Recuerdos escrita por Cissey Senna


Capítulo 23
Mulher Misteriosa


Notas iniciais do capítulo

A você que acompanha, eu sempre deixo ao longo das postagens dicas em frases em cada final de capítulo. Com elas você sempre poderá ter uma noção do que vai acontecer. Preste atenção a seguir.

"Essa divisória que nos separa do mistério das coisas a que chamamos vida.'
—Victor Hugo
Capítulo em homenagem a minha primeira ouvinte que ouvia meus projetos na calçada de casa. Minha amiga, HANANE MUNIZ ou simplismente NANE.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/588803/chapter/23

Um grito agudo avisa que nada estava bem.
–É ela!- grita Matilda recolhendo o celular e voltando a observar a imagem. Como esta pôde estar viva?
–Eu não faço a menor ideia, é ela mesmo?- diz o homem ao outro lado da linha no viva voz. Eu não a conheci pessoalmente, já você a conhece...
Então, ela está viva! Desgraçada!- grita Matilda furiosa.
–E o que você vai fazer?- pergunta o tal homem do outro lado da linha.
–Depois eu retorno!- diz Matilda. Preciso pensar...
–Está bem, mas a qualquer notícia me chame neste mesmo número!- diz ele.
–Enquanto isso investigue, faça seu trabalho a seu favor já que o correto você nem se deu o trabalho de fazer...Quero fotos, tente se aproximar dela e descobrir mais sobre essa mulher, devemos saber se não é uma sósia antes de nos preocuparmos atoa... Mortos estão mortos, não devemos ressuscitá-los meu querido...- diz Matilda finalizando a ligação.
"Desgraçada! Ah mas não é possível... Escapar de uma maravilha daquela? Seria um desperdício de cenário e atuação, aquilo foi tão Power Rangers, eu fui brilhante... Ah Helena você não seria tão fênix a ponto de renascer de suas próprias cinzas...- ri Matilda atirando todas as coisas da prateleira com a fúria do momento.
–Mamãe está tudo bem?- pergunta Violet entrando correndo assustada com a barulheira.
–Nada querida, foi um susto, eu apenas cortei o dedo!- diz Matilda mordendo violentamente o dedo sem que Violet visse para que provocasse um sangramento leve.
"Ai". Geme Matilda enquanto o sangue desce pelo dedo dolorido e escorre pingando sobre o celular onde se estende a foto de Helena, ainda nítida na tela.
–Ai mamãe está sangrando!- diz Violet recolhendo celular para limpá-lo. É a tia Helena essa mulher aqui na foto? E quem é esse homem?
–Bom eu não faço a menor ideia de quem seja esse belo homem ai do lado, esta foto quem me mandou foi um amigo meu da Carolina do Norte, ele também conheceu a Helena e quis me enviar essa foto pra eu ver a semelhança que ambas parecem ter!- diz Matilda encontrando uma boa desculpa para a foto "tão igual" de Helena e ainda mais, no seu celular.
–Muito igual mamãe, olha se eu não soubesse quem era tia Helena eu diria que era ela, apesar de que essa daqui se veste diferente e está um pouco mais, digamos "nova", mas o resto é idêntico...- diz Violet espantada com a semelhança da mulher da foto que estava sentada a beira mar com um homem a acompanhá-la e que devia ser intimo pois sua mão estava bem na perna dela.
–Eu acho muito estranho essa ideia de que dizem que temos uma pessoa igual a nós por aí...- diz Matilda abandonando o dedo machucado para dar atenção a sua bela maquiagem, de um tempo para outro ela resolvera se atentar aos mínimos detalhes e ser uma senhora muito bela.
–Ah eu já acho "chulo"!- diz Violet admirando a foto no celular.
–Que legal garota? Legal sua gíria Mexicano-Espanhola. Eu não gostaria de ter ninguém por aí com a minha mesma aparência, e vai que este ser não seja muito bem com suas ideias e seja um doido daqueles que sai por ai matando, ou pior, vai que ele é lá do oriente médio, inimigo número 1 dos Estados Unidos e seja a mulher mais procurada da América, o que eu faria? Iriam me agarrar por aí e até eu provar o contrário eu poderia acabar como Joana D´Arc numa fogueira carbonizada ou sei lá com uma bala de Fuzil no meio da testa, ah, mais se fosse para terminar sendo beatificada e ser a padroeira da França eu até me entregaria ao luxo, mas morrer assim só pelo outro e ainda mais, não por "boa intenção", desgraçadamente confundida, só Jesus mesmo!- diz Matilda relembrando a lenda Francesa de Joana D´Arc heroína do século VII condenada a fogueira pelo Bispo de Beauvais acusada de praticar bruxarias.
–Ai mamãe que horror! Bom eu estou pronta! Vamos?- diz Violet abandonando o celular na mesinha.
–Então querida, você vá na frente que eu já chego em breve...- diz Matilda dando um jeito de escapulir da companhia da filha para não ter que prosseguir com aquele assunto em parte nenhuma.
–Está bem mamãe, eu vou indo!- diz Violet levantando-se para sair sem ao menos se importar com o que a mãe faria por aí a alguns minutos de um evento tão importante como aquele.
"Eu preciso saber quem é essa mulher..." pensa Matilda enquanto revira uma caixa com alguns papéis. "Droga os boletos não estão aqui" resmunga ela enquanto devolve para caixa toda a papelada que havia retirado.
–Esqueci a bolsa!- diz Violet voltando em disparada e passando em direção ao quarto.
–Ah Violet, que susto... está pensando que eu sou um pokemon? ou um personagem do Naruto que tem jutsus de restauração? Se eu cair durinha aqui ninguém me ressuscita...- grita Matilda assustando-se violentamente com o grito da garota.
"Vamos lá, pense Matilda, pense!" dizia ela mentalmente.
–Violet estou indo, daqui a pouco te encontro lá!- diz Matilda recolhendo as chaves do carro e a bolsa e saindo correndo em direção a porta antes que a garota pudesse responder.
–Calma mãe, me dá uma...- ia dizendo Violet ao entrar na sala e nem sinal de alguma Matilda por ali. Eita mamãe, esqueceu o celular... sempre esquecendo alguma coisa...
Ao bisbilhotar a maquiagem caríssima espalhada pela mesa, Violet se depara com o celular e a imagem de Helena ainda projetada na tela.
–Como podem ter pessoas tão iguais?- diz a moça observando a imagem com atenção e aproximando com zoom para ver melhor os detalhes do rosto daquela mulher de óculos escuro azulado que pela expressão conversava algo muito importante com o homem ao seu lado, que a olhava com ternura. Alguma coisa escrita aqui, deixa eu ver...
"É ela mesma a mulher do acidente?"
(Enviado de 60 quilômetros ao sul de Cancun. Caribe MX)
–Que mulher do acidente?- estranha Violet. Bom deve ser aquele tal amigo da mamãe, apesar de que ela disse que ele era de Carolina do Norte e aqui diz Cancún, caribe mexicano.. Bom, mulher do acidente deve ser a tia Helena... o ruim de ser atriz é isso, as pessoas te perseguem, já eu queria ser jornalista!
Entre um pensamento alto e outro Violet observa mais e mais a imagem com atenção enquanto tenta entender consigo mesma, por que existia por aí uma mulher tão idêntica a sua tia.
–Bluetooth! Cadê... aqui!- diz Violet manejando rapidamente o celular. Whatsapp não, a mamãe poderia ver a conversa, bom, mas eu poderia apagar depois... melhor não! Vamos ao velho método de compartilhamento... buscando ... Aqui, eu mesma Violet, pronto, enviado.
Um single estridente avisa que a mensagem havia chego e que necessitava de uma aprovação para que Violet dispusesse dela em seu celular.
–Vou esperar a mamãe se acalmar e depois que ela esquecer a foto, vou mostrar pra Jacque... ela vai achar incrível a semelhança da tia com essa mulher aqui!- diz ela checando a imagem em seu celular e apagando a tela enquanto saia em direção a porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Capítulo inédito apesar de atrasadíssimo.
Perdão aos que acompanham, mas a rotina da vida é uma caixa de surpresas.


"O que é uma erva daninha? Uma planta cujas virtudes ainda esperam para ser descobertas."
( Ralph Waldo Emerson )



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Recuerdos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.