Desire, passion or love? escrita por Phoenix


Capítulo 3
O dia seguinte




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Um vento frio entrava pela minha janela, o que me fez acordar.

Continuei na cama, de olhos fechados, passando em minha mente as lembranças da noite passada em lentos flashs.

Aquele havia sido o melhor sexo da minha vida...

Oliver é um verdadeiro cafajeste, mas ainda sim, é o homem mais sexy e envolvente que eu já conheci.

Afastei aqueles pensamentos.

Levantei-me e caminhei até a cozinha, onde me deparei com algo inesperado, mas que me deixou muito feliz: Barry e Caitlin se beijando.

– Finalmente! - Deixei escapar.

Os dois se afastaram rapidamente, constrangidos.

– Iris disse ter visto você com Oliver Queen. - Afirmou Cait, antes que eu começasse a tagarelar sobre quanto tempo esperei para vê-los juntos.

– Não, ela disse ter visto você e Oliver se beijando. - Corrigiu Barry.

Respirei fundo. Procurei o melhor modo de dizer aquilo, mas acabou saindo apenas:

– Nós transamos.

– Eu não acredito nisso! - Caitlin exclamou, com expressão de total incredulidade. - Como foi?

Barry se afastou, dizendo que queria "poupar a si mesmo dos detalhes". Caitlin me olhava fixamente, com olhar extremamente curioso.

– Como foi? - Repetiu a pergunta.

– Foi a melhor noite da minha vida... - Admiti, suspirando.

– Imagino que sim, afinal, é de Oliver Queen que estamos falando. - Comentou. - Espera aí... - Fez a expressão que sempre fazia quando se lembrava de algo importante. - Ele não estava noivo?

– Ele está noivo. - Olhei para o chão, envergonhada. - Cait, essa é a pior ressaca moral de todos os tempos!

***

O parque em que Barry, Iris , Caitlin e eu costumávamos brincar quando éramos crianças era um ambiente aconchegante. Não existia outro lugar em Starling que me trazia maior sentimento de felicidade e nostalgia do que aquele.

A grama verde estava coberta pela neve do inverno, o que me trazia ainda mais memórias felizes. Sou judia e minha família nunca comemorou o Natal, mas eu sempre me divertia com meus amigos brincando na neve.

Barry e Caitlin caminhavam juntos pelo parque. Apesar de nada terem comentado sobre o assunto, era evidente que agora eram um casal. Iris, Eddie e eu decimos chamá-los de "Snowbarry".

Tenho certeza que Cisco, um amigo nosso que vive em Central City, não gostaria nada de ver outras pessoas escolhendo o "nome" do casal.

Eu estava tão distraída pelo silêncio e pela visão de crianças se divertindo que mal registrei o momento que alguém pediu para sentar-se ao meu lado.

– Felicity? - Recobrei consciência ao ser chamada pelo meu nome.

Ao virar-me para a pessoa ao meu lado, tudo em que consegui me concentrar foram seus olhos azuis.

– Oliver... - Por alguma razão, seu nome foi a única coisa que consegui dizer.

Eu não esperava vê-lo novamente. Quer dizer, é óbvio que eu o veria na empresa e na universidade, mas nesses ambientes, ele estaria com seu amigo Tommy, sua noiva Laurel ou uma de suas "amantes". O que eu não esperva mesmo, era vê-lo ali, em um parque onde as mães levavam seus filhos para brincar, querendo conversar comigo.

De certa forma, eu havia convencido a mim mesma que a noite anterior seria a última vez que eu falaria com Oliver Queen. Era meio que a minha forma de tentar esquecer o maravilhoso sexo que tivemos, mesmo que eu soubesse que esquecer uma noite como aquela seria impossível.

– Não esperava ver você por aqui. - Falei. - Afinal, que eu saiba, você não é pai. - Me encarou com olhar curioso. - Quer dizer, não que você precise ser pai para vir aqui. Eu, por exemplo, não tenho filhos. Mas aqui é onde os casais trazem seus filhos para brincar e...

– Eu entendi, Felicity. - Ele riu, divertido. - Um amigo me pediu para cuidar da filha enquanto ele e a esposa viajam. - Olhou na direção de uma linda garotinha, que aparentava ter, no máximo uns 7 anos.

– Como ela se chama? - Indaguei.

– Sara. - Ele sorria ao ver a menina se divertir com as outras crianças. - Ela é adorável...

– Vê-los se divertindo assim me traz certa nostalgia. - Comentei. - Barry, Iris , Caitlin e eu sempre vínhamos aqui quando éramos crianças.

– Eu não costumava sair muito quando era pequeno. - Deu continuidade ao assunto. - Mas Tommy, Laurel e eu nos divertíamos muito brincando na mansão.

– Você não pode continuar fazendo isso, Oliver. - Adverti, recendo um olhar confuso. Percebi então que não havia sido muito clara. - Trair Laurel. - Completei. - Talvez ela não seja a melhor pessoa do mundo, mas ela ama você. - Ele parecia surpreso com as minhas palavras.

– Laurel e eu não estamos mais juntos. - Disse ele, para a minha surpresa. - Ela me viu beijando você...

Droga! Se Laurel Lance já me odiava antes, imagina agora... Ela vai querer me matar!

E pela primeira vez, ela tem motivos para isso!

– De certa forma, foi um alívio. Eu já não sentia nada por ela há algum tempo. - Confessou. - Mas nós sempre fomos amigos... Eu não queria que terminasse com ela me odiando para sempre...

Ele então me encarou por alguns segundos, com uma expressão que não consegui decifrar.

– Seria muito inapropriado perguntar se o que aconteceu ontem à noite irá se repetir? - Questionou, em tom brincalhão.

O fuzilei com o olhar, mas no fim, acabei deixando um riso baixo escapar.

– Amigos? - Sugeri.

– Com benefícios? - Brincou novamente.

– Apenas amigos. - Falei.

– Tudo bem. - Concordou, com um sorriso mais do que lindo.

Oliver era uma pessoa agradável. Eu me sentia bem na sua presença. De certa forma, eu queria mantê-lo em minha vida. Mas de maneira alguma o que aconteceu noite passada poderia se repetir...


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