Um Desejo do Meu Coração escrita por Fernanda Ruesch


Capítulo 12
Capitulo 12 - Conversa de Irmãos


Notas iniciais do capítulo

Hey!!
Como prometido, mais um capitulo para vocês!!
Espero que gostem.



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Bom, não a culpa por isso.

É claro que aqueles sentimentos haviam voltado por causa dela, mas não a culpa.

Eu nunca fui de mexer muito no computador. Na verdade, eu não gosto. Então quando cheguei em casa, eu almocei, troquei de roupa, e fui brincar com a minha irmã. Minha irmã estuda de manhã, ou seja, ficamos toda a tarde juntos.

Sim, você leu certo. Eu gosto bastante de brincar com a minha irmã. Normalmente, eu sou sempre o Ken. É, por incrível que pareça, gosto muito de brincar com ela. Não que eu goste de brincar de boneca. Mas gosto de rir e faze - lá rir. E hoje não foi diferente.

Eu e ela sempre conversamos sobre tudo. Mesmo ela sendo mais nova, eu tenho a liberdade de falar sobre tudo com ela. Enquanto montávamos um quebra-cabeça, que tinha a torre Eiffel no chão, ela me olhou com os olhos pretos dela, e perguntou:

– Andrew, quem é a garota que você está gostando?

Eu a encarei. Jully tinha a capacidade de saber quando eu gosto de alguém. Como se na minha testa estivesse escrito: Estou gostando de alguém. Eu dei uma gargalhada, baguncei o cabelo preto dela, e deitei no chão. Eu suspirei e disse:

– Nada passa por você, né Jully?

Ela riu e deitou na minha barriga. Eu comecei a mexer no cabelo dela.

– É. Agora me conta. Ela não é como a Kara né? – Minha irmã tinha uma memória muito boa, mesmo que na época, ela tivesse 4 anos.

Eu suspirei de novo.

– Não, ela é diferente.

Jully se ajoelhou do meu lado e disse:

– Qual o nome dela? Como ela é?

Eu virei de lado, e apoiei a cabeça na minha mão.

– O nome dela é Amanda. Ela é linda, ela é como uma princesa. Tem os cabelos castanhos, os olhos castanhos, a pele clara..

Jully nunca me deixa terminar uma frase. Nessa hora, não foi diferente:

– Ela é mais bonita que eu?

Eu a olhei. Ela fez um biquinho. Eu me sentei e a peguei no colo. Comecei a fazer cosquinhas na barriga dela, e enquanto ela ria, eu disse:

– Ninguém é mais bonita que a minha Rainha Jully.

Ela deu um sorriso de orelha a orelha. Eu sabia que a Jully não deixaria o assunto tão cedo. Ela continuou, depois que parei de fazer cócegas nela:

– Mas como vocês se conheceram? Ela é da sua classe? Ela já falou com você?

Eu levantei as mãos e disse:

– Calma, uma pergunta por vez.

Ela riu e eu continuei:

– Nós não nos conhecemos ainda. Eu só me apresentei para ela. Sim, ela é da minha classe, e não, ela não falou comigo ainda.

Jully se levantou do meu colo, sentou no chão, uma sobrancelha e cruzou as pernas. Depois, ela disse:

– Mas então, como você gosta dela?

Eu puxei meus cabelos para trás e cruzei as pernas também. Eu disse:

– Eu a olhei, e foi como amor a primeira vista. Me apaixonei na hora.

Jully juntou as duas mãos e disse um “own” com milhões de “n”. Eu ri e ela disse:

– Que fofo. Será que ela gosta de você também?

Eu deixei minha mão cair e disse:

– Não sei. Só sei que não vou fazer como da ultima vez.

Jully pegou meu pulso e passou a mão pela minha cicatriz. Seus olhos brilharam, e eu vi uma lagrima caindo. Ela se levantou, se sentou no meu colo, e me abraçando, disse:

– Eu não quero te perder.

Eu a abracei no momento que ela começou a chorar. Eu, por incrível que pareça, comecei a chorar também. A diferença era que ela soluçava, e eu não. Eu passei o dedo debaixo dos olhos dela, limpando as lagrimas e lhe disse:

– Eu te prometo, que nunca, nunca vou te deixar.

Seus olhos brilharam. Ela pegou minha mão e disse:

– Promete, mesmo? Nem por ela?

Eu lhe dei um sorriso e disse:

– Nem por ela.

Sequei minhas lagrimas, a coloquei no chão e disse:

– Vamos terminar esse quebra-cabeça, né?

••••

Depois que terminamos o quebra-cabeça, Jully foi tomar um banho e eu fui começar a fazer o jantar. Sim, eu cozinho.

Daqui à uma hora, minha mãe chegaria do trabalho. E ela gostava quando eu fazia o jantar. Fiz um macarrão, e assim que terminei, eu e Jully comemos.

Eu lhe disse, assim que acabamos:

– Vamos arrumar a sala, antes da mamãe chegar.

Depois que arrumamos tudo, fomos até o quarto de Jully. Lá era o mundo cor de rosa. Tinha rosa por todo lado que você olhasse. Eu achava a obsessão por rosa da minha irmã engraçada. Se ela via alguma coisa rosa, ela gostava de ficar vendo, de tocar.

Eu a deixei lá no quarto dela e fui para o meu. Eu me deitei, e fiquei pensando na minha princesa. Acabei por dormir.


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Notas finais do capítulo

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