Maria Joaquina narrando

Essa do Mário agora foi bem inesperada, como ele consegue se perder da gente com a Marcelina junto? Ele simplesmente se encantou com os animais que tinha lá, mas depois que eles nos encontraram, voltamos ao passeio.

Quando finalmente nos reencontramos, nosso guia começou a contar para Mário e Marcelina sobre o tubarão-branco, ele já havia contado sobre ele pra nós, mas como Marcelina e Mário ficaram pra trás, ele teve que explicar para os dois sobre ele.

–Ele é bem assustador.- disse Carmen.

–E incrível ao mesmo tempo.- falou Daniel.

Nesse momento, o tubarão virou o olhar pra nós e, num passe de mágica, ele bateu de cara no vidro com a boca aberta, como se quisesse pular do aquário e nos devorar ali mesmo. Dei um pulo pra trás quando isso aconteceu.

–Ai, que susto!- falei.

–Calma, ele só se assustou com a gente.- disse Daniel.

–E nos assustou também.- falou Marcelina.

–Que anti-romântico, nos assustar dessa forma.- disse Laura.

Mas o tubarão continuou tentando quebrar o vidro do aquário, alguém ali não havia agradado ele, pois ele ficou furioso bem de repente, ele estava calmo antes, alguma coisa aconteceu.

–Gente, vamos logo, ficar aqui só vai piorar tudo.- disse Mário e nós concordamos e saímos.

Já do lado de fora, nosso guia falou:

–Bom gente, eu sei que vocês estão adorando, sei que está tudo muito bom, mas infelizmente tudo isso é só o que eu posso mostrar para vocês. Nosso passeio termina aqui.

–Poxa, que pena, estava tão bom aqui.- disse Marcelina.

–É mesmo, nunca vi nada tão lindo.- falou Laura.

–Outro dia a gente volta aqui, né?- falou Daniel.

–Com certeza.- concordei.

Depois que seguimos de novo por uma trilha, vi que era uma que dava para o outro lado de onde nós entramos, era por ali que as pessoas que iam lá voltavam do passeio. Depois de entrarmos no navio, eu decidi que daquela vez, voltaria de um jeito diferente. Fui até onde estava a beira do navio, me apoiei nas bordas e fiquei olhando o mar sendo atravessado pelo navio enquanto sentia o vento forte balançar meus cabelos pra trás. Até que sinto braços envolverem minha cintura.

–Admirando a paisagem?- era Daniel, sorrindo.

–Mais sentindo a brisa do que admirando a paisagem.- respondi, sorrindo.

–Sabe que uma das melhores coisas que aconteceram nessa viagem de verdade foi ter feito esse passeio com você?

–Eu também achei, ia ser tão sem graça ir pra lá sem você.

–Da próxima vez, quando estivermos de férias, vamos para outro lugar bem gostoso, como Miami por exemplo.

–Ou Paris.

–Também é legal, ou Londres.

–Boa ideia.

E então, ficamos ali, com o vento soprando nossos cabelos enquanto nos beijávamos, aquele passeio foi maravilhoso, mas só foi porque ele estava lá. Coisa que eu gosto muito do Daniel é que ele tem o poder de fazer meu mundo ficar mais bonito, mais colorido, tudo à minha volta ganha vida. E seu beijo me fazia flutuar, dava vontade de ficar assim pro resto da vida, mas a falta de ar nos impede e temos que nos separar. Assim que paramos, ele me convida pra sentar e eu assinto, e ficamos observando o céu azul sem nenhuma nuvem, na certa, os hóspedes do hotel de Acapulco devem estar na praia se divertindo nesse calor, já que eu estava quase suando com a roupa que eu estava.

Quando voltamos à porta do hangar, o nosso guia nos informa e nos leva até à porta.

–Obrigado pelo passeio viu? Foi muito massa.- disse Paulo.

–Não tem de quê.- respondeu ele.

–Até mais é... como é mesmo seu nome?.- falei.

–Rodrigo.

–Tá, até mais Rodrigo.

–Até.

E então, voltamos ao hotel, mas apesar de ainda estarmos no meio da tarde, eu já queria começar a planejar o que faríamos no dia seguinte, pois ainda tínhamos muitos dias para aproveitarmos lá.

Daniel narrando

Quando nosso guia-turístico nos disse que estava na hora de ir embora, confesso que fiquei muito triste, pois eu estava adorando ficar lá, naquele lugar, era mágico e parecia surreal, mas como o ditado diz: tudo que é bom dura pouco, por isso tivemos que voltar.

Assim que entramos no navio novamente, vi que Maria Joaquina não foi pra dentro do navio como na ida, ela ficou em cima, do lado de fora, admirando a paisagem e deixando os cabelos dela serem levados pelo vento.

Vou até ela e a abraço por trás:

–Admirando a paisagem?- perguntei, sorrindo

–Mais sentindo a brisa do que admirando a paisagem.- respondeu ela, sorrindo ainda mais.

–Sabe que uma das melhores coisas que aconteceram nessa viagem de verdade foi ter feito esse passeio com você?

–Eu também achei, ia ser tão sem graça ir pra lá sem você.

–Da próxima vez, quando estivermos de férias, vamos para outro lugar bem gostoso, como Miami por exemplo.

–Ou Paris.

–Também é legal, ou Londres.

–Boa ideia.

Era incrível como ela concordava com tudo que eu dizia, parecia até que nós tínhamos o mesmo pensamento, o mesmo gosto, a mesma personalidade. É, realmente podia ser isso, éramos feitos um pro outro, nascemos um pro outro, estávamos com os destinos cruzados desde o dia do nosso nascimento. Eu sou louco mesmo por ela. Ficamos um tempo ali, nos beijando, deixando o vento balançar nossos cabelos e o balanço do mar com o navio nos levar. Até que nos separamos pela falta de ar.

–Quer sentar um pouco?- perguntei.

–Claro.- ela respondeu.

E logo ficamos ali, sentados nas cadeiras, contemplando aquele céu azul lindo, que era feito em Acapulco, hoje à noite, vou ver se consigo fazer o pessoal ir à praia à noite pra descobrir se o céu fica estrelado ou não, seria uma boa depois desse passeio de barco.

–Obrigado pelo passeio viu? Foi muito massa.- disse Paulo.

–Não tem de quê.- respondeu ele.

–Até mais é... como é mesmo seu nome?- falou Maria Joaquina.

–Rodrigo.

–Ok Rodrigo, até mais.

–Até.

E então, voltamos para o hotel, onde fomos descansar um pouco por causa do passeio longo e depois de um tempo, Maria Joaquina acabou dormindo. Decidi dormir também, pra que mais tarde a gente fosse ver o céu estrelado na praia, ou não. Será?