A Fuga- em chamas escrita por Dri


Capítulo 22
Willow Mellark


Notas iniciais do capítulo

oiii.. leiam as notas finais por favor.



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Pov Katniss

Me viro para o outro lado. O desconforto continua. Já faz alguns dias que não consigo encontrar uma posição confortável. Minha barriga está gigante. E quando digo gigante não estou exagerando. Cabe uma melancia dentro de mim.

Olho para o lado. O relógio de madeira marca 7h. Peeta já foi para a obra a essa hora. Haymitch deve chegar em poucos minutos para me importunar. O que ele chama de “Fazer companhia”.

Resolvo me levantar, sei que não irei voltar a cochilar. Já que dormir é quase uma raridade nesses últimos dias. Caminho até o banheiro e faço minha higiene matinal.quando termino de pentear meus cabelos e fazer a trança , retorno ao quarto e paro de frente ao grande espelho. Minha barriga, apesar de grande, é muito linda. Não me acho linda como Peeta diz todas as tardes e noite quando reclamo do meu tamanho. Mas admito que amo minha barriga. Apesar do peso. Sinto meu filho ou filha se mexer, normalmente ele ou ela acorda depois que tomo banho. Então depois disso, não há ninguém além de Peeta que consegue fazer o bebe se acalmar. Os seus chutes são constantes e dois dias ele ou ela resolveu que minhas cotelas eram um ótimo lugar para abrigar o seu pé. Isso complica um pouco as coisas.

– Bom dia meu amor.

Falo passando a mão em meu ventre. Escuto a porta bater. Haymitch. Desço as escadas. Meu mentor provavelmente deve estar na cozinha. Me dirijo até a cozinha, e como já esperava Haymitch está sentado bebendo chá com uma garrafa e água ardente do seu lado e com as pernas em cima da mesa. Minhas mesa.

– Tire já suas patas de cima da minha linda mesa.

– Bom dia pra você também docinho.

– Ele ira ficar bom assim que você tirar os pés de cima da minha mesa.

Ele revirou os olhos mas tirou os pés.

– Sabe você é chata de natureza. Só que grávida fica pior.

É minha vez de revirar os olhos.

– Você fica menos chato quando está sóbrio.

Ele ri.

– Ainda bem que meus dias naquela caverna que chamam de distrito acabaram. Não via a hora de ter minhas amadas de volta.

Ele beija a garrafa com o conteúdo transparente.

– Falando nisso. Eu preciso falar com você.

Falo séria. Ele percebe e se apruma na cadeira me olhando.

– Fale então.

– Quando ele ou ela nascer não quero, e imagino que Peeta também não, que você fique bêbado perto do bebe. Por favor tenta diminuir na bebida.

Ele me olha sério. Sei que ele sabe que estou certa.

– Eu tenho noção disso docinho. Não precisa nem pedir. Prometo que vou diminuir pela lindinha que logo nasce.

Ele sorri quando termina. E eu também.

– Sabe que se Peeta te ouvir falando co tanta certeza que vai ser uma menina ele vai brigar com você. E vai fazer um discurso enorme para não termos preferência.

Ele ri junto comigo.

– E você sabe que eu estou certo. Você também acha que é uma menina.

Sorrio.

– Nunca disse isso.

Mas é verdade, algo me dizia que tem uma linda garotinha crescendo em meu ventre.

– Você não fala, mas abe que é uma menina.

Como um pedaço do pão de queijo e bebo um pouco do chocolate quente.

– E o que faz você achar que eu acho que é uma menina?

– Semana passada quando íamos visitar a obra você passou em frente a loja nova de roupinhas de bebe no centro, parou e ficou olhando os vestidinhos rosas. Sei o que eu vi. Você sabe que vai ser menina. Peeta também sente, mas ele prefere dizer que não sabe.

– Mas se vir um menino vou mar da mesma forma – Eu sei. A questão não é amar mais ou menos. A questão é que você sabe que é uma menina. Se fosse um menino ou se for um menino você vai amar do mesmo jeito. Mas você sabe que não é.

Sorrio. Continuamos conversando sobre coisas banais pelos próximos minutos.

– Você devia ir na padaria mais vezes.

– Já fui semana passada. E outra, ainda tem muita neve. Em três semanas completo nove meses. Não posso me arriscar na neve. Estou gorda, pesada, inchada. Um acidente comigo nesse estado é quase obvio.

Ele ri da minha careta

– Mas ao menos sair um pouco de casa, andar na vila. Sei lá.

Concordo com a cabeça.

– Peeta me proibiu de andar mais que cem metros. Ele anda muito super protetor. Até na sua casa ele faz todo um discurso de como é perigoso. Não discordo dele. Mas ele anda muito super protetor.

Haymitch ri. Logo ele volta para sua casa e eu como sempre não tenho nada para fazer. Iria limpar a casa. Mas é quase impossível, meu pés estão inchados, não consigo andar mais que alguns metros. Me esforço e decido lavar roupa. Então, se manha meus pés estiverem melhores consigo passar a roupa e provavelmente lavar a cozinha e varrer a casa.

Coloco as roupas sujas na maquina. Que graças a Deus é secadora, então não preciso colocar nada no varal. Quando termino caminho lentamente de volta a cozinha e lavo a pouca louça que tem ali. Meus pés reclamam. Me sento em uma cadeira próxima e estendo meus pés. Estão mais inchados. Tento me levantar mais uma pequena pontada no meu ventre. A não.

– Filhinha, ainda não é hora de você sir. Deus por favor.

Me obrigo a caminhar até a sala e me sento no sofá pegando o telefone. Peeta deixou o dele em casa então ligo para Haymitch.

– Docinho.

– Haymitch você pode vir aqui por favor ?

Minha voz sai normal com esforço. A dor passou, mas no lugar sinto um incomodo.

– O que aconteceu. Você pediu com educação.

– Só venha.

Digo e desligo. Respiro fundo. Tento achar uma posição mas não encontro. Me levanto para pegar uma almofada então eu sinto. Água escorre pelas minhas perdas. A bolsa. A porta se abre e Haymitch arregala os olhos quando me vê. Devo estar pior que ele. Já que estou feito uma estatua e com olhos arregalados.

– Docinho, você fez xixi?

– A bolsa. A bolsa estourou.

Ele arregala os olhos.

– Me ajude a subir para meu quarto e vá chamar Peeta.

– Você não pode ficar sozinha o bebe vai nascer.

Ele estava preocupado, mas mantinha a calma.

– Haymitch. Tive a primeira contração a alguns minutos. Provavelmente terei a próxima daqui uns vinte minutos ou meia hora. Pode demorar horas até o trabalho de parto começar mesmo. Vá, chame Peeta, chame a médica e volte. Não se preocupa.

Ele assente e me ajuda a ir até o quarto. Deito na cama e ele sai correndo. Rio do desespero dede. Não que estou diferente. Mas já percebi que quem terá quem manter à calma aqui serei eu.

Os minutos se passam e resolvo pegar algumas coisas. Pego tudo que preciso e deito na cama. Não se passa muito tempo e escuto a porta abrir. Passos pesados e rápidos sobe as escadas.

– Katniss.

– Peeta o que eu disse sobre subir escadas correndo?

Ele com toda a certeza tá desesperado. Seus cabelos estão bagunçados, sua pele corada pela provável corrida.

– Como você tá?

Ele resolve ignorar minha pergunta/bronca.

– Estou bem. Haymitch deve ter dito que estou morrendo.

Reiro os olhos e ele sorri.

– Nossa Willow ou nosso Rye vai nascer.

Seu sorriso agora poderia iluminar toda a Panem, o meu nesse momento não deve estar diferente, não tão lindo quanto o dele. Mas com certeza está gigantesco

– Sim. Vai.

Mas meu sorriso logo desaparece dando lugar a preocupação.

– Peeta. O bebê vai nascer antes da hora.

Falo calma para não assusta-lo.

– Vai dar tudo certo. A médica logo chega com Haymitch.

Assinto.

– Peeta?

– Oi.

– Promete segurar a minha mão quando a dor começar? E promete que vai segurar Haymitch assim que ele entrar por aquela porta. Sabemos que ele vai desmaiar.

Ele ri mas faz que sim com a cabeça.

– Tá doendo?

– Aind..... AAAAAAAAAA....

A dor me atinge pior que da primeira vez. Peeta massageia minha mão. Olho para seus olhos. Ele olha assustado para mim.

– Acho que isso foi um sim.

Ele fala tentando me acalmar. Eu sorrio com a sua tentativa.

– Ei, eu to bem. Sei que vai piorar muito mais.

– Pera ai. Piorar? Piorar quanto?

– Um tanto considerável.

Sorrio.

– Fica calmo.

Haymitch chega com a doutora Margaret pouco tempo depois.

– Olá Katniss, então alguém resolveu que estava cansado de ficar ai dentro e resolveu que está na hora de nascer?

Ela diz sorrindo calma.

– Parece que sim.

– A Deus! Já vejo que ela vai ter a personalidade da docinho. Senhor me proteja.

Haymitch diz baixinho, mas eu ouvi. Peeta não, ou fingiu que não, já que continua na mesma posição.

– Então Katniss. De 0 a 10, quanto é a dor?

– 4 ou 5.

– Como assim quatro ou cinco? Aquele grito que você acaba de dar é um 4 ou 5?

Peeta diz preocupado e desesperado.

– Bom. Isso é algo bom.

a doutora ignora Peeta e continua.

– Minha mulher tá com dor, pelo que vi insuportável. Desde quando isso é bom?

Peeta quase grita. A doutora apenas sorri. Provavelmente já acostumada com pais desesperados.

– Peeta calma.

– Continuando. Katniss a quanto tempo teve sua primeira contração?

– A umas meia hora ou quarenta minutos e tive a segunda a uns sete.

– Ok, vai demorar um pouco para o trabalho de parto realmente começar. Haymitch me disse que sua bolsa estourou, então peço que faça movimentos leves e lentos. Pode tomar um banho e andar pelo quarto com ajuda. Não se esforce muito.

– Claro. Obrigada doutora.

Ela sorri e balança levemente a cabeça positivamente antes de sair com Haymitch.

Com ajuda de Peeta tomo um banho ou melhor fico debaixo do chuveiro até que a ponta dos meus dedos começam a enrugar. Visto, também com a ajuda de Peeta uma camisola branca e caminho até a cama. Então novamente sinto a dor. Mais forte. E dura por mais alguns segundos.

– doiiiiiii...

Digo em um suspiro quando ela diminui.

– Eu sei meu amor. Fica calma.

Respiro e inspiro. Como i minha mãe mandar varias vezes as mulheres do doze fazer quando estavam em trabalho de parto.

– O tempo entre elas está diminuindo.

Então a partir da terceira o tempo entre elas apenas diminuiu mais. Haymitch sentado na poltrona perto da janela. Ele roí as unhas e aperta os braços da poltrona toda as vez que eu grito de dor. Peeta esta sentado na cama do meu lado e faz círculos em inha mão esquerda e a Ada contração ele manda eu ficar calma e di que logo acaba a dor. Todos pediam calma. Mas não é eles que sentem a dor. É fácil pedir calma quando não se sente a dor. Isso começou a me incomodar. Muito. Mais uma contração veio. Eu tentei não gritar mas é impossível.

– Calma docinho.

– Calma meu amor.

– CALMA O CARAMBA! NÃO É VOCÊS QUE ESTÃO SENTINDO ESSA DOR. ENTÃO PAREM DE MANDAR EU FICAR CALMA!

– Kat, amor. Calma.

– CALA A BOCA MELLARK.

Ele vê meu estado então apenas se cala, Haymitch não faz nenhum comentário. A doutora entra no quarto.

– Acho que já está na hora Katniss.

– MAIS É CLARO QUE ESTÁ NA HORA.

Ela se assusta um pouco com meu grito mas depois sorri. O que só me irrita mais.

– NÃO RIA DE MIM. NÃO SOU NENHUM PALHAÇO.

– Katniss, não vou te pedir calma porque sei que dói muito. Mas que tal tentar descontar a dor fazendo fazer força para seu filho nascer?

– Filha. É uma menina.

– E como sabe disso?

– Eu só sei.

Ela sorri

– Sei que sabe. Provavelmente em menos de meia hora você vai sentir uma preção muito forte. Quando sentir me chame. Essa vai ser a hora.

Assinto e ela se senta novamente na cadeira perto da porta fazendo suas anotações.

– Então é uma menina?

– É. E não discuta comigo. Eu que estou carregando ela aqui. Sei que é uma menina.

Ele sorri.

– Não vou.

Mais uma onda de dor chega

– AAAAAAAAAAAAAAAA..

Aperto a mão e Peeta que começa a falar junto com Haymitch.

– Respira e inspira. Respira e inspira.

Começo a fazer os movimentos que eles fazem.

– Não ta funcionando.

– Continua amor.

Continuo mas não resolve nada. Depois de quinze minutos sinto uma preção quase insuportável.

– Doutora. Acho que tá na hora.

Ela caminha até mim.

– Não faça força até que venha uma contração.

– Vou pedir para que saia Haymitch.

Ele concorda e sai do quarto.

– E peço que se for desmaiar Peeta, por favor vá com ele.

– Não. Vou ficar bem.

Ela concorda.

– Quando sentir a contração.

Então eu sinto e faço força.

– Vou contar até dez e faça de novo. 1, 2...8, 9, 10.

– Aaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Aperto a mão de Peeta com muita força.

– Vamos Katniss. Mais uma vez.

– Aaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Dessa ez quem grita é eu e Peeta juntos. Olho para ele. Mas então a doutora manda fazer força novamente então eu faço e como anteriormente ele grita comigo. olho para ele novamente. E depois para sua mão. Estava vermelha.muito vermelha.

– Desculpe. Me de um travesseiro.

– Agora Katniss.

Faço força novamente. Tento segurar nos lençóis para não machucar Peeta mas ele segura minha mão.

– A cabeça já saiu Katniss. Só mais um empurrão.

Então sinto uma preção quase insuportável e faço força em um segundo estou exausta e no outro me sinto totalmente viva, quando ouço um chorinho delicado e forte.

Sorrio e olho para Peeta. Ele aperta minha mão delicadamente. Está com um sorriso radiante.

– É uma menina, parabéns.

Ela me entrega minha filha. Ela é linda. Perfeita.

– Ela é linda Peeta.

– Ela é sim.

Nós dois chorávamos agora.

– É sua copia.

Ele me diz enquanto passa o dedo no rostinho de nossa menina.

– O cabelo é meu e o nariz. Mas e essa boca?

Ele sorri. Então ela abre os olhos e eu fico sem ar como todas as vezes que vejo os olhos de Peeta.

– Oi meu amor. Sou sua mãe. E esse cara chorão aqui é seu pai

Digo virando ela um pouco. Como se entendesse ela olha para Peeta e um traço de um sorriso aparece em seu rosto de bebe. Ele pega ela no colo e a nina. Alguns minutos depois ouço a porta se abrir e vejo Haymitch entrar pela porta. Sorrio e com um movimento mando ele se aproximar. Ele vem até nos e sorri quando olha para minha filha.

– Quer segurar ela?

Peeta pergunta

– Não. É melhor não. Posso acabar deixando ela cair.

Diz apressado.

– Tenho certeza que não vai deixar ela cair.

É tudo o que digo antes de Peeta colocar ela no colo dele que se assusta mas logo sua cara de susto se torna pura emoção. Seus olhos ficam vermelhos e uma lagrima cai. Haymitch vai ser um ótimo avô. Ele olha para o pequeno embrulho e sorri.

– Ela é igual a Katniss, não acha Haymitch?

Ele encara a bebê um tempo tentando ver alguma semelhança.

– Pra mim ela parece mais um joelho.

– Haymitch!

Reprovo. Mas ele apenas volta a olhar minha filha no seu colo.

– Mas é um lindo joelho.

Diz sorrindo sincero. Ele nos olha.

– Ela é linda.

– Willow.

Peeta diz.

– Que?

Ele pergunta confuso.

– Willow Mellark. É esse o nome dela.

Ele sorri.

– É um lindo nome. Assim como a dona dele.


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Notas finais do capítulo

Oiiii.... sei que demorei me desculpe. Espero que tenham gostado. Comentem.
Digamos que não estou muito bem para escrever por problemas pessoais. Minha semana não começou com boas noticias e isso vem me impedindo de colocar muitas coisas em pratica que não seja ficar pensando no meu avô. Bom ele está internado e o estado dele é delicado. Muito delicado. Vou viajar hoje. Eu moro a centenas de quilômetros dele e só tenho noticia por telefone. Eu preciso vê-lo. Não sei quanto tempo eu vou ter ele ainda. Ou por quanto tempo ele ainda vai se lembrar de mim.
Espero que entendam minha demora para postar, volto daqui alguns dias. Me desculpem. Aqueles que leem minha outra fanfic ( 9passos de um contrato. 9 passos pro amor), eu vou atualiza-la só depois que eu voltar de viagem. Me desculpem. Espero que entendam.
Beijocasss.
Até os comentários