Amor Inseparável escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 17
Capitulo 17


Notas iniciais do capítulo

Fala aí galera, Matheus voltou com mais um capitulo cheio de surpresas, boa leitura!



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Maria Joaquina narrando

Depois de alguns minutos de jogo, o Daniel e o Mário estranhamente não haviam marcado gol nenhum, eles andavam mancando como se estivessem com dor ou tivessem levado um chute, enquanto Jorge e Abelardo dominavam o jogo, eles ficaram jogando juntos e marcaram dois gols cada um, estranhei os dois dominarem a bola de forma tão repentina daquela maneira. Depois de algum tempo, acho que eles viram que não tinham condições de jogarem e saíram da quadra direto para o vestiário e as líderes de torcida pararam de pular e gritar, no começo fiquei preocupada, mas logo tratei de tirar esse pensamento da cabeça porque eu jurei a mim mesma que nunca mais ia falar com gente falsa. No entanto, uma coisa estranha começou a acontecer, quando faltavam vinte minutos pra acabar o jogo, o time rival da nossa escola começou a marcar gols e ganharam do time do Jorge e Abelardo de 6X4, em dois minutos eles fizeram seis gols e tiraram as chances de vitória.

Quando o jogo acabou, o técnico foi logo chamando atenção dos jogadores.

–É, pelo que deu pra ver, o jogo acabou. - eu disse.

–Mas eles jogaram bem né?- perguntou Marcelina.

–Sim, infelizmente eles perderam, mas jogaram bem. Vamos então?

–Vamos.

Daniel narrando

Eu não sei como, mas acho que foi justamente o Paulo que fez isso comigo e com o Mário. No nosso treino de hoje, assim que eu coloquei a chuteira, senti alguma coisa pegajosa no meu pé.

–Deixa cara, talvez seja o suor.- disse Mário.

–Você também está sentindo isso?- perguntei.

–Sim, mas não deve ser nada de mais. Vamos logo senão a gente se atrasa pro jogo.

Por isso, durante o jogo, eu não conseguia jogar direito, as minhas chuteiras costumam ficar confortáveis nos pés, mas aquele líquido pegajoso estava me incomodando muito, eu não conseguia mais jogar e correr direito, rapidamente acabei desistindo do jogo e acho que Mário desistiu também só porque eu havia desistido. Quando fui tirar minhas chuteiras para reclamar com o treinador do que eu sentia nos pés, minhas chuteiras não saíam do pé de jeito nenhum, parecia que estava colada nos meus pés.

–Queridos, vocês são os melhores jogadores do time, por quê fizeram isso comigo logo hoje?- perguntou o técnico.

–Tem alguma coisa nas minhas chuteiras e eu não consigo tirá-las pra ver o que é.- disse Mário.

–Nas minhas também.- eu reclamei.

–Espera aí que eu vou ajudar.- disse ele.

Ele tentou puxar com toda a força que tinha, mas não saía de jeito nenhum, então ele teve que nos levar até o banheiro pra molhar nossas chuteiras com o chuveiro, aos poucos a chuteira foi soltando, quando soltou, ele olhou e disse:

–Isso é cola. Alguém sabotou suas chuteiras!- disse ele, nos deixando em choque.

Imediatamente ele voltou pra quadra, apitou e chamou todos pra perto dele.

–Meus queridos, o que vocês fizeram hoje foi bom, mas precisam melhorar mais nas marcações, hoje estávamos sem o Daniel e o Mário por causa disso aqui ó.- ele mostrou a minha chuteira com a cola saindo de dentro delas. - Se algum de vocês fizeram isso, acho bom que peçam desculpas agora.

Todo mundo negou, até o próprio Jorge e o Abelardo negaram, mas Paulo surgiu de trás de nós não sei como falando:

–Eu sei quem foi. Foram esses dois aqui ó.- ele apontou para o Jorge e o Abelardo.

–O quê? Como se atreve a nos acusar injustamente assim seu cretino?- se defendeu Jorge.

–Injustamente não. Eu tenho uma prova disso, olha aqui treinador. Essa foto mostra eles com as chuteiras deles nos pés e as chuteiras do Daniel e do Mário em suas mãos com um pequeno frasco de cola. - Paulo tinha tirado a tal foto pelo celular e mostrava para o treinador que parecia tão chocado quanto todos lá, inclusive eu e Mário ficamos chocados porque nunca imaginamos que esses dois pudessem ser tão cruéis pra chegarem nesse ponto.

–Vocês dois, para a sala da diretora agora!- disse o treinador.

–Dedo-duro!- exclamou Abelardo tentando ir pra cima do Paulo, mas o treinador não deixou e os levou pra lá.

Fiquei impressionado pelo Paulo ter ajudado a gente daquela maneira depois de toda aquela confusão entre nós três, ele realmente me surpreendeu. Mas e se eu estiver errado? E se naquele dia o Paulo só queria defender a Marcelina e a Maria Joaquina de marmanjos como nós que magoamos muito elas? Talvez ele estivesse certo e eu e Mário fôssemos os errados. Acho que voltar a ser amigo dele não será problema.

Poucos minutos depois nós vimos Maria Joaquina e Marcelina voltarem para a sala e Clementina e Margarida vieram até nós.

–Sinto muito pelo que houve, eles vão ter o que merecem.- disse Margarida.

–Eu sei.- falei na cara dura.

Assim que o sinal do recreio tocou, o treinador veio até nós e avisou:

–Olha meninos, a diretora Olívia ficou sabendo da sabotagem e deu uma suspensão de uma semana para o Jorge e Abelardo e também conseguiu que o jogo fosse anulado. Por isso, foi marcado outro para daqui a três dias sem a interferência do Jorge e Abelardo dessa vez ok? Então se preparem.

–Tá bem treinador, obrigado.- eu sorri e fui para o vestiário colocar o uniforme e voltar para a sala.

Durante o caminho de volta, conversei com Mário sobre a atitude de Paulo e ele revelou estar tão surpreso quanto eu pela atitude dele. Nem ele conseguia acreditar. Foi assim até o final da aula, quando o sinal tocou, estávamos chegando ao portão de saída quando vimos o Paulo junto com a Marcelina e a Maria Joaquina, os três estavam cercados de garotas, disfarçadamente cheguei mais perto e pude ouvir a conversa.

–Você fez muito bem em ter dedurado aqueles dois moleques viu? Parabéns.- disse Alícia.

–Ah que isso? A justiça foi feita, nada mais.- Paulo respondeu sorrindo, mas com um sorriso diferente no rosto, depois ele saiu andando e eu fui atrás.

–Paulo, posso falar com você um minuto?- perguntei.

–Pode. Mas só um minuto.- ele disse com frieza.

–Bom, eu queria agradecer pela força que você me deu na hora do treino.- eu disse.

–De nada. Eu fiz o que é certo.

–E também queria te pedir desculpas.- completei.

–Desculpar pelo quê?

–Você sabe.- fiquei em dúvida se ele estava fingindo ou se ele realmente já não se lembrava da confusão que rolou entre nós.

–Bom... aí eu já não sei.- ele disse e as meninas abriram um sorriso como se dissessem "Isso mesmo, não dê bola pra eles".

–Não Paulo, é sério. Depois do jogo, quando você desmascarou o Jorge e o Abelardo, eu fiquei surpreso por você ter feito isso depois de tudo aquilo e percebi que realmente você tinha razão. Nós agora entendemos o seu lado de defender a sua irmã e a amiga da sua irmã, por isso viemos aqui. Pra pedir desculpas e voltarmos a ser amigos, a gente promete nunca mais andar com aqueles dois, não é mesmo Daniel?- falou Mário.

–Isso mesmo.- eu disse.

As meninas olhavam pra ele como se torcessem pra que ele não aceitasse nossas desculpas enquanto ele ficava pensativo. Depois de alguns segundos de suspense, ele falou:

–Ok, eu desculpo vocês, mas não façam isso de novo.- ele disse estendendo a mão.

–Claro que não. Nunca mais.- eu disse e Mário concordou.

–Paulo, que história é essa de sabotagem?- perguntou Marcelina.

–Ué, você não acabou de ficar sabendo da história agora?

–Sim, mas ela quer saber como assim foram o Abelardo e o Jorge?- perguntou Maria Joaquina.

–Sim, foram eles sim.- eu disse.

–Não perguntei pra você, perguntei para o Paulo.- ela retrucou e eu me assustei.

–Sim, é verdade, olha aqui.- Paulo disse, mostrando a tal foto.

–Ah, qual é? Só pode ser brincadeira sua!- disse Maria Joaquina.

–Não, não pode ser. Isso é uma montagem que você fez, você continua sendo travesso sim Paulo!!- gritou Marcelina, andando pra casa furiosamente.

–Espera Marcelina!- disse Maria Joaquina correndo atrás dela.

–Argh, mulheres.- disse Paulo.

–Calma, vai passar, uma hora elas vão descobrir a verdade.- disse Mário.

Depois disso, eu, Mário e Paulo fomos andando juntos até a casa dele que era a caminho da nossa, conversamos o tempo todo sobre o colégio interno que ele estudava e dissemos que ficamos bem felizes por ele ter voltado. Nos despedimos dele e fomos pra casa, onde fiquei pensando em mil maneiras de como convencer Maria Joaquina e Marcelina de que foram mesmo Jorge e Abelardo quem fizeram isso e tinha que fazer isso o mais rápido possível antes que essa ilusão que elas estão tendo com os dois aumente.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e o Gabriel postará outro capitulo em breve, fiquem ligadinhos!



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