O melhor amigo da noiva. escrita por Adri M


Capítulo 10
Minha casa.


Notas iniciais do capítulo

Oiiii! Como estão? Bom desculpa a demora, meu bloqueio foi feio dessa vez. Mas estou de volta e daqui a pouco posto um novo de OE (Olicity encantado, se der tempo) Bom espero que gostem desse cap, que é calminho...SQN.



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Ela é ainda mais linda dormindo. Seu corpo nu coberto por apenas um lençol fino. A sua pele branca mesclando com os raios de sol que invadem o quarto. Seus cabelos loiros e longos espalhados pelo travesseiro, fazem cada pedaço do meu corpo desejá-la cada vez mais. Não sei como consegui levantar da cama e deixá-la só, mas, quero bancar o romântico. Ela merece, sempre vai merecer.

Depois da noite que tivemos e depois dela falar que me ama, eu tomei uma decisão, a certa dessa vez. Não vou mais me afastar, não consigo fazer isso. No passado eu tive forças para ignorar o sentimento que tinha por ela, e permanecer longe por um longo tempo, mas, agora, eu não consigo fazer isso. Felicity é um imã e eu sou o metal, sou atraído por ela, e gosto disso. Não tenho mais forças para ficar longe dela. Depois de ficar a madrugada pensando na minha decisão, eu liguei para meu pai as quatro horas da manhã, fiz uma proposta, e depois de um tempo escutando ele me xingar por ter o acordada de madrugada, ele enfim, aceitou a minha proposta. Agora só tenho que viajar para NY, antes de contar sobre o que eu decidi para Felicity.

Suspirei apaixonado quando a vi se mexer sobre a cama. Seus lábios se mexeram, murmurando algumas palavras desconexas. Coloquei a bandeja de café no balcão, e andei até a cama. Ajoelhei-me sobre o colchão e inclinei meu corpo roçando meus lábios em sua pele desnuda. Subi com leves beijos e mordidas por toda a extensão das suas costas, até chegar ao seu pescoço, mordi o lóbulo da sua orelha e escutei seu sorriso.

– Bom dia. – sussurrei em seu ouvido. Ela virou-se, sorrindo graciosamente, com certeza ela consegue tudo de mim com apenas esse sorriso. Colocou as mãos sobre os meus ombros e trilhou um caminho até minha nuca com a ponta dos dedos. Encostou meus lábios nos dela e roçou a língua no meu lábio inferior. Uma onda elétrica passou pelas minhas veias. Meu corpo reagiu internamente e externamente.

– Bom dia. – sibilou ofegante, depois de nossos lábios se afastarem. Felicity empurrou meu corpo para o lado, deslizou as pernas para fora da cama, mas antes dela levantar segurei seu braço e puxei seu corpo para o meu. Segurei sua nuca, selando nossos lábios em um beijo urgente e voraz.

– Bom... Isso foi bom, muito bom. – falou, com os olhos fechados e as bochechas coradas. – Poderia ficara aqui, mas preciso ir ao banheiro. – pulou para fora da cama, o lençol cobria seu corpo. Desejei tirar aquele lençol e a amar de pé mesmo. Sentei-me na cama, e fiquei olhando para ela, até ela segurar a maçaneta da porta do banheiro.

– Vai tomar banho? – perguntei. Ela virou-se e afirmou com um sorriso. – Poderia deixar a porta aberta. – sugeri, ampliando um sorriso de segundas intenções nos lábios.

– Quem sabe, Queen! – exclamou, soltando o lençol, que aos poucos revelou cada parte do seu corpo, até cair no chão. Trilhei um caminho com meus olhos por todo o seu corpo, até os seus olhos que transbordavam luxuria e desejo.

Levantei da cama rapidamente e andei até a porta do banheiro, seria uma afronta ela trancar a porta depois do que fez. Entrei no banheiro e ela já estava em baixo da água. As espumas caiam dos seus cabelos e deslizavam pelo seu corpo, meu corpo inteiro reagiu, a queria e ansiava por ela. Arranquei a bermuda que usava e entrei no box. Segurei na lateral da sua barriga e girei seu corpo, aproximando do meu.

– Pensei que ia demorar. – disse antes de puxar meus lábios para os dela e envolver as coxas no meu quadril. Deixei que a água caísse pelos nossos corpos unidos. O gosto doce da boca dela misturava-se com a água morna. Encostei seu corpo na parede. Felicity ergueu o pescoço e eu o beijei e distribui suaves mordidas ali, mordi seu queixo em seguida selei nossos lábios em um beijo voraz. – Oli-ver. – sibilou meu nome com a voz rouca.

Olhei dentro dos olhos dela e em um único movimento, deslizei meu membro para dentro dela. Suas unhas cravaram nos meus ombros. Alternei as estocadas lentas e rápidas dentro dela, enquanto seus gemidos se tornam presentes.

[...]

Depois de sairmos do banho, vestimos nossas roupas e sentamos na cama para tomar o café, que a essa altura estava gelado. Esperava por essa hora para contar a ela, sobre minha viagem para NY, ainda não estava na hora de voltar, mas resolvi adiantar a viajem para falar com meu chefe sobre a minha decisão. Olhei para Felicity que estava colocando um morango na boca, tirei o morango da mão dela e coloquei na minha boca.

– Hey! – exclamou, com um olhar severo. – Era o ultimo. – completou olhando para a tigela que antes estava cheia de morangos, e agora está vazia.

– Eu não resisti. – falei, a vendo cruzar os braços e bufar. – Felicity, preciso falar algo com você. – o meu tom de voz, fez ela se encolher e o medo transbordar dos seus olhos.

– Claro. – jogou alguns fios de cabelos que cobriam seu rosto para trás. – É algo importante? – indagou.

– Na verdade é. – notei a tensão invadir seu corpo, comigo foi igual, estava com medo de como ela ia reagir. – Eu tenho que viajar para Nova Iorque. – disse. Ela olhou para a bandeja sobre a cama e pegou uma maça, em seguida cravou os dentes nela, tirando um pedaço e mastigando.

– Hoje? – pediu depois de engolir o pedaço da maça. Peguei a mão dela e levei a minha boca, depositando um beijo nela.

– Não! Daqui dois dias. – respondi.

– Que bom que dessa vez você avisou. – disse, visivelmente magoada. Sabia que ela não reagiria bem, mas seu olhar feriu meu coração. Ela levantou e saiu do quarto. A segui até a beirada do rio, onde ela se agachou, pegou uma pedra e jogou no rio.

– Por que é tão orgulhosa e nunca me deixou te ensinar a fazer isso? – disparei a vendo jogar outra pedra.

– Gosto de aprender a fazer as coisas sozinhas. Nunca gostei de depender de ninguém. – lançou outra pedra no lago, dessa vez a pedra quicou duas vezes. – E o engraçado é que me sinto dependente de você. Não consigo mais ficar longe de você. – jogou outra pedra, que também quicou duas vezes. – Eu não quero que você vá, Oliver. Mas não vou te impedir. – lançou outra pedra que quicou cinco vezes. Alarguei um sorriso nos lábios sentindo orgulho de ela ter conseguido. – Eu só não quero que você vá embora outra vez. – ficou parada, com a respiração acelerada, seu corpo frágil transparecia toda a tristeza que ela estava sentindo.

– Eu não vou Felicity... Na verdade eu vou. Mas apenas para resolver algumas burocracias da minha demissão. Liguei para Josh ontem pedindo demissão. Não quero mais viver longe de você. – dei alguns passos para frente, parando a poucos cm de distancia do corpo dela. – Vou montar uma empresa de publicidade em Starling. A minha empresa. – ela virou-se lentamente, seus olhos interrogativos cravaram nos meus.

– Quando decidiu isso? – questionou.

– Ontem, quando você disse “eu te amo”. – respondi. – Não posso mais ficar longe da mulher que eu amo. As passagens são muito caras. – completei a fazendo rir. Seus braços enlaçaram meu abdômen e ela afundou a cabeça no meu peito. Envolvi seu corpo com meus braços e beijei seus cabelos. A sensação que tive foi à mesma sensação de quando criança, eu e minha família nos reuníamos para abrir os presentes de natal em baixo da arvore, eu me sentia em casa. Agora, Felicity se tornou a minha casa. – Ao menos isso serviu para alguma coisa. – murmurei, ela levantou o rosto e fitou meus olhos.

– Para o que? – acariciei seu rosto e beijei sua testa.

– Você aprendeu quicar a pedra sobre a água.

[...]

Os últimos dois dias passaram voando. Felicity e eu aproveitamos cada minuto juntos. Ted estava inquieto, deitado no sofá ao lado de Felicity que passava a mão pelas costas dele. Sentei ao lado dele e acariciei o pescoço do cachorro.

– Ele está triste. – comenta Felicity, com os olhos fixos em Ted.

– Nós vamos embora, e ele não quer. Está triste por causa disso. – falo, recebendo um olhar triste de Felicity. – E você não quer ir embora. – completo.

– Não estou pronta para ver Ray novamente. A megera da mãe dele, aquela empresa. Helena. Aquele vestido que está no manequim do meu quarto, queria ficar aqui. Acho que vou ficar aqui até você voltar...

– Fe.li.ci.ty! – falo seu nome pausadamente, a fazendo se calar, ela me encara. – Ray... – pigarreio. – Você ainda sente algo por ele? – indago.

– Não! – exclama, com os olhos fixos nos meus. – Você acha que sinto algo por Ray? Não... Eu nunca senti nada por ele. Eu não sei onde estava com a cabeça quando aceitei o pedido. Na verdade eu não tinha opção, ele tinha trancado o quarto e colocado flores em todos os lados, sem falar nos ursos de pelúcia. Eu me senti pressionada. – diz rapidamente.

– Ele fez isso? As rosas e todo o resto? – faz que sim com a cabeça. – Que cafona! – exclamo, a fazendo começar a gargalhar.

– Você está com ciúmes do meu ex noivo? – indaga, divertida com a situação.

– Eu faria um pedido bem melhor que o dele. – disparo.

– Como você faria, Queen? – retruca. Ajoelho-me na frente dela e pego em sua mão. Sua expressão fica surpresa e um pequeno sorriso desenha seus lábios rosados.

– Na hora certa você vai saber. – levanto tomando seus lábios para mim, a beijando calmamente.

– Oliver! – olho para Jim parado na porta da sala. – As malas já estão no carro.

– Obrigado, Jim. – agradeço, recebendo um leve aceno de cabeça do homem mais velho.

– Se você quiser pode ficar aqui. A viajem até Nova Iorque vai durar apenas dois dias, quando voltar veio para cá. – falo, enquanto jogo alguns fios de cabelos dela para trás.

– Não. – murmura. – Tenho que passar nas Indústrias Palmer e entregar minha carta de demissão. – dispara.

– Não que eu não esteja feliz com essa noticia. Eu estou e muito. Acho Ray maluco. Mas onde você vai trabalhar? – questiono.

– T.e.c.h V.i.l.l.a.g.e! – exclama em tom de deboche, jogando os braços para cima. – Ao menos tem plano de saúde e é muito bom. – completa sorridente.

– Você é um talento nato, acha mesmo que outra grande empresa não vai te contratar? – comento, vendo um sorriso ampliar-se em seu rosto.

– É só temporário, até encontrar um emprego melhor. – levanta-se e vai até a cozinha. A sigo. Ela pega um pedaço de bolo de laranja com calda de chocolate que Dianne tinha acabado de preparar. – Quer? – assinto. Ela corta um pedaço e me entrega. – Só não se suja como um bebe Oliver. – estica a mão e limpa minha boca. Passo o dedo na calda e contorno seus lábios o manchando de chocolate.

– Quer que eu limpe? – antes que ela respondesse a surpreendi com um beijo, nos afastamos ofegantes, cravo meus olhos em seus lábios ainda sujos pelo chocolate. – Ainda está sujo. – beijo-a novamente, segurando seu corpo junto ao meu.

– Crianças! – nos afastamos em um pulo quando a voz furiosa de Dianne ecoa pela cozinha. Olhamos para ela, que está parada com as mãos na cintura e nos fuzilando com os olhos. – Esse bolo era para vocês comerem durante a viajem. – diz.

– Ainda dá para comer. – dispara Felicity. – É que estava com uma cara tão boa que não resistimos. – completa, fazendo Dianne sorrir.

– Está bem. – diz. – Vou colocar em pedaços em um pote.

[...]

2 dias depois...

FELICITY...

Ainda não tinha criado coragem para ir até as indústrias Palmer e falar com Ray, entregar a ele minha carta de demissão. Eu tomei essa decisão para acabar com qualquer vinculo entre eu e ele. Não queria mais conviver com Ray, e eu já estava pensando há muito tempo em sair da Palmer. Não sinto prazer em trabalhar lá.

Sei que tenho que ser uma mulher forte e bater de frente com os problemas e é isso que eu vou fazer. Trabalhar do Tech Village não deve ser tão ruim. E alem de tudo o plano de saúde é bom. Estacionei o carro na frente do prédio onde trabalhei durante três longos anos. Respirei fundo olhando para o logo “Industrias Palmer”. Está na hora de dar um ponto final nessa situação.

Entrei na empresa e os olhares queimaram minhas costas. Ando a passos largos até o elevador e entro nele, acompanhada de alguns funcionários. O elevador para no terceiro andar e alguns saem e outros entram. Para no quarto, no quinto, no sexto e no sétimo andar, até parar no oitavo que foi onde eu sai. Olhei na enorme sala de vidro de Ray e ele estava mexendo nos computadores, e falando no telefone. Bato na porta e ele levanta o olhar para mim. Sua felicidade é palpável.

– Felicity, meu amor...entra. – anda a passos largos até mim e pega na minha mão que imediatamente eu puxo.

– Não sou seu amor! – exclamo seca. O fazendo se encolher e me olhar com vergonha.

– Desculpa, eu não sei onde estava com a cabeça quando cedi as investidas de Helena e...

– Ray, me poupe. Sinceramente eu não quero saber disso. Se você quiser brincar com seu brinquedinho dentro da Helena, você brinca. Eu não me importo. – disparo, fazendo seus olhos escurecerem e seus lábios formarem uma fina linha dura. – Eu só quero te entregar isso. – tiro o envelope da bolsa e entrego para Ray.

– O que é isso? – pergunta com os olhos fixos no papel branco.

– Minha carta de demissão. – guspo as palavras na cara dele. Viro sobre os meus calcanhares e saio da sala dele.

– Não. Você não vai fazer isso. – segura meu braço e crava os dedos na mesma região, causando uma dor interna.

– Me solta, Ray! – puxo meu braço até ele soltar. – Não chega mais perto de mim, nunca mais! – exclamo, saindo a passos largos da sala dele.

Quando saio do prédio sinto um alivio imediato, uma sensação boa de finalmente estar livre. Pego o celular na bolsa que toca sem parar. Atendo e encosto o objeto na orelha.

– Alo. – falo.

“Felicity?” – a voz do outro lado é conhecida.

– Sim, sou eu. – afirmo.

“Aqui é o Robert Queen” – claro, o pai do Oliver. Mas o que ele quer comigo. Será que...

– Aconteceu alguma coisa com o Oliver? – disparo, escutando seu sorriso do outro lado.

“Não, minha querida” – disse. – “Você estará hoje no jantar do Oliver?” – indagou.

– Sim. – respondo. Entro no meu carro.

“Eu tenho uma proposta para te fazer. Então, não falte!” – dispara com ar misterioso.

– Okay! – respondo no mesmo tom.

“Estarei te esperando...Agora preciso ir”

– Estarei ai Sr. Queen. – a ligação fica muda.

Olho no relógio e ainda faltam duas horas para a chegada de Oliver. Prometi que estaria o esperando no aeroporto. Tenho que passar em casa e tacar fogo nessa roupa, está com o cheiro da Palmer. O transito estava calmo, então minha chegada até em casa não demorou muito. Subi até o quarto e tirei a roupa que estava, vesti um roupão e fui direto para o banheiro, precisava de um banho. Quando Sai do banho, coloquei uma saia longa da cor azul marinho e uma camisa branca, que ia até o umbigo. O conjunto de roupa deixava uma pequena parte da minha barriga nua. Estava arrumando meus cabelos quando escutei um barulho nas escadas. Minha mãe está no trabalho e Nyssa está com Sara. Abro uma fresta da porta e não vejo ninguém.

Olho ao redor a procura de qualquer objeto pesado ou com ponta. A única coisa que encontro por perto é o meu secador de cabelo e isso não machuca ninguém. Saio do quarto cuidando para não fazer barulho. Ando até as escadas, quando sinto alguém me agarrar e colocar um pano úmido e com um cheiro muito forte de Éter sobre o meu nariz.


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Notas finais do capítulo

Então, quem será? Sei que vocês sabem, mas ainda quis deixar o mistério no ar. Espero que tenham gostado. Agora, comenteeeem! Bjooos.