Enquanto subíamos as escadas, um lagrima escorreu por minha bochecha. A Crystal viu, e perguntou:

– Por que você está chorando?

Eu a olhei, lhe dei um meio sorriso e disse:

– Eu sou muito tonta. Agora ele vai achar que sou uma fraca. Ahh...

A Crystal deu uma risada e disse:

– Por que? Ele se importou com você. E isso importa.

Eu coloquei as mãos no rosto. Que bom que não tinha muitas garotas no corredor.

– Ele pegou na minha mão....

A Crystal colocou as mãos na cintura e disse:

– Então por que a senhorita está chorando?

Eu ri. Realmente, ri. E disse:

– Eu não estou chorando. Só me emocionei um pouquinho.

Nos duas começamos a rir. Mas ai o sinal tocou. A Crystal perguntou se eu queria ficar na sala dela, e cabular aula. Mas eu não tenho coragem para isso. Acho que em toda a minha vida, nunca matei aula.

De volta à sala, eu me sentei com as meninas, Anne, Victória e Kate, lá do outro lado da sala. Não queria ficar perto dele. E para não ficar perto dele, eu aguentava conversar com as três patricinhas.

A Lily ficou lá do outro lado com o Luke, que estava muito chateado. Não podia fazer nada sobre isso. Era melhor deixar que a Lily consolasse ele, afinal, eles eram namorados.

As três ultimas aulas passaram correndo. Nem olhei para o Andrew.

Já em casa, eu decidi entrar no Face. A Crystal e a Lily estava online. Mas não queria falar com elas. Então entrei no Twitter e comecei a contar para os meus seguidores o que tinha acontecido. O bom de ter uma conta no Twitter é isso. Você pode contar sobre o que você quiser, e vai ter um monte de gente respondendo sobre o assunto. Como tenho muitos seguidores, tive várias respostas. Uma menina chamada Stefany, me disse para eu acreditar em mim mesma, e tentar ser amiga do cara, e que no fim, a gente até acabe juntos.

Teve uma outra menina disse que isso tinha acontecido com ela, e que esse ano faz dois anos que eles estavam namorando. Eu fiquei feliz quando vi isso. Será que isso podia acontecer? Será que iríamos ficar juntos um dia?

POV Andrew

Minha mãe havia me pedido para ir no mercado antes de ir para casa. O mercado ficava a três quadras da escola. E, quando minha mãe havia me trazido cedo para a escola, ela havia me indicado o caminho.

Então, lá estava eu, com a minha mochila, entrando no mercado. Odeio, mas odeio mesmo ir ao mercado. Mas como minha mãe pediu, eu fui.

Eu estava no corredor dos doces, pois minha mãe havia me pedido uma barra de chocolate, quando eu vi a Crystal. Assim como eu, ela havia saído da escola e vindo para o mercado.

Peguei a barra de chocolate e fui até ela.

– Oi. Crystal, não é? – Perguntei, chegando perto dela. – Amiga da Amanda?

Ela pareceu tomar um susto. Acho que estava concentrada em escolher uma massa de bolo.

– Ahh, oi, Andrew. – Ela me deu um sorriso. – Acertou tudo. Você tem uma memória boa. – Ela deu uma risada, voltou o rosto para as massas, pegou um de chocolate e virou de novo para mim.

– Acho que vou me virar com um de chocolate mesmo. Veio sozinho? – ela perguntou.

– Sim. Minha mãe me pediu algumas coisas. Ai sai da escola e vim.

Ela sorriu e mexeu no cabelo.

– Não é todo dia que a gente conhece um garoto que faz as coisas que a mãe pede. A maioria daqueles meninos que estavam na roda hoje cedo não mexem um dedo para nada. – Ela torceu a boca e trocou o peso do corpo de pé. – Bom, eu tenho que pegar mais umas coisas e não quero te atrapalhar. Até amanhã, Andrew.

Ela saiu andando antes que Andrew pudesse falar qualquer coisa.

– Até então.