não é ela ficar magoada quando eu der um fora nela, o problema é ela não aceitar, não querer tentar.

Esses pensamentos estavam tão fixados em minha mente que eu não reparei que acabei parando de tomar o sorvete e ela ficou preocupada.

–Ei, Daniel.- ela estalou os dedos na minha frente. - tá tudo bem com você? Parece meio tenso.

Não, não é isso. Eu estou ótimo, só estava pensando em uma coisa.- tentei disfarçar.

–Percebi. Pensando no quê?

Respirei fundo discretamente e olhei no fundo dos olhos dela, acho que eu devia arriscar, mas se ela não quisesse, pelo menos a tentativa valeu. Comecei a aproximar meu rosto do dela lentamente e ela quando percebeu só ficou olhando, esperando eu chegar lá.

–Eu posso?- perguntei quando já havia somente um dedo separando a gente.

–Pode.- ela sussurrou, então fechei os olhos e coloquei a mão em suas costas pra não ficar sem graça e o beijo finalmente saiu. Mas uma coisa estranha aconteceu que me fez ficar mais confuso ainda, eu não gostei do beijo, quer dizer, até gostei, mas me senti mal por estar beijando alguém que não queria. A Maria Joaquina beija muito melhor que a Margarida, então quando eu a beijei, me senti desconfortável, tanto que fui eu que afastei a gente. Pra minha sorte, quando acabou, consegui sorrir e fingi que gostei, mas no fundo, eu estava decepcionado comigo mesmo.

Quando acabamos, ela foi de táxi de volta pra casa e eu fui à pé para a minha, foi até bom a gente não ter ido juntos até a casa do outro, porque eu não estava mais aguentando fingir que estava feliz. Quando cheguei em casa, a primeira coisa que eu fiz foi ir direto para a cozinha, precisava beber alguma coisa pra me acalmar.

–Cheguei.- eu disse em um tom de voz alto o suficiente pra que alguém lá em casa pudesse me ouvir.

Fui até a geladeira e peguei a jarra de suco de maracujá e me servi com um copo. Enquanto o enchia, Mário apareceu na porta.

–E aí mano.- ele disse, sorrindo, mas eu não consegui devolver o sorriso, ele notou a minha decepção e se serviu com um copo de água.

–O que foi Daniel? Aconteceu alguma coisa entre você e a Margarida?

–Não.

–Então por quê você está assim tão sério? Você saiu daqui todo animado pra encontrar com ela e voltou assim triste, sério. Vocês brigaram?

–Não Mário, muito pelo contrário, rolou até beijo entre a gente.- confessei na cara dura.

–Mas isso é ruim? Pelo menos você não pensa mais em você sabe quem.

–Eu sei, mas é que...- eu hesitei, como contar pra ele que o beijo foi ruim?- Argh, eu não sei como explicar.

–Bom, mas... pela sua cara, a coisa foi feia. Ela beija mal?

–Não, normal.

–Ela tem bafo?

–Também não.

–Ela baba muito?

–Não é isso!!!- perdi a paciência e já estava prestes a explodir.

–Então qual é o problema?- ele também parecia prestes a explodir.

–Eu não me senti bem, tá legal? Foi isso!

Ele fez cara de quem não entendeu.

–Mário, eu não me senti bem BEIJANDO a Margarida. Eu acho que não gosto dela de verdade, só como amiga.- enfatizei a palavra "beijando".

–Ah tá. Viu? Explicando bem fica melhor. Mas e ela? Ficou do mesmo jeito que você?

–Aí que tá outro problema, ela ficou do contrário, parece que gosta de mim de verdade.

–Ah, mas isso ela já vem demonstrando faz muito tempo.

–Eu sei mas, agora que o beijo rolou ela pensa que eu também gosto dela. O que eu faço?

–Olha, não sei. Você deve perguntar isso a pessoas com mais experiência nisso.

–É... acho que sim. Falou, tchau.- e subi para meu quarto a fim de esperar minha mãe chegar pra pedir um conselho pra ela.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, o próximo é com o Matheus, até logo.



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