O melhor amigo da noiva. escrita por Adri M


Capítulo 6
Toda ação tem uma reação.


Notas iniciais do capítulo

Oiii, como ceis tão? Espero que estejam bem e recuperados do ultimo episódio de arrow. Resolvi postar cap hoje, por que amanhã acho que não vou ter tempo. Realmente ameei escrever esse cap, e achei ele muito bom, espero que vocês também. Como ceis já sabem eu não gosto do Ray, eu até gosto dele, mas longe da Felicity, tipo em outro país, sobre o que escrevi dele nesse cap, ele vai pagar! E tem a declaração como prometi no ultimo cap, espero que gostem. Sem mais delongas, boa leitura :*
P.S tenho que dividir o playlist das musicas que escutei escrevendo o cap. Passenger - Let her go (a que está no cap) e Bruno Mars - When I was your man (eu fiquei repetindo as duas)



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Bem, você só precisa da luz quando está escurecendo

Só sente falta do sol, quando começa a nevar

Só sabe que a ama quando a deixou ir

Só sabe que estava bem quando está se sentindo pra baixo

Só odeia a estrada quando está com saudade de casa

Só sabe que a ama quando a deixou ir

E você a deixou ir

Olhando para o fundo do seu copo

Esperando que um dia faça um sonho durar

Mas sonhos chegam devagar e passam muito rápido

Você a vê quando fecha os olhos

Talvez um dia você entenda porquê

Tudo o que você toca, certamente, morre

É como se ela estivesse esperando algo de mim, seus olhos azuis estreitos, cravados no meu. Seu corpo a centímetros do meu, ela está tão perto e ao mesmo tempo tão longe de mim, tão intocável. Ela está esperando algo de mim. Ela sabe que eu quero lhe dizer algo importante, algo que pode mudar tanto a minha vida quanto a dela. Eu conheço Felicity, durante anos fui seu melhor amigo. Ela sempre me confidenciou tudo.

Ela me falou sobre sua primeira paixão na escola, Barry Allen, ele era exatamente igual a ela, um nerd apaixonado por matemática e por incrível que pareça todas as matérias colegiais, apaixonado por vídeo game igual à Felicity, eles eram perfeitos um para o outro. Eu odiava a sensação que tinha quando ela falava dele, eu odiava ver ela perto dele. Eu odiava qualquer rapaz que chegasse perto da minha Felicity, da minha garota, e agora eu entendo tudo que eu sentia, era um misto de ciúmes com medo de perdê-la. E eu não posso perder Felicity.

E o pior dia da minha vida, foi quando eu vi os dois se beijando, o primeiro beijo da Felicity, ela tinha 14 anos. Quando eu vi os dois juntos, um perto do outro eu tive vontade de partir para cima de Barry, mas ao mesmo tempo eu sabia que Felicity ia ficar magoada comigo, furiosa na verdade, e por mais que eu a ache linda quando esta furiosa, eu não gosto quando ela está furiosa comigo. O que eu fiz foi dar meia volta e voltar, depois disso eu evitei o máximo falar sobre o estorvo que o Barry Allen foi na minha vida.

Felicity chorou nos meus braços quando o pai dela morreu, ela tinha apenas doze anos, nós estávamos juntos na mansão, comendo brigadeiro, quando minha mãe entrou na cozinha e sentou ao lado de Felicity. Antes de dizer qualquer coisa ela a abraçou. Donna estava sem condições de falar a filha o que tinha acontecido com o marido. Felicity amava muito o pai e ele a amava mais ainda. Ele era o herói dela, tudo para ela, e quando minha mãe disse que ele havia sofrido um acidente de carro, ela foi quebrada por dentro, o mundo dela praticamente caiu. Eu me senti no dever de cuidar dela, dar apoio para ela, e foi isso que eu fiz, eu a abracei, beijei seus cabelos negros, enquanto suas lágrimas molhavam minha camisa, afaguei suas costas e lhe mostrei que ela sempre ia poder contar comigo. Eu a amava, e sempre ia estar lá por ela. Sempre.

Fui eu que dancei com Felicity nos seus 15 anos. Não teve festa, ela não gostava dessas coisas. Então, eu quebrei o meu porquinho, e comprei um bolo de sorvete para nós dois, a levei no parque, e depois de nos embucharmos de bolo, eu a puxei para dançar no meio do gramado do parque. Ela era minha, Felicity sempre foi minha, e eu não vou deixar que ninguém a tire de mim.

– Oliver, o que está acontecendo? Você está suando, está nervoso. – a voz dela me tira dos meus pensamentos. Eu estou tendo outra chance de falar o que sinto para ela. É só uma chance que eu preciso. – Você está bem? – a palma da sua mão quente toca a minha bochecha, sinto um arrepio com seu simples toque. Ergo minha mão e pego na dela. Encaixo meus dedos nos dela, fixo meus olhos em seus lindos olhos azuis que brilham como as estrelas do céu.

Passo a imaginar uma vida ao lado de Felicity. Me permito imaginar que daqui poucos dias quem vai estar esperando ela no altar vai ser eu e não Ray. Eu não posso a perder, nós funcionamos juntos. Talvez nós sejamos o oposto, mais o oposto sempre se atrai.

– Eu sei que é tarde, mas eu preciso te dizer uma coisa. Quando eu fui embora de Starling, não foi por que eu peguei Sara e Nyssa juntas no meu apartamento. Foi por causa de você. – vejo a confusão nos olhos de Felicity.

– Por minha causa. O que eu fiz? – indaga.

– Nada. – acaricio seu rosto com meu polegar. – Eu me apaixonei por você Felicity. – ela segura minha mão e afasta do rosto dela.

– Uou! – dá um passo para trás. – Você bebeu? Está falando sério? – sorrio com seu espanto e sua reação. Dou um passo a frente, ficando muito próximo dela, ela não se afasta, olha dentro dos meus olhos.

– Nunca falei tão sério na minha vida. – respiro fundo. – Felicity eu te amo desde os meus dez anos de idade. – ela estreita os olhos, vejo as lágrimas que ela segura, seu rosto fica pálido.

– Eu preciso voltar. Ray deve estar me procurando. – ela vira as costas. Eu não posso perdê-la. Fecho a porta que ela acabara de abrir e paro na frente dela.

– Diga Felicity, diga que sente o mesmo por mim! – exclamo.

– Eu não posso dizer isso, Oliver. Saia da minha frente, por favor. – maneio a cabeça.

– Não! – enlaço meus braços na sua cintura, e aproximo meus lábios dos dela. – Preciso provar o quanto amo você, me dá uma chance? – nada responde. Percorro minha mão até a sua nuca e puxo seus lábios para os meus, a beijo com amor e ternura, me perco no seu gosto, em seus lábios macios. Nós afastamos quando o ar torna-se preciso, permaneço com meus olhos fechados, nossas respirações se mesclam. Se o mundo acabasse agora, eu morreria feliz.

– Por favor, me deixa sair daqui. - abro meus olhos e Felicity está chorando. – Não insista. – a solto e saio da frente da porta que ela abre e sai correndo.

– Felicity! – Ray para na frente dela e ela o abraça. – Não insista. Você a perdeu. – sussurro para mim mesmo.

Mas, você só precisa da luz quando está escurecendo

Só sente falta do sol, quando começa a nevar

Só sabe que a ama quando a deixou ir

Só sabe que estava bem quando está se sentindo pra baixo

Só odeia a estrada quando está com saudade de casa

Só sabe que a ama quando a deixou ir

Olhando para o teto no escuro

O mesmo velho sentimento de vazio em seu coração

O amor chega devagar e passa muito rápido

Bem, você a vê quando dorme

Mas para nunca tocar e nunca manter

Porque você a amava muito

E você mergulhou muito fundo...

Fiz tudo que eu podia fazer. Eu juro que eu tentei, mas isso não me impediu de perdê-la. Eu fui burro, tolo, um grande imbecil que acordou tarde demais e perdeu a mulher que ama. Se eu tivesse agido diferente, se eu não tivesse fugido dos meus sentimentos. Eu devia ter feito alguma coisa, devia ter dito como me sinto, mas a minha ação foi fugir e como toda ação tem uma reação, a minha foi ter perdido a mulher que amo para sempre.

– Ollie? – tiro meus olhos dos meus sapatos e eles encontram Sara entrando no prédio. – Já está indo embora? – indaga.

– Essa festa perdeu a graça. – respondo.

– Quer beber? Sei que me produzi para uma festa de gala, mas não gosto de eventos assim. – comenta.

– Então por que veio? – tento não parece inconveniente, porém fracasso.

– Sei lá. Vai aceitar meu convite? – acho que beber não é uma boa idéia, entretanto preciso de algo forte, depois dos últimos acontecimentos.

– Adoraria. – aceito o convite.

[...]

É até hilário estar em um bar com a minha ex namorada e a amante da minha ex. Acho que cheguei ao fundo do poço. Logo depois que eu e Sara chegamos ao bar, começamos a beber tequila e vodka, quando já estávamos soluçando, Nyssa entrou no bar. Meu dia acabou quando Felicity pediu para eu não insistir, a única coisa que me resta agora é beber, me trancar no meu quarto e esperar a barba crescer. É isso que homens fazem, somos burros, insensíveis e estúpidos. Sempre perdemos o melhor que temos. Perdi Felicity, por ser uma merda insensível, incapaz de falar sobre a porra dos meus sentimentos.

– Ollie você está bem? – vejo duas Saras na minha frente e duas Nyssas atrás de duas Saras, isso é confuso.

– O que Felicity lhe disse Oliver? – questiona as duas Nyssas.

– Isso está confuso. – soluço, sentindo o ultimo gole de tequila voltar pela minha garganta e pelo meu nariz, isso é nojento. Tomo outro gole da bebida, que desce rasgando.

– O que ela disse, Oliver? – se uma Nyssa é assustadora, imagina duas.

– Para eu não insistir, foi isso que ela falou! – exclamo.

– E você vai desistir? – pergunta as duas Saras.

– Vou voltar para Nova Iorque depois desse casamento e levar minha vida adiante. Sim eu já desisti. – bato o copo vazio no balcão. – Outra, por favor. – exclamo.

O barman enche o copo até o gargalho e eu viro o liquido em um gole só, engulo e ergo os braços para cima.

– Aos homens, que são uns merdas incessíveis! – berro.

[...]

FELICITY.

Eu não tive coragem de sair do maldito evento ao lado de Ray, eu não tenho nem certeza se levarei esse casamento adiante. O que Oliver disse virou minha vida do avesso. Ele me ama, eu escutei isso da boca dele, ele me pediu uma chance e em seguida ele me beijou. O pior de tudo isso é o meu medo, eu tenho medo de me envolver com Oliver e no fim ver que tudo foi um erro.

Ele me deixou pensar que ele foi embora por causa de Sara e Nyssa, quando na verdade era por que estava apaixonado por mim. Isso tudo é uma grande confusão, e eu não sei se consigo lidar com tudo isso, eu me sinto dentro de um labirinto sem saída.

Disse para Ray que não estava me sentindo bem e sai da festa. Quando o dia amanheceu eu não tinha pregado o olho, passei a noite pensando em Oliver, em suas palavras, no casamento, em mim, é em mim que preciso pensar. No melhor para mim. Quando consegui dormir já era tarde e as três fui acordada pela minha mãe, que estava organizando a despedida de solteira. Não estou nem a fim de organizar o casamento agora.

Minha cabeça está um turbilhão, as coisas estão desorganizadas e eu passei o dia inteiro tentando organizá-la. E agora que eu mais preciso de Nyssa, ela sumiu da face da terra, não atende minhas ligações. Até pensei em rastreá-la, porem conheço minha melhor amiga, e sei que uma hora ela vai aparecer, ela só precisa de um tempo.

Olho no relógio e já são quase onze horas da noite. Preciso falar com Ray sobre alguns papeis do departamento de T.I. Tudo que eu desejo agora é não ver e nem falar com ele, todavia esses papeis são importantes para ele. Ligo no celular dele, e dá na caixa postal, tento inúmeras vezes e ele não atende. Tento os do escritório e o do apartamento e nada. Estou realmente preocupada. Sei que rastrear o meu talvez futuro esposo não é uma coisa boa, mas realmente estou preocupada. Lembro do smart wearables, uma das invenções geniais de Ray, que minha mãe adora. Depois de alguns minutos tenho a localização dele, está na empresa, ótimo lugar, ele deve estar afundado em algum novo projeto. Entrego os papeis a ele e volto para a minha casa, me enfio em baixo das minhas cobertas, com um pote de sorvete e algum filme de comedia romântica.

Dirijo até a empresa, graças a Deus o transito estava uma maravilha. Como já é tarde, está tudo apagado. Pego o elevador e subo até o andar da presidência. Apenas as luzes da sala de Ray estão acesas. Abro a porta e concluo que era melhor ter ficado em casa.

– Ray! – olho incrédula para ele. – Helena! – a pasta voa na cara de Ray, viro as costas e saio a passos largos daquele local.

– Felicity! – ele para na minha frente. – Eu posso explicar! – exclama.

– Explicar o que? O seu quadril entre as pernas da minha amiga. Ou sua boca no seio dela? – meu rosto queima e a vontade que tenho é jogar Ray pela janela e depois bater a cabeça de Helena no vidro das paredes da sala de Ray até ele se quebrar.

– Foi um erro. Você tem que me perdoar. – não tenho domínio do meu corpo, ele está tremendo de tanta raiva, minha mão choca-se no rosto de Ray. Meus dedos ficam nítidos na bochecha dele.

– Você é um grande merda! – exclamo, antes de sair.

Antes de ir para a minha casa, passo em uma loja de conveniência. Durante o caminho lembrei que não tinha mais sorvete, e eu preciso de sorvete. Comprei o pote de sorvete e duas garrafas de whiscky puro. Cheguei em casa, entrei na cozinha, peguei um copo e uma colher, depois subi direto para o meu quarto me tranquei nele. Comi todo o sorvete em minutos. Depois abri uma das garrafas de whiscky, nunca coloquei uma gota de álcool na minha boca, mas depois de tudo que aconteceu, acho que eu preciso.

As primeiras doses desceram rasgando minha garganta, porem depois da décima tinha me acostumado com o gosto. Coloquei os fones de ouvido e comecei a escutar as musicas do playlist do meu celular. Bruno Mars, Jason Mraz, Passenger, Daughtry é o que mais toca.

Deito na cama e olho para o teto enquanto when i was your man toca. As palavras de Oliver começam a se misturar com as imagens de Ray e Helena tranzando na mesa do escritório dele. Minha boca já esta adormecida, não tenho controle dos meus atos. Olho para o pôster do Robin Hood e começo a rir como uma louca. Ele sempre foi meu herói favorito, meu pai sempre me contava histórias dele, para mim e Oliver.

– Oliver! – sei que todos acham que sempre era eu que o consolava, mas não é verdade. Oliver sempre esteve ao meu lado, quando meu pai morreu, nos meus 15 anos, na nossa formatura e em inúmeras vezes que eu precisei. Ele pode ter ido embora, e isso me machucou muito, porém, Oliver é o homem que eu amo, desde a minha adolescência. Pego o celular e digito meio grogue e soluçando algumas palavras, envio e deixo o celular cair ao meu lado da cama.


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Notas finais do capítulo

COMENTE!! Até pensei em colocar a frase da Felicity do ultimo episódio "Eu não quero ser a mulher que você ama" depois que o Oliver disse que a amava, não tive coragem, não mesmo HAUHSUASH. Então me contem tudo, preciso mesmo da opinião de vocês, Okay! Não me deixem na mão. Bjoos até o proximo.