Desire, passion or love? escrita por Phoenix


Capítulo 20
Arqueiro misterioso




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Estava preocupada com Oliver. Agora, eu só o via na empresa. E todas as vezes, ele estava distraído, cansado e com um péssimo humor. Sem falar nos favores estranhos que vinham sempre acompanhados de desculpas ridículas. Como por exemplo me pedir para analisar uma "bebida energética" que estava em uma seringa, ou extrair informações de um computador em que ele supostamente havia derramado café, embora os buracos neles se parecessem muito com tiros.

Será que os cinco anos que ele passou em Lian Yu o fizeram esquecer que eu não sou nenhuma idiota?

No fim, eu sempre o ajudava. Na grande maioria das vezes porque não suporto a ideia de ter um "quebra-cabeça" em minhas mãos e não resolvê-lo. E também, devo admitir que continua sendo bem difícil negar algo a ele.

– Oliver? - O chamei.

– Pensei que já tivesse ido. - Respondeu. - Eu te dei o resto do dia de folga, lembra?

– Eu sei, mas nós precisamos conversar. - Falei, firme.

– Sobre o quê? - Questionou, de imediato.

– Você. - Afirmei, séria. - O que está acontecendo com você? E não diga que...

– Não está acontecendo nada. - Me interrompeu, dizendo exatamente o que eu ia pedir que ele não dissesse.

– Eu não sou burra, Oliver. - Cruzei os braços. - Você anda estressado, está sempre aparentando cansaço e vive me pedindo esses favores esquisitos, depois de me dar as desculpas mais ridículas que consegue pensar.

Ouvimos alguém pigarrear atrás de nós. Era Diggle, que vinha acompanhado de Roy Harper, o namorado de Thea.

– Preciso que vá para casa agora, Felicity. - Pediu. - Prometo que teremos essa conversa mais tarde. - Assegurou, após soltar um longo suspiro de insatisfação. - Isso é importante!

– Bom, eu descobrir o que está de errado com você também é! - Insisti.

– Felicity... - Levantou-se e veio em minha direção. Me encarava com uma expressão assustadoramente séria. - Por favor...

– Tudo bem. - Cedi, ao perceber que seria inútil continuar insistindo naquele momento. - Mas essa conversa ainda não terminou.

***

Eu estava furiosa, devo admitir. Não gostava nem um pouco da ideia de Oliver estar escondendo alguma coisa de mim. Ele é meu melhor amigo! É a pessoa em quem eu mais confio. Sempre que algo ruim acontece comigo, ele é a primeira pessoa com quem eu falo. Conto a ele meus problemas antes mesmo de contar a Barry e Caitlin.

E também, ele não costumava mentir ou manter segredos. Quando estávamos juntos, ele era sempre sincero... Sempre dizia que Thea e eu éramos as únicas pessoas para as quais ele jamais mentiria. Éramos seu porto seguro. Assim como ele era o nosso... Apesar de não estarmos mais juntos, ele ainda é o meu. Por que diabos ele não pode simplesmente me dizer o que está acontecendo?

– Ei, loirinha! - Disse uma voz masculina, atrás de mim.

Virei-me para ver o que estava acontecendo e me deparei com um homem alto, magro e barbudo, que usava uma touca, apontando uma arma em minha direção.

Mas que droga! Estava tão distraída pensando em meus problemas com Oliver que nem mesmo prestei atenção por onde andava. Aquele era um bairro perigoso, eu sabia muito bem disso. Não deveria ter me descuidado enquanto voltava para casa.

Decidi, obviamente, que minha vida era bem mais valiosa do que meu dinheiro, meu celular, meu tablet e qualquer outra coisa que pudesse ter na minha bolsa. Sem pensar dos vezes, entreguei-a ao homem.

– Largue a bolsa e deixe-a em paz! - Ordena uma voz, aparente modulada por algum tipo de equipamento, vinda do topo de um prédio.

Olho em direção ao telhado do edifício e logo vejo um homem encapuzado, armado com um arco e flechas. Antes mesmo que eu pudesse processar a imagem, o assaltante urra de dor. Percebo então que o "Robin Hood" havia lançado uma flecha em seu braço direito.

– Sabe o que dói mais do que uma flecha entrando? - Questionou, usando uma "corda" - que saía de ponta de uma de suas flechas - para descer e chegar até nós. Ele então segura a flecha que ele mesmo havia atirado no homem e a puxa brutalmente. - Uma flecha saindo. - Concluí. - Agora... Suma!

O criminoso saí correndo desesperado. Não o culpo. Seja quem for o homem que acaba de me "salvar", ele sabe realmente como assustar alguém. Embora nessa roupa verde colada ele me parece um pouco... Sei lá... Sexy? Oh, por Deus! Eu estou mesmo pensando nisso? Acabo de quase ser assaltada!

– Você está bem? - Indaga. Noto certa preocupação em sua voz modulada.

– Sim... Eu estou bem. - Respondo, ainda tentando processar o ocorrido. Desde quando Starling City possuí vigilantes mascarados? Pensei que esse tipo de coisa só acontecesse em Gotham, com aquele cara fantasiado de morcego. E por que diabos esse encapuzado me parecia tão familiar? Aliás, por que ele parecia estar tão preocupado comigo? - Quem é você? - É a única coisa, das várias que se passaram em minha mente, que consigo dizer.

– Ótimo. - Tenho a impressão de ver um sorriso em seu rosto. A pequena máscara que ele usava tampava apenas a parte de cima de seu rosto. - Vejo você por aí, Felicity. - Disse, enquanto atirava mais uma de suas "flechas-corda" e voltava para o topo do prédio, desaparecendo logo em seguida.

A única coisa que eu conseguia pensar era: "Como ele sabe o meu nome?"


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